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EuPTHUHu0874-20492013000200005

EuPTHUHu0874-20492013000200005

National varietyEu
Country of publicationPT
SchoolHumanities
Great areaHuman Sciences
ISSN0874-2049
Year2013
Issue0002
Article number00005

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Conhecer as regras do jogo: Uma introdução às normas para escrita científica da American Psychological Association

Independentemente da secção em que são apresentados, o objectivo principal dos quadros e figuras é o de ajudar o leitor a compreender informação extensa ou complexa. Assim sendo, devem ser utilizados se forem efectivamente úteis (e.g., a apresentação de informação estatística relativa a variáveis sócio- demográficas como idade ou sexo dispensa, na generalidade dos casos, a utilização de quadros ou figuras, pois pode facilmente ser sintetizada numa única frase). Em todo o caso, deve evitar-se a redundância. Ou seja, nunca se deve apresentar um quadro e uma figura para ilustrar a mesma informação, tal como não se deve reproduzir de forma detalhada no texto a informação que estes contêm. Em vez disso, deve orientar-se o leitor na compreensão da informação que apresentam, identificando em que quadro ou figura esta está sintetizada, e salientando os pontos-chave.

Os quadros e figuras devem ser identificados com números de acordo com a ordem de referência no texto, utilizando letra maiúscula (e.g., Figura_1; Quadro_1).

Para fazer referência no corpo do texto a uma dada figura ou quadro utiliza-se sempre a sua designação numérica, evitando expressões como na figura acima ou no quadro da página 10 porque tais aspectos alteram-se com eventuais mudanças de paginação.

Quadros.As principais regras subjacentes à construção de quadros são a identificação das unidades de medida (não utilizar diferentes unidades de medida ou diferentes números de casas decimais numa mesma coluna) e a consistência na terminologia referente a um determinado fenómeno ou variável (e.g., usar tempo de reacção ou tempo de resposta, mas não ambos).

Recomenda-se o uso de duas casas decimais na apresentação dos dados. A nível gráfico, os quadros caracterizam-se pela ausência de linhas verticais. Os quadros são delimitados apenas por uma linha horizontal no topo e na base. O Quadro_3 constitui um exemplo realizado de acordo com estas normas gerais, mas contém algumas modificações que se prendem com as normas gráficas específicas da revista científica na qual o artigo foi publicado.

Como podemos observar no Quadro_3, após a identificação do quadro encontramos, na linha seguinte, o título onde é explicitado quer a variável medida (i.e., proporção de falsas memória) quer as manipuladas (i.e., tipo de lista e tipo de tarefa de memória). Note-se que o título deve ser apresentado em itálico, sem ponto final, e as principais palavras são apresentadas em maiúsculas7. O cabeçalho das colunas é definido por uma linha horizontal inferior. No exemplo encontramos cinco colunas: uma relativa aos acertos verificados por tipo de item ' List items (Hits) ' e quatro referentes aos tipos de listas (i.e., Social Negative, Social Positive, etc.). Note-se que como na primeira coluna se apresentam os dados relativos a duas tarefas de memória (i.e., Impression Formation e Memory), os diferentes tipos de itens são apresentados de forma indentada de forma a potenciar a legibilidade.

Existem três tipos de notas que podem suceder à apresentação do quadro: (a) geral ' aquela que qualifica, explica ou fornece informação partilhada por todas as células do quadro e que termina com a explicação de quaisquer abreviaturas ou símbolos, sendo introduzida pela expressão da palavra Nota (itálico, seguida de ponto final); (b) específica ' informação que diz respeito apenas a uma coluna, linha ou célula específica do quadro, sendo cada nota deste tipo identificada por uma letra minúscula em texto superior à linha (e.g., a,b,c) e, por fim, (c) nota de probabilidades ' indica como asteriscos ou outros símbolos são utilizados no quadro para indicar p values e, consequentemente, os resultados de testes estatísticos. No Quadro_3 apenas está representada uma nota geral.

Figuras.Contrariamente aos quadros, o título (i.e., descrição sumária da figura) sucede à apresentação das figuras e é apresentado imediatamente a seguir à identificação numérica da figura seguida de ponto final. As figuras semelhantes, ou de igual importância, devem ser do mesmo tamanho e escala. De facto, as figuras semelhantes podem mesmo ser combinadas (e.g., apresentar um gráfico de linhas acima, ou ao lado, de outro com eixos idênticos) numa figura única de forma a facilitar a comparação entre estas. A legibilidade é um critério essencial na preparação da figura. Assim sendo, a APA recomenda a utilização de tipos de letra simples (como Arial, Futura ou Helvetica) de tamanho compreendido entre 8 e 14 pontos, evitando o negrito. Tendo em conta que, habitualmente, os artigos são publicados a preto e branco, quando se escolhe o preenchimento das barras de um gráfico deve maximizar-se a diferença entre estas (e.g., no caso de serem dois tipos de barras recomenda-se uma a preto e outra a branco, ou seja, nesta última, apenas o seu contorno).

Como podemos observar na Figura_4, o título sintetiza a informação representada. De facto, a variável dependente (i.e., recordação média de itens não redundantes) está representada no eixo vertical (i.e., y). No eixo horizontal (i.e., x) estão representadas duas condições de organização da codificação (i.e., correspondente ou não correspondente). as barras, tal como indicado na legenda, dizem respeito a dois tipos de tarefa de recordação (Nominal e Colaborativa) estando ainda representadas as barras de erro- padrão (i.e., standard errorou SE). As figuras que incluam gráficos de linhas ou colunas devem conter informação sobre a distribuição, habitualmente intervalos de confiança ou erro-padrão associados às médias.

Discussão Após a apresentação dos resultados procede-se à avaliação e interpretação das suas implicações, especialmente no respeitante às hipóteses ou objectivos originais. Esta secção visa assim examinar, interpretar e inferir a partir dos resultados verificados (ou das conclusões alcançadas no caso de artigos não empíricos) e deve iniciar-se com uma afirmação clara relativamente ao suporte das hipóteses ou concretização dos objectivos. As semelhanças (ou diferenças) entre os resultados verificados e os patentes na literatura devem ser utilizadas para contextualizar, confirmar e clarificar as conclusões. No caso de as hipóteses não serem suportadas, podem ser propostas explicações post hoc, isto é, avançar de forma sustentada com explicações alternativas para os dados obtidos. É relevante evitar a repetição de informação: cada afirmação apresentada deve contribuir para a interpretação avançada pelo autor e para a compreensão do leitor. Caso esta secção seja muito breve e directa pode ser integrada numa secção Resultados e Discussão na qual se acrescenta esta discussão à descrição dos resultados (no caso de estudos empíricos). Em alguns artigos empíricos com vários estudos é frequente encontrar secções de Resultados e Discussão no final de cada estudo empírico e no final introduzir uma secção de Discussão Geral.

Outros aspectos a discutir são as limitações do estudo (e.g., fontes de potencial enviesamento; imprecisão de medidas, etc.); mecanismos explicativos do impacto da intervenção ou manipulação (alternativos ao postulados inicialmente); generalização dos resultados (e.g., diferenças entre amostra e população-alvo). A discussão deverá terminar com um comentário acerca da relevância das evidências (retomar, por exemplo, a discussão da pertinência do tópico avançada na introdução, extrapolar para outros campos, etc.) a nível prático, teórico ou clínico, salientando ainda que questões permanecem sem resposta, ou que emergem dos resultados obtidos ou das conclusões retiradas.

Lista de Referências Um dos aspectos mais explorados no Manual de Normas de Publicação da APA é a definição de estilos de citações e referências bibliográficas. O domínio destas normas é uma ferramenta essencial. Por um lado, enquanto autores de trabalhos académicos ou artigos científicos, permite-nos reconhecer as contribuições de outros autores, contextualizando a nossa própria contribuição para a literatura e evitando situações de plágio (incluindo auto-plágio, i.e., a apresentação de uma ideia publicada pelo próprio autor como uma ideia nova). Por outro lado, enquanto leitores, ficamos aptos a identificar a fonte original e a sua tipologia específica, facilitando a sua recuperação no caso de pretendermos clarificar ou aprofundar um dado tópico.

As referências devem ser apresentadas numa secção própria, cujo objectivo é fornecer, de forma rápida e inequívoca, a informação necessária para a identificação (e eventual recuperação) de cada fonte utilizada na investigação e preparação do trabalho. A organização da lista obedece primariamente a um critério alfabético, segundo os apelidos do primeiro autor de cada documento.

No caso de existirem diferentes trabalhos de um mesmo autor (ou autores), estes serão organizados por ordem cronológica (i.e., do mais antigo para o mais recente). Sublinhamos que um único autor tem sempre precedência (face a uma referência onde existe também um co-autor). No caso de existirem referências em que um autor colabora com outros, aplica-se o critério de ordenação alfabética de acordo com o apelido do segundo autor e assim sucessivamente.

A nível de formatação, a secção inicia-se numa página independente com o título Referências, centrado na primeira linha. Deverá utilizar-se espaçamento duplo e avanço pendente (i.e., a primeira linha de cada referência alinhada à esquerda e as restantes indentadas). A Figura_5 ilustra uma lista de referências (que inclui os trabalhos citados como exemplo ao longo do presente artigo).

De seguida revemos as regras que dizem respeito à construção de cada referência bibliográfica. Começaremos por definir a forma geral de referência (e ilustramos com exemplos de materiais em português e em inglês) dos seguintes tipos de material: (a) publicações periódicas; (b) livros, capítulos de livros e entradas em livros de referência; (c) dissertações; (d) conferências; e (e) fontes online.

Em todos os casos, pretende-se que a referência seja o mais completa possível, sem no entanto ser redundante. Uma das dificuldades que frequentemente surgem na realização das referências é a selecção de elementos a incluir, dada a vastidão de informação disponível nas bases de pesquisa relativas a um dado documento. Os elementos mais comuns são: informação relativa à autoria, data de publicação, e título do documento. Dependendo do tipo de material, existem outros elementos que devem ser incluídos (como o local de edição, a designação da empresa editora, etc.). As regras contemplam ainda a definição de pontuação específica, bem como aspectos gráficos (e.g., a utilização do tipo de letra em itálico) que procuraremos explicitar.

Regras para a Elaboração de Referências Bibliográficas Publicações Periódicas Por publicações periódicas entende-se todos os itens publicados de forma regular, tais como: revistas científicas (em inglês journals), jornais, revistas, etc. Os elementos utilizados para referenciar uma publicação deste tipo são: apelido do(s) autor(es), seguidos pelas suas iniciais,8 ano de publicação, título do artigo, título da publicação periódica (itálico), volume (itálico),9 página inicial e página final, doi.10 Segue-se a forma geral de referência e alguns exemplos: Autor, A. A., Autor, B. B., & Autor, C. C. (ano). Título do artigo. Título da publicação periódica, xx,pp-pp. doi: xx.xxxxxxxxxx Garrido, M. V., Garcia-Marques, L., & Hamilton, D. L. (2012b). Hard to recall but easy to judge: Retrieval strategies in social information processing. Social Cognition, 30, 57-71. doi:10.1521/soco.2012.30.1.56 Ou seja, sabemos assim que o artigo intitulado Hard to Recall but Easy to Judge: Retrieval Strategies in Social Information Processing foi escrito por três autores (M. V. Garrido, L. Garcia-Marques e D. L. Hamilton), publicado em 2012 no volume 30 da revista científica Social Cognition, e é apresentado entre as páginas 57 e 71. Como no presente artigo havíamos citado um outro trabalho dos mesmo autores e do mesmo ano, torna-se necessário adicionar letras à data para diferenciá-los e permitir a sua identificação na lista de referências (i.e., a, b, c, etc. de acordo com a ordem em que são mencionados no texto).

É importante salientar que a pontuação (e.g., pontos a seguir a cada inicial, separação dos autores por vírgulas, etc.) e formatação específica que apresentamos constam das directrizes da APA, devendo ser criteriosamente respeitada. Por exemplo, apenas a primeira palavra do título do artigo se inicia com maiúscula11 a não ser que este contenha palavras habitualmente escritas com maiúsculas (como nomes próprios, de países ou organizações) ou contenha pontuação que indique o início de uma nova frase (como no exemplo).

Note que apenas o título da publicação periódica e o respectivo volume são italicizados. Existem alguns casos que constituem excepções a esta forma geral de referência. Nomeadamente, se existem mais de sete autores, devem ser referidos os seis primeiros, colocando depois reticências e, por fim, o último autor. No exemplo que apresentamos de seguida, colaboraram oito autores. De acordo com a regra, omite-se então apenas o sétimo (no caso Mouro, C.).

Buijs, A., Hovardas, T., Figari, H., Castro, P., Devine-Wright, P., Fischer, A., & ... Selge, S. (2012). Understanding people's ideas on natural resource management: Research on social representations of nature. Society & Natural Resources, 25, 1167-1181. doi:10.1080/08941920.2012.670369 Algumas publicações (ou autores) disponibilizam versões preliminares dos artigos. Caso o manuscrito ainda esteja em fase de preparação, ou tenha sido submetido para publicação, deve utilizar-se a forma de referência abaixo identificada. Note-se que nunca se identifica a revista científica ou a editora a que se submeteu o trabalho. Se desejarmos citar esse trabalho no texto, devemos indicar o ano da versão consultada.

Autor, A. A., Autor, B. B., & Autor, C. C. (ano). Título do manuscrito.

Manuscrito em preparação (ou Manuscrito submetido para publicação).

No caso de o artigo submetido ter sido aceite para publicação mas ainda não ter sido impresso, como não existe ainda uma data de publicação deve indicar- se, no lugar do ano entre parêntesis, a expressão (in press ) ou (no prelo), se o artigo for em português. No exemplo seguinte, ainda que saibamos em que revista será publicado o artigo, não está ainda disponível qual será o volume e o número de páginas: Prada, M., & Domingos, A. (no prelo). Paradigma de primação afectiva.

Laboratório de Psicologia.

Em todo o caso, recomenda-se a actualização da lista de referências próximo da data de publicação ou de entrega do trabalho, de modo a citar a versão final dos documentos (i.e., com a referência completa).

Se a publicação tem uma periodicidade muito frequente, como no caso de revistas ou jornais de comunicação social,12 é necessária a inclusão de mais informação relativa à data para permitir uma rápida identificação e recuperação do documento. Por exemplo, tratando-se de uma revista publicada semanalmente (e.g., Visão) ou de um jornal diário (e.g., Público), deverá incluir-se o dia da publicação: Marques, V. (2008, 16 de Outubro). Tenho um fraquinho por ti ' As nove regras da atracção inicial. Sábado, 110-111.13 Livros e Capítulos de Livros Esta secção inclui livros ou manuais sobre um dado tópico, bem como livros de referência tais como enciclopédias ou dicionários. Podemos diferenciar entre livros de autor (um ou vários) e livros editados (no qual uma ou várias pessoas são responsáveis pela organização do livro, podendo ser ou não autores de capítulos nesse mesmo livro). Outra distinção relevante é se pretendemos referenciar a totalidade do livro ou apenas um dos capítulos. Segue-se a forma geral de referência para os dois casos e alguns exemplos: Autor, A. A. (ano). Título do livro. Local: Editora.

Neves, J. G., Garrido, M. V., & Simões, E. (2008). Manual de competências pessoais, interpessoais e instrumentais ' Teoria e prática(2ª ed.) Lisboa: Edições Sílabo.

Ou seja, o livro intitulado Manual de Competências Pessoais, Interpessoais e Instrumentais ' Teoria e Prática foi escrito por três autores (J. G. Neves, M.

V. Garrido e E. Simões) e publicado em Lisboa pelas Edições Sílabo. Note-se que a data (i.e., 2008) corresponde à segunda edição desta obra. É essencial indicar a edição específica consultada dado que é comum a reestruturação e actualização de conteúdos entre diferentes edições de uma mesma obra. Apenas o título do livro é italicizado.

Editor, A. A. (Ed.). (ano). Título do livro. Local: Editora.

Vala, J., & Monteiro, M. B. (Eds.) (2013). Psicologia social ( ed.).

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Neste caso, J. Vala e M. B. Monteiro são os editores da nona edição do livro Psicologia Social, editado em 2013, em Lisboa, pela Fundação Calouste Gulbenkian. Como podemos observar, a única diferença consiste em identificar os editores com a expressão Eds. antes de se indicar a data.

Caso se pretenda citar apenas um capítulo, e não o livro inteiro, devemos começar pelo(s) autor(es) do capítulo específico, seguido(s) da data de publicação do livro e o título do capítulo. De seguida, indicamos o(s) nome(s) do editor(es), indicando primeiro a(s) sua(s) inicial(ais). Este caso é, aliás, o único previsto nas normas de referências em que as iniciais precedem o apelido do autor. Segue-se então a indicação que se trata(m) do(s) editor(es) ' (Eds.) ', o título do livro e as páginas em que o capítulo pode ser encontrado, bem como o local de edição e o nome da editora:14 Autor, A. A., & Autor, B. B. (ano). Título do capítulo. In A. Editor & B. Editor (Eds.), Título do livro (pp. xx-xx). Local: Editora.

Garcia-Marques, L., Ferreira, M. B., & Garrido, M. V. (2013). Processos de influência social. In J. Vala & M. B. Monteiro (Eds.), Psicologia social ( ed., pp. 245-324). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Imagine agora que consultou um livro de referência, como uma enciclopédia de psicologia, com o objectivo de definir um dado conceito (e.g., medida de atitude). Neste caso, deverá referenciar essa entrada específica. Como pode observar no exemplo seguinte, a forma de referência é semelhante à de capítulo de um livro, correspondendo o nome da entrada ao título do capítulo. Note-se ainda que no exemplo que se segue são apresentados dois locais de edição dado que a publicação do livro resultou da colaboração de duas editoras (a APA e a Oxford University Press).

Schwarz, N. (2000). Attitude measurement. In A. E. Kazdin (Ed.), Encyclopedia of psychology(Vol. 1, pp. 313-317). Washington, DC/ New York, NY: American Psychological Association/ Oxford University Press.

Noutros casos, como quando a definição do conceito é consultada num dicionário, poderá não haver um autor ou editor identificado. Sendo uma edição online, também a data poderá não estar presente. Por exemplo, se consultou a definição de um termo (e.g., ageism ou estereótipo) num dicionário online (Merriam Webster ou Priberam), o nome do conceito ocupa o lugar habitualmente reservado para os autores. Tendo em conta que não existe uma data disponível utiliza-se a abreviatura n.d. ou s.d. para indicar no date ou sem data. As referências relativas a estes termos seriam: Ageism (n.d.). In Merriam-Webster's Online Dictionary . Retirado de [ou Retrieved from, se estiver a redigir o texto em inglês] www.merriam- webster.com/dictionary/ageism Estereótipo (s.d.). In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa . Retirado de [ou Retrieved from, se estiver a redigir o texto em inglês] www.priberam.pt/ dlpo/default.aspx?pal=estereótipo Destacamos que a definição apenas surge na lista de referências quando é efectivamente transcrita no texto (exclui-se assim as consultas ao dicionário efectuadas apenas para clarificar o significado de uma palavra na preparação do texto).

Dissertações A consulta de dissertações de mestrado ou doutoramento é frequente sobretudo pela utilidade ao nível do mapeamento da literatura num dado campo. Apenas o nome do autor (i.e., o candidato ao grau) é referenciado, não sendo mencionado o nome do(s) orientador(es) do trabalho, seguindo-se a data e o título. Deve ainda ser indicado, entre parêntesis, a que tipo de dissertação se refere (i.e., Dissertação de Mestrado ou Master's thesis; Dissertação de Doutoramento ou Doctoral dissertation), bem como o nome da instituição que confere o grau e o nome da cidade e do país a que esta pertence. Segue-se o formato geral e alguns exemplos: Autor, A. A. (ano). Título da dissertação (Tipo de dissertação: Mestrado ou Doutoramento). Nome da Instituição, Local.

Correia, I. F. (2001). Concertos e desconcertos na procura de um mundo concertado: Crença no mundo justo, inocência da vítima e vitimização secundária (Dissertaçãode Doutoramento). Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Lisboa, Portugal.

Ferreira, M. B. (2004). Automaticity and cognitive control: A dual process approach to reasoning under uncertainty(Doctoral dissertation). Faculty of Psychology, University of Lisbon, Lisbon, Portugal.

Conferências As actas (proceedings) de conferências podem ser publicadas em formato de livro ou publicação periódica (nessa situação aplicam-se as formas definidas para esses casos). Caso as comunicações (orais ou em formato poster) não tenham sido formalmente publicadas deve seguir-se a seguinte formatação geral: Apresentador, A. A. (ano, mês). Título da comunicação oral ou poster.

Comunicação [ou poster] apresentada na conferência x, Local.

Arriaga, P. F., Arede, M., Ulrich, E., & Martins, R. (2010, Fevereiro). A importância das emoções na empatia face às vítimas no desejo de punir os perpetradores e na percepção de risco. Comunicação apresentada no VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia, Braga, Portugal.

Lopes, D., Vala, J., & Costa-Lopes, R. (2005, July). Social validation of everyday knowledge and the use of the heterogeneity norm: An application to prejudice change. Poster presented at the 14th General Meeting of the European Association of Experimental Social Psychology, Wurzburg, Germany.

Fontes Online No respeitante às normas para material pesquisado e/ou obtido online, devemos em primeiro lugar identificar que tipo de material se trata. No caso de um documento (integral ou excerto) obtido num website, como um artigo científico sem doi disponível, devemos citá-lo no texto e incluí-lo na lista de referências. Para tal, utilizamos as regras abordadas para cada tipo de material bibliográfico (e.g., artigo ou livro): Calheiros, M. A., & Monteiro, M. B. (2007). Relações familiares e práticas maternas de mau trato e negligência. Análise Psicológica, 25, 195-210. Retirado de www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/aps/v25n2/v25n2a03 Noutros casos, a identificação não é óbvia. Regra geral, é preciso fornecer os quatro elementos de informação que se seguem.

Autor, A. (data). Título do documento [Descrição do formato]. Retirado de [ou Retrieved from] http://xxxxxxxxx No exemplo seguinte trata-se de uma brochura da APA, acerca das diferentes áreas de aplicação da psicologia, disponibilizada em formato PDF no website indicado: American Psychological Association (2011). Careers in psychology [PDF].

Retirado de [ou Retrieved from] www.apa.org/careers/resources/guides/ careers.pdf Por vezes, a informação não integra um documento específico, estando apenas presente numa dada página da Internet. Nesse caso, basta citá-la no texto não sendo necessário uma entrada na lista de referências. Por exemplo, imagine que se trata de um excerto da introdução de um trabalho: A existência de 56 divisões diferentes na APA (www.apa.org/about/division/ index.aspx) é ilustrativa da variedade de aplicações da psicologia.

Ou seja, no caso acima o autor apenas consultou o website da APA com vista a determinar quantas são as divisões que compõem a associação e utiliza essa informação para sustentar a afirmação de que a psicologia se caracteriza por uma grande diversidade de aplicações.

Citações no Texto Todas as fontes citadas no texto (identificação do autor e da data de publicação) surgem obrigatoriamente na secção de referências (e vice-versa). As únicas excepções a esta regra são as citações de trabalhos clássicos com secções estandardizadas e independentes da edição (e.g., Bíblia, Alcorão) e as referências a comunicações pessoais.15 Quando reproduzimos integralmente as palavras de um autor (ou, por exemplo, instruções dadas a participantes num estudo) devemos indicar não o apelido do autor e a data, mas também a página específica em que o excerto está presente. Destacamos que a reprodução deve ser fiel ao original (em termos de idioma16, grafia, pontuação, gramática, etc.) mesmo se este contiver alguma incorrecção. Se considerarmos que uma eventual incorrecção poderá confundir o leitor deve colocar-se imediatamente a seguir ao erro a expressão latina sic (que significa é assim) em itálico e entre parêntesis rectos. Este tipo de parêntesis também é utilizado quando adicionamos palavra(s) à citação com o intuito de a clarificar. Se desejarmos omitir material que consta na fonte original devemos assinalar a omissão utilizando três pontos espaçados (...) se a omissão é numa mesma frase e quatro pontos espaçados (...) se a omissão é entre duas frases (no texto não se incluem os parêntesis, apenas os pontos).

Caso o excerto reproduzido seja inferior a 40 palavras, a citação pode ser incorporada no texto e apresentada entre aspas. Por exemplo, se a citação surge a meio de uma frase: Garrido, Azevedo, Prada e Santos (2011) sugerem que o próprio conteúdo espacial das palavras-estímulo utilizadas remete para diferentes localizações espaciais (p. 70), logo...

Se surgir no final, a referência deve suceder à citação entre parêntesis como apresentado no exemplo seguinte.

... ou Os factores (T. Ramos, comunicação pessoal, 09 de Janeiro, 2007).

Tal poderá ser explicado porque o próprio conteúdo espacial das palavras- estímulo utilizadas remete para diferentes localizações espaciais (Garrido, Azevedo, Prada, & Santos, 2011, p. 70).

Caso a citação seja mais extensa do que 40 palavras, deverá ser apresentada num bloco de texto independente, a espaçamento duplo, destacado e sem aspas: Tais discrepâncias levaram Garrido, Azevedo, Prada e Santos (2011) a questionar:

se palavras positivas e negativas activam diferentes áreas do espaço visual devido à sua valência, tal como as propostas teóricas que tentam explicar estes efeitos parecem sugerir, ou porque o próprio conteúdo espacial das palavras-estímulo utilizadas (até agora não controlado) remete para diferentes localizações espaciais. (p. 70)

No exemplo acima a fonte é citada na afirmação que introduz o bloco de texto (daí que no final do bloco apenas seja necessário referir o número da(s) página (s) em que este se encontra). Em alternativa, a fonte pode ser citada no final do bloco.

Mais comum do que a reprodução textual das palavras de um autor é a citação das suas ideias. Neste caso não é necessário incluir o número de página nem utilizar aspas. A citação pode fazer parte da própria narrativa do texto: Prada (2010) demonstrou que a primação afectiva é independente da familiaridade dos alvos.

Em alternativa, pode estar apenas indicada entre parêntesis: A primação afectiva é independente da familiaridade dos alvos (Prada, 2010).

Enquanto o ano de publicação deverá ser sempre indicado, existem algumas variações relativamente à indicação dos autores consoante o seu número: (a) um ou dois autores, deve citar-se sempre o(s) seu(s) apelido(s), independentemente do número de vezes que aquele trabalho específico é citado; (b) três a cinco autores, deverá citar-se todos os apelidos apenas na primeira vez que o trabalho é referenciado, em referências subsequentes usar apenas o apelido do primeiro autor e a abreviatura et al. ou, se for fora de parêntesis, a expressão e colaboradores (embora et al. também possa ser usado), seguido da data; (c) seis ou mais autores, todas as referências (mesmo a primeira) seguem esta última regra.

Os nomes de grupos que asseguram a autoria de um trabalho (e.g., empresas, associações, centros de investigação, institutos) são habitualmente escritos por extenso sempre que citados, a não ser que a sua abreviatura seja familiar (e.g., INE) ou rapidamente compreensível (utilização possível a partir da segunda referência). Todos estes casos se encontram ilustrados no Quadro_4.

É frequente verificarmos que a ideia que citamos está presente em múltiplos trabalhos existentes na literatura. Assim sendo, devemos ordenar a apresentação dessas múltiplas referências por ordem alfabética (tal como na lista de referências bibliográficas), e não por ordem cronológica, de importância ou qualquer outro critério: Em consequência, a correspondência entre atitudes e avaliacõeş (e.g., Haddock & Maio, 2004; Petty, Briñol, & DeMarree, 2007; Wegener & Carlston, 2005) ou julgamentos avaliativos (e.g., Schwarz & Bohner, 2001) tem dominado as definicõeş contemporâneas de atitudes.

Sendo dois ou mais trabalhos do(s) mesmo(s) autores, deverá seguir-se uma ordem cronológica. No exemplo que se segue, um dos trabalhos está publicado e o outro estaria no prelo: da cognição social situada (Semin, Garrido, & Palma, 2012, no prelo).

Se os autores forem os mesmos (e na mesma ordem) e as datas de publicação forem iguais, devemos adicionar uma letra enquanto sufixo (a,b,c, etc.) depois do ano, de forma a diferenciar entre trabalhos (e incluí-los na lista de referências): Vários estudos demonstram tal padrão de resultados (Garrido, et al., 2012a, 2012b) Por último, revemos o caso em que a fonte é secundária (i.e., citamos um trabalho em segunda mão). Este tipo de referência deve ser utilizado com pouca frequência e apenas quando justificado (e.g., quando o trabalho original não está disponível nas fontes habituais, a edição foi descontinuada, não está disponível numa língua directamente acessível ao leitor, etc.). É essencial que fique claro no texto que o original não foi lido pelo autor e, para tal, introduz-se a expressão citado por ou as cited in: A perspectiva elementarista, que remonta aos filósofos britânicos dos séculos XVII e XVII, como Hume e Locke (citados por Garrido, Azevedo, & Palma, 2011)...

Ou seja, neste caso como o autor não teria acesso às obras, poderá citá-las em segunda mão. Apenas a referência consultada aparece na lista de referências (i.e., Garrido, Azevedo, & Palma, 2011).

Comentário Final As orientações da APA para a escrita científica foram elaboradas sobretudo para promover uma comunicação científica forte, simples e elegante, maximizando assim a probabilidade de publicação. Neste artigo procurámos sistematizar as principais normas relativas à produção de escrita científica sugeridas pela APA (e clarificar dúvidas comuns) e, sempre que possível, ilustrando com casos adaptados para a língua portuguesa. Desta forma, esperamos ter contribuído para facilitar o processo de escrita académica no domínio da psicologia, em particular para os alunos e jovens investigadores que agora iniciam o seu percurso, para quem a leitura do manual de normas da APA possa parecer, num primeiro momento, desencorajadora pela sua extensão e complexidade. De facto, reconhecemos que nem todas as normas contribuem de igual forma para potenciar a clareza e objectividade da comunicação. Alguns aspectos poderão mesmo parecer triviais, o que habitualmente está na origem da resistência a aprofundar o conhecimento das normas (e.g., Beins, 2006). Porém, estamos seguras de que os benefícios ao nível da qualidade da produção científica justificam o investimento.

Muitos são os aspectos que, por uma questão de parcimónia, não foram aqui contemplados. Por exemplo, ao nível da elaboração de referências bibliográficas, não contemplámos as normas relativas a outros tipos de fontes como filmes, música, ou fotografia. Para um domínio das normas é essencial a consulta do manual (APA, 2010a) que, certamente, estará disponível nas bibliotecas institucionais. Um outro recurso de grande utilidade é o website da APA dedicado a este tópico (www.apastyle.org/) onde podem ser encontrados tutoriais de iniciação às normas. Sugerimos ainda a consulta do blogue (blog.apastyle.org/), centrado no estilo da APA, onde se podem encontrar esclarecimentos face a situações menos comuns ou menos claras no manual, ou mesmo a respectiva página do Facebook (www.facebook.com/APAStyle). Ambas as opções permitem interagir com especialistas em normas e colocar questões. Outra opção será consultar informação disponível em websites (e.g., Laboratório de Escrita da Universidade de Purdue ' owl.english.purdue.edu/owl/resource/560/01/ ), que apresentam uma síntese fiável das normas.

Salientamos ainda que o estilo da APA é actualmente adoptado pela maioria dos autores, editores, professores e estudantes no âmbito das ciências sociais e comportamentais. No entanto, e não obstante a utilidade das orientações da APA e da sua ampla adopção por parte da maioria das publicações científicas na área da psicologia, quando um autor submete um artigo a uma revista científica deverá sempre assegurar-se que segue as recomendações descritas nas políticas de submissão dessa publicação específica. Do mesmo modo, na preparação de dissertações ou trabalhos académicos para unidades curriculares específicas o autor deve sempre consultar o professor supervisor para especificar as orientações de estilo pretendidas. O mesmo se aplica à redacção de propostas ou projectos submetidos a concursos específicos, que embora possam beneficiar do estilo de escrita e formatação recomendados pela APA deverão ser preparadas de acordo com as normas e regulamentos referidos nas orientações de candidatura divulgadas.

Por último, relembramos que a prática leva à perfeição. Neste sentido, é nossa expectativa que o presente artigo contribua para que, dominando estas orientações, os leitores se aventurem com sucesso na publicação dos seus trabalhos de investigação.


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