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1112LCCCJC467b

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Género de textoResposta de desenvolvimento
ContextoClausura
DisciplinaLinguagem e Comunicação
ÁreaCiências Sociais e Humanas

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A maneira como comunicamos com os outros tem baste influência da cultura a que pertencemos. Todos os indivíduos pertencem a uma comunidade, que por sua vez possui determinada cultura e, por isso mesmo, as atitudes comportamentais são condicionadas pela vertente cultural. a língua é o meio que usamos para representar a nossa cultura.

Nesta perspetiva, Edward Sapir realizou estudos relativamente aos comportamentos culturais em comunidades de nativos americanos. Constatou que as tribos tinham línguas e comportamentos muito distintos e que, de facto, as suas características culturais influenciam a língua, isto é, características e clivagens específicas nas línguas que são introduzidas pela cultura. A Sapir juntou-se Benjamin Whorf que estudou a relação dicotómica língua-cultura nas comunidades de nativos americanos.

Assim, surgiu a Hipótese Sapit-Whorf defendendo que são as línguas de cada cultura que determinam a forma como os indivíduos veem o mundo. Dada a dimensão da língua numa determinada cultura, a definição dada por Hofstede de que a cultura é a programação coletiva da mente que distingue os membros de um grupo ou categoria de pessoas de outra (Hofstede:2010), isto é, a cultura bem como a língua distinguem uma comunidade das restantes, tornando esta única. Por isso é considerado extremamente importante para formação pessoal (no que toca ao desempenho académico e profissional) contactar com outras culturas- sabendo que necessitamos sempre de aceitar a nossa cultura de origem para aceitar/compreender outras.

Este processo será entidado como comunicação intercultural e, a [...] este nível, Hofstede delineou alguns parâmetros transversais a todas as culturas [...] que as marcam e distinguem: individualismo/coletivismo; formalidade/informalidade; masculino/feminino; segurança/incerteza; índice de pode/distância.

No exemplo dado da Coreia, mostra que se trata de uma cultura naturalmente formal, uma vez que detém [...] códigos diferentes para um convite para jantar. Outra característica latente será com o índice de poder e distância, pois esse mesmo convite terá formas diferentes, conforme a pessoa a quem se dirige (sendo que este último parâmetro será, com as devidas particularidades, semelhante noutras culturas e noutras línguas). Ainda assim, a palavra jantar na língua coreana terá outros códigos para a [...] denominar conforme a pessoa a que o mesmo convite for feito. Neste último ponto, será importante introduzir a hipótese Sapir-Whorf para compreendermos melhor a questão da palavra jantar na Coreia.

[...] A teoria de Sapir-Whorf tem duas vertentes: por um lado o determinismo linguístico, que como [...] referi, [...] é o facto de a nossa língua condiciona a forma como vemos o mundo: e, por outro lado o relativismo linguístico que acenta na posição de que nenhuma língua [...] consegue ser traduzida na perfeição pois será sempre alvo de adaptação pela língua [...] para que se traduz.

Nestas duas perspetivas, surge o problema da radicalização da hipótese. [...] Como na Coreia existem várias palavras para denominar jantar (quando se remete para um aluno ou professor), o que não [...] significa que em português não percebamos o conceito, igualmente, [...] em português existe a palavra saudade e noutras línguas [...] não, [...] mas não significa que no resto do mundo, nas restantes línguas e culturas, as pessoas não conheçam o sentimento, simplesmente têm expressões equivalentes.

Ainda a propósito do excerto, importa referir que a adaptação que possamos fazer face a uma cultura [...] que não a nossa, também a fazemos dentro da nossa cultura. Relativamente a este ponto, Erving Goffman defendeu que cada indivíduo (dentro da sua cultura) assume vários guiões, diferentes eus, ou seja, o indivíduo adapta-se às situações e às pessoas que o rodeiam.

Em suma, cada pessoa pertence a uma cultura, é influenciado nas suas atitudes e comportamentos, mas tudo isso é necessário para se concretizar enquanto ser social, ou seja, a matriz cultural do homem existe porque ele é um ser do grupo: cultura é aprendida, não herdada. Ela deriva do seu ambiente social [não da matriz biológica do homem] (Hofstede: 2010).


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