Editorial
Editorial
Ana Ferreira de Almeida*
*Diretora da Silva Lusitana
A revista Silva Lusitana entra agora no seu 21º ano de ininterrupta publicação.
Muito mudou entretanto, mas não o propósito que nos norteia desde o primeiro
número da Revista, que é o de contribuir para a divulgação de resultados de
trabalhos de investigação científica que tenham como objeto a Floresta.
Não obstante as sucessivas reestruturações que atingiram os organismos públicos
com incidência nas florestas, e que naturalmente arrastaram uma quebra nas
respetivas atividades, a fileira florestal continua a ser entendida como um dos
principais recursos do País, razão mais que suficiente para se atribuir uma
primordial importância à investigação científica florestal. Confirmando este
interesse, assiste-se hoje em dia a movimentos de organização de produtores e à
consolidação da indústria e dos serviços ligados à floresta, os quais têm tido
um impacto relevante na economia do país, designadamente no comércio externo.
E, sendo a sustentabilidade um conceito cada vez mais interiorizado na
exploração e valorização dos recursos, a investigação florestal terá de ganhar
uma nova visibilidade por via das questões a que tem de dar resposta, sejam
elas pragas ou doenças, fogos florestais, garantia da biodiversidade,
melhoramento dos produtos da floresta ou introdução de inovação criando novos
produtos destinados à exportação.
A Silva Lusitana acompanhou estas mudanças. Fazendo uma análise destes 20 anos,
verificamos que nos primeiros 3 anos foram publicados apenas autores nacionais.
A partir do 4º ano, as contribuições de autores estrangeiros tornaram-se uma
constante. O Brasil foi o país que mais artigos enviou para a Revista,
seguindo-se-lhe Espanha, Itália, EUA, Índia, Argélia, Hungria, Alemanha. Mas
também investigadores do Irão, Dinamarca, Turquia, Israel, Marrocos, Nigéria,
França, Suécia, Chipre, Argentina, Holanda e Reino Unido enviaram-nos
colaborações que foram publicadas.
A nível nacional, podemos referir as Universidades, como a de Lisboa (ISA,
FCUL, IST), U. Nova, U. Católica, U. Aveiro, U. Minho, U. Coimbra, U. Trás-os-
Montes e Alto Douro, U. Évora, U. Açores, U. Madeira e ISCTE; as Escolas
Superiores Agrárias, de Coimbra, Bragança, Elvas, Viseu, Castelo Branco; e
ainda o IBET, ICNF, INETI, IICT, LNEC, IMA. Empresas, como AFLOPS, SILVIDATA,
ORDENFLORA, ARBOREA, marcaram também presença nas páginas da Revista.
Por intercâmbio, recebemos na nossa biblioteca várias revistas, de Portugal
(5), Espanha (7), França (1), Cuba (1), Itália (1), Brasil (2), Austrália (1),
EUA (1) e Bulgária (1).
A Silva Lusitana está citada em várias bases de dados, como CAB International
(Forestry Abstracts), Ecological Abstracts, IPNI, LATINDEX, National
Agricultural Library (USDA), SciELO, e, este ano, passou também a integrar a
WEB of Science, o que vai possibilitar, para além de uma acrescida visibilidade
internacional, a adoção de uma nova característica de avaliação científica: o
fator de impacto da Revista.
Reconhecendo que o desenvolvimento e a inovação dependem cada vez mais do
conhecimento, a Silva Lusitana continuará a manter a sua linha editorial no
sentido de fomentar a valorização dos recursos florestais, de afirmar esta
fileira no quadro das atividades produtivas do País, de promover a
internacionalização da I&D florestal e de contribuir para a criação de
condições que permitam melhorar a criação, a disseminação e a adoção do
conhecimento em torno da Floresta.
Av. da República, Quinta do Marquês,
2780-159 Oeiras - Portugal
silva.lusitana@inrb.pt