Relação entre os setores de prática desportiva, as modalidades desportivas e o
aproveitamento escolar
A prática desportiva dos jovens em idade escolar, quando regida por valores
educativos e sociais, pode ajudar à responsabilização dos deveres escolares e à
melhoria do sucesso escolar. As investigações que relacionam o desporto com o
aproveitamento escolar e o desenvolvimento de competências sociais, parecem
sugerir que a prática desportiva devidamente organizada constitui um meio de
sociabilização e uma atividade que ajuda os alunos a acreditarem em si
próprios, a desenvolverem o caráter e a serem mais disciplinados. Estudos
realizados comprovam o efeito positivo da prática desportiva no sucesso
escolar, destacando o contributo deste para a diminuição de comportamentos
desviantes e para a aquisição de valores socialmente aceites (Barber, Eccles,
& Stone, 2001; Crosnoe, 2001; Eldar, 2001; Guest & Schneider, 2003). As
teorias apontam para o desporto como um elemento socializador e cultural,
contribuindo para o desenvolvimento do autoconceito, autoestima e aquisição de
competências de socialização e de autogestão, profícuos para o próprio aluno,
para a escola e para a comunidade (Bailey et al., 2009). De um modo geral,
constata-se a valência pedagógica, social e educacional do desporto na formação
e educação dos jovens, sendo advogado que a participação desportiva e as
aspirações educacionais podem ser positivamente relacionadas. Uma revisão das
pesquisas nesta área demonstrou que a participação desportiva geralmente
estabelece uma relação positiva com o desempenho académico e as ambições
educacionais (Bailey, 2005; Bailey et al., 2009; Coakley's, 1993).
Através do desporto educativo os estudantes têm diversas oportunidades de
socialização durante a aula, com particular ênfase sobre o desenvolvimento de
trabalho em equipa e cooperação (Carlson & Hastie, 1997). Ainda sobre os
efeitos da prática desportiva, Hastie (1998) revelou que manter uma equipa em
conjunto durante pelo menos uma temporada pode contribuir para que os alunos
mais problemáticos se sintam mais integrados e confiantes.
O desporto para jovens pode ser organizado em várias vertentes ou níveis de
prática desportiva, entre as quais o desporto escolar e o desporto federado.
Neste sentido, existem particularidades inerentes a ambos os setores que
merecem ser realçadas. O desporto escolar caracteriza-se por ser uma atividade
centrada na formação motora e desportiva inicial, através da qual se pretende
inculcar valores que ajudem o aluno a adquirir competências sociais e hábitos
desportivos. As atividades são de participação voluntária (extracurriculares) e
consubstanciam-se nos treinos regulares e nas competições desenvolvidas na
escola, sob a orientação de profissionais qualificados que assumem o papel de
professor orientador de um grupo/equipa, ou de coordenador do desporto escolar
(Gabinete Coordenador do Desporto Escolar [GCDE], 2011). Fejgin e Hanegby
(2001) advogam que o desporto escolar favorece a identificação e coesão do
grupo, sendo uma poderosa ferramenta de transformação do homem, já que o
prepara através do jogo de hoje para a vida social de amanhã.
Como ponto comum ao desporto escolar, também o desporto federado, tem na sua
essência, e mais concretamente ao nível dos escalões etários mais baixos,
preocupações relacionadas com a aquisição de valores éticos e morais (Santos,
2006), embora as suas práticas desportivas se caracterizem por uma maior
intensidade e competitividade. No desporto para jovens, mesmo ao nível do setor
federado, existe uma dimensão pedagógica e educativa, porquanto permite aos
seus praticantes ultrapassar barreiras em situações de adversidade, aprender
regras e especificidades associadas a uma modalidade desportiva, aprender a
lidar com os outros. Tudo isto tendo sempre presente a procura pelo sucesso
desportivo, alcançado nas competições para as quais os atletas treinam
afincadamente (Bento, 2007).
Nesta medida, pode assumir-se que a regularidade, a intensidade, a
especificidade da prática desportiva, a formalidade, a identidade e a
competição como meio de superação, são características do desporto federado de
jovens. Mais, ao associar-se o papel dos alunos na gestão e orientação das
atividades, conforme sugere Siedentop (1998), através do modelo de educação
desportiva, pode potenciar-se o desenvolvimento de competências organizacionais
e sociais alunos. Jovens mais responsáveis, motivados e confiantes, tendem a
ter uma maior capacidade de auto-organização e, provavelmente, um melhor
aproveitamento escolar.
Porém, na prática desportiva ao mais alto-nível, existem algumas evidências que
demonstram um efeito menos positivo do desporto sobre o aproveitamento
académico dos atletas. As investigações de Valle (2003) revelam que, apesar de
o desporto se constituir como uma atividade prazerosa, tem implicações que nem
sempre são benéficas para os estudos. Mais tarde, num outro estudo desenvolvido
por Zenha, Resende, e Gomes (2009), verificou-se igualmente que as exigências
inerentes à alta-competição poderão afetar negativamente o rendimento escolar
dos atletas. Uma das razões apresentadas prende-se com o reduzido tempo de
descanso (devido aos treinos, às viagens e às competições) e consequente
acumulação de cansaço que lhes retira a vontade de estudar.
No seguimento desta linha teórica, foram delineados os seguintes objetivos para
o estudo: Verificar se existem diferenças significativas no que concerne às
taxas de reprovação dos alunos praticantes e não praticantes de desporto;
Relacionar o setor de participação desportiva (escolar, federado ou ambos) com
o aproveitamento escolar;
Verificar se o aproveitamento escolar difere significativamente entre os
praticantes das várias modalidades desportivas.
MÉTODO
O estudo assenta numa metodologia de natureza quantitativa. Para responder aos
objetivos inicialmente propostos, foram recolhidos dados de uma amostra
representativa, e utilizados testes estatísticos, que permitiram uma análise
inferencial dos dados.
Amostra
A amostra foi aleatória, selecionada a partir da população de alunos que
frequentavam o ensino básico e secundário de todas as escolas públicas e
privadas da Região Autónoma da Madeira (RAM), Portugal, no ano letivo 2008-
2009, através da técnica de estratificação por concelho, tendo-se obtido um
total de 2443 alunos (12.6% de toda a população estudantil da Madeira).
Da amostra participaram 1107 rapazes (45%) e 1329 raparigas (55%), com idades
compreendidas entre os 11 e os 19 anos (média 15.21 anos). Os participantes no
estudo encontravam-se distribuídos de forma equilibrada entre o 7º e 12º anos
de escolaridade, no entanto, foi sobre os alunos do 7º, 8 º e 9º anos (3º
ciclo) que recaiu a maior percentagem de participação (23.9%, 20.3% e 18.8%,
respetivamente).
A obtenção de uma amostra representativa só foi possível graças ao apoio das
escolas e dos professores que estiveram envolvidos em funções do desporto
escolar, bem como de um grupo de quatro estudantes do Mestrado em Atividade
Física e Desporto, da Universidade da Madeira, que ajudou na recolha e
integração dos dados dos questionários na base de dados.
Instrumentos
Para a recolha de dados foi utilizado um questionário anónimo e individual,
construído de raiz e que, por isso, foi submetido a um processo de validação
que contou com a colaboração de um painel composto por quatro especialistas,
com investigação e publicações, na área das Ciências da Educação e Desporto.
O questionário comportava uma série de questões demográficas (género, idade,
ano de escolaridade) tendo em vista a caracterização da amostra. Para além
disso, contemplava perguntas fechadas acerca do historial de reprovações do
aluno (exemplo: É a primeira vez que frequentas este ano de escolaridade?; Já
reprovaste em anos anteriores?) e concomitantemente, perguntas relacionadas com
a prática desportiva (exemplo: Praticas ou já praticaste alguma modalidade
desportiva federada ou do desporto escolar?; Se sim, qual a modalidade(s),
durante quanto tempo e em que setor?).
A aplicação e recolha dos questionários, esteve ao encargo de uma equipa de
trabalho constituída por oito elementos que contou com o precioso contributo da
Secretaria Regional da Educação e Cultura que, para além de todo o apoio
logístico, conseguiu envolver as escolas a fim de participarem no estudo.
Procedimentos e Análise Estatística
Os dados foram tratados através do software SPSS (Statistical Package for the
Social Sciences) versão 17.0 para o Windows e programa Microsoft Office Excel
versão 11.0.
A estatística descritiva é apresentada em tabelas com valores absolutos e
relativos. No que se refere à estatística inferencial, dada a natureza das
variáveis em estudo (nominais- dicotómicas), utilizou-se o teste de
independência do Qui-Quadrado com uma probabilidade de erro de 0.05 para
comparação de grupos.
RESULTADOS
Tendo em consideração o percurso escolar dos alunos, a taxa de reprovação dos
alunos do 3º ciclo e do ensino secundário que participaram no estudo foi de
40.3%. Destes, cerca de metade (51.1%) apenas reprovaram uma vez.
Quando comparado o grupo dos alunos que já praticaram alguma modalidade
desportiva, com o dos que nunca praticaram, no que diz respeito à taxa de
reprovação, verificou-se, que não existiam diferenças estatisticamente
significativas entre ambos (p = .134). Contudo, segundo uma análise descritiva
dos resultados pôde verificar-se (Tabela_1), que do total de alunos com ligação
à prática desportiva (1491), 59% (879) nunca reprovaram, enquanto que 41% (612)
acumulavam uma ou mais reprovações anteriores. Por outro lado, de um total de
900 alunos que não tinham, nem nunca tiveram, qualquer ligação a uma modalidade
desportiva, a maior percentagem (61.3%) nunca reprovou um ano de escolaridade.
No geral, a análise dos dados indica que a prática desportiva dos estudantes
não parece ser uma variável que esteja relacionada com a reprovação ou o
aproveitamento escolar dos alunos, no 3º ciclo e no ensino secundário.
Para o segundo objetivo, verificou-se se o nível de prática desportiva (setor
escolar, setor federado, ou ambos) era ou não um fator que estivesse
relacionado com o sucesso/insucesso escolar dos alunos da amostra. Em primeira
instância verificou-se que o número de praticantes no setor escolar e federado
era muito próximo: 582 e 561, respetivamente. O mesmo aconteceu com os valores
percentuais das taxas de aprovação e reprovação, pois em ambos os setores a
taxa de aprovação rondava os 60% (Tabela_2). No que se refere aos que
praticavam ambos os setores, a taxa de aprovação foi ligeiramente superior
(61.9%).
O teste de Qui-quadrado não confirmou a existência de diferenças
estatisticamente significativas entre os três grupos em relação às taxas de
aprovação escolar (p = .889), isto é, a taxa de aprovação não difere
significativamente entre os três grupos comparados.
Do ponto de vista das modalidades desportivas, e analisando os valores
percentuais dos alunos com maiores taxas aprovação, verificou-se que a
ginástica (65.5%), a natação (76.2%), o ténis de mesa (73.1%) e o voleibol
(67.7%) foram as que mais se destacaram. Estas modalidades apresentaram
melhores resultados escolares, comparativamente com as restantes. Por outro
lado, em sentido inverso, as modalidades desportivas de futebol/futsal (50.7%),
de atletismo (51.4%) e de andebol (40.5%) foram as que se destacaram, mas pela
negativa, ou seja, as que apresentaram maiores taxas de reprovação (Figura_1).
Tendo havido uma percentagem elevada de praticantes da modalidade de futebol/
futsal procurou-se verificar se os indicadores de reprovação/aprovação estavam
ou não mais ligados a este grupo de praticantes. Os resultados obtidos
indicaram que, no grupo de alunos que nunca reprovaram nenhum ano escolar,
73.9% praticavam outras modalidades e 26.1% praticavam futebol/futsal. No grupo
de alunos que reprovou, no mínimo uma vez, 61.5% praticavam outras modalidades
desportivas e 38.5% praticam futebol/futsal. Procurou-se verificar a relação
entre o futebol/futsal e outras modalidades desportivas, no que se refere às
taxas de reprovação, e apurou-se um nível de significância de .001 (p < .05),
ou seja, a modalidade desportiva está correlacionada com o sucesso escolar,
sendo os praticantes de futebol/futsal aqueles que congregam mais retenções
(Tabela_3).
DISCUSSÃO
Os resultados do estudo não comprovaram uma correlação positiva entre a prática
desportiva e o sucesso escolar, contrariamente aos resultados de estudos mais
recentes (Bailey et al., 2009; Hartmann, 2008) que constataram a existência de
uma relação direta e positiva entre a prática desportiva e os resultados
académicos. Também no que se refere à relação entre os setores da prática
desportiva (escolar, federado e ambos) e as taxas de aprovação escolar, não se
constataram diferenças significativas entre os três grupos. Contudo, é curioso
verificar que os praticantes que estão simultaneamente nos dois setores
desportivos, apresentaram uma taxa de sucesso ligeiramente superior aos
praticantes do setor federado e do setor escolar. É caso para questionar: se os
estudantes acumulam dois setores de prática desportiva, e supondo que esta
prática desportiva seja regular e estruturada, em que medida são prejudicados
ou beneficiados nos estudos? Segundo a investigação na área, o desporto
estruturado e regular implica desenvolvimento de competências sociais e
educativas (Bailey et al., 2009; Bento, 2007) e facilita o processo de inclusão
social (Bailey, 2005; Coakley's, 1993). Outras experiências desportivas
realizadas no âmbito da unidade curricular de desporto educativo nas escolas,
muito parecidas com as atividades do setor federado, têm colocado em evidência
benefícios interessantes ao nível da aprendizagem para o desporto, da
corresponsabilização dos alunos em tarefas de gestão e treino (Hastie, 1996;
Siedentop, 1998; Siedentop, 2002), bem como do espírito de grupo e da afinidade
de equipa (Macphail, Kirk, & Kinchin, 2004). Contudo, os resultados do
estudo não permitem identificar diferenças a este nível.
A modalidade de futebol/futsal foi a mais praticada para o setor escolar, em
ambos os setores e a segunda mais praticada no setor federado. O futebol é o
desporto mais popular praticado em Portugal Continental e na Madeira. É esta a
modalidade desportiva que tem mais praticantes, que tem mais visibilidade e
exposição mediática e que mais tem crescido na última década, num panorama de
aumento generalizado do número de praticantes nas várias modalidades. Entre o
quase meio milhão de praticantes desportivos federados existentes em Portugal,
no ano de 2009, quase um terço (144.557) era composto por futebolistas, entre o
futebol profissional e não profissional, distribuídos pelos vários escalões
etários, o que representa quase seis vezes mais do que os existentes na segunda
modalidade mais praticada, o basquetebol (25.550 atletas federados).
Ao analisar-se o sucesso escolar no grupo de praticantes de futebol/futsal e no
grupo de praticantes de outras modalidades, verificou-se que era no grupo do
futebol/futsal onde os alunos reprovavam mais. Porque será que existem
diferenças substanciais? Será pelo facto de muitos jovens futebolistas serem
iludidos com oportunidades e boas expetativas de carreira profissional desde
muito cedo? Veja-se o caso de escolas de formação em futebol que nascem e
proliferam no país alimentando as expetativas dos pais e as carreiras
desportivas de jovens futebolistas.
Em todo o caso, os resultados do estudo devem ser lidos e interpretados à luz
do fator género. No presente estudo, bem como nos estudos conhecidos sobre o
fenómeno (Alexandre, 1999; Crosnoe, 2001; Gonçalves, Silva, & Cruz, 2007;
Kilpatric, Hebert, & Bartholomew, 2005; Mendonça, 2007), o sucesso escolar
era claramente superior para o género feminino. Ao considerar-se que o grupo de
alunos que pratica futebol/futsal é constituído quase na totalidade por rapazes
e que o grupo de alunos que praticam outras modalidades é composto em grande
parte por raparigas, espera-se que no grupo de praticantes de outras
modalidades o sucesso escolar (nunca reprovaram) fosse significativamente
superior. Importa ainda realçar que as modalidades desportivas de andebol,
futebol/futsal, os desportos de combate, e outras que envolvem uma confrontação
direta entre os opositores, são mais preferidas pelos rapazes. Os dados do
estudo apenas alvitram o problema do insucesso escolar junto dos rapazes que
praticam futebol/futsal. Serão necessários estudos que investiguem este
problema e procurem interpretar este fenómeno com outra profundidade.
Em sentido contrário, é de realçar que as modalidades desportivas de ginástica
e natação foram as que apresentaram maiores taxas de aprovação. Será que estas
se caracterizam por uma maior disciplina e rigor na organização do tempo e das
responsabilidades escolares e desportivas? Os resultados da investigação sobre
o género e a prática desportiva e o aproveitamento escolar, indicam que as
raparigas evidenciam maiores taxas de aprovação no ensino secundário do que os
rapazes (Azzarito & Solman, 2009; Daley & O' gara, 1998, Mendonça,
2007; Pageorgiou, Hassandra, & Hatzigeorgiadis, 2008). Igualmente, as
raparigas tendem a preferir as modalidades desportivas que favoreçam mais o
desenvolvimento da condição física e a construção de amizades e o divertimento
(Meece, Glienke, & Burg, 2006).
Outros estudos (Gonçalves et al., 2007; Lee, Whitehead, & Balchin, 2000)
também constataram que as modalidades individuais tendem a apresentar maiores
comportamentos de responsabilidade e de auto-organização, enquanto as coletivas
tendem a valorizar os comportamentos de entreajuda, de confrontação e de gosto
pela competição. Mais estudos são requeridos para identificar os diferentes
efeitos da prática desportiva de certas modalidades desportivas nos planos do
rendimento escolar e no desenvolvimento de competências sociais.
CONCLUSÕES
A concretização deste estudo permitiu concluir que não existe uma relação
significativa entre a prática desportiva e o (in)sucesso escolar, porquanto se
verificou que a taxa de reprovação/aprovação não diferia significativamente
entre os alunos praticantes e os não praticantes de desporto.
Após se ter procurado verificar se o setor em que os alunos praticavam desporto
estaria associado ao melhor ou pior aproveitamento escolar chegou-se à
conclusão que praticar desporto na escola, nos clubes federados ou
simultaneamente em ambos, não tem uma relação significativa com as reprovações
escolares.
Os resultados permitiram verificar que existe uma associação entre a modalidade
de futebol/futsal e o (in)sucesso escolar, sendo que os praticantes desta
modalidade têm um aproveitamento significativamente pior do que os das
restantes.
Contudo, estes resultados por si só não permitem afirmar, de forma absoluta,
que a prática de uma modalidade desportiva enquadrada num determinado setor,
influencie o (in)sucesso escolar. Até porque, o (in)sucesso escolar foi
analisado tendo por base uma única variável (reprovações) e a sua relação com a
prática desportiva. Poderão haver outras variáveis, como por exemplo, os anos
de experiência, a frequência de treinos e competições e o nível competitivo dos
atletas, que merecem ser estudadas na sua relação com o fenómeno do estudo e do
aproveitamento escolar. Nesta medida, futuramente seria interessante estudar
estas e outras variáveis com o intuito de conhecer as causas e fatores que
influenciam o rendimento escolar dos alunos. Não deixa de ser relevante que
esta amostra de alunos do 3º ciclo e do ensino secundário, que é significativa
e representativa de uma região autónoma ultraperiférica, apresente uma taxa de
reprovação ao longo do percurso escolar na ordem dos 40%, um valor acima dos
conhecidos a nível da Europa.