17PTGIVJCTRAD9817PTGIVJCTRAD98
Text genre | Resumo/Abstract |
Task setting | Clausura |
Subject | Português IV |
Area | Ciências Sociais e Humanas |
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Resumo:
O presente estudo tem como alvo verificar qual é a percepção dos alunos e professores em relação às aulas de português, tendo como foco principal a análise dos resultados da pesquisa linguística, se são percebidos pelos alunos ou não, interessa-nos ainda, saber em que medida as reflexões propostas sobre ensino da língua chegam à sala de aula. Participaram da pesquisa quatro turmas da língua portuguesa de diferentes escolas públicas, totalizando 73 alunos da 7ª e 8ª classes, e, ouvimos os professores dessas quatro turmas. Os dados foram recolhidos atravéz da aplicação de questionários, contendo 10 perguntas para serem respondidas por escrito pelos participantes, onde, optamos por não apresentar alternativas para não restringirmos nem direcionarmos as suas respostas. Para o questionário dirigido aos alunos tinham o objectivo de nos auxiliar a verificar a sua percepção acerca das aulas da língua portuguesa, o que nos ajudaria a apontar em que medida existe coerência entre o discurso dos professores e a prática da sala de aula. Já para os professores, envolveu perguntas que buscavam aferir se eles tiveram acesso às aulas e noções produzidas pela pesquisa linguística dos últimos anos a que se opõe ao ensino centralizado na gramática normativa, e se eles concordam com essas novas concepções, incorporando-as tanto a seu discurso como a sua prática de sala de aula. Os resultados mostram que a ideia da língua portuguesa já não é sinónimo de ensino exclusivo de gramática, mas não podemos dizer que seja sinónimo de prática de linguagem, identificamos ainda, que existe uma distância entre o dizer e o fazer. Quanto aos alunos, eles não observam a possível aplicabilidade do que aprendem na escola à sua vida, observamos também que o discurso de alunos e professores em relação a leitura não coincide, percebemos ainda que existe o interesse, mas não tem sido suficientemente aproveitado e desenvolvido pelos professores. No entanto, não podemos simplesmente responsabilizar os professores. A nossa pesquisa demonstra que é necessário muito mais do que o reconhecimento da ineficiência das aulas de português centrada na gramática normativa.
Palavras-chave: Estudo da gramática normativa; Ensino tradicional; Percepções de alunos
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