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EuPTCVHe0871-34132007000400001

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National varietyEu
Year2007
SourceScielo

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Desafios editoriais para 2008 Desafios editoriais para 2008

Nuno Lunet, Henrique Barros Serviço de Higiene e Epidemiologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

A conjuntura actual, em que a máxima publish or perish simboliza a necessidade de publicar em revistas científicas, de nível internacional, que possam contribuir para um grande número de citações, não é favorável às revistas médicas portuguesas, especialmente as não indexadas na Medline (http:// www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez/) ou na ISI Web of Knowledge (http:// apps.isiknowledge.com/). Ao longo das duas últimas décadas, o Factor de Impacto apresentado nos Journal Citation Reports (http://admin-apps.isiknowledge.com/ JCR/JCR?SID=U2GnK6kCegjcLgJ382D) tem sido utilizado como uma ferramenta quantitativa para a avaliação da qualidade das revistas. Apesar de alguma falta de sentido crítico na utilização deste indicador, a cada vez maior importância assumida pelo Factor de Impacto 1 na distribuição dos recursos para investigação na área biomédica, e a hegemonia da língua inglesa na comunicação de ciência a um nível global, colocam desafios importantes às revistas chamadas locais.

Os Arquivos de Medicina não têm factor de impacto calculado pelos Journal Citation Reports 2, à semelhança das restantes revistas médicas portugueses, e debatem-se naturalmente com dificuldades em publicar regularmente e em fortalecer os mecanismos de revisão por pares, essenciais para manter a revista acima de um limiar qualitativo que justifique assegurar a sua sobrevivência.

Nesse sentido, temos alargado a base de recrutamento de revisores e assumido um papel pedagógico de modo que os Arquivos de Medicina possam contribuir para o treino de jovens investigadores na redacção de artigos científicos e de trabalhos de revisão e divulgação, nomeadamente os resultantes de actividades de pós-graduação.

Os Arquivos de Medicina integram o Projecto SciELO Portugal 3 desde final de 2007, o que deverá contribuir de forma importante para o aumento da sua visibilidade, com um consequente aumento do número de submissões. Em 2008 será adoptada uma plataforma electrónica de gestão editorial que esperamos poder contribuir para uma maior celeridade do processo de revisão.

Reconhecendo que a credibilidade da revista é o ponto de partida para um ciclo virtuoso que o aumento da visibilidade a nível nacional e internacional poderá perpetuar, a última palavra a este respeito é dos autores, através do seu contributo com trabalhos de qualidade, incluindo os que reflectem realidades predominantemente nacionais.

1 O factor de impacto de uma revista é calculado dividindo o número de citações num determinado ano pelo total de artigos publicados nos dois anos anteriores.

Por exemplo, um factor de impacto de 1,0 significa que os artigos publicados nos dois anos anteriores foram citados uma vez, em média, no ano a que se refere o factor de impacto (http://admin-apps.isiknowledge.com/JCR/help/ h_impfact.htm).

2 Os artigos publicados nos Arquivos de Medicina têm as citações contabilizadas na Scopus (http://www.scopus.com). Desde 1989 são identificados 469 artigos, com 37 citações (até final de 2007). Os artigos publicados em 2003 e 2004 foram citados, em média, 0,026 vezes em 2005, os publicados em 2004 e 2005 foram citados, em média, 0,035 vezes em 2006 e os publicados em 2005 e 2006 foram citados, em média, 0,017 vezes em 2007.

3 A SciELO é a aplicação de um projecto de investigação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP (http://www.fapesp.br), em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde - BIREME (http://www.bireme.br/php/index._php), que tem por objectivo o desenvolvimento de uma metodologia comum para a preparação, armazenamento, disseminação e avaliação da produção científica em formato electrónico. O grande objectivo da unidade SciELO Portugal ao desenvolver este projecto no nosso país consiste em promover as revistas científicas portuguesas de qualidade e difundir mundialmente a produção científica nacional, que fica acessível, de forma gratuita e em texto integral, a toda a comunidade científica.


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