Home   |   Structure   |   Research   |   Resources   |   Members   |   Training   |   Activities   |   Contact

EN | PT

EuPTCVHe1646-706X2013000400009

EuPTCVHe1646-706X2013000400009

National varietyEu
Country of publicationPT
SchoolLife Sciences
Great areaHealth Sciences
ISSN1646-706X
Year2013
Issue0004
Article number00009

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Síndrome do desfiladeiro torácico arterial associado a costela cervical IMAGENS VASCULARES Síndrome do desfiladeiro torácico arterial associado a costela cervical Arterial thoracic outlet syndrome associated with cervical rib Sandrina Figueiredo Bragaa,b,*, José Meiraa, Ricardo Gouveiaa, Pedro Pinto Sousaa, Jacinta Camposa, Pedro Brandãoae Alexandra Canedoa

aServiço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho EPE, Vila Nova de Gaia, Portugal bDepartamento de Anatomia, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Porto, Portugal

*Autor_para_correspondência

Doente sexo masculino, 19 anos, enviado à consulta por dor e diminuição da força muscular do antebraço e mão direita durante o exercício, nomeadamente a tocar viola. Antecedentes pessoais de costela cervical bilateral, conhecida desde a infância. Sem outros antecedentes pessoais ou familiares relevantes. Ao exame físico apresentava costela cervical bilateral palpável e sopro supraclavicular à direita, exacerbado pela hiperabdução do membro ipsilateral.

Os testes de Adson, Elvey e Elevated Arm Stress Test (EAST) eram positivos à direita. A electromiografia do Cutâneo medial do antebraço foi positiva. O ecodoppler revelava aceleração das velocidades de fluxo, aumentadas pela abdução do membro a 130º. A radiografia de tórax revelou costela cervical bilateral completa, com articulação com a costela (fig._1). A angio-TC evidenciou compressão da artéria subclávia direita no desfiladeiro torácico, pela costela cervical, agravada pela abdução, com dilatação pós-estenótica minor, sem lesão da íntima e sem trombo mural ' Estádio I da Classificação Scher (fig._2). O doente foi submetido a tratamento cirúrgico, sob anestesia geral e por abordagem supra-clavicular direita. Foi realizada escalenectomia anterior e média, neurólise do plexo braquial e exérese de costela cervical.

Foi evidente a dilatação pós-estenótica da artéria subclávia (fig._3). O pós- operatório decorreu sem complicações, com alta ao dia. Decorridos 6 meses após a cirurgia, o doente retomou actividade normal do membro superior, completamente assintomático.

A presença de costela cervical ocorre em 0,74% da população, com um ratio feminino: masculino de 7:3. São incompletas em 70% dos casos e completas em 30%. 50% dos indivíduos com costelas completas são sintomáticos.

Existem três tipos de síndrome do desfiladeiro torácico: neurológico, o mais comum, ocorrendo em mais de 95% dos casos, venoso, em 2-3% e arterial, o mais raro, que corresponde a menos de 1% das situações. O tipo arterial associa-se a costela cervical em 2/3 dos casos. O tratamento é cirúrgico e depende do grau de lesão arterial. Para doentes em estádio I de Scher, a descompressão é suficiente, com excelentes resultados, verificando-se regressão da dilatação pos-estenótica ao fim de um ano.

*Autor_para_correspondência: Correio eletrónico: sandrinafigueiredo@portugalmail.pt (S.F. Braga).


Download text