Home   |   Structure   |   Research   |   Resources   |   Members   |   Training   |   Activities   |   Contact

EN | PT

EuPTCVHe0871-97212013000200001

EuPTCVHe0871-97212013000200001

National varietyEu
Country of publicationPT
SchoolLife Sciences
Great areaHealth Sciences
ISSN0871-9721
Year2013
Issue0002
Article number00001

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Editorial Editorial

Ângela Gaspar Editor da RPIA

Caros Colegas, ?mero da Revista Portuguesa de Imunoalergologia(RPIA) começa com um artigo de revisão sobre a vitamina D e a asma brônquica. Os níveis de vitamina D têm sido associados com várias patologias, nomeadamente com a asma e outras doenças alérgicas, e esta possível associação tem sido de forma crescente abordada pela comunidade científi ca. Os autores revêem o papel da vitamina D, através da sua possível intervenção multifacetada, nos mecanismos da asma, abordando os efeitos no sistema imune, desenvolvimento e função do pulmão e desenvolvimento da doença. A hipótese de a suplementação em crianças de risco ou com patologia alérgica respiratória poder ser uma estratégia de prevenção ou melhoria do controlo da doença parece promissora; no entanto, mais estudos são necessários para clarifi car, atendendo à existência de trabalhos com resultados contraditórios.

Seguem-se dois artigos originais, a que foram atribuídos prémios da SPAIC, respectivamente Prémio SPAIC – Bioportugal/ALK-Abelló 2012 (1.º Prémio) e Prémio SPAIC – AstraZeneca 2012 (1.º Prémio). No primeiro artigo os autores avaliaram a segurança da imunoterapia específica por via subcutânea em pauta ultrarápida, utilizando extractos alergénicos modificados de ácaros ou de pólenes, em idade pediátrica, baseando-se na experiência acumulada pelos autores durante cinco anos. Num total de 100 crianças submetidas a este tratamento, com a excepção de um caso, todas alcançaram a dose de manutenção no dia da indução. Ocorreram reacções adversas locais em onze doentes, e reacções sistémicas em dois casos, ambas imediatas e ligeiras. Concluiu-se, assim, que a pauta ultrarápida, prescrita e administrada por imunoalergologistas, é uma alternativa segura para ser usada em crianças alérgicas na fase de indução usando alergóides polimerizados. No seguimento destas crianças comprovou-se igualmente uma elevada segurança na fase de manutenção deste tratamento.

O segundo artigo original avalia a utilização conjunta do questionário Controlo da Asma e Rinite Alérgica (CARAT) e da função respiratória na avaliação do controlo da asma e rinite. O CARAT, único questionário validado que avalia concomitantemente o controlo da asma e da rinite alérgica, foi desenvolvido em Portugal, o que muito nos orgulha, e está actualmente a ser traduzido em múltiplas línguas, permitindo a sua utilização em vários países. O presente estudo foi pioneiro na avaliação da associação entre os resultados do questionário CARAT e os parâmetros espirométricos e de inflamação brônquica, respectivamente pela realização de espirometria com broncodilatação e fracção exalada de óxido nítrico, num total de 1200 indivíduos incluídos.

O terceiro artigo original reflecte a experiência dos autores, num serviço de Imunoalergologia, na avaliação da evolução e controlo da asma em grávidas.

Trata-se de uma análise retrospectiva de 26 grávidas asmáticas, que foram observadas mensalmente e com realização de espirometria, fracção de óxido nítrico no ar exalado e questionário ACT (Asthma Control Test). Este estudo confirma que a asma pode complicar, de forma imprevisível, a gravidez. Mesmo grávidas seguidas regularmente em consulta apresentaram evoluções variadas, com exacerbações e necessidade de ajuste terapêutico. Na avaliação global, apenas uma grávida (4%) melhorou ao longo de toda a gravidez, enquanto onze (42%) agravaram a asma. É assim reforçada a necessidade de um seguimento regular da grávida asmática em consulta especializada para manter um maior controlo da asma, de forma a evitar as complicações fetais daí resultantes.

O caso clínico deste número é de uma doente com pneumonite de hipersensibilidade associada com a exposição ao ar livre a papagaios. A forma atípica de apresentação dificultou o diagnóstico, que foi possível após a realização de biopsia pulmonar, cujo exame histopatológico revelou pneumonite de hipersensibilidade subaguda. Após cessação da exposição a papagaios e instituição de corticoterapia, ocorreu resolução clínica e radiológica.

Gostaríamos ainda de contar com a vossa atenção para a rubrica dos Artigos comentados e para a rubrica das Notícias, com destaque para um breve relato sobre a XII Reunião da Primavera da SPAIC, evento muito participado e de excelente nível científico, que decorreu em Évora no dia 6 de Abril, subordinada ao tema “Anafilaxia – Risco de Morte”.

Para todos os sócios da SPAIC, aproveitamos para salientar que o prazo da candidatura aos prémios da SPAIC, no total de sete prémios, cujos regulamentos são publicados na RPIA, é o próximo dia 31 de Julho, com a excepção do prémio da Sociedade Luso -Brasileira de Alergia e Imunologia Clínica (SLBAIC) cujo prazo da candidatura é dia 30 de Agosto.

Esperando contar para breve com a vossa contribuição para a RPIA, desejo a todos uma profícua leitura dos artigos publicados.


Download text