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1617LCASLM410b

1617LCASLM410b

Género de textoResposta de desenvolvimento
Student
PLM/PLNMPLM
GenderF
Task
Task descriptionNum texto argumentativo devidamente estruturado, faça uma discussão crítica da tese que resume o pensamento de Benjamin Lee Whorf: (…) se uma língua não tiver a palavra para veicular um determinado conceito, os seus falantes não serão capazes de compreender esse conceito. (Deutscher, G. (2010, 26 de agosto). Does Your Language Shape How You Think? New York Times Magazine) http://www.nytimes.com/2010/08/29/magazine/29language-t.html?_r=0
Task ID1617LCRD08
ContextoClausura
Curso
UniversityUniversidade de Coimbra
ÁreaCiências Sociais e Humanas
CursoLínguas Modernas
DisciplinaLinguagem e Comunicação
School year2016-2017
Collection
PaísPortugal

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Acontece muitas vezes, ao lermos textos em outras línguas, saber o significado de um conceito, contudo, parece-nos impossível traduzir o mesmo. Sapir e Whorf explicam que cada língua tem as suas propriedades e particularidades e, por vezes, é difícil compreender um conceito que não existe na nossa língua materna, talvez devido às circunstâncias a que essa mesma língua está posta.

A hipótese de Sapir-Whorf defende que cada língua é semelhante, na medida em que todas têm uma base linguística, como regras de morfologia ou sintaxe, mas ao mesmo tempo única, na medida referida anteriormente, que existem conceitos próprios que são quase impossíveis de traduzir (Faria).

[...] Sendo mais específica, esta hipótese defende que cada língua influencia o pensamento de cada pessoa (Faria), mas isso pode causar alguns problemas. Por exemplo, os Finlandeses tem conceitos específicos para vários tipos de neve e os falantes de gaélico não distinguem o verde do azul, o que até faz sentido, visto que verde provém de azul e amarelo.

Para mim, enquanto portuguesa, iria ser complicado explicar a um irlandês ou a um habitante do País de Gales que azul e verde são duas cores diferentes. [...] Ou seria também difícil explicar aos finlandeses que em Portugal a neve é toda igual. Isto leva-me a crer que talvez não seja a língua em si [...] que influencia o pensamento mas sim as condições a que a língua está sujeita, o que é bastante legítimo, visto que, em Portugal não muita tradição de cair neve (adquirido através de conversa pessoal).

Um segundo ponto desta tese vem corroborar o ponto anterior e sublinha o facto da língua ser o [...] meio [...] para expressar o pensamento. Enquanto escrevo este texto estou a pensar e penso num determinado idioma; assim consigo desenvolver um tema. Se não tivesse adquirido linguagem, talvez a única forma de pensamento fosse através de imagens ou memórias, ou talvez sons naturais.

Voltando aos conceitos intraduzíveis, deparamo-nos, muitas vezes, com livros em que o autor prefere não traduzir determinados conceitos, para que estes não percam a sua essência. Alguns linguístas defensores da sua língua defendem que as [...] palavras devem ser traduzidas (santos, J. V., 2011), contudo seria absurdo traduzir conceitos como hacker ou black hat ou motherboard que são específicos da gíria informática. É normal que uma língua importe conceitos que não existiam anteriormente dentro dela, sendo que isto a faz ficar mais rica. pouco tempo, [...] foi lançada, pelo site de Buzzfeed uma lista de palavras que o inglês devia roubar a outras línguas. Entre elas estavam o típico desenrascanço português e uma palavra georgiana muito curiosa: shemomedjamo, que significa não ter fome mas continuar a comer pelo prazer que isso está a dar. Se [...] eu pudesse escolher então roubaria também essa palavra, que até acaba por traduzir bastante o comportamento dos portugueses, e que não existe na nossa língua. Poderia ser traduzida para gula mas esta é uma palavra que traduz o pecado da ação e não a felicidade.

Em suma, alguns aspetos a criticar a esta hipótese, como o caráter purista e individualista que os dois autores dão às línguas, no entanto esta traduz bem o caráter único e particular da cada língua.


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