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BrBRCVHe0034-71672005000400015

BrBRCVHe0034-71672005000400015

National varietyBr
Country of publicationBR
SchoolLife Sciences
Great areaHealth Sciences
ISSN0034-7167
Year2005
Issue0004
Article number00015

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A assistência preventiva do enfermeiro ao trabalhador de enfermagem REVISÃO

A assistência preventiva do enfermeiro ao trabalhador de enfermagem

Nurse's preventive attendance to the nursing worker

La asistencia preventiva de la enfermera al trabajador de enfermería

Ana Lúcia de Almeida CamposI;Patrícia dos Santos Generoso GutierrezII IEnfermeira do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia IIEnfermeira do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle

1. INTRODUÇÃO Os profissionais de enfermagem, inseridos no grupo de trabalhadores de saúde, apresentam distúrbios orgânicos ocasionados pelo tipo de atividade que realizam no seu cotidiano, onde determinadas atividades favorecem o aparecimento de certas doenças que são características da profissão como: problemas auditivos causados por aviões, máquinas barulhentas, entre outros equipamentos cujos ruídos estão acima dos limites; fibrose causada pela inalação constante de de minério; reações alérgicas e comprometimento do fígado e rins causados pela exposição à solventes industriais; defeitos congênitos provocados pela exposição à radiação em usinas nucleares; estresse e úlcera que podem ser gerados por tensão e assédio sexual; exaustão por calor, cãibras musculares e derrame cerebral podem ser ocasionados pelas altas temperaturas presentes nas indústrias siderúrgicas; muitos órgãos podem ficar comprometidos pela exposição constante à pesticidas utilizados nas lavouras; tensão nos olhos podem ocorrer em profissionais que ficam muito tempo concentrados no computador, além de sofrer lesões por esforço repetitivo da digitação(1).

Os trabalhadores de enfermagem apresentam alguns problemas de saúde inerentes à função que desempenham em suas atividades diárias. Em função desta peculiaridade vários trabalhos são voltados aos riscos ocupacionais dos trabalhadores de enfermagem no meio hospitalar.

O objeto deste estudo é a atuação do enfermeiro na assistência preventiva aos profissionais de enfermagem. E diante desta problematização, questionamos em que contexto aparece nos discursos dos enfermeiros (as) o interesse pela assistência preventiva dos profissionais de enfermagem? Quais as ações preventivas recomendadas pelos enfermeiros (as) aos profissionais de enfermagem? Para elucidar tais questões, traçamos os seguintes objetivos: identificar nos discursos dos enfermeiros (as) as ações preventivas recomendadas aos profissionais de enfermagem pelos enfermeiros e comparar as ações preventivas recomendadas pelos enfermeiros aos profissionais de enfermagem comparando-as com as Normas Regulamentadoras (NRs).

A importância teórica deste estudo se traduz em função do número de profissionais de enfermagem que adoecem no exercício de suas atividades no ambiente de trabalho. Esse adoecimento pode estar relacionado tanto a fatores orgânicos quanto psicológicos, além disso alguns riscos e penosidades que acometem o trabalho do profissional de enfermagem ainda não têm a devida atenção preventiva, ocasionando lesões para o trabalhador, ou seja, doenças profissionais:"que são aquelas que ocorrem em conseqüência ao exercício do trabalho, provocando ou que possam vir a provocar lesões ou perturbações funcionais ou orgânicas. A doença profissional é entendida pois, como a que é produzida ou desencadeada pelo exercício laboral peculiar a determinada atividade, decorrente do desenvolvimento normal desta atividade"(2).

No trabalho diário dos profissionais de enfermagem, os riscos estão mais presentes em materiais perfurocortantes, tais como: agulhas, tesouras, bisturis, pinças e escalpes, assim como a exposição à radioatividade(3).

Pudemos avaliar no decorrer deste levantamento bibliográfico que cada atividade desempenhada pelos profissionais pode de certa forma interferir na sua saúde, mas o principal enfoque que queremos dar em nossa pesquisa é a atuação dos enfermeiros (as) em ações preventivas frente às doenças que acometem os profissionais de enfermagem.

2. METODOLOGIA A temática do presente estudo surgiu da experiência que temos em nossa prática profissional onde pudemos observar o absenteísmo dos profissionais de enfermagem decorrentes de doenças relacionadas ao trabalho, o que nos despertou o interesse em nos aprofundar no papel do enfermeiro nas ações preventivas relacionadas à saúde do trabalhador de enfermagem em sua trajetória profissional.

Para responder nossas inquietações adotamos a pesquisa de caráter qualitativo fundamentada na abordagem histórica-social. Após aceitarmos o desafio de construir um estudo desta natureza, o primeiro passo foi buscar bibliografias sobre o tema, o que nos ajudou na definição do objeto e dos objetivos do estudo, o segundo passo foi a busca dos discursos dos enfermeiros (as) acerca da temática em fontes primárias.

As fontes primárias selecionadas são artigos publicados na Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn), por ser este o mais antigo periódico de enfermagem no Brasil.

Durante o processo de seleção das fontes primárias e de levantamento bibliográfico foi possível delimitar o recorte temporal de 1976 a 2003. O recorte inicial de 1976 foi escolhido por ser o ano da primeira publicação da área intitulada:Pesquisas em Enfermagem Fadiga e Aspectos Ergonômicos no Trabalho de Enfermagem, de autoria de Maria Yvone Chaves Mauro e colaboradores, na Revista Brasileira de Enfermagem.

O recorte terminal de 2003 foi escolhido por ser o ano da última publicação na REBEn sobre o assunto até o término do período de coleta de dados definido para a realização deste artigo que foi o mês de março de 2004.

As fontes secundárias correspondem aos artigos da Revista Brasileira de Enfermagem, periódicos, livros, dissertações e teses referentes às ações preventivas de enfermeiros (as) à saúde dos trabalhadores de enfermagem.

Para a análise das fontes primárias extraímos dos discursos das enfermeiras (os) o que se recomendava em relação à assistência preventiva à saúde dos trabalhadores de enfermagem. Para análise das fontes, seguimos os seguintes passos: ordenação dos dados - abrange os depoimentos dos sujeitos do estudo e os documentos escritos. Releitura do material e organização dos achados em determinada ordem, o que supõe um início de classificação; classificação dos dados - compreende a leitura exaustiva dos achados, prolongando uma relação interrogativa com eles. Nesta etapa, apreende-se as estruturas de relevância dos atores sociais, as idéias centrais que tentam transmitir e os momentos- chave de sua existência sobre o tema em foco, organizando-os em torno de categorias; análise final - compreende o movimento incessante entre os achados e o referencial teórico da pesquisa, apontando para a hipótese teórica e os objetivos do estudo(4).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ações preventivas em saúde do trabalhador propostas por enfermeiros Em seu artigo Mauro et al(5) interessaram-se pelo estudo das condições de trabalho de seu grupo profissional, principalmente no que se relaciona à fadiga. Após a realização da pesquisa sobre as condições de trabalho dos enfermeiros as autoras recomendaram a difusão entre os enfermeiros o estudo de aspectos ergonômicos e de higiene e segurança do trabalho, o que visaria a própria proteção, bem como a recomendação às autoridades competentes estudo para a adaptação da legislação vigente no que tange os trabalhos de enfermagem, e ao meio em que ele se desenvolve, quais sejam: Hospitais, Casa de Saúde Particular, Indústrias, Saúde Pública, etc.

As autoras Costa e Deus(6) levantam os riscos ocupacionais presentes em uma UTI, expõem estratégias que podem ser utilizadas para tornar o ambiente menos insalubre. Entre elas: temperatura em torno de 21ºC ou 20ºC e 23º C, a fim de não interferir nas funções normais do corpo humano; a higiene das mãos deve ser realizada com solução detergente anti-séptica; a coleta do lixo deve ser feita em recipiente próprio; utensílios como comadres, bacias, devem ser de uso individual e desinfectados com solução apropriada. Outra sugestão é a realização de treinamentos para a equipe de enfermagem, visando novos hábitos através de novos conhecimentos.

Os riscos ocupacionais não estão somente no paciente da UTI e sim no próprio ambiente e também naqueles que prestam assistência aos pacientes. É necessário que se lute por um ambiente menos agressivo e com melhores condições de trabalho.

Pontes(7) destaca o trabalho noturno como prejudicial à saúde do trabalhador, onde o ritmo circadiano sofre alteração, causando distúrbios do sono e da vigília.

Este fato leva a dificuldades em realizar tarefas, tendo-se de despender esforços físicos e psíquicos elevados, podendo levar ao surgimento de doenças.

A autora através da fala de enfermeiros que trabalham no período noturno detectou que as condições de trabalho são críticas, desgastantes, cansativas, enfim prejudicial à saúde. Sua recomendação recai no repouso legalizado durante o turno de trabalho, que na prática ocorre, porém de forma não oficial.

As autoras Souza e Vianna(8) levantam a relação entre acidentes de trabalho e o não uso de precauções universais.

A preconização de precauções universais se através do uso barreiras, tais como: luvas à realização de procedimentos invasivos, com presença de sangue e fluidos orgânicos, mucosa ou pele lesionada e materiais contaminados; máscaras e óculos protetores em procedimentos em que houver gotículas de sangue ou outro fluido orgânico que atinjam mucosas; aventais; lavagem das mãos imediata sempre que houver contato com sangue, fluidos orgânicos, incluindo a retirada das luvas; não reencapar agulhas; desprezar materiais perfurocortantes em recipientes adequados.

Segundo Brevidelli et al(9) em seus discursos surgem a preocupação com a saúde dos profissionais de enfermagem, mais especificamente na rede hospitalar.

De acordo com o referido artigo, o risco de se adquirir uma infecção no ambiente de trabalho, representando um risco ocupacional, suscita a implementação de ações ou medidas preventivas, que segundo os autores com o objetivo de aumentar a segurança do profissional de saúde, principalmente após o surgimento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), sendo implementadas as precauções universais.

As recomendações feitas para prevenir exposições e aquisição ocupacional de infecção consistem em: uso de barreiras ou equipamentos de proteção que evitam o contato com fluidos potencialmente infectados, FPI: sêmen, secreções vaginais, líquor, líquido sinovial, pleural, pericárdico, peritoneal, amniótico ou fluidos visivelmente contaminados por sangue, manipulação cuidadosa de agulhas e objetos cortantes(9).

A preocupação dos autores com o uso de precauções universais por profissionais de enfermagem é sempre atual, uma vez que mesmo com treinamentos e palestras, a mudança nos hábitos dos profissionais em seu meio de trabalho é lenta, sendo necessário um trabalho constante partindo do conhecimento do próprio profissional acerca das precauções universais e sua importância para a saúde do trabalhador.

Os autores Robazzi e Marziale(10) apresentam algumas considerações sobre a situação em que se encontram os trabalhadores brasileiros de enfermagem ressaltando os riscos ocupacionais e os acidentes de trabalho que estes sofrem bem como o adoecimento desses profissionais que muitas vezes não é atribuído aos problemas e as questões decorrentes de sua atividade laboral.

Os autores ressaltam que a conscientização dos trabalhadores acerca dos riscos relacionados à sua ocupação é importante para que seja por estes reivindicadas melhores condições de trabalho.

Os autores abordam como penosidade os rodízios de escalas de turnos noturnos e diurnos, os finais de semana e feriados, as duplas ou triplas jornadas em função do baixo salário, o envolvimento com as dores alheias e a desvalorização de seu trabalho e para reverter esse quadro deve-se mudar o modo de atuar, que não seja ingênuo e dócil, mas consciente de que para prestar assistência aos clientes é necessário melhores condições de trabalho e remuneração digna.

Sarquis e Felli(11) analisaram os acidentes de trabalho ocorridos com trabalhadores de enfermagem em um hospital público, sendo significativa a freqüência de acidentes com instrumentos perfurocortantes, o que acaba por expor estes profissionais aos riscos biológicos e graves doenças.

O interesse por acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes em profissionais de saúde evidenciou-se com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Para Cole (1996) apud Sarquis e Felli (2000) a transmissão do HIV em trabalhadores de saúde associa-se principalmente aos acidentes com perfurocortantes. Deste modo com o aumento da possibilidade de exposição aos riscos enfatiza-se a incorporação da prática das precauções padrão (avental, luvas, óculos, máscaras, gorros, e botas) como barreira de transmissão, o que nem sempre é adotado nas instituições(11).

Takeda, Robazzi e Lavrador(12) trabalham com o adoecimento ocupacional por tuberculose dos profissionais de enfermagem que atendem pacientes tuberculosos, considerando portanto o risco ocupacional dos trabalhadores de enfermagem, por estes permanecerem 24 horas prestando assistência aos doentes.

Os autores consideram também as longas jornadas de trabalho, as condições insalubres do local de trabalho, a baixa remuneração e conseqüentemente o duplo emprego que ocasiona pouco intervalo para descanso e para as refeições, estresse, sobrecarga de trabalho, ou seja são diversos riscos no ambiente nosocomial que estes trabalhadores submetem-se como pontuado por Steagall-Gomes 1986 apud Takeda et al(12).

Além disso, a demora para a confirmação da doença por ocasião da internação dos pacientes, assim como o não esclarecimento do diagnóstico médico, favorece a exposição dos trabalhadores de enfermagem ao bacilo de Koch.

Bulhões e Kusano apud Takeda et al(12) acreditam que enquanto o diagnóstico médico não está aclarado possibilita que os profissionais de enfermagem negligenciem as medidas de proteção.

Os autores constataram que quatro trabalhadores de enfermagem no período de 1992-1995 adquiriram tuberculose comprovadamente pela perícia em decorrência do seu trabalho, ou seja, houve nexo causal entre o trabalho e a doença desenvolvida, sendo três destes auxiliares de enfermagem e uma atendente de enfermagem.

Os autores destacam o ambiente de trabalho como um meio insalubre e estressante, onde os trabalhadores são responsáveis por pacientes graves, à beira da morte, com problemas físicos, mentais, e sociais lidando assim com a dor, o sofrimento ou a morte propriamente dita, além disso, expõem-se aos produtos químicos (desinfetantes, esterilizantes, medicamentos, agentes físicos e biológicos).

Como vimos os riscos são inúmeros, mas em relação à tuberculose uma pesquisa mostrou que os enfermeiros tinham 500 vezes mais probabilidade de que o público em geral a desenvolver tuberculose, e soma-se a isto ainda o fato dos pacientes com tuberculose permanecerem internados em enfermaria comum, sem o adequado isolamento.

Este estudo considerou a tuberculose como sendo uma enfermidade que confere um risco ocupacional para os trabalhadores de enfermagem hospitalar.

Marziale(13) em seu estudo procurou identificar os acidentes de trabalho que ocasionaram injúrias percutâneas entre trabalhadores de enfermagem de dois hospitais de São Paulo. Ocorreram injúrias percutâneas em 394 trabalhadores, sendo notificados 277 acidentes. Para a autora a notificação é importante para que se planeje estratégias preventivas, e também é um recurso que assegura ao trabalhador o direito de receber avaliação médica especializada e benefícios trabalhistas. A autora conclui também a necessidade de implementar programas educativos junto a disponibilização de material de segurança, adequação da organização do trabalho.

Observamos que a preocupação dos autores vai ao encontro com o que se preconiza na NR-17 a respeito da Ergonomia, a qual permite a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Assim como a NR-24 que trata das condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho (14).Salientamos a NR-15 que dispõe sobre atividades e operações insalubres abordando aspectos como agentes químicos e biológicos(14).

Observamos também que alguns princípios da NR-06, que trata de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são destacados e recomendados pelos enfermeiros aos trabalhadores de enfermagem(14).

Os autores sugeriram treinamento, que estaria de acordo com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) abordada na NR - 7, cujo objetivo é de promover e preservar a saúde do conjunto de seus trabalhadores, contudo não aborda aspectos como rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde, assim como a realização obrigatória dos exames médicos: admissional, periódica, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional(14).

Percebemos que os autores não mencionaram ações preventivas de acidentes como é abordado na NR 5 através da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), a qual promove o desenvolver de ações de prevenção de acidentes decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo que conta com a participação tanto do empregador quanto dos empregados(14).

4. CONCLUSÃO A partir do levantamento bibliográfico realizado percebemos com esta revisão histórica, compreendida entre 1976-2003, ou seja, vinte e sete anos, ainda muito que se avançar, pois os profissionais de enfermagem continuam adoecendo, o que é uma contradição, na medida em que estes trabalhadores contribuem para preservar a vida e a saúde do homem, mas ainda não conseguiram resolver os problemas relativos a sua própria proteção.

Ao longo desta pesquisa e através da análise dos artigos da Reben, fontes primárias, constatamos a sempre presente preocupação dos enfermeiros com a saúde do trabalhador de enfermagem, empenhando-se em criar ações preventivas de riscos ocupacionais provenientes do ambiente de trabalho e do tipo de atividades exercidas, contudo não contemplaram o trabalhador em sua totalidade, uma vez que as ações preventivas não incluíram a sua família e a comunidade que está inserido.

É através da fala do trabalhador que os Enfermeiros do Trabalho podem identificar problemas no ambiente de trabalho, partindo em primeiro lugar da avaliação do nível de trabalho, de satisfação, aceitação e adaptação de cada trabalhador em relação às atividades que exercem, cabendo ao profissional avaliar deficiências, e planejar meios de solucionar os problemas identificados, adequando o ambiente de trabalho ao trabalhador, reduzindo os fatores nocivos à sua saúde.

Atualmente, a Enfermagem do Trabalho não centraliza suas ações no modelo assistencial, mas vem investindo em um modelo preventivo, em que o trabalhador é visto como um todo, onde o foco na saúde tem uma dimensão coletiva com atenção constante e ativa, com enfoque nas relações interpessoais e na humanização da atenção à saúde.

Portanto, reconhecemos a necessidade de buscar condições de trabalho e respaldo legal que garantam a qualidade não da assistência aos pacientes, mas também de vida dos profissionais que atuam no setor saúde, ainda mais na lógica atual de trabalho em que os Direitos Trabalhistas outrora adquiridos vem sendo deixados em segundo plano, pois uma desregulamentação dos Direitos do Trabalho traduzida através da flexibilização das Leis do Trabalho a fim de se adequar ao mercado capitalista, uma vez que a taxa de lucro está atrelada a taxa de exploração de trabalho.

E assim vamos vendo anos de luta e conquista se esvaindo em processos de terceirização, flexibilização, cooperativização entre outros. Dentro desta perspectiva acreditamos que a Enfermagem do Trabalho tem dupla tarefa, não a de buscar melhores condições de trabalho como também pela não desregulamentação do Direito do Trabalho.


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