Epidemiologia clínica: história e fundamentos para a sua compreensão
INVESTIGAÇÃO EM CIRURGIA
Epidemiologia clínica: história e fundamentos para a sua compreensão
Henrique Barros
Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto
Correspondência
Uma disciplina científica é definida pelo seu objecto de estudo e pelos seus
métodos. Assim, a epidemiologia clínica pode ser descrita como a aplicação ao
individuo doente dos princípios e dos métodos da epidemiologia. Enquanto a
epidemiologia geral estuda a distribuição da ocorrência e determinantes dos
estados de saúde e doença em populações humanas, a epidemiologia clinica ocupa-
se especificamente da prática clínica através do estudo da variação e dos
determinantes da evolução da doença. Por analogia com a epidemiologia geral,
que lida com os indivíduos enquanto membros de um grupo, as populações alvo em
epidemiologia clínica são grupos de indivíduos doentes. Mas este tipo de
investigação tem como unidade de observação o doente e não os seus leucócitos
ou os seus nucleótidos.
A clínica - circunscrita (mesmo que de modo reducionista) ao que na prática da
medicina vive da observação directa do doente - para ser compreendida,
aprendida e exercida necessita de um referencial, progressivamente mais
absoluto, a que podemos operacionalmente chamar causa e processo de
causalidade. Tendo Karl Popper como referência podemos argumentar que nenhuma
quantidade de informação descrevendo experiências passadas nos permitirá
predizer com total segurança o resultado de um novo doente particular. Também
quando aplicado aos cuidados de saúde, o conhecimento - seja de natureza
biológica, social ou epidemiológica - é sempre insuficiente, e por isso apela
para perguntas e estudos que não foram respondidas ou delineados, deixa espaço
a explicações alternativas ou atitudes conflituais. Contudo, como escreveu
Austin Bradford-Hill, há um momento em que tem que se agir mesmo reconhecendo
que há esse espaço de desconhecido, quer essas decisões sejam dirigidas à saúde
de toda a população ou referentes ao diagnóstico e ao tratamento de um doente
individual.
Ao leitor menos familiarizado com a história da epidemiologia e a evolução da
ciência clínica, a epidemiologia clínica pode parecer como um fenómeno de moda,
relativamente recente. As publicações iniciais contendo no seu título estas
palavras datam da primeira metade do século vinte mas, como sempre, as raízes
podem ser procuradas muito longe no tempo porque há mais de dois milénios que
os médicos se debruçam sobre as questões do diagnóstico, do prognóstico e da
terapêutica, que quantificados e comparados entre grupos e contrastados com o
conhecimento etiológico - causal - constituem o edifício da moderna
epidemiologia clínica.
A primeira aproximação científica à escolha de um tratamento data do século
XVIII. James Lind, médico a bordo do Salisbury, usou seis grupos de dois
marinheiros para comparar o efeito de seis tratamentos em uso para o escorbuto,
observando que foram os dois marinheiros cuja dieta incluiu laranjas e limões
quem apresentou desaparecimento dos sintomas. No século XIX, Pierre Charles
Alexandre Louis 1787-1872, médico parisiense, contribuiu para o desenvolvimento
do diagnóstico e do tratamento médico, procurando padronizar a redacção da
história clínica e, se necessário, o relatório da autópsia. Colocando em
evidência as características comuns de doentes equivalentes, para que pudesse
quantificá-los, Louis identificou novas entidades nosológicas, como a febre
tifóide e demonstrou que a sangria no tratamento da pneumonia era bastante
menos eficaz do que então os médicos pensavam, contribuindo decisivamente para
o seu abandono. Louis influenciou a medicina em França, Suíça Inglaterra e nos
Estados Unidos da América, sendo considerado o fundador da epidemiologia
clínica. Outros médicos se notabilizaram, igualmente no século XIX, no estudo
quantitativo dos diagnósticos ou dos tratamentos. Ao observar que a letalidade
por febre puerperal era mais elevadas entre as parturientes assistidas por
médicos (11,4%) do que entre aquelas cujo parto era acompanhado por parteiras
(2,7%) Ignaz Semmelweis (1818-1861) formulou a hipótese de isso se dever aos
médicos circularem entre as salas de autópsia e as de partos. Semmelweis pôs a
sua hipótese à prova pedindo aos médicos que ao sairem da sala da autópsia
lavassem as mãos com água de Javel, diminuindo a mortalidade por febre
puerperal para 1,3%.
A epidemiologia clínica não conheceu um desenvolvimento tão rápido quanto
outras disciplinas médicas, como a fisiologia ou a patologia, e uma das razões
prender-se-á com a mais lenta produção de conhecimento na área do diagnóstico
médico e da terapêutica, seus objectos centrais. Os critérios de Koch (depois
Koch-Henle e Evans) para o diagnóstico da tuberculose podem ser considerados a
primeira formulação das noções de sensibilidade («o bacilo deve estar presente
em todos os casos de doença») e especificidade (« o bacilo não deve ser
associar-se a qualquer outra patologia») de um teste. A ideia de comparar
tratamentos e sobretudo mostrar se eram melhores que não "fazer nada"
foi servida pelo princípio de alocação aleatória e pelas técnicas estatísticas
associadas à aleatorização, propostas pelo britânico Ronald A. Fisher (1890-
1962) e, embora mais indirectamente mas de forma não menos fecunda, pelo
pensamento de Sewall Wright (1889-1988) e os conceitos de correlação e passos
causais. Os primeiros ensaios clínicos controlados remontam a 1930, com o
tratamento da tuberculose pela sanocrisina (um composto à base de ouro) e da
pneumonia lobar pelo soro anti-pneumocócico. Em 1948, foi lançado o protótipo
do ensaio clínico aleatorizado moderno: o objectivo foi avaliar o efeito da
estreptomicina no tratamento da tuberculose. Até cerca de 1940, a epidemiologia
era a disciplina de base da saúde pública e, só depois da clínica. O termo
epidemiologia clínica foi utilizado pela primeira vez em 1938 por John R. Paul
(1893-1971) no sentido da aplicação de métodos epidemiológicos ao exercício da
medicina preventiva. A epidemiologia clínica tornou-se um ramo da medicina
clínica pelo fim da década de 60, quando o excessivo recurso aos fármacos e aos
testes laboratoriais começou a gerar desconforto no seio da profissão médica.
Os clínicos com formação em epidemiologia sugeriram então que a disciplina era
essencial para orientar a avaliação diagnóstica e o tratamento sobre bases
científicas (Feinstein, Sackett). O interesse pela epidemiologia clínica
conheceu um novo êxito com a crise económica de 1975. O aumento dos custos da
saúde exigiu que a decisão médica fosse tomada sobre bases claras e aumentou o
interesse por métodos empíricos que permitiam, a partir de critérios
científicos, reduzir o desperdício em exames e tratamentos inúteis e sobretudo
prejudiciais.
Clínicos e epidemiologistas encontram assim um terreno comum ao reconhecerem
que:
- na maior parte das situações clínicas, e perante um doente particular, são
incertos o diagnóstico, o prognóstico ou até a resposta à terapêutica
instituída, havendo necessidade de os expressar como probabilidades;
- as probabilidades, quando referidas a cada doente individualmente, resultam
da quantificação da experiência prévia de grupos similares de doentes; O
julgamento clínico é o resultado de informação fornecida pelos doentes,
observações realizadas pelo médico ou medições com grau variado de sofisticação
tecnológica, executadas sobre os indivíduos por exemplo, bioimpedância
eléctrica, pressão arterial, fracção de ejecção ventricular) ou tendo por base
amostras de material biológico (titulação de anticorpos no líquido
cefalorraquidiano, contagem de leucócitos séricos ou doseamento de ferro em
biópsia hepática), sujeitas a erros aleatórios e sistemáticos que podem
perturbar a apreensão da verdadeira essência do problema em análise induzindo
procedimentos desnecessários ou não apoiando a tomada de medidas
indispensáveis;
- para diminuir a probabilidade de inferências erradas, a informação clínica -
qualquer que seja a sua natureza - deve ser cientificamente sólida, assegurando
em cada momento o máximo controlo do efeito de vieses ou do acaso.
A epidemiologia clínica aplica portanto métodos epidemiológicos à actividade
clínica. Ajuda a olhar de forma crítica a literatura científica, dá um
significado particular ao facto da prática clínica ser dominada pela relação
médico-doente que, por definição, é única, e ajuda a colocar o doente
individual na sua comunidade de origem, o que o permite compreender
simultaneamente como um ser único e enquanto membro de um grupo de indivíduos
com os quais partilha algumas características, não só no sentido da abordagem
epidemiológica de população que pode ser descrita estatisticamente - de onde o
doente vem mas enquanto mais um membro dessa outra população a que passa a
pertencer - o daqueles que também partilham a mesma sintomatologia ou doença.
Situar o doente dentro da sua população de origem permite ao clínico formular
um certo número de hipóteses sobre o diagnóstico, prever o efeito do tratamento
ou outras consequências da decisão médica e depois recalcular probabilidades a
prioricom base na informação que vai sendo obtida, ou seja, condicionadas, como
ensina o teorema de Bayes, o centro do pensamento probabilístico clínico.
A discussão extensa da epidemiologia clínica obriga, como foi dito, a percorrer
três domínios fundamentais: o diagnóstico (e mais em particular o problema dos
rastreios), o prognóstico e a terapêutica. Embora controverso, todo o largo
campo dos ensaios clínicos é por muitos considerado um capítulo da
epidemiologia clínica. Neste texto vamos limitar-nos a abordar as questões da
variabilidade e de um elemento especial de toda a prática clínica e
epidemiológica que é o conceito de normal e de como isso resulta das
mensurações.
Todas as informações obtidas por observação ou após intervenção clínica são
classificáveis e tendem tradicionalmente a ser descritas como pertencendo a
dois grandes grupos que implicam valorização e tratamento estatístico
diversificado: as informações "duras" ou objectivas e as informações
"moles" ou subjectivas. Os dados moles são os não quantificáveis,
expressos geralmente por palavras, como a dor, a náusea os tinitos ou a
intensidade de um sopro carotídeo. Os dados duros são dimensionais, mensuráveis
por meios físicos, como a pressão arterial ou a temperatura corporal, obtidos
objectivamente, passíveis de registo que permite reavaliação. O seu atributo
fundamental é a reprodutibilidade das observações. Há um sentido generalizado
em considerar os dados duros como mais fiáveis e por isso tendem a ser
preferidos para avaliar o efeito das intervenções. Contudo, com o curso crónico
das patologias e a impossibilidade de atingir "curas", tornou-se um
desafio científico atraente transformar dados moles em informações
progressivamente mais objectivas. De um ponto de vista humano pode ser tanto ou
mais importante que mostrar um aumento de 2 gramas por litro na hemoglobina ser
capaz de objectivar que o doente se sente "bem", considera a
medicação "útil" ou a sua família está "feliz" com o curso
da doença. Por isso, tem-se investigado muito no sentido de
"endurecer" dados moles, através da utilização de escalas ou índices,
como é já frequente dispor para medir a dor, a sintomatologia depressiva, a
ansiedade ou as diferentes dimensões da qualidade de vida.
Independentemente da natureza das observações clínicas elas terminam a ser
descritas ou reconhecidas como normais ou anormais e com essa atitude corre-se
um elevado risco de má-classificação. Como uma das tarefas fundamentais com que
se depara um clínico é distinguir o normal do anormal, para chegar a um
diagnóstico ou instituir uma terapêutica, sendo esperado que separe as
situações em que deve intervir daquelas em que não há qualquer acção a tomar
(sendo que também isso é uma atitude!), importa conhecer o processo através do
qual se chega à definição de anormal e quais os problemas relacionados com as
medições que lhe estão subjacentes.
A cada um dos atributos, características ou observações dá-se a designação de
variáveis pois mudam de um para outro indivíduo e até no mesmo sujeito em
momentos distintos. As variáveis que caracterizam os fenómenos clínicos são
expressas em três escalas, de acordo com a sua natureza qualitativa ou
quantitativa: nominais (grupo sanguíneo), muitas vezes simplesmente dicotómicas
(ausente, presente), ordinais (classes de insuficiência cardíaca) ou
intervalares (contínuas - peso; discretas - paridade). Quanto ao conteúdo,
podem classificar-se como unidimensionais (reflectem conceptualmente um só
atributo como propriedade única quantificável e medida com escala singular -
frequência cardíaca) ou multidimensionais (combinação de diferentes variáveis
unidimensionais formando índices - APGAR, APACHE). Em qualquer dos casos, as
medições destas variáveis estão sujeitas a erros - de natureza e complexidade
diferente de acordo com as suas características - uns sistemáticos, que lhe
afectam a validade e outros aleatórios que lhe podem perturbar a precisão. A
variabilidade pode depender da natureza do instrumento de medição, do caracter
amostral do fenómeno observado (uma biópsia renal fornece informação sobre uma
pequena representação do órgão a estudar e, mesmo avaliada sem qualquer erro,
poderá não representar outras zonas, isto é, o facto de a amostra obtida ser
normal não garante só por si que todo o rim seja normal, tornando assim muito
complexa a natureza do eventual erro de diagnóstico), do observador ou de
características biológicas (como nos ciclos circadianos), e pode ser minimizada
através da utilização de instrumentos de melhor qualidade, aumentando o número
de amostras ou agindo de acordo com protocolos padronizados. De um ponto de
vista conceptual, importante para a interpretação estatística e clínica, uma
medição pontual deve ser considerada como uma simples amostra de uma população
de medições possíveis na qual está incluído o valor verdadeiro e à qual se deve
poder adicionar um intervalo de confiança.
Podemos assim pensar a variabilidade na qual assentamos a medida do diagnóstico
e do prognóstico como um atributo que pode ser intra-individual e inter-
individual e que se quantifica através da Precisão, a qual dá conta da
dispersão dos valores observados e depende da dimensão da amostra (uma média é
estimada com maior precisão numa amostra de grande dimensão do que numa amostra
pequena) e o Viés, um erro metodológico que obsta a uma medida válidado
fenómeno estudado, qualquer que seja a dimensão da amostra. É importante
distinguir imprecisão (ou erro aleatório) do viés (ou erro sistemático): uma
medida pode ser válida e precisa, não válida mas precisa, válida mas imprecisa
e nem válida nem precisa, ou seja de uma total inutilidade.
A definição de normal e anormal idealmente deveria poder corresponder a uma
diferença clara entre saudáveis e doentes, como se para determinado atributo
pertencessem a populações verdadeiramente distintas. Contudo, raros são os
fenómenos clínicos que podem ser categorizados de modo a obter uma distinção
nítida entre o normal e o anormal, isto é, sem que haja uma zona cinzenta de
sobreposição, porque mesmo os chamados saudáveis têm inerente variabilidade
biológica. A comparação pressupõe um âmbito de normalidade, no qual se encontra
o conjunto de valores observados em indivíduos supostamente saudáveis. É o caso
da pressão arterial, da densidade mineral óssea ou da velocidade de
sedimentação. Nestas circunstâncias, o âmbito da normalidade é uma estatística
descritiva, não um instrumento de diagnóstico, e corresponde essencialmente à
construção de um conceito de anormal como invulgar ou pouco frequente. Outra
separação resulta de designar como anormal observações ou medições que
habitualmente se associam a doença, incapacidade ou morte. Finalmente, o
anormal pode ser reconhecido como uma medição passível de modificação por
tratamento, embora este conceito implique a dependência de circunstâncias
temporais e até locais pois o que hoje não é tratável pode passar a sê-lo ou
pode haver modificações no limiar de anormal de acordo com a alteração das
indicações para tratar, como aconteceu com a pressão arterial ou a
hiperglicemia.
Na prática clínica corrente, quando o médico se depara com um resultado
anormal, por exemplo um colesterol sérico elevado, tende a pedir a sua
repetição. Muitas vezes o segundo valor é normal. Perante esta situação, muito
frequente na rotina clínica, como valorizar os resultados? Porque é que isto
acontece? Admitindo que ambas medições são obtidas por processos tecnicamente
correctos, a segunda medição vale "mais" que a primeira? Ao decidir
repetir a prova, o clínico está de facto a seleccionar indivíduos que
apresentam valores mais extremos numa distribuição e, por razões puramente
estatísticas de variação aleatória, pode esperar-se que apresentem valores
menos extremos em medições subsequentes. Este fenómeno é conhecido como
regressão para a média e a sua designação deve-se a Francis Galton, que
desenvolveu uma técnica para investigar a relação entre a altura dos filhos e a
dos pais, tendo observado que se fosse escolhido um grupo de progenitores com
uma dada altura média, a média das alturas dos filhos era mais próxima da
altura média da população que da dos pais, ou seja, os pais altos tendiam a ser
mais altos que os filhos. Galton designou esta constatação como regressão para
a mediocridade, significando com isso um movimento em direcção à média, e hoje
designa-se como regressão para a média esse fenómeno puramente estatístico
resultante da selecção de um valor determinado do preditor e da relação
imperfeita entre as variáveis.
Doentes que são seleccionados (por exemplo após uma determinação da pressão
arterial) por apresentarem um resultado mais alto ou mais baixo que os limites
esperados, em média, tenderão a situar-se mais próximo do centro da
distribuição se houver repetição das medições. Essas medições subsequentes
serão estimativas mais rigorosas do valor verdadeiro, que se poderia obter por
intermédio de múltiplas medições no mesmo doente - uma realidade impraticável.
Assim, faz todo o sentido repetir uma prova que surge com um valor anormal,
embora saibamos que quanto mais extremo for o valor inicial menos provável será
que uma medição seguinte seja normal.
Este fenómeno é importante para a decisão diagnóstica ou terapêutica inicial
porque o médico submete o seu doente a diversos testes clínicos (sinais,
sintomas, testes de laboratório, imagiologia) que sendo imperfeitos, para os
interpretar, exigem que se conheça a sua validade, ou seja, a sua capacidade
para classificar os indivíduos comparativamente à realidade, quantificável como
sensibilidade, especificidade e preditividade. Mas uma aproximação semelhante é
a que devemos seguir na avaliação dos resultados de qualquer intervenção pois a
melhoria observada pode não reflectir um efeito real mas simplesmente a
situação estatística dependente da selecção e estar sujeita ao mesmo fenómeno
de regressão para a média.
O contributo da epidemiologia clínica atravessa todo o processo da relação
médico-doente e tem um papel fundamental na análise de decisão clínica tendo
fornecido as chaves metodológicas para o movimento da chamada medicina baseada
na evidência. No entanto, são conceitos simples que seguram o edifício da
epidemiologia clínica e que se aplicam - sem que sempre nos apercebamos disso -
na actividade diária. Abre-se agora um caminho mais na avaliação da
variabilidade da prática clínica que importa acrescentar a epidemiologia dos
cuidados médicos e a forma como lida com os diferentes cuidados disponíveis,
como descrito por Wenberg: "necessários" - o conhecimento mostra que
funcionam melhor que qualquer alternativa, e os benefícios excedem as
desvantagens; "sensíveis à preferência" - há mais que uma opção e os
resultados variam com elas (exemplo, rastreio de cancro da próstata);
"sensíveis ao fornecimento" - não específico de tratamento mas da
forma como se lida com a doença.