Qualidade de vida em pacientes portadores de doença inflamatória intestinal:
tradução para o português e validação do questionário "Inflammatory Bowel
Disease Questionnaire" (IBDQ)
EPIDEMIOLOGIA CLÍNICACLINICAL EPIDEMIOLOGYINTRODUÇÃO
As doenças crônicas constituem grande problema da população moderna. Tendem a
ser progressivas e com sua evolução afetam, cada vez mais, aspectos do
cotidiano dos doentes. Durante seu curso podem, através de vários fatores
interagindo e se combinando, causar diferentes impactos no grau de satisfação
de vida desses indivíduos.
O conceito de qualidade de vida se refere à quão bem as pessoas desempenham
suas funções na vida diária e a avaliação pessoal do seu bem estar(23).
A maioria dos instrumentos para essa medida é constituída de questionários que
compreendem um número de itens ou questões, reunidos sob senso comum, chamado
de domínio. Um domínio refere-se à área do comportamento ou experiência que se
está tentando avaliar(10).
O interesse pela qualidade de vida nas doenças inflamatórias intestinais (DII)
é recente, pois sabe-se que podem acarretar alterações em certos domínios,
principalmente no âmbito social, psicológico e sócio-profissional(5, 6, 16,
25).
Esta pesquisa teve por objetivos realizar a tradução do "Inflammatory Bowel
Disease Questionnaire" (IBDQ) para a língua portuguesa e sua adaptação à
cultura brasileira, além de verificar suas propriedades de medida, para que
possa ser aplicado como instrumento específico de avaliação de qualidade de
vida em pacientes brasileiros portadores de DII.
LITERATURA
O IBDQ foi desenvolvido em 1988 nos Estados Unidos da América por MITCHELL et
al.(17), da McMaster University, através de entrevistas amplas com 54 pacientes
com doença de Crohn (DC) e 43 com retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI). Em
1989, foi reestruturado por GUYATT et al.(10), que reduziram seus 150 itens
originais para os atuais 32, compreendendo quatro domínios (ou dimensões):
sintomas intestinais, sintomas sistêmicos, aspectos sociais e aspectos
emocionais, sendo as opções de respostas apresentadas sob a forma de múltipla
escolha, com sete alternativas. O escore 1 significa pior qualidade de vida e
7, a melhor.
Em 1994, IRVINE et al.(12) testaram o IBDQ, agora em número maior de pacientes,
como parte do "Canadian Crohn's Relapse Prevention Trial" e concluíram que o
IBDQ é medida confiável, com boa reprodutibilidade e que reflete as alterações
importantes que ocorrem no estado de saúde dos pacientes com DII, podendo ser
plenamente utilizado para averiguação de medidas terapêuticas em ensaios
clínicos.
TURNBULL e VALLIS(22), em 1995, aplicaram o IBDQ em 16 pacientes com DC e 6 com
RCUI, medindo simultaneamente a atividade da doença. Utilizaram
concomitantemente o SIP ("Sickness Impact Profile") e mais dois questionários
que medem aspectos psicossociais, de maneira a observar correlações, não
comprovadas, entre o índice de atividade utilizado e o instrumento de qualidade
de vida, mas identificaram forte correlação entre os fatores biopsicosociais e
o IBDQ.
IRVINE et al.(13) propuseram a versão resumida do IBDQ ("Short Inflammatory
Bowel Disease Questionnaire"), contendo 10 questões selecionadas como as mais
representativas dos aspectos estudados. Esta versão foi testada quanto a sua
validade e reprodutibilidade em 150 pacientes com DC e 45 com RCUI, mantendo
suas propriedades de medida.
RUSSEL et al.(19) traduziram e validaram o IBDQ para a língua e cultura
holandesa e, em 1998, HAN et al.(11) validaram o instrumento para uso no Reino
Unido, ambos os grupos demonstrando que o instrumento se mantinha válido e
reprodutível.
A cronicidade da doença, assim como a ausência de correlação entre o estado
funcional do paciente e os marcadores inflamatórios, aumentam a importância dos
instrumentos de qualidade de vida nessas enfermidades(2).
CASUÍSTICA E MÉTODO
Foram estudados 50 pacientes consecutivos com DII, em atendimento no
Ambulatório da Disciplina de Gastroenterologia da Escola Paulista de Medicina
(UNIFESP), São Paulo, SP, atendidos entre março e dezembro de 1998.
Foram incluídos doentes com DC ou RCUI, diagnosticados segundo os critérios de
LENNARD-JONES(14), acima de 21 anos de idade, que aceitavam participar do
estudo, não se relacionando indivíduos em situação de amamentação, grávidas,
com limitações físicas de ordem neuromotora, portadores de diabetes,
insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, arteriosclerose e
com antecedentes de alcoolismo. Também foram excluídos pacientes com cirurgias
do tipo "ostomias", pela particularidade desta situação e a provável
dificuldade em responder a algumas questões do questionário específico.
GUILLEMIN et al.(8) propuseram diretrizes para a adaptação transcultural de um
instrumento, que foram utilizadas neste processo de adaptação do IBDQ.
O corpo do questionário foi traduzido por duas pessoas com alto conhecimento
das línguas inglesa e portuguesa, atentas para interpretações divergentes de
itens ambíguos no original. Não mantiveram qualquer contato por ocasião da
tradução, obtendo-se, portanto, dois textos independentes. Ambos tinham como
língua materna a portuguesa e foram previamente esclarecidos a respeito do
objetivo do questionário e do que se pretendia medir.
Após a análise das duas traduções por uma comissão constituída por um professor
de inglês, dois gastroenterologistas e uma pessoa experiente em estudos de
qualidade de vida, realizaram-se as modificações necessárias para a obtenção de
uma versão consensual (primeira versão em português). Esta versão consensual
foi então vertida para o inglês, por dois professores de inglês cuja língua
materna era o inglês, de maneira simultânea e independente, sem que soubessem
dos objetivos do estudo.
As duas versões em língua inglesa, obtidas a partir da primeira em português,
foram comparadas com o texto original em inglês e analisadas as divergências
(pela mesma comissão). Procedeu-se à comparação das duas versões feitas em
inglês (tradução cruzada) com o questionário original em inglês, para se obter
fidedignidade na tradução para o português. Sempre que necessário, as perguntas
e/ou respostas em português eram reescritas, chegando-se a versão definitiva
após re-testes.
O IBDQ, em sua versão para a língua portuguesa, teve sua validade avaliada pela
análise da correlação dos escores obtidos em cada um de seus componentes com
outros instrumentos: um instrumento geral de qualidade de vida, o "Medical
Outcome Sutdy 36-Item Short Form Health Survey" em sua versão em língua
portuguesa- SF-36(3), o "Crohn's Disease Activity Index" para DC(1) e o índice
de Lichtiger para os pacientes com RCUI(15).
Para analisar sua reprodutibilidade, um segundo entrevistador aplicou o mesmo
questionário cerca de 15 minutos após o primeiro (variabilidade
interobservador). Finalmente, o primeiro entrevistador repetiu o questionário 2
semanas após sua primeira aplicação (variabilidade intra-observador).
O SF-36 destaca-se entre os instrumentos genéricos de avaliação de qualidade de
vida, devido a sua abrangência e facilidade de aplicação. Compõem-se de oito
domínios, compreendendo funções físicas e sociais, limitações devido à
incapacidade física, quantificação de dor, estado de saúde mental, limitações
devido a problemas emocionais, vitalidade e percepção geral do estado de saúde
(24). A versão utilizada foi aquela traduzida para o português e adaptada à
cultura brasileira por CICONELLI(3), com suas propriedades psicométricas
testadas e aprovadas.
Todas as análises foram realizadas através do programa Statistica for Windows
(STAT SOFT, 1993), tendo sido utilizada a correlação de Pearson para as
análises de correlação, com a probabilidade de alfa fixada em 5%.
RESULTADOS
A idade média dos pacientes era de 45 ± 14 anos (21-71), 19 (38%) deles eram do
sexo masculino e 31 (62%) do sexo feminino, a maioria da cor branca. O número
de pacientes casados era 34 (68%) e a maioria com nível de escolaridade de até
o primeiro grau.
Vinte e quatro pacientes (48%) tinham DC e 26 (52%) RCUI, com tempo médio de
duração da doença de 89 meses. Quinze pacientes (30%) haviam sofrido cirurgia
prévia, sendo todos os operados portadores de DC. A maioria dos pacientes (94%)
não apresentava atividade da doença intestinal segundo os índices de atividade
empregados.
Os valores obtidos com a aplicação do SF-36 para os pacientes com DII
encontram-se na Tabela_1 e a Tabela_2 mostra as correlações entre os índices de
atividade da doença inflamatória intestinal e os vários componentes do IBDQ em
sua versão para a língua portuguesa, nos 50 pacientes com DII.
Aplicando-se a análise de regressão, constatou-se que a idade, o sexo, o estado
civil, a escolaridade e o nível de renda salarial mensal não influenciaram o
escore do IBDQ obtido pelos pacientes.
Observou-se que o instrumento apresentou boa pertinência de agrupamento,
demonstrada pela correlação de Pearson entre seus vários componentes, com
coeficientes que variaram de 0,400 a 0,700, com exceção para a correlação entre
os componentes aspectos emocionais e aspectos sociais.
Realizando-se a análise de item-confiabilidade do questionário, encontrou-se a
de Cronbach = 0,92.
Na Tabela_3 encontram-se os resultados da aplicação do IBDQ nos 50 pacientes
com DII.
A reprodutibilidade da versão para a língua portuguesa do IBDQ (versão n°3) foi
avaliada através de três entrevistas por dois observadores, tendo sido
considerada altamente significante e satisfatória tanto a interobservador,
quanto a intra-observador, com todos índices de correlação acima de 0,8500.
DISCUSSÃO
Optou-se pelo uso do IBDQ como questionário específico para avaliação de
qualidade de vida em pacientes com DII, por haver ampla experiência em seu uso,
conforme descrição da literatura, por permitir a administração por entrevistas
e ser facilmente aplicado, fatores importantes na escolha de um questionário(3,
7). O achado de que 18% dos pacientes deste estudo não tinham nenhuma
escolaridade e esta foi de até o primeiro grau para 52% deles, reforça a sua
necessidade de aplicação através de entrevistas e a dificuldade que ter-se-ía
se o questionário fosse aplicado de outra forma.
O conteúdo e a estrutura do questionário foram mantidos, uma vez que as
perguntas eram pertinentes à população desta série, sem que houvesse, como
referido, experiências estranhas às por eles vividas. Na adaptação do IBDQ para
o Reino Unido, HAN et al.(11) substituíram, na questão 19, a palavra câncer por
complicações, porque os pacientes ingleses têm sido menos alertados para este
evento que os americanos. Na presente investigação não se vivenciou essa
situação porque a maioria dos pacientes do ambulatório de Gastroenterologia da
UNIFESP é esclarecida para esta ocorrência.
Nos estudos existentes em relação ao IBDQ, a validade de construção é, em
geral, avaliada pela comparação com os índices de atividade de doença. TURNBULL
e VALLIS(22), utilizando o de Vans Hees, não encontraram correlação, enquanto
no trabalho de IRVINE et al.(12) ela se mostrou presente.
Sugere-se incluir nas avaliações de qualidade de vida, um instrumento genérico
e outro específico, mais sensível para a doença que se está estudando(4, 5,
18). Como nem o "Crohn's Disease Activity Index" (CDAI), nem os índices
existentes para a RCUI contemplam aspectos emocionais, estado geral de saúde,
vitalidade, aspectos sociais e capacidade funcional, alguns estudos utilizam-se
da comparação com o SF-36 para o processo de validação(21).
Para a análise da validade de construção da versão do IBDQ dever-se-ia comparar
o questionário com um instrumento existente reconhecido como padrão. Em
qualidade de vida esse instrumento padrão não existe. Assim, como outros
autores(4, 11, 12, 19, 20, 24), optou-se por comparar os escores obtidos do
IBDQ com os índices de atividade da doença e também com um questionário
genérico de qualidade de vida, o SF-36, instrumento abrangente e de fácil
aplicação(24).
Os resultados deste estudo mostraram que as correlações obtidas entre a versão
em português do IBDQ e o SF-36 foram, em sua maioria, moderadas.
Na avaliação da validade de critério, optou-se pela comparação dos domínios do
IBDQ e dimensões do SF-36, com índices de atividade das doenças, com
correlações na maioria das vezes, satisfatórias.
Quando se analisaram as correlações entre os índices de atividade da doença
inflamatória intestinal e os vários componentes do IBDQ em sua versão para a
língua portuguesa (Tabela_2), o componente aspectos sociais do IBDQ apresentou
fraca correlação com os parâmetros analisados. Este componente apresentou
moderada correlação apenas com o componente estado geral de saúde do SF-36 e
com o índice de Lichtiger. O componente sintomas intestinais do IBDQ não se
correlacionou com aspectos emocionais do SF-36, embora tenha se correlacionado
de maneira estatisticamente significante com os outros componentes do SF-36.
Obteve-se para o CDAI correlação moderada negativa com os sintomas sistêmicos
(P <0,001) e correlação baixa negativa para os sintomas intestinais (P <0,05).
Para os pacientes com RCUI, as correlações entre o índice de Lichtiger e os
componentes do IBDQ foram melhores.
Avaliou-se a pertinência do agrupamento dos itens da versão do IBDQ para a
língua portuguesa, pela correlação de Pearson entre seus diversos componentes,
que mostrou correlação moderada entre as questões e sua escala. Estes valores
são adequados, uma vez que correlações muito altas poderiam significar
redundância entre os componentes. Em relação à consistência interna do
instrumento, observa-se que o valor do a de Cronbach obtido foi de 0,92, valor
acima de 0,7, mínimo recomendado, mostrando a boa correlação da maioria dos
itens com sua escala.
Dentro da averiguação da reprodutibilidade da versão para a língua portuguesa
do IBDQ, observou-se que as correlações intra-observador e interobservador
foram estatisticamente significativas para todos os componentes, com valores
altos de correlação tanto quando analisados os pacientes com DII na sua
totalidade, quanto em cada doença separadamente.
Analisando comparativamente os escores obtidos para os componentes do SF-36 em
pacientes com DC e RCUI, constatou-se que as médias obtidas foram semelhantes
para as duas doenças em todos os componentes, sendo que os baixos escores
obtidos para os aspectos físicos e estado geral de saúde, podem ser explicados
pelo acometimento crônico da doença e os aspectos emocionais e saúde mental,
encontram fundamentação nas possíveis alterações psicoemocionais desses
pacientes.
O pequeno número de pacientes desta série em atividade não permitiu que se
caracterizasse comparativamente a qualidade de vida em doentes em atividade e
remissão.
Os escores obtidos na aplicação da versão em português do IBDQ, em pacientes
com DII na população estudada, são similares àqueles encontrados nos portadores
de DII de outros países e os componentes sintomas intestinais e aspectos
emocionais diferem em mais de 10% daqueles da população normal americana, para
menos. Estes dados são comparados na Tabela_4.
Com relação ao efeito "ceiling", isto é, pacientes que atingiram os escores
mais altos possível, 50% dos portadores de DII apresentaram pontuações altas
para aspectos sociais do IBDQ. Este é um efeito não desejado, uma vez que o
instrumento, nestas condições, será incapaz de demonstrar melhora do doente
neste sentido, pois o mesmo já atingiu os escores limites. Possível viés que
explicaria esse achado, seria o fato deste aspecto (social) ser abordado de
maneira bastante relacionada ao trabalho do paciente. Assim, como esse domínio
foi analisado em grande parte, com a média dos que responderam à questão, houve
certa seleção dos doentes, possivelmente entrando para a análise aqueles que se
encontravam em condições de ter vida social mais próxima da normalidade. Quanto
ao efeito "floor", isto é, ao número de pacientes que atingiram os escores mais
baixos, este estudo não evidenciou sua presença.
Destaca-se que os escores normais do IBDQ variam em função do sexo, idade,
nível socioeconômico e mesmo fatores não identificados. Assim, quando se aplica
este tipo de questionário em doenças crônicas, a significância dos escores é
mais facilmente entendida o mesmo é aplicado antes e após um procedimento(11).
CONCLUSÕES
A versão para a língua portuguesa do IBDQ, adaptado à cultura brasileira, é de
fácil e relativamente rápida aplicação e as propriedades de medidas
(reprodutividade e validade) do instrumento foram preservadas. É útil para a
avaliação de qualidade de vida de pacientes brasileiros com DII.
VERSÃO EM PORTUGUÊS DO IBDQ
1- Com que freqüência você tem evacuado nas duas últimas semanas? Por favor, indique
com que freqüência tem evacuado nas últimas duas semanas, escolhendo uma das
seguintes opções:
1. Mais freqüente do que nunca
2. Extremamente freqüente
3. Muito freqüente
4. Moderado aumento na freqüência
5. Pouco aumento
6. Pequeno aumento
7. Normal, sem aumento na freqüência das evacuações
2- Com que freqüência se sentiu cansado, fatigado e exausto, nas últimas duas
semanas?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
3- Com que freqüência, nas últimas duas semanas, você se sentiu frustrado,
impaciente ou inquieto?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
4- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você não foi capaz de ir à escola
ou ao seu trabalho, por causa do seu problema intestinal?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
5- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você teve diarréia?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
6- Quanta disposição física você sentiu que tinha, nas últimas duas semanas?
1. Absolutamente sem energia
2. Muito pouca energia
3. Pouca energia
4. Alguma energia
5. Uma moderada quantidade de energia
6. Bastante energia
7. Cheio de energia
7- Com que freqüência, nas últimas duas semanas, você se sentiu preocupado com a
possibilidade de precisar de uma cirurgia, por causa do seu problema intestinal?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
8- Com que freqüência, nas últimas duas semanas, você teve que atrasar ou cancelar
um compromisso social por causa de seu problema intestinal?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
9- Com que freqüência, nas últimas duas semanas, você teve cólicas na barriga?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
10- Com que freqüência, nas últimas duas semanas, você sentiu mal estar?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
11- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você teve problemas por medo de
não achar um banheiro?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
12- Quanta dificuldade você teve para praticar esportes ou se divertir como você
gostaria de ter feito, por causa dos seus problemas intestinais, nas duas últimas
semanas?
1. Grande dificuldade, sendo impossível fazer estas atividades
2. Grande dificuldade
3. Moderada dificuldade
4. Alguma dificuldade
5. Pouca dificuldade
6. Raramente alguma dificuldade
7. Nenhuma dificuldade
13- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você foi incomodado por dores na
barriga?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
14- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você teve problemas para ter uma
boa noite de sono ou por acordar durante a noite? (Pelo problema intestinal)
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
15- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você se sentiu deprimido e sem
coragem?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
16- Com que freqüência, nas duas últimas semanas, você evitou ir a lugares que não
tivessem banheiros (privada) bem próximos?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
17- De uma maneira geral, nas últimas duas semanas, quanto problema você teve com a
eliminação de grande quantidade de gazes?
1. O principal problema
2. Um grande problema
3. Um importante problema
4. Algum problema
5. Pouco problema
6. Raramente foi um problema
7. Nenhum problema
18- De uma maneira geral, nas duas últimas semanas, quanto problema você teve para
manter o seu peso como você gostaria que fosse?
1. O principal problema
2. Um grande problema
3. Um significativo problema
4. Algum problema
5. Pouco problema
6. Raramente foi um problema
7. Nenhum problema
19- Muitos pacientes com problemas intestinais, com freqüência têm preocupações e
ficam ansiosos com sua doença. Isto inclui preocupações com câncer, preocupações de
nunca se sentir melhor novamente, preocupação em ter uma piora. Com que freqüência,
nas duas últimas semanas, você se sentiu preocupado ou ansioso?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
20- Quanto tempo, nas últimas duas semanas, você sentiu inchaço na barriga?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
21- Quanto tempo, nas últimas duas semanas, você se sentiu tranqüilo e relaxado?
1. Nunca
2. Raramente
3. Bem poucas vezes
4. Poucas vezes
5. Muitas vezes
6. Quase sempre
7. Sempre
22- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você teve problemas de sangramento retal
com suas evacuações?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
23- Quanto do tempo, nas duas últimas semanas, você sentiu vergonha por causa do seu
problema intestinal?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
24- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você foi incomodado por ter que ir ao
banheiro evacuar e não conseguiu, apesar do esforço?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
25- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você sentiu vontade de chorar?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
26- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você foi incomodado por evacuar
acidentalmente nas suas calças?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
27- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você sentiu raiva por causa do seu
problema intestinal?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
28- Quanto diminuiu sua atividade sexual, nas duas últimas semanas, por causa do seu
problema intestinal?
1. Absolutamente sem sexo
2. Grande limitação
3. Moderada limitação
4. Alguma limitação
5. Pouca limitação
6. Raramente limitação
7. Sem limitação alguma
29- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você se sentiu enjoado?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
30- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você se sentiu irritado?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
31- Quanto tempo, nas duas últimas semanas, você sentiu falta de compreensão por
parte das outras pessoas?
1. Sempre
2. Quase sempre
3. Muitas vezes
4. Poucas vezes
5. Bem poucas vezes
6. Raramente
7. Nunca
32- Quanto satisfeito, feliz ou agradecido você se sentiu com sua vida pessoal, nas
duas últimas semanas?
1. Muito insatisfeito, infeliz a maioria do tempo
2. Geralmente insatisfeito, infeliz
3. Um pouco insatisfeito, infeliz
4. Geralmente satisfeito, agradecido
5. Satisfeito a maior parte do tempo, feliz
6. Muito satisfeito a maior parte do tempo, feliz
7. Extremamente satisfeito, não poderia estar mais feliz ou agradecido
PONTUAÇÃO DO IBDQ
As questões que compõem cada domínio apresentam-se no questionário de maneira não
ordenada, para que sejam evitados viéses nas respostas.
Cada questão dentro de cada um dos domínios aferidos tem sete alternativas de
respostas. Cada opção de resposta vale seu próprio número em pontos, sendo 1 pior
qualidade de vida e 7 a melhor, somando-se o total de pontos obtidos em cada
domínio. A soma simples de todos os domínios resultará no escore total obtido pelo
paciente.
Abaixo são relacionadas os domínios e suas respectivas questões:
1- Questões do componente sintomas intestinais: 01, 05, 09, 13, 17, 20, 22, 24, 26,
29 (Escores podem variar de 10 a 70 pontos).
2- Questões do componente sintomas sistêmicos: 02, 06, 10, 14, 18 (Escores podem
variar de 5 a 35 pontos).
3- Questões do componente aspectos sociais:04, 08, 12, 16, 28 (Escores podem variar
de 5 a 35 pontos).
4- Questões do componente aspectos emocionais: 03, 07, 11