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1112LCDLLM468c

1112LCDLLM468c

Género de textoResposta de desenvolvimento
ContextoClausura
DisciplinaLinguagem e Comunicação
ÁreaCiências Sociais e Humanas

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Todos os seres humanos comunicam. No entanto, os seres humanos comunicam de formas sofisticadas. Este são parcialmente comuns a outros seres (como o olfato, o tato, a visão- exemplos da comunicação não verbal) ou parcialmente únicos (como a linguagem verbal, acompanhada de raciocíneos cognitivos, sejam eles lógicos ou afetivos).

Centrando-nos na comunicação não verbal, as estatísticas dão-nos a conhecer que 55% da comunicação é deste tipo. São exemplos o rosto, os gestos, a postura, as atitudes, as imagens, os adereços. Por outro lado, 38% é comunicação para-verbal (transmitida pelo tom de voz, a velocidade, a intensidade, a pronúncia, as pausas) e 7% comunicação verbal. (Albert Mehrabian, Silent Messages, Belmont: Wadsworth, 1981).

[...] No nosso dia-a-dia, é a comunicação não verbal que mais nos acompanha. Esta está bem visível nas nossas expressões faciais, nos gestos que elaboramos para acompanhar o nosso discurso, na nossa postura (por exemplo, através da postura podemos demonstrar se estamos cansados, com energia, etc), nas nossas atitudes ou até mesmo nos adereços que utilizamos (este complemento que usamos diz muito sobre a nossa pessoa.

Charles Darwin disse que muitas das nossas expressões mais importantes não foram aprendidas (A expressão das emoções no homens e nos animais 1872), ou seja, são inatas. Para ele, tanto Homens como macacos têm a capacidade de rir, uma certa universalidade nas expressões do rosto e das emoções. Estas expressões podem estar presentes tanto nos invisuais (um cego de nascença nunca viu ninguém a rir, logo, esta expressão tem que se biológica porque ele nunca a aprendeu de ninguém), como em qualquer faixa etária (por exemplo, os recém-nascidos, desde pequenos que sorriem, ou fazem expressões enquanto estão a sonhar. No entanto, não aprenderam isto de ninguém), em qualquer [...] cultura (numa experiência, apresentaram diferentes situações a uma cultura africana para estudar as suas reações e concluiu-se que eles tinham expressões faciais iguais ou parecidas às nossas: sorriam, zangaram-se, ficaram tristes, etc.), nos seres humanos e em (alguns) animais (como exemplificamos acima).

É no rosto onde revelamos mais sobre nós, onde damos a nossa primeira imagem ou onde recebemos a primeira imagem que temos dos outros. Podemos dizer que ele tem uma capacidade emissora (sending capacity), tanto para mensagens espontâneas (universais), como para mensagens internacionais (culturalmente marcadas). Através desta capacidade podemos emitir expressões como a Alegria, a Raiva, a Repulsa, o Medo, a Surpresa, o Desprezo ou a Tristeza. Como podemos verificar, no exemplo ilustrativo são-nos apresentadas a expressões faciais. Nelas, podemos identificar as 7 expressões universais. Em duas das imagens identifica-se a expressão de raiva, caracterizada pelas sobrancelhas baixas e juntas e o olhar fixo, tendo por vezes também os lábios cerrados ou a boca aberta, como um sinal de grito. Numa segunda observação, identificamos um rosto de desprezo (lábios de um dos lados da boca apertados e ligeiramente levantados), um de Repulsa (com o nariz enrugado e o lábio superior levantado) e um de Medo (sobrancelhas levantadas e juntas, pálpebras superiores levantadas, e as inferiores tensas, lábios ligeiramente esticados horizontalmente, para as orelhas). Por último, temos a Alegria e a Tristeza, caracterizando-se a primeira pelas rugas em volta do olho, e a segunda pelas pálpebras superiores baixas, a vista desfocada e os cantos da boca ligeiramente baixos.

Paul Ekman, para além de surgir com um conceito de capacidade emissora, ainda nos apresenta o sorriso dito social e o sorriso de Buchenne (que é genuíno). Ou seja, para ele o sorriso pode ser fingido, carregado de algum cinismo. (Paul Ekman, 2007, Emotions Revealed. New York: Times Books idem (2001). Telling Lies. New York: Times Books). Quando queremos esconder ou finger alguma coisa, sabemos como o fazer, porque sabemos que é o rosto que revela as nossas emoções, ou seja, muitas das nossas expressões podem ser construídas ou trabalhadas porque a nossa cultura nos ensinou a isso. (Por exemplo, quando temos medo, mas não queremos demonstrá-lo, rimo-nos nervosamente). Como Paul Ekman constatou, a expressão de Alegria é universal e inata, mas esta pode ser fingida (umas vezes melhor, outras pior, dependendo da cultura). Por exemplo, para os alemães é muito complicado é muito complicado fingir porque foram ensinados a mostrar aquilo que sentem. para os asiáticos, é mais difícil demonstrarem aquilo que sentem porque foram educados para não o fazer.

Concluimos então que Darwin tinha razão no que respeita a haverem 7 expressões faciais [...] universais que não foram aprendidas, mas estas podem ser trabalhadas ou construídas, e fingidas. Ou seja, a teoria de Darwin não está completamente certa. M. Mead, antropóloga que [...... discordou de Darwin, diz que as expressões faciais não são inatas, são culturais e, portanto, têm que ser aprendidas. Ela concorda que temos emoções e expressões inatas. No entanto, como antes referido, podemos fingi-las e, conforme as culturas, podemos ser ensinados a exprimir diferentes emoções.


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