Qualidade de vida de pessoas colostomizadas com e sem uso de métodos de
controle intestinal
INTRODUÇÃO
A perda do controle da eliminação de fezes e gases, causada pela abertura de um
estoma intestinal, constitui fator forte de impacto emocional para as pessoas
estomizadas, porque o estoma lhes altera o esquema corporal, a auto-imagem e a
auto-estima, além de determinar outros distúrbios associados a essas. Tais
alterações acarretam transtornos vários em suas vidas, com os quais passam a
conviver e que, sabidamente, prejudicam a sua qualidade de vida(1-3).
Isso justifica iniciar o processo de reabilitação das pessoas que se tornarão
estomizadas tão logo seja diagnosticada a necessidade de um estoma. A
continuidade desse processo no pós-operatório tardio requer a manutenção do
suporte físico, social e psicológico de todos os integrantes da equipe de
saúde, sem limite de tempo, por meio de cuidados gerais e específicos e da
aplicação de medidas preventivas e terapêuticas que se fizerem necessárias,
além da retaguarda do grupo de apoio, ou de auto-ajuda, visando a facilitar a
convivência com o estoma e, com isso, melhorar a qualidade de vida das pessoas
estomizadas(1).
Concernente aos cuidados específicos, a irrigação e o sistema oclusor da
colostomia são recursos importantes na reabilitação de pessoas colostomizadas,
possibilitando-lhes o controle intestinal mais efetivo, com reflexos para a sua
qualidade de vida. São os métodos de controle intestinal mais usados atualmente
e, além de terem boa aceitação por parte dos usuários, proporcionam-lhes muitas
vantagens, podendo ser usados de modo isolado ou associados. Destaca-se que a
obtenção da "continência" da colostomia sempre foi objeto de preocupação dos
integrantes da equipe de saúde, na tentativa de minimizar os efeitos da perda
de habilidade para o controle das eliminações e facilitar o viver e o conviver
dessas pessoas, tendo como metas a reabilitação e a qualidade de vida(4). Ambos
os métodos necessitam de indicação médica, e o enfermeiro, de preferência, o
especialista em estomaterapia, é responsável pela avaliação e treinamento da
pessoa colostomizada. Essa pessoa, além da motivação e interesse, que são
imprescindíveis para se engajar no programa de treinamento, deve preencher
alguns critérios como: ter colostomia terminal, de uma boca, localizada no
cólon descendente ou sigmóide; ter destreza e habilidade física e mental para
realizar o procedimento; ter ausência de complicação no estoma e não ser
portadora de síndrome de cólon irritável(4-6). A avaliação e a seleção devem
obedecer aos critérios de inclusão estabelecidos por protocolos internacionais
e nacionais, levando em conta a pessoa, as características do estoma e do
efluente e os equipamentos usados para a sua execução, a fim de garantir o
sucesso no uso de tais métodos, embora sejam de fácil aprendizado e realizados
com técnica limpa(4-5).
Quanto à irrigação, uma de suas vantagens relaciona-se à continência da
colostomia com base nos significados de segurança e conforto atribuídos pelas
pessoas colostomizadas como essenciais à sua reintegração social(7-8). Assim,
essa vantagem se consolida na manifestação de sentimentos de satisfação e
sensação de normalidade, maior segurança e diminuição da ansiedade e,
conseqüentemente, maior facilidade no ajustamento social e emocional e no
retorno às atividades diárias de trabalho e lazer, além do bem-estar causado
pela redução ou ausência de restrições alimentares(4,7,9), conferindo-lhes um
modo melhor de conviver com a colostomia. Destaca-se que os resultados
alcançados pelas pessoas com o uso da irrigação da colostomia, nos últimos
anos, têm sido responsáveis pela ampliação do uso desse método, principalmente,
pelo impacto positivo sobre a sua qualidade de vida(10).
O sistema oclusor da colostomia representa um importante avanço para o cuidado
das pessoas colostomizadas, facilitandolhes a convivência com o estoma e, ao
contrário dos implantes que o antecederam, não exige intervenção cirúrgica para
a aplicação. O primeiro estudo clínico realizado testou o sistema em 53 pessoas
colostomizadas, voluntárias, sendo que 30 delas irrigavam a colostomia. Nos
resultados, o tempo de uso do oclusor variou entre 10 e 24h nas pessoas que
praticavam a irrigação e entre 5 e 10h naquelas que não a praticavam, com
diferença estatística significante entre os dois grupos em relação ao número de
oclusores usados. Relataram, ainda, a eficiência do sistema na continência de
fezes, a eliminação de gases, sem o ruído e odor característicos, em quase 100%
dos oclusores usados, não sendo observada complicação no estoma ou pele
periestoma, e a facilidade de inserção na colostomia pela maioria das pessoas.
Mencionaram, ainda, as razões que forçaram a sua remoção, em prazo menor, em
ambos os grupos, quais sejam desconforto intestinal e dor em cólica pela
distensão pelos gases, dada a obstrução parcial do filtro por muco e fezes, e
vazamento de fezes(6). A partir da divulgação desse estudo, o sistema passou a
ser testado por diferentes pesquisadores e em vários países do mundo, inclusive
no Brasil, avaliando as mesmas variáveis, para confirmar a sua eficiência.
Diversos autores(11-16), trabalhando com amostras de tamanhos diferentes,
confirmaram os efeitos satisfatórios conforme descritos anteriormente. Mediante
os resultados, os pesquisadores foram unânimes em afirmar que o sistema
contribui para a recuperação da autoimagem e aumento da autoconfiança, com
reflexos para a qualidade de vida da pessoa colostomizada. Para alguns autores
(17-19), tanto o uso do sistema isolado, como associado ao da irrigação da
colostomia, constitui método eficaz para melhorar a qualidade de vida das
pessoas colostomizadas. Outro estudo consultado(20) destacou que esse sistema
permite a eliminação de gases sem o ruído característico, sendo responsável
pela participação mais confiante dessas pessoas nas atividades sociais.
Com base em todos os aspectos mencionados e reconhecendo a importância desses
métodos para a reabilitação de pessoas colostomizadas, ao serem consultados
alguns estudos realizados com pessoas, com e sem estoma, e de pessoas que
tinham estomas definitivos, observaram-se resultados contraditórios no que se
referia à qualidade de vida, embora a presença do estoma tenha sido sempre
apontada como uma fonte de preocupação. Estudos(21-23)mencionaram que a
qualidade de vida de pessoas estomizadas tende a ser pior do que a daquelas não
estomizadas. Ao contrário, para outros autores(24-25), a colostomia definitiva
não é sempre o fator que afeta a qualidade de vida da maioria das pessoas.
Outros estudos(2,27-29) não encontraram diferenças relativas à qualidade de
vida entre as pessoas colostomizadas quando comparadas àquelas não
colostomizadas.
Nessa busca, como não foram encontrados estudos que comparassem a qualidade de
vida de pessoas colostomizadas que utilizavam a irrigação e o sistema oclusor
da colostomia, os dois métodos de controle intestinal, com a daquelas que não
os utilizavam, por meio de instrumentos validados para coletar dos dados,
surgiu o interesse da pesquisadora em investigar a influência do uso desses
métodos no estilo de vida dessas pessoas e, consequentemente, sobre a sua
qualidade de vida. Além disso, deveu-se à necessidade de melhorar as evidências
científicas, de modo a possibilitar a indicação e utilização mais freqüente
desses métodos, em nosso meio.
Acredita-se que a investigação acerca do viver e conviver dessas pessoas, com e
sem o uso dos métodos de controle intestinal, e no modo como percebem a sua
qualidade de vida no contexto em que vivem, possa contribuir com subsídios para
facilitar a prestação de assistência especializada, além de consistir em
excelente fonte de informação para estudos posteriores. Assim, o estudo partiu
da hipótese de que as pessoas colostomizadas que utilizam os métodos de
controle intestinal têm qualidade de vida melhor do que aquelas que não os
utilizam, e teve como objetivo principal: Avaliar e comparar qualidade de vida
de pessoas colostomizadas que utilizam e não utilizam os métodos de controle
intestinal, ou seja, a irrigação e o sistema oclusor da colostomia.
MÉTODO
O estudo caracteriza-se como epidemiológico com desenho transversal e de cunho
analítico, e foi desenvolvido no Setor de Estomizados do Ambulatório Regional
de Especialidades do Hospital Heliópolis, após a apreciação e aprovação do
projeto pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo
e do referido hospital.
A amostra foi constituída de 50 pessoas colostomizadas que usavam os dois
métodos ou Grupo com Métodos de Controle Intestinal (MCI) e 50, que não os
utilizavam ou Grupo sem Métodos de Controle Intestinal (MCI) que foram
comparados a respeito de sua qualidade de vida.
Os dados foram coletados em duas fases: levantamento nos prontuários, para
identificação das pessoas colostomizadas do Grupo com MCI e entrevistas para
preenchimento dos instrumentos de coleta de dados, conforme plano estabelecido
com a enfermeira especialista responsável pelo Setor. Quanto ao Grupo sem MCI,
em virtude da alta demanda de freqüência no Setor, as pessoas foram
identificadas e entrevistadas no dia da consulta e, nesse momento, também foram
preenchidos os dados da ficha de identificação. As entrevistas foram realizadas
pela pesquisadora e pela enfermeira especialista em local reservado, a fim de
garantir a privacidade da pessoa colostomizada.
Quanto à utilização de instrumento de medida, destaca-se que, dada a escassez
de instrumentos específicos para avaliar a qualidade de vida de pessoas
colostomizadas e os existentes(30-33), ainda, não foram traduzidos e validados
para o português do Brasil, optou-se por usar o WHOQoL-abreviado, apoiando-se
em duas razões principais: o aspecto transcultural do instrumento e o fato de
haver sido traduzido e validado para o português do Brasil, com propriedades
psicométricas testadas e confirmadas em nosso meio(34), apesar de seu caráter
genérico(35).
Esse instrumento é composto de quatro domínios: Físico, Psicológico, Relações
Sociais e Meio Ambiente. Cada um dos deles é constituído de facetas, perfazendo
um total de 24 facetas, mais 2 para Qualidade de vida e Saúde Geral, que não
são incluídas nos escores dos Domínios. Cada faceta é avaliada por apenas um
item ou questão, somando-se 26 questões(34-37). São usados quatro tipos de
escalas de intervalo para as respostas (tipo Lickert, com pontuação de 1 a 5),
que foram projetadas e testadas para refletir intensidade, capacidade,
freqüência e avaliação(34-35).
Para a análise dos dados, foi utilizado o programa de software SPSS
(Statistical Package for Social Sciences), conforme orientação da Organização
Mundial de Saúde(35).
RESULTADOS
Comparadas as variáveis sociodemográficas e clínicas (doença de base, doença
associada, tratamento adjuvante, tempo de uso de irrigação e do sistema oclusor
[meses] e de permanência do sistema oclusor [hs]), verificou-se que não houve
diferença estatisticamente significante entre as pessoas colostomizadas dos
Grupos com e sem MCI. No entanto, para as outras variáveis clínicas: Tempo de
colostomizado e de Acompanhamento no Serviço, observou-se que a média para as
pessoas do Grupo com MCI era maior do que para as do Grupo sem MCI, com
diferença estatisticamente significante entre os Grupos (p-valor <0,001).
Verifica-se pela Tabela_1 que os escores médios obtidos em todos os domínios e
na qualidade de vida geral pelas pessoas colostomizadas com MCI foram maiores
do que aqueles obtidos por aquelas que não os utilizavam, com diferença
significativa (p valor <0,001).
Em face desses resultados, optou-se por verificar quais facetas se
correlacionavam mais com o escore médio de qualidade de vida em cada um dos
domínios, em ambos os grupos. Isso pode ser observado nos dados da Tabela_2.
Nota-se que apenas a faceta: Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e
qualidade não se correlacionou de modo significativo com o escore do domínio
Meio-Ambiente no grupo com MCI. Por outro lado, todas as demais que compõem os
domínios: Físico, Psicológico, Relações Sociais e Meio-Ambiente tiveram
correlação significante com o escore médio desses domínios, embora com
diferenças nos valores das magnitudes entre os dois grupos.
DISCUSSÃO
O objetivo primordial das intervenções em saúde tem sido a busca do nível de
excelência em qualidade de vida das pessoas. Em se tratando de pessoas
colostomizadas, em caráter definitivo, a utilização dos MCI constitui um
recurso fundamental na concretização da melhoria da qualidade de vida, o que
foi constatado pelos resultados deste estudo. Com base nas análises
estatísticas, com alta confiabilidade, pode-se afirmar que as pessoas
colostomizadas que usam MCI têm qualidade de vida significantemente melhor do
que aquelas que não os utilizam.
O estudo se baseou na definição de qualidade de vida proposta pela Organização
Mundial de Saúde(35), que afirma a percepção do indivíduo de sua posição na
vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em
relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, pela
importância atribuída ao contexto cultural e valores considerados na avaliação
e à relevância das metas, expectativas padrões e preocupações, ou seja,
considerar a pessoa com seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações,
dentro de seu contexto de vida, de cultura e de sistemas de valores. Partindo
dessa premissa, vale destacar que os objetivos, expectativas, padrões e
preocupações das pessoas colostomizadas são específicos de sua condição e
estilo de vida atuais e que, provavelmente, diferem daqueles que tinham
anteriormente à doença e à cirurgia.
Vistos os resultados e, conforme dito anteriormente destaca-se que não foram
identificados estudos semelhantes, ou seja, que comparassem a qualidade de vida
de pessoas colostomizadas, com e sem o uso MCI, utilizando o WHOQoL-abreviado,
para possibilitar a comparação com os achados deste estudo. Karadag et al(10),
utilizando os instrumentos SF-36 e DDQ-15 (Digestive Disease Questionaire),
divulgaram os resultados de estudo realizado com 25 pessoas que irrigavam a
colostomia e 10, que não a irrigavam, sendo a coleta de dados feita antes e
doze meses após a implementação de um programa de assistência. Os resultados do
DDQ-15 foram altamente significantes no grupo experimental, sugerindo um ganho
considerável na qualidade de vida com a irrigação da colostomia. Do mesmo modo,
os resultados do SF-36 demonstraram que a qualidade de vida desse grupo
apresentou melhoras significativas nos itens referentes às atividades físicas e
sociais, aspectos emocionais, saúde mental, vitalidade e dor corporal, enquanto
nas pessoas que não irrigavam a colostomia, as melhoras significativas se deram
apenas nas atividades sociais e na saúde mental. Na opinião dos autores, tais
achados apóiam a idéia de que a prevenção da eliminação intestinal
descontrolada, por meio da irrigação da colostomia, contribui para melhorar a
qualidade de vida de pessoas colostomizadas.
Também com pessoas que irrigavam e não irrigavam a colostomia, Valenti,
Salabert e Borsot(38) elaboraram e aplicaram um instrumento para comparar os
benefícios da irrigação em relação à adaptação, conforto e custos em um grupo
de 20 pessoas colostomizadas que utilizavam o método e em outro, também de 20,
que usavam os equipamentos coletores. Observaram que as pessoas que irrigavam a
colostomia sentiam-se mais confortáveis, adaptaram-se mais facilmente ao seu
meio social e tiveram um custo consideravelmente menor em relação àquelas que
usavam equipamentos coletores. Segundo os autores, os resultados possibilitaram
afirmar que a irrigação da colostomia é um método efetivo que, além de diminuir
os custos relacionados à assistência, melhora a qualidade de vida de pessoas
colostomizadas.
O estudo de Juárez et al(39), usando o Questionário Montreax de Qualidade de
Vida, avaliou a qualidade de vida de 30 pessoas colostomizadas, antes e após
terem sido treinadas para a irrigação da colostomia. Como resultados, o índice
médio de qualidade de vida que, antes do treinamento, foi de 54,2%, após o
treinamento, passou a 77,3%, tendo alcançado a pontuação máxima de 91,3%. Foram
observadas diferenças estatisticamente significativas entre os índices obtidos,
antes e após o treinamento, em todas as dimensões de qualidade de vida
avaliadas pelo instrumento usado.
Avaliando também a qualidade de vida de pessoas colostomizadas, Galán(17)
investigou duas amostras: uma de 25 pessoas, usando somente o sistema oclusor
da colostomia e outra de 8, que usavam a irrigação da colostomia associada ao
sistema oclusor. Para tanto, elaborou e aplicou três instrumentos para a coleta
de dados, que foi feita em três momentos: antes do início do uso de MCI
(questionário 1), depois de um período de adaptação das pessoas ao seu uso
(questionário 2) e após um período, que considerou suficiente, para que tais
pessoas pudessem avaliar o impacto desses métodos em sua qualidade de vida
(questionário 3). Porém não deixou clara a duração desses períodos nem
descreveu os instrumentos. Nos resultados, observou que tanto as pessoas que
usavam somente o sistema oclusor da colostomia como as que o utilizavam
associado à irrigação, tiveram melhora considerável na participação de
atividades físicas e sociais, além de alto nível de satisfação com a sua
qualidade de vida.
Ainda Aragonés et al(40), utilizando seis instrumentos diferentes (dentre estes
o Questionário de Depressão de Beck e o Questionário de Qualidade de Vida de
Gimeno et al), analisaram os efeitos do uso do sistema oclusor da colostomia
sobre os aspectos físicos, sociais e emocionais da pessoa colostomizada. Para
tanto, as 15 pessoas da amostra, que concordaram em participar do estudo,
preencheram os mesmos instrumentos antes de serem treinadas para usar o
dispositivo e um mês após a sua utilização. Como resultado, houve diferença
estatística significativa para a maioria das variáveis estudadas, ou seja, o
sistema oclusor da colostomia contribuiu para a diminuição dos incômodos e
medos, melhorou o estado de saúde e bem-estar e propiciou melhora em várias das
atividades cotidianas, refletindo-se, positivamente, na qualidade de vida
dessas pessoas.
Os resultados dos estudos citados(10,17,38-40), embora enfatizando pessoas
colostomizadas que irrigavam e não irrigavam a colostomia, ou que a usavam a
irrigação da colostomia associada ao sistema oclusor, ou que usavam apenas o
sistema oclusor da colostomia, mesmo sem compará-las a outras que não
utilizavam os métodos, corroboram os achados deste estudo, pois destacam a
melhoria na qualidade de vida com o uso de um ou dos dois métodos de controle
intestinal.
Esse achado serve para alertar os profissionais de saúde, principalmente o
cirurgião e o enfermeiro, de preferência, o especialista em estomaterapia, de
sua responsabilidade na divulgação das vantagens e benefícios do uso desses
métodos para as pessoas colostomizadas por ocasião da alta hospitalar, nos
ambulatórios, nos consultórios, nas reuniões da associação de estomizados e nos
eventos específicos. Devem divulgá-los, também, por meio da publicação de
pesquisas ou da apresentação de trabalhos nos eventos científicos, sempre
visando à qualidade de vida dessas pessoas.
A qualidade de vida das pessoas estomizadas e, em especial, das colostomizadas
deve ser vista como um bem maior a ser mantido e/ou recuperado, para que estas
possam viver felizes e em harmonia no seu contexto de vida. Para tanto, a
medicina, a enfermagem e outras ciências afins, por intermédio dos
profissionais que compõem a equipe de assistência, não devem medir esforços
para que a qualidade de vida dessas pessoas seja o desfecho da assistência
prestada em todas as fases do tratamento cirúrgico.
CONCLUSÃO
Os resultados confirmaram a hipótese do estudo, pois a qualidade de vida das
pessoas colostomizadas que fazem uso de MCI apresenta diferenças
estatisticamente significativas em relação àquelas que não os utilizam.