Contando uma bela história: a trajetória da ABEn - Bahia
Compreender as raízes da história da ABEn - Ba, é confundi-la com a própria
história da ABEn - Nacional e com o sistema que se expandiu por todas as partes
do mundo caracterizado como "enfermagem moderna", nascido na Inglaterra e
implantado por Florence Nightingale em 1860, ou seja, uma enfermagem
"implantada em bases científicas".
Com a fundação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia em 1946
e para viabilização do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal da Bahia, surgiu a premente necessidade de trazer de
outras regiões enfermeiras que pudessem compor o corpo docente da nova Escola,
assim como, para organizar e dirigir o Departamento de Enfermagem do Hospital
Universitário.
Para organizar essas duas instituições foram recrutadas enfermeiras da Escola
de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), que não pararam por aí,
expandiram seus papéis, traçaram metas e planos que foram mais além, firmou-se
então um compromisso maior entre as enfermeiras docentes e hospitalares que
somaram forças numa luta única sob a liderança das profissionais oriundas do
sudoeste do País.
Foi esse grupo, integrado por professoras - enfermeiras, com alguma vivência
das Associações do Distrito Federal (na época, Rio de Janeiro) e de São Paulo o
responsável, pela idéia de criar a Seção - Bahia, cuja fundação foi
concretizada em 12 de maio de 1948.
A história repetiu-se ao colocar no destino da ABED/ABEn - Ba um começo
relacionado à fundação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da
Bahia. A primeira Diretoria foi proposta pela então diretora da Escola,
Professora Haideé Guanais Dourado, e formada pelas docentes do curso, tendo
sido escolhida para a 1 ª Presidente a enfermeira Olga Verderese (Gestão 1948/
1949).
Os primeiros passos da nova Associação dizem respeito à sua estruturação. Foram
feitos os regimentos provisórios e encaminhados a ABED - Central para análise e
aprovação. As diretrizes centrais eram rigorosamente observadas As reuniões
ordinárias ocorriam mensalmente, à primeira quinta-feira do mês, inicialmente,
em uma das salas do Hospital das Clínicas, com horários pré - estabelecidos
para o início e o término (16:00 às 17:20 h), rigorosamente cumprido. Esta
rigidez era entendida e cumprida na época (décadas de 1940/1950), onde a mulher
não tinha a autonomia dos dias atuais.
Um dos cuidados iniciais e sempre presentes, foi com os Anais de Enfermagem,
denominado posteriormente de Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn), por
entender ser o maior órgão de divulgação da Associação e o grande estimulador
da produção do conhecimento científico da categoria. A ABEn - Ba sempre
colaborou com a REBEn/Anais de Enfermagem, não só na sua divulgação, como
também através de publicações de trabalhos científicos realizados por suas
associadas e que refletiam o dia a dia de sua prática, apresentados em diversos
eventos científicos, particularmente nos Congressos Brasileiros de Enfermagem
(CBEn). Mas, contribuiu e vem contribuindo, principalmente, a partir do
trabalho de suas associadas que coordenaram a Comissão/Diretoria responsável
pela publicação da Revista, como também por aquelas que compuseram e compõem o
corpo de consultoras ao longo de todos este anos.
A preocupação com a divulgação da profissão e com o estabelecimento de um canal
que aproximasse a direção da entidade e suas associadas fez com que, a exemplo
da Nacional, fosse criado um outro órgão de divulgação além da REBEn - o
Boletim Informativo. Vale salientar, que o 1º número do Boletim Informativo
(BI) da ABEn- Ba foi editado em novembro de 1957.
Para a composição do seu quadro de sócios foi criada a Comissão específica para
o "aliciamento de sócias", no sentido de "atrair a si, convidar, seduzir,
angariar" associadas(os) para a então recém criada ABED - ABEn - Ba. O quadro
de sócias foi e continua sendo, a grande preocupação das(os) suas/seus
dirigentes.
Todos sabemos que uma Entidade para ser forte, participativa e respeitada é
necessário que seja representativa. Este quadro sempre sofreu grandes
oscilações. Tivemos momentos de grande participação e de grande evasão. Em
determinado momento da década de 1950 houve 100% de adesão. Eram cerca de 300
enfermeiras e todas sócias. Já na década de 1960, a não participação motivou a
formação de uma Comissão para descobrir "o que estava afastando a enfermeira de
sua Associação". Na década de 1980 voltamos a ser fortes. Hoje mais uma vez,
experimentamos oscilações, porém necessitamos compreender a conjuntura e
identificar os porquês da dificuldade de associação.
No início, a enfermeira para ser sócia era apresentada por uma outra associada
e aprovada em plenária. No presente, basta a decisão de ser sócia(o) da ABEn e
comprovar que é enfermeira(o). Muitas têm sido as estratégias utilizadas para
incrementar o quadro, como: campanhas de associação, envio de correspondências,
visitas às reuniões de serviço, esclarecimentos no Boletim Informativo, mas
como a associação é um ato de livre escolha de cada profissional, o quadro está
sempre na dependência do grau de conscientização e compromisso individual com a
profissão.
Paralelo à preocupação de aumentar o quadro de sócias, estava o cuidado com
aImagem da Enfermeira e a Enfermagem como Profissão, pois por ser à época uma
profissão emergente, necessário se fazia divulga-la junto à sociedade como
profissão de nível superior Para tanto, a ABED exercia um papel de
fiscalizadora, principalmente, quanto à postura da enfermeira (vestuário,
comportamento). O tratamento no local de trabalho era formal, até mesmo entre
colegas e a vigilância com a imagem era grande, interferindo, inclusive, na
organização de desfiles cívicos e de agremiações carnavalescas.
Mas a preocupação da imagem da Enfermeira não se limitava à aparência. Exigia-
se, principalmente, a competência técnica e o conhecimento científico. Neste
particular, a Seção Bahia, da Associação Brasileira de Enfermagem, ganhou
projeção nacional, pois é um celeiro de grandes expressões e referências em
todo o Brasil. Nossas associadas são convidadas para proferir palestras,
conferências, ministrar cursos dentro e fora da Bahia. São indicados para
coordenar e/ou participar da Comissão de Temas de Congressos, participaram e
participam de cargos na Diretoria da ABEn no âmbito Nacional, e, como sabemos,
por duas vezes, sócias da ABEn - Ba presidiram os destinos a nossa Associação,
nacionalmente, a saber Profa Dra. Enfa. Maria Ivete Ribeiro de Oliveira e a
Profa. Enfa. Stella Maria Pereira Fernandes de Barros.
Por volta do ano de 1983, a ABEn - Ba interiorizou-se com a instalação da
Regional Feira de Santana, também formada após a criação do Curso da
Universidade Estadual de Feira de Santana. Outros núcleos foram viabilizados,
como os de Vitória da Conquista, Jequié, Itabuna/Ilhéus, sendo que, no momento,
estão desativados.
Uma outra expansão que ora se desenvolve é a articulação com os grupos de
especialistas em enfermagem. Grupos de Interesse foram criados, colegas
agregadas por especialidades utilizam o espaço da ABEn - Ba, para com ela
traçarem diretrizes de ação. No momento temos em atividade: Grupo de Interesse
em CC e CME; Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiras Obstétras,
Núcleo de Enfermagem em Educação Continuada. As demais Sociedades e Grupos
trabalham com a ABEn - Ba de forma esporádica, como acontece neste momento em
que se organiza o 1º Congresso Baiano das Especialidades em Enfermagem, a ser
realizado em setembro vindouro.
A ABEn - Ba já funcionou em quatro sedes. No início as reuniões da ABED - Ba
eram realizadas em uma sala do Hospital das Clínicas, hoje Hospital
Universitário Prof. Edgard Santos. Posteriormente passou a funcionar na Escola
de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (EE - UFBa) onde lhe foi
destinada uma sala e por um grande período desenvolveu suas ações. No entanto o
sonho da sede própria, espaço onde poderia coordenar melhor suas atividades e
facilitar o acesso das associadas, foi concretizado em 20 de dezembro de 1968.
Baluarte nesta iniciativa foi a enfermeira Nilza Garcia, que com dinamismo
comandou a sua compra, pagamento e instalação na Avenida 7 de Setembro, no
Edifício Fundação Politécnica, Salas 88/89. Entretanto com o crescimento do
centro da cidade, surgiram problemas com a segurança, tornando cada dia mais
difícil o seu acesso, principalmente, em atividades noturnas. A Categoria passa
a reivindicar a sua mudança. Mais uma vez trava-se grande esforço para
concretizar este desejo. Mas em novembro de 1992 a sede da ABEn - Ba mudou-se
para o bairro do Rio Vermelho, sendo sua primeira reforma concluída em 1995. Na
sede atual, as(os) associadas(os) têm acesso ao acervo bibliográfico atualizado
e dispõe de um auditório freqüentemente utilizado para a realização de eventos
científicos.
A melhoria da qualidade da assistência de enfermagem sempre foi a principal
motivação para que a ABEn - Ba se empenhasse ao longo de sua história, em
promover atividades diversas, de cunho científico - cultural. Fóruns de
discussões, cursos, seminários, palestras, encontros, congressos garantiram a
troca de experiências e o estímulo ao desenvolvimento científico, cultural,
político e social. Curiosamente na primeira reunião após a instalação da ABED -
Ba. foram criados cursos e reciclagens nos próprios serviços, para auxiliares
de enfermagem, especialmente de puericultura e tuberculose.
O que a ABEn vem fazendo pela enfermagem baiana e brasileira é indiscritível
pois é impossível desassociar a ABEn da enfermagem. Nasceram e cresceram
juntas, vejamos:
EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM
Tem sido o grande carro-chefe da ABEn e sempre orquestrada pela Comissão
Permanente de Educação/Diretoria de Educação, desenvolveu atividades visando a:
- formação da(o) enfermeira(o)
- formação em enfermagem de nível médio
- profissionalização das(os) exercentes
- qualificação em nível de pós - graduação.
A ação magna foi e tem sido o amplo e permanente debate, em nível nacional
sobre o ensino de enfermagem na definição de uma política de formação e
profissionalização das categorias - Leis do Ensino. Alerta e vigilante a ABEn -
Ba sempre correspondeu e colaborou, apoiando firmemente os embates da ABEn -
Nacional na área da educação destacando - se nesta luta a atuação discussão nas
diversas mudanças de Pareceres que instituíram os currículos mínimos para os
cursos de enfermagem e a luta atual para a aprovação das diretrizes
curriculares para o ensino superior e os referenciais curriculares para o
ensino profissional-habilitação técnico. Este trabalho vem sendo desenvolvido
de forma articulada com a Comissão de Especialistas de Enfermagem/Sesu/MEC, na
qual destacamos o trabalho das associadas Profa Maria Jenny Silva Araújo e
Profa Dra Josicélia Dumet Fernandes.
LEGISLAÇÃO
A Comissão Permanente de Legislação, junto com a Comissão Permanente de
Educação, delinearam por muito tempo o trabalho da ABEn. Os problemas do ensino
e do exercício são interdependentes. Longo foi o caminho para a regulamentação
da profissão e para as enfermeiras serem reconhecidas como profissionais
liberais.
Só o esforço das enfermeiras reunidas em associação de classe, possibilitou o
interesse do Governo na aprovação, pelo Congresso das Leis que regem a
enfermagem brasileira. Mais uma vez a ABEn - Ba esteve alerta e ágil em
acompanhar todo esse processo, enviando telegramas como forma de pressão aos
senhores deputados e senadores, criando, assim, outra forma de apoio. Aos
poucos, tornou-se possível, a aprovação do salário base do padrão básico da
carga horária, da legislação referente à acumulação de cargos (contida na CLT)
e demais conquistas da categoria, obtidas no âmbito federal.
A reclassificação de cargos e funções dos funcionários civis da união, bem como
a garantia de fiscalização junto aos serviços que se instalavam sem a presença
da enfermeira, infringindo a lei nº 775, são outros exemplos que merecem
destaques na história de vitórias trabalhistas.
No âmbito da mobilização política estadual coube a ABEn - Ba encampar a luta
pela formação do quadro da enfermagem da Secretaria Estadual de Saúde.
Posteriormente foi travada uma batalha mais específica que visava o
enquadramento da enfermeira no nível universitário, medida que implicava na
melhoria de salários, intervindo e participando na redefinição do plano de
cargos e salários dos servidores estaduais. Na reformulação dos estatutos da
ABEn, como não poderia ser de outro modo, destacou-se o brilhante trabalho da
ABEn - Ba, liderado pela Profa. Maria Jenny Silva Araújo.
Nos dias atuais, a grande batalha que se tem travado é a instituição da carga
horária de 30horas para as(os) trabalhadoras(es) de enfermagem, já que após
seis anos de tramitação o Projeto foi aprovado no Congresso, porém vetado pelo
Presidente da República.
ENTIDADES DE CLASSE
A ABEn foi a entidade - mãe das demais que hoje representam e defendem os
interesses dos profissionais de enfermagem. Foi através do esforço de suas
diretorias, da conscientização das suas associadas sobre a importância dos
diversos papéis assumidos, que hoje elas existem.
Tudo começou com a necessidade de um Sindicato para o enfrentamento das
questões trabalhistas. Assim em 1959, motivada e estimulada pela ABEn - Ba e
criada a Associação dos Profissionais Liberais em Enfermagem do Estado da Bahia
(APLEN). Entretanto sua atuação é pequena, esbarra na falta de apoio da
categoria e nas restrições políticas instaladas no país nos anos 60 acaba se
extinguindo, para ressurgirem nos anos 70.
Em 1973, mais uma vez, capitaneada pela ABEn - Ba, surge a Associação
Profissional das Enfermeiras da Bahia (APEB). Em 1979 a ABEn - Ba cria uma
Comissão Especial para junto com a APEB agilizar a criação do Sindicato. Em
1980, durante a realização do Congresso Brasileiro de Enfermagem, realizado em
Brasília, a entidade recebe, finalmente, a Carta Sindical. O Sindicato dos
Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB) passa ser uma realidade em 1981, até
meados dos anos 90 funcionou nas dependências da sede da ABEn e durante toda a
sua existência vem desenvolvendo uma agenda de forma integrada e articulada com
a ABEn.
Diante da necessidade de intensificar a regulamentação e fiscalização do
exercício profissional, tornou-se necessária a criação de um novo órgão. Depois
de muitos embates, em 1973 foi criado o Conselho Federal de Enfermagem e
instalada a sua primeira Diretoria Provisória em 1975, mediante a apresentação
de uma lista pela ABEn. Do mesmo modo a ABEn - Ba também indicou a Junta
Especial para a instalação do Conselho Regional de Enfermagem (COREN - Ba),
formada por duas enfermeiras e uma auxiliar de enfermagem.
Ao longo da sua história a ABEn - Ba vem primando por ser uma entidade
democrática sempre atenta às lutas da categoria e na defesa da saúde da
população brasileira. Por esta razão, não se atém apenas às lutas específicas,
mas, busca estar integrada às lutas gerais da população. Dentro deste princípio
é que nos anos oitenta, além de participar dos movimentos sociais que clamavam
pela democratização do país, integrou o Movimento Participação, que se
constituiu num movimento de oposição, que tinha como objetivo democratizar a
entidade, questionando o papel que ela vinha desempenhando, buscavando
articulação com a classe trabalhadora e engajando-se nos demais movimentos
sociais e da área da saúde. Embora, no âmbito nacional, a primeira diretoria
advinda deste movimento tenha tomado posse em 1986, na ABEn - Ba a partir de
1983 e até os dias atuais, são associadas originárias deste movimento que têm
dirigido a entidade.
ATIVIDADES CIENTÍFICAS CULTURAIS, POLÍTICAS E SOCIAIS
Estas atividades refletem a preocupação constante com a prática da enfermagem.
São fóruns de discussões, de troca de experiências, acompanhando sempre o
desenvolvimento científico e tecnológico.
Destacamos, em seguida, os eventos de maior porte:
- Encontro de Enfermagem em Centro Cirúrgico e Centro de Material Esterilizado
- Jornada de Enfermagem Médico Cirúrgica.
- Reunião de Enfermagem Materno - Infantil da Bahia
- Jornada de Administração em Enfermagem
- Encontro de Enfermagem Social da Bahia
- Jornada Baiana de Enfermagem
- Jornada Baiana de Enfermagem na Assistência Domiciliar
- Ciclos de Estudo em Administração de Serviços de Enfermagem e Auditoria
- Encontro de Pesquisa em Enfermagem da Bahia
- Encontros Regionais - ENF Nordeste
1º Encontro de Enfermagem do Nordeste (1º ENF Nordeste)
Tema - Nordeste: Desafio para a Enfermagem
Gestão - Enfª Rosamaría Silva Nunes
11º Encontro de Enfermagem do Nordeste (11º ENF Nordeste)
Tema - Especialização em Enfermagem
Gestão Enf ª lêda Pessoa de Alcântara
16º Encontro de Enfermagem do Nordeste (16º ENF Nordeste)
Tema - Produzindo e Pesquisando o Cuidado de Enfermagem a realidade do Nordeste
Gestão - Ana Lígia Cumming e Silva
- Encontro Internacional
1º Encontro Internacional de Enfermagem de Países de Língua Oficial Portuguesa
Tema - A Enfermagem no Desenvolvimento da Atenção Primária em Saúde - um desejo
para a qualidade
Gestão - lêda Pessoa de Alcântara
- Congressos Brasileiros de Enfermagem (CBEn)
4º CBEn -1950
Tema - Enfermagem Profissional
Gestão -Enf ª Aline Régis Galvão
16º CBEn-1964
Temas - Enfermagem e Pesquisa
Assistência em Enfermagem
Enfermagem Profissão Liberal
Gestão -Enf ª Eurides Correia Rocha
27º CBEn-1975
Temas: Integração do Ensino e Serviço de Enfermagem
Participação do Pessoal de Enfermagem nos Programas de Assistência à Saúde nas
Populações da Zona Rural
Problemas de Assistência de Enfermagem nos Hospitais e Clínicas Particulares de
Grandes Centros Urbanos
Recentes Pesquisas em Enfermagem
Gestão - Enf ª Jandira Santos Orrico
39º CBEn -1987 Tema: O Trabalho na Enfermagem Gestão: Enf ª Nair Fábio da Silva
50º CBEn-1998
Tema: Cuidar-Ação Terapêutica da Enfermagem
Gestão: Enf ª Ana Lígia Cumming e Silva
Semanas Brasileiras de Enfermagem
Como todos os eventos científicos realizados pela ABEn - Ba foram calorosamente
celebrados, com as Semanas Brasileiras de Enfermagem não poderia ser diferente.
Sempre com o objetivo de divulgar a profissão, refletir sobre a prática da
enfermagem, trocar experiências e favorecer o congraçamento da classe.
Destacamos como uma das atividades desse evento a "Feira de Saúde", realizada a
partir do final da década de 1980, promoção que vai até o seio da comunidade,
cuja iniciativa deveu-se à enfermeira Nair Fábio da Silva, então Presidente da
ABEn - Ba.
A ABEn - Ba, como toda a enfermagem brasileira, cresceu e tornou-se adulta. Na
década de 1980 passa a discutir a prática de enfermagem levando também em
consideração seu aspecto político - social. Com o entendimento de que, o
trabalho de enfermagem não é só técnico, mas que reproduz as relações sociais,
firma-se a necessidade de aprofundar a competência técnico-científica agregada
à competência política.
A ABEn tem participado de forma crítica e efetiva nos fóruns políticos de
discussão:
- Conselho Nacional de Saúde
- Conselho Estadual de Saúde
- Conselho Municipal de Saúde de Salvador e de Feira de Santana
- Comitê Municipal de Mortalidade Materna.
Ao completar o seu Jubileu de Ouro em 12 de maio de 1998, a ABEn - Ba
comemorou, em grande estilo, através de uma programação exclusiva, com eventos
realizados nos prédios do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos da UFBa
(ex Hospital das Clínicas), da Escola de Enfermagem da UFBa e da própria sede
da ABEn. Na ocasião foi descerrada a placa comemorativa do seu 50º aniversário,
culminando com um significativo momento, onde se homenageou as líderes baianas
que dirigiram a Entidade nestas cinco décadas de existência, através da
inauguração da "Galeria de Presidentes", resgatando assim a tradição da
enfermagem baiana. Estiveram presentes, neste momento significativo, muitas
dessas líderes que fizeram parte da história da enfermagem, exercendo o papel
de presidentes.
A ABEn - Ba tem plena consciência de suas responsabilidades frente ao momento
pelo qual passa a Entidade. É preciso refletir sobre o passado, fortalecer o
presente, desenvolvendo seu trabalho e cumprindo seus objetivos, respeitando o
compromisso ético e os postulados democráticos.
É preciso resgatar o prazer de ser ABEn! ABEn, um bem que é seu.
É gratificante pertencer a uma Associação que nos seus 70 anos escolheu somo
slogan "Muitas Lutas, Muitas Conquistas, uma causa: a vida e, que aos 75 anos