[...] Um dos tipos de comunicação é a linguagem verbal, que corresponde a um sistema de sistemas articulados entre si. [...] Apenas os seres humanos [...] têm esta capacidade, [...] de comunicarem uns com os outros verbalmente.
Existem [...] várias teorias relativamente à forma como [...] esta é adquirida, [...] no entanto, umas são mais plausíveis do que outras. A linguagem e o pensamento estão, inequivocamente, relacionados e, tal como ninguém nos ensina a pensar, também [...] a linguagem não necessita de aprendizagem.
A forma como se [...] pensa pode e deve ser melhorada ao longo do tempo, [...] contudo, um bebé com poucos anos de idade [...] já consegue ter pensamentos significativamente detentores [...] de sentido, sendo evidente que ninguém o ensinou. [...] Tal facto, deve-se a ser uma capacidade inerente aos seres humanos. Com a linguagem, o processo é [...] semelhante, isto porque [...] estão contidos [...] no DNA de cada um de nós, genes [...] responsáveis por esta característica. A linguagem “não é um artefacto cultural que aprendemos como aprenderíamos a dizer as horas”, tal como figura no excerto.
[...] O nosso cérebro é constituído por dois hemisférios, sendo [...] que o mais responsável pelo processo da linguagem é o hemisfério esquerdo, embora toda [...] a constituição do cérebro seja importante. [...] Duas [...] áreas que fazem parte do cérebro humano, nomeadamente a área de Wernick e a área de Broca, estão intimamente ligadas à compreensão e à produção de linguagem, respetivamente [...] (Faria et all, 1996). Tal como afirma Pinker, no excerto, a linguagem é [...] “uma peça muito específica da constituição biológica”. A sociedade em que o indivíduo [...] está inserido e a cultura aí existentes, [...] em nada se relaciona com a aquisição da linguagem verbal. Esta é uma competência que não necessita de aprendizagem devido a “se desenvolver espontaneamente”. [...]
A linguagem está, inequivocamente, relacionada com a cognição. [...] Os conhecimentos acerca do mundo ocorrem pela experiência [...] de cada indivíduo, [...] pelos sentidos do ser humano, sobretudo [...] a visão, pois o olhar é extremamente enriquecedor, [...] mas também pela linguagem. A linguagem é uma fonte de conhecimento e, neste aspeto, a sociedade e a cultura onde [...] cada indivíduo está inserido, [...] já se relaciona com a linguagem no sentido que é esta que permite o contacto direto com outros povos, costumes e tradições. Todos estes novos conhecimentos são, posteriormente, [...] guardados e processados pelo cérebro, que é, sem dúvida alguma, [...] das partes do corpo mais extraordinárias de estudar. Infelizmente, [...] alguns seres humanos foram e continuam a ser afetados por [...] problemas no cérebro, designados afasias, que comprometem a linguagem. Existem vários tipos de afasias, nomeadamente, a de Wernick, a de Broca, a de “condução” e a global, [...] todos estes tipos provocam graves dificuldades nos indivíduos (Faria et all, 1996).
[...] A linguagem, depois de ser adquirida, deve ser trabalhada [...] com o intuito de [...] melhorar o [...] discurso e aprender [...] várias estratégias argumentativas que [...] vão ser úteis toda a vida. Um exemplo de como todos se devem preocupar em [...] aprender todas essas técnicas discursivas é [...] observar, que os bons argumentadores e os profissionais de linguagem [...] têm, ao longo da sua vida, muito mais convites de [...] empregos [...] com boas remunerações, por serem bons oradores e saberem a arte de discursar.
Apesar de Pinker no excerto apresentado defender que a linguagem “é claramente distinta de capacidades mais gerais como o processamento da informação ou comportamentos inteligentes”, no meu ponto de vista, apesar de a linguagem não ser tão complexa como esses comportamentos que refere, aproxima-se de algumas capacidades, tal como referi já anteriormente, com a capacidade de pensar. Tanto a linguagem como o pensamento, com o tempo, devem ser melhorados, contudo, ambos, na minha opinião, são aprendidos de forma involuntária, ou [...] seja, são características biológicas dos seres humanos.
Concluindo, o excerto apresentado defende a tese de que a linguagem não é [...] um “artefacto cultural”, é [...] uma [...] parte específica da constituição biológica que não necessita de aprendizagem, [...] que é também a minha opinião, contrastando com outras teorias que defendem que a linguagem tem de ser aprendida e, [...] a sua aquisição, varia até tendo em conta [...] o contexto cultural.