Resumo: No presente artigo, em que pretendemos nos debruçar sobre as diferentes concepções sobre o ensino da língua portuguesa, temos como objectivo saber em que medida as reflexões propostas pelos linguistas são percebidas pelos alunos e professores nas práticas pedagógicas. Para a elaboração do estudo, recorremos à audição de quatro turmas de língua portuguesa de diferentes escolas públicas estatais, aplicando-se um questionário composto por dez perguntas por serem respondidas por escrito. Como pergunta de partida, para a elaboração do mesmo, questionámos: o que a professor está procurando ensinar nesta sala? O que é que está buscando ensinar se aproxima ou se afasta do que se ensina em uma sala de português tradicional? Há coerência entre o que ela diz e o que efectivamente ensina? Assim sendo, constatámos que o ensino de língua portuguesa já não é sinónimo de ensino exclusivo da gramática, bem como notámos uma confusão quando se tenta conceituar os termos gramática e norma culta. Observámos, igualmente, que durante as aulas expõe-se mais nomenclatura e classificações de frases sem objectivos claros. E quanto aos alunos, constatámos que os mesmos não observam aplicabilidade de o que aprendem. Em suma, pensamos que é necessário um estudo para além das normas gramaticais.
Palavras-chave: Ensino de língua portuguesa; Aprendizagem; Gramática; Norma Culta