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BrBRCVHe0034-71672014000600994

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National varietyBr
Year2014
SourceScielo

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A maneira criativa e sensível de pesquisar INTRODUÇÃO As formas de pesquisar em saúde são diversas. No paradigma compreensivo se destaca a abordagem qualitativa por levar em consideração as relações humanas e os aspectos da subjetividade dos indivíduos e coletividade(1-2). É comum estudiosos apresentarem à comunidade científica novas maneiras de pensar e produzir pesquisa, especificamente, no tocante ao percurso metodológico e também relacionado à produção de informações, que são os dados empíricos de pesquisa.

A abordagem qualitativa busca aprofundar-se no mundo de significados das ações e relações humanas(1-2). Esta aproximação traz à tona uma infinidade de informações que precisam ser organizadas e analisadas para responderem às indagações propostas. Na pesquisa qualitativa a necessidade da compreensão, exigindo do pesquisador a capacidade de colocar-se no lugar do outro, estabelecendo uma escuta sensível e atenta à multiplicidade de vozes compartilhadas pelos participantes. Estas exigências, contudo, apresentam-se no sentido de um esforço metodológico a fim de que suas análises sejam suficientemente objetivas e aprofundadas, afastando-se do subjetivismo. Para tanto, a opção por técnicas de pesquisa, instrumentos, formas de análise intencionam não apenas a organização ou categorização das descobertas, mas também uma contextualização coerente(2).

As pesquisas de abordagem qualitativa permitem aproximações com outras áreas do saber, além da aquisição de habilidades na utilização de outros referenciais teórico-metodológicos e conhecimento sobre questões pertinentes à saúde e enfermagem(3). Nesta abordagem, não um único modo de pesquisar, existem modos distintos que se apoiam em visões de mundo diferentes(2-3).

É sobre essas práticas distintas que este relato visa discorrer, justificado pela necessidade de socialização aos pares de mais uma experiência de aplicação do Método Criativo Sensível (MCS)(4-6) e suas etapas para concretização. Este método foi utilizado para construção de um estudo exploratório-descritivo de uma dissertação de mestrado que pretendeu analisar as percepções dos trabalhadores de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a participação em saúde, o controle social e o próprio entendimento sobre a ESF(7).

Neste sentido, o objetivo deste relato de experiência é descrever o caminho metodológico do MCS, em especial os procedimentos adotados no trabalho de campo, do estudo anteriormente mencionado, para produzir dados empíricos.

Assim, pretende-se contribuir para futuras pesquisas em saúde e enfermagem.

O ALICERCE TEÓRICO DO MÉTODO A CONTRIBUIÇÃO FREIRIANA O MCS tem seus fundamentos em cinco das seis ideias forças da concepção de educação dialógica e problematizadora de Paulo Freire(8-9). Ao pensar o lugar social do educando no mundo e na educação, Freire defendeu que essa pessoa possui raízes espaço temporais (primeira ideia), é vocacionada para problematizar sobre sua existência (segunda ideia), ao partir de situações existenciais concretas e refletir criticamente (terceira ideia) pode transformar seu modo de vida (quarta ideia) e, assim, mudar a cultura do meio onde vive (quinta ideia). Freire situa a educação como uma possibilidade de o indivíduo oprimido libertar-se da condição que o oprime, do opressor que dentro de si, e assumir um novo lugar social, o de liberto.

Para a sistematização do método criativo sensível, três perspectivas do construtivismo Freiriano foram essenciais: a ontológica, a epistemológica e a metodológica.

Da perspectiva ontológica Freiriana, tomou-se a crença de que o participante da pesquisa assume um lugar social de sujeito-pesquisando na relação com o sujeito-pesquisador. Nesse sentido, deslocamento de poder daquele que efetivamente detém o saber sobre o objeto investigado, não sendo mais o sujeito-pesquisador, mas sim, o sujeito-pesquisando. Nessa perspectiva, o acesso às situações existenciais concretas, que estão tecidas na história sociocultural dos participantes da pesquisa (os sujeitos-pesquisandos), requer do pesquisador, um papel social de animador cultural para mobilizar a problematização das experiências derivantes dessas situações. A produção de dados empíricos, centrado no diálogo problematizador, implica uma construção coletiva, mobilizadora da crítica-reflexiva(8). Daí advém a necessidade de haver a formação grupal para o desenvolvimento do trabalho de campo da pesquisa, dentro de uma dinâmica de funcionamento em que o grupo é mais que uma reunião de pessoas para tratar de um determinado tema. O grupo passa a ser um espaço democrático, dialógico, interpessoal e mobilizador das múltiplas vozes dos sujeitos-pesquisandos na enunciação das situações existenciais concretas que são passíveis de socialização no espaço coletivo.

Da perspectiva epistemológica Freiriana emerge a forma de evidenciar e lidar com os conflitos no espaço da pesquisa, a partir das situações-limites próprias das experiências existenciais concretas. No espaço grupal da pesquisa acontece a circulação de poder e saber, tanto dos sujeitos-pesquisandos como do sujeito- pesquisador, o que implica uma ação política de mediação, negociação, respeito à heterogeneidade e pluralidade de ideias polifônicas(7). No processo educativo tem-se como objetivo promover a ampliação da visão de mundo mediatizada pelo diálogo educador-educando, centrada em "uma atitude de amor, humildade, esperança e nos homens, no seu poder de fazer e de refazer, de criar e de recriar"(8). Na pesquisa, essa relação é mediatizada pela atitude dialógica do sujeito-pesquisador, que empenha a escuta sensível da audiência que ele anima e a necessidade de propiciar um ambiente em que exista livre expressão do pensamento crítico. O MCS propõe o estabelecimento de diálogos baseados na escuta, na capacidade de aceitação do outro e na solidariedade que sustentará relações de cuidado e de pesquisa.

Nessa relação íntima de diálogo com o educando, ambos são produtores de conhecimento (sujeito-pesquisador e sujeito-pesquisando), determinando uma relação menos desigual e menos assimétrica, assim "ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo"(8). É na comunhão que a alteridade das experiências humanas se desvelam para gerar conhecimento.

Explicita-se e ressalta-se a importância da construção coletiva, que deve acontecer a partir dos saberes adquiridos nas próprias experiências das pessoas que compartilham o espaço coletivo do trabalho de campo da pesquisa, ou seja, no MCS a generosa e desimpedida relação entre sujeito-pesquisador e sujeito- pesquisando é imprescindível. O fruto da troca de experiências entre esses sujeitos é o substrato para os indivíduos construírem outros saberes, a partir de então, elaborados e sempre mediados pelo diálogo(9).

Na constante reinvenção dos próprios saberes, os participantes vão se tornando mais autônomos e capazes de considerar criticamente a realidade em que vivem e, como consequência, tem a possibilidade de transformá-la. O MCS associa-se à ciência, arte, criatividade e sensibilidade, e privilegia a participação ativa dos sujeitos na busca da construção coletiva do conhecimento, fortalecendo uma relação dialógico-dialética entre os sujeitos envolvidos com o processo(4-6).

Na perspectiva metodológica Freiriana, a discussão de grupo é um pilar importante do método criativo sensível, pois valoriza-se a singularidade de cada sujeito-pesquisando na apresentação das produções do tipo artística que foram construídas na oficina de criatividade e sensibilidade. A análise coletiva das produções apresentadas representa a problematização das situações existenciais concretas, é quando ocorre a coletivização de experiências humanas (4-6).

Durante este processo grupal (oficinas), o pesquisador precisa desenvolver a escuta sensível para captar e transcender o que está sendo dito, criando uma zona de produção de dados cuja riqueza e diversidade representa a própria emergência de conhecimentos(4-7).

Deve-se considerar que um ponto negativo da técnica de coleta de informações no grupo tem relação com a possibilidade de alguns indivíduos sentirem-se constrangidos num grupo e não revelarem seus pensamentos da mesma forma que fariam num ambiente privado(10). Entretanto, as maneiras de produzir dados na pesquisa qualitativa são diversas, sendo possível a proposta de alternativas que possibilitem conforto, respeitando as individualidades(4-6,11-12).

Constata-se também, que esta interação grupal cria um espaço privilegiado para a produção de dados, favorecendo o conhecimento de si e do outro de maneira complexa, revelando o modo de ser de cada um, seus juízos de valores, seu imaginário, explorando aspectos tais como cultura, religião ou mesmo as influências do contexto(4-6).

Em síntese, a contribuição do construtivismo Freiriano, como um dos alicerces teóricos do MCS, se solidifica na necessidade de apresentar a pesquisa como uma prática desopressora, mediada pela liberdade de pensamentos, incitada por meio da criatividade, juntamente com a possibilidade de escolhas de múltiplas formas de manifestação destes pensamentos, utilizando os vários sentidos do corpo e da sensibilidade por meio de dinâmicas, gerando o nome Método Criativo Sensível(4- 6).

É importante ressaltar que o produto das dinâmicas serviu de base para as reflexões e discussões coletivas, com a possibilidade de validação das informações neste espaço, mantendo a singularidade de cada participante que coletiviza suas experiências no grupo. Estas dinâmicas permitiram a criação de espaços para a discussão e reflexão, sendo que no processo de produção dos dados, o sujeito-pesquisador e os sujeitos-pesquisandos do estudo se encontraram em uma experiência vivencial e existencial, mediada pelo diálogo(4- 6).

PRODUÇÃO DOS DADOS NO INTERIOR DAS OFICINAS Os participantes do estudo foram trabalhadores de uma ESF(7) dentre os quais: oito agentes comunitários de saúde, três técnicos de enfermagem, uma enfermeira, um médico, um odontólogo e um auxiliar de consultório dentário, totalizando 15 participantes.

Os encontros desse grupo se dividiram em três oficinas com duração de aproximadamente duas horas cada. A realização de três encontros foi considerada adequada para produção de conhecimentos sobre o objeto de estudo, tendo em vista, a riqueza das informações produzidas no campo da pesquisa.

Cada oficina foi pautada em uma temática: a primeira foi sobre Estratégia de Saúde da Família; a segunda sobre Participação em Saúde; e a terceira e última, sobre Controle Social em Saúde. Para imergir nestas temáticas, adotou-se o equivalente à questão geradora de debate no MCS, uma questão disparadora diferente em cada um dos três encontros: o que é para você a Estratégia Saúde da Família? (para a primeira oficina); O que é para você Participação em Saúde? (para a segunda oficina); O que é para você controle social em saúde? (para a terceira oficina).

Essas oficinas foram desenvolvidas em cinco momentos conforme proposto pelo MCS (4-6): preparação do ambiente e acolhimento do grupo, apresentação dos participantes do grupo, explicação da dinâmica e atividade individual ou coletiva, apresentação das produções e análise coletiva, e validação dos dados.

Entretanto, estes momentos foram renomeados na experiência realizada e renominados como: introdução, produção, apresentação, discussão e avaliação.

As etapas das oficinas foram ilustradas por meio de desenhos (Figuras_1 a 5), cujo objetivo foi aperfeiçoar o entendimento de cada uma. Nas ilustrações, o sujeito-pesquisador é representado como o homem de óculos e o auxiliar de pesquisa como o homem ao lado direito deste, geralmente de prancheta na mão. As demais pessoas representam os participantes do estudo (os sujeitos- pesquisandos). Por se tratar de desenhos meramente ilustrativos, não se deve levar em consideração o sexo e a cor dos mesmos, mas a situação geral expressa em um determinado momento da oficina.

Figura 1 Primeiro e segundo momentos da etapa Introdução da oficina  [/img/revistas/reben/v67n6//0034-7167-reben-67-06-0994-gf02.jpg] Figura 2 Segunda etapa Produção da oficina  [/img/revistas/reben/v67n6//0034-7167-reben-67-06-0994-gf03.jpg] Figura 3 Etapa Apresentação da oficina  [/img/revistas/reben/v67n6//0034-7167-reben-67-06-0994-gf04.jpg] Figura 4 Primeiro e segundo momentos da etapa Discussão da oficina  [/img/revistas/reben/v67n6//0034-7167-reben-67-06-0994-gf05.jpg] Figura 5 Etapa Avaliação da oficina  ETAPAS DO MÉTODO CRIATIVO SENSÍVEL Etapa Introdução A introdução foi subdividida em três momentos: o primeiro consistiu na apresentação dos participantes e do facilitador; o segundo, a apresentação da temática proposta para o encontro e o terceiro, a realização da dinâmica.

O facilitador, para instigar o debate e promover uma reflexão entre os participantes, começava fazendo a leitura de um caso fictício do cotidiano dos serviços de saúde ou mostrava alguma parte de vídeo relacionado à temática que seria abordada (ESF, participação em saúde e controle social em saúde).

Após estas apresentações (caso fictício e ou trechos de vídeos), dava-se início à parte individualizada da oficina, quando os participantes eram estimulados a escrever a sua percepção inicial sobre a situação pesquisada partindo sempre de uma questão disparadora de acordo com a temática do referido encontro. As percepções eram expressas por meio de uma frase ou palavra com utilização de canetas esferográficas coloridas para posteriormente coletivizar no grupo e fazer um contraponto com o resultado da dinâmica realizada na etapa posterior denominada produção. Os desenhos a seguir (Figura_1) demonstram estes momentos da etapa introdução: Etapa Produção Na sequência, procedeu-se ao segundo momento da oficina chamado etapa produção.

Este consistiu na explicação e realização de uma das Dinâmicas de Sensibilidade e de Criatividade do MCS (o método tem várias dinâmicas) intitulada Livre para Criar(10). Para este encontro grupal, foram disponibilizados cartolinas, canetas hidrocor, pincel atômico, giz de cera, tinta, cola, revistas, jornais, fita adesiva e tesouras. A Figura_2 ilustra esta segunda etapa da oficina: Com a disponibilização destes materiais, os participantes tiveram autonomia para representar individualmente a percepção sobre a temática proposta em cada oficina objetivando validar ainda mais sua percepção inicial construída na eta- pa de introdução da oficina.

Etapa Apresentação A apresentação consistiu na socialização entre os integrantes de suas percepções sobre as produções. As produções foram sendo coletivizadas de maneira espontânea no grupo, de acordo com a temática discutida no encontro (Figura_3).

Os participantes apresentaram suas produções artísticas com os resultados das dinâmicas iniciais propostas na etapa introdução. Após cada apresentação procediam à fixação de sua produção na parede.

Etapa Discussão Atrelada à apresentação aconteceu a discussão grupal, relativa à análise coletiva do MCS, que se dividiu em dois momentos: o primeiro foi a parte de construção coletiva da percepção, na qual os participantes, após terem apresentado suas percepções individuais, foram instigados pelo facilitador (correspondente ao animador cultural no MCS) com base no que havia sido produzido individualmente, para construção de uma percepção coletiva sobre cada temática norteada pela seguinte indagação: O que é para o grupo a Estratégia Saúde da Família, Participação em Saúde e o Controle Social em Saúde? Nesse momento, todo grupo compartilha uma pluralidade de ideias sobre o modo de apresentação e sobre a percepção propriamente dita, sendo que as conflituosas foram negociadas e transformadas em percepções complementares, resultando em aproveitamento de todas as produções pelo pesquisador.

O segundo momento foi a explanação da construção coletiva, que serviu para uma maior validação das informações obtidas através dos momentos individuais da oficina. Para consolidação grupal da percepção foi disponibilizado papel pardo, pincel atômico, cola, tesoura entre outros materiais. Estas duas etapas estão tipificadas através dos desenhos a seguir (Figura_4): Etapa Avaliação Por fim, a avaliação consistiu no fechamento diário de cada encontro aproximando e distanciando da realidade dos participantes e estava pautada na seguinte pergunta: O que os participantes acharam da oficina? Além de direcionar a oficina para o término e de oportunizar aos participantes fazerem suas considerações sobre o encontro, esta etapa permitiu ainda que pudessem ser reforçados aspectos inconclusos, incompletos e inacabados, que foram abordados na parte intermediária da oficina. Posteriormente, seguiu-se uma confraternização com o grupo, oportunizando uma maior integração e descontração. A Figura_5 ilustra e finaliza as etapas da oficina: Síntese das etapas Os participantes (sujeitos-pesquisandos) exteriorizaram suas concepções, fruto de construção coletiva, alicerçada nas suas situações existenciais concretas, mediadas pela crítica e reflexão, pela prática democrática do grupo para transformar percepções conflituosas em complementares. Nisso reside a liberdade e a autonomia mediada por escolhas e pela negociação coletiva. Esta possibilidade solidificou a discussão fomentada e oportunizou àquele que até então estava restrito ao microespaço de atuação, ser protagonista de um coletivo que procura compreender e fazer-se compreendido.

Cabe ressaltar que as etapas supracitadas não dividem ou interrompem o processo de construção do conhecimento, mas se complementam, pois permitiram a problematização coletiva de uma realidade, mediada pelo diálogo das situações existenciais concretas plurais e heterogêneas, pela capacidade de escuta e pela possibilidade de as pessoas verem e serem vistas no grupo.

Uma relação dialógica, no método criativo sensível de pesquisar, pressupõe um exercício de poder horizontal entre os participantes, sendo que o facilitador assume o papel de animador cultural das relações intragrupais. A fundamentação Freiriana do MCS situa-se, justamente, na transformação da singularidade de cada participante, expressa nas situações existenciais concretas, em alteridade com as experiências coletivas resultantes de seu compartilhamento grupal.

As etapas introdução, produção, apresentação, discussão e avaliação permitiram o conhecimento de percepções, concepções e fomentaram a participação ativa de todos. As três oficinas totalizaram 6 horas de gravação, cujas transcrições resultaram no material empírico, que constituiu a fonte primária de dados da dissertação de mestrado. Os produtos das oficinas, onde o MCS foi aplicado, consistiram nas produções do tipo artísticas individuais e grupais, nas situações existenciais concretas emergentes das apresentações e na análise coletiva e validação dos dados produzidos pelos próprios participantes.

Além disso, atingiu-se a saturação dos dados pela profundidade, consistência e coerência das experiências heterogêneas que foram compartilhadas no espaço coletivo, ao responder as questões disparadoras e confirmá-las no sequenciamento da realização dos encontros. O uso de uma única dinâmica no espaço grupal da oficina, que se reuniu em três momentos, foi suficiente para atingir a profundidade necessária da experiência. O método preconiza que para manter a credibilidade dos dados, nos casos em que variação dos participantes, é preciso manter uma única dinâmica aplicável a todos os grupos (4-6).

CONSIDERAÇÕES FINAIS A investigação qualitativa utilizando o MCS demonstrou-se profícua e aplicável à busca de conhecimentos em trabalhos de campo que privilegiam as experiências de cuidado nas práticas de saúde e enfermagem. Revelou-se também como importante estratégia para abordagens do cotidiano dos profissionais de saúde.

Os participantes tiveram possibilidade de ser escutados, se perceberem e se ouvirem, despertando para ir além do que está previamente posto e valorizando continuamente os preceitos da pesquisa qualitativa. O MCS permitiu a utilização de inúmeras dinâmicas, desenvolvidas por meio de variadas técnicas grupais, adequadas ao problema de pesquisa. O método também ofereceu a possibilidade de manifestação tais como afeto, solidariedade, compreensão e escuta quando foram abordados temas de interesse comuns e de construção coletiva tornando a coleta de dados humana, acolhedora, amorosa e não mecanizada.


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