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Género de textoArtigo de divulgação
ContextoLivre
DisciplinaComunicação Técnica
ÁreaCiências

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O Islão e o surgimento do Estado Islâmico

O Islão é um movimento religioso cuja origem remonta à Arábia Ocidental, por volta do século VII D.C. Considera-se Maomé o profeta desta religião, que se encarregou de difundir as doutrinas alegadamente transmitidas pelo anjo Gabriel. Atualmente referimo-nos aos seguidores do islamismo como muçulmanos, que literalmente significa servos.

Tal como o cristianismo, também o Islão é uma religião do livro, sendo o Corão a autoridade máxima para os seus praticantes. É no Corão que os árabes baseiam a sua filosofia de vida e todos os assuntos da religião e lei. Uma vez que os muçulmanos tentam conciliar os ideais religiosos com a política, em muitos estados árabes o Corão é considerado a própria constituição do Estado.

Quando falamos da religião islâmica, não podemos deixar de referir a grande divisão existente no interior deste grande movimento. É a divisão entre aqueles que se apelidam de Sunitas e os Xiitas. É de realçar, no entanto, que ambos os crentes estão de acordo relativamente às doutrinas básicas do Islão, sendo que todos defendem a unicidade de Deus e do Corão. Esta ramificação dentro do Islão tem a sua origem no desacordo quanto à questão da liderança resultante da morte de Maomé.

Seguindo a linha temporal até à modernidade, verifica-se o surgimento de minorias radicais no seio da religião islâmica. Estes pequenos grupos assentam na ideologia extrema de que a religião islâmica é a única e verdadeira religião e que, consequentemente, todas as outras são de menosprezar e odiar. Todos aqueles que não acreditam no Islão são considerados de infiéis e por isso dignos de morrerem. Nesta perspetiva foram cometidas algumas atrocidades em nome da religião, nomeadamente o atentado de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Centre, onde dois aviões comerciais embateram contra os dois arranha-céus causando o pânico na cidade americana de Nova York.

Na sequência dos atentados, os Estados Unidos iniciaram em 2003 um processo de ocupação do território iraquiano, como retaliação aos ataques precedentes e sob o pretexto de existência de armas de destruição maciça no Iraque.

Na altura estava no governo o ditador Saddam Hussein que se pensava financiar a organização terrorista de nome Al-Qaeda (cabecilha dos atentados). O seu governo era de natureza sunita, num país habitado por uma maioria xiita. Após a captura de Saddam foram convocadas eleições democráticas no Iraque, do que resultou o governo xiita liderado por Nouri Al-Maliki. Este governo por sua vez começou a oprimir a minoria sunita do país. Consequentemente os sunitas começaram-se a revoltar, levando a uma radicalização financiada pela Al-Qaeda.

Com a crescente rebelião, os mais radicalistas formaram o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) que odiava os xiitas e o governo implementado.

Em 2014, o ISIL conquistou grandes cidades no Iraque, como Mossul, Tikrit e Fallujah. Insatisfeitos com os seus avanços no Iraque, decidiram aproveitar a guerra civil que decorria na Síria para fortalecer o seu auto proclamado estado, agora denominado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS).


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