VARIABILIDADE DA INFESTAÇÃO EM DUAS VARIEDADES
DE TRIGO MOLE (TRITICUM AESTIVUM L.). I – EM FUNÇÃO
DA DATA DE SEMENTEIRA E DO CONTROLO
DAS PLANTAS INFESTANTES EM PÓS-EMERGÊNCIA
INTRODUÇÃO
Os herbicidas permitiram substituir os
métodos mecânicos e manuais de combate das
infestantes, nos países e locais onde a agricultura começou a ser mecanizada. Foram assim,
um dos factores que contribuíram para o
aumento e estabilidade das produções
(Gunsolus & Buhler, 1999; Buhler et al.,
2000), e para a diminuição dos custos e do
uso de mão-de-obra no sector agrícola.
Nos últimos anos, a protecção tradicional
das culturas baseada na utilização indiscriminada de produtos fitofarmacêuticos tem
estado sujeita a diversas abordagens, às vezes
pouco favoráveis, devido aos potenciais perigos ambientais e às pressões por parte do
consumidor. Por outro lado, os agricultores
também têm verificado, que os custos económicos de uma agricultura mais intensiva
podem ser insustentáveis (Froud-Williams,
1995). Assim, há todo o interesse na redução
da utilização dos herbicidas, sobretudo nos que
são aplicados em pós-sementeira, e na implementação de formas alternativas e/ou complementares de controlo das espécies infestantes
devido a custos económicos e ambientais
(Forcella et al., 1993; Labrada, 1997; Garibay
et al., 2001; Weiner et al., 2001; Calado, 2005).
Geralmente, qualquer prática agrícola que
atrase a emergência das plântulas infestantes
relativamente às cultivadas, beneficia o estabelecimento da espécie desejada (Sattin et al.,
1997) e, assim, contribui para minimizar o uso
de herbicidas na cultura.
A data de sementeira exerce grande
influência na composição da flora infestante,
porque muitas plantas apresentam uma emergência bem definida dentro de uma estação
(Froud-Williams, 2000). Assim, ao preparar a
cama da semente mais tarde, espera-se aumentar a eliminação da população potencial
de infestantes da cultura (Diehl, 1984; Basch,
1988; Forcella, 1993; Christensen et al., 1996;
Matthews, 1996; Calado et al., 2002). Desta
forma, diminuirá a competição entre as plantas
das espécies infestantes e da cultura (Forcella,
1993; Christensen et al., 1996).
Devido à interferência da época de sementeira na dinâmica das plantas, quer infestantes
quer da cultura (Calado, 2005), procurou-se,
neste trabalho, verificar a variabilidade da
infestação em duas variedades de trigo mole
semeadas em datas diferentes e sujeitas a diferente controlo da infestação em pós-emergência.
MATERIAL E MÉTODOS
O ensaio decorreu na herdade da Revelheira desde 1996/97 a 1999/00, a partir de
duas variedades de trigo mole, Centauro e
Sever, em que o objectivo era estudar o efeito
da data de sementeira (desde o fim de Outubro
até ao início de Dezembro) e do controlo de
infestantes na infestação e na produção de grão
de trigo e nas respectivas componentes.
Quanto aos solos onde decorreu este
ensaio, foram o solo Mediterrâneo Pardo de
dioritos ou quartzodioritos ou rochas microfaneríticas ou cristalofílicas afins (Pm) nos anos
de 1996/97 e 1998/99, e o solo Mediterrâneo
Vermelho ou Amarelo de dioritos ou quartzodioritos ou rochas microfaneríticas ou cristalofílicas afins (Vm) em 1997/98 e 1999/00.
Qualquer dos solos é classificado por
Cardoso (1965) no Subgrupo Para-Barros,
sendo assim, de presumir uma certa existência
de argila do tipo montmorilonite no seu
horizonte B. Esta característica permite-lhes
disponibilizarem maior quantidade de água
para as espécies vegetais, principalmente
durante a estação da Primavera.
A partir de várias amostras colhidas durante a execução do trabalho, os dez centímetros
superficiais do solo Pm caracterizavam-se por
uma textura franco-limosa e do solo Vm por
uma textura franco-arenosa.
Relativamente às condições climáticas
verificadas nos quatro anos em que decorreu
a experimentação, apresentam-se nas Figuras
1 e 2 os valores mensais da precipitação e da
média das temperaturas médias, máximas e
mínimas do ar. Estes foram registados na
estação meteorológica de Reguengos de Monsaraz do Instituto de Ciências Agrárias
Mediterrânicas (ICAM) sob a responsabilidade do Centro de Geofísica de Évora,
instalada na Herdade da Revelheira, onde
decorreram os trabalhos de campo. Por sua
vez, a precipitação mensal referente à média
da precipitação ocorrida em trinta anos, foi
obtida do Instituto Nacional de Meteorologia
e Geofísica (1991), a partir de valores registados na estação udométrica de Reguengos de
Monsaraz.
As técnicas culturais utilizadas durante o
ensaio, encontram-se sintetisadas no Quadro
1, excepto as colheitas, manual (subtalhão de
0,6 m2) e mecânica (talhão de 5,5 m2) realizada
pela ceifeira debulhadora automotriz de pequenas parcelas, que se efectuaram no mês de
Junho de cada um dos anos agrícolas indicados. Como este ensaio decorreu nas folhas
destinadas à cultura do trigo na Herdade da
Revelheira (1996/97 a 1999/00), foi efectuada
uma mobilização primária com a charrua de
aivecas ou com o escarificador pesado
(“chisel”) na Primavera ou no Verão do ano
agrícola anterior ao das sementeiras das
diferentes datas deste ensaio. Para efectuar a
sementeira, utilizou-se o semeador de ensaios
“Wintersteiger”, que permite realizá-la em
pequenos talhões.
Tratamentos e delineamento experimental
Nos talhões das duas variedades em estudo, realizaram-se os tratamentos de controlo
de infestantes em pós-emergência. Assim, os
tratamentos foram os seguintes.
- Datas de sementeira (talhão principal).
- Duas variedades de trigo mole (subtalhão).
- Dois níveis de controlo da infestação de
pós-emergência, sendo um com (ch) e
outro sem aplicação (sh) de herbicida de
pós-emergência (subsubtalhão). O herbicida
de pós-emergência (Quadro 1) aplicou-se
apenas em metade do talhão de cada
variedade de 11 m2, ou seja, numa área de
colheita de aproximadamente 5,5 m2 .
O delineamento experimental foi em
blocos casualizados, com divisão do talhão
principal para as duas variedades de trigo mole,
subdivisão para os dois níveis de controlo de
infestantes em pós-emergência (“split-splitplot”) e quatro repetições (Figura 3).
Observações e determinações
De acordo com o objectivo deste ensaio,
as observações realizadas na cultura do trigo
foram a produção e as suas componentes e,
nas infestantes, o número de plantas (total,
Monocotiledóneas e Dicotiledóneas) em duas
datas de leitura e a produção de matéria seca à
colheita do trigo. Cada data de leitura do
número de infestantes correspondeu a um
determinado estado vegetativo do trigo, sendo
a primeira realizada desde as duas folhas
expandidas até ao início do afilhamento e a
segunda ao espigamento, a que correspondem,
respectivamente, os códigos 12 a 20 e 53 a 59
na escala de Zadoks et al. (1974).
Para as contagens de plantas de trigo e de
infestantes, caules e espigas de trigo, foram
usados pequenos talhões de 0,6 m2 (seis linhas
distanciadas 0,2 m com 0,5 m de comprimento), um por cada subdivisão do talhão
principal (5,5 m2 de área colhida), tendo sido
verificada nestes subtalhões, a produção de
grão de trigo, bem como a da matéria seca do
trigo e das plantas infestantes (peso seco em
estufa 65 ºC ± 48 horas). A produção de grão
também foi verificada no talhão principal, o
peso do grão obtido por contagem e pesagem
de 500 grãos e calcularam-se os números de
grãos por espiga e por metro quadrado, e o
índice de colheita.
Nas duas datas de leitura do número de
plantas infestantes registou-se o teor de
humidade (% volume) na camada superficial
do solo (0-10 cm), utilizando-se o “TDR”
(Time Domain Reflectrometry).
As diferenças entre tratamentos, foram
comparadas usando o teste múltiplo de médias
(“Duncan Multiple Range Tests”) para um
nível de probabilidade de 5% (intervalo de
confiança de 95%), tendo sido utilizado o
programa MSTAT-C versão 1.42 (Michigan
State University) para efectuar as análises de
variância de acordo com o delineamento
experimental. Nos quadros apresentados no
capítulo seguinte (análise e discussão dos
resultados), as letras diferentes indicam
valores médios diferentes. As análises de
variância foram efectuadas a partir das
verificações realizadas em três anos (1996/97,
1998/99 e 1999/00) e, não se utilizaram as do
ano 1997/98 porque só foi realizada uma data
de sementeira devido à elevada precipitação
ocorrida no mês de Novembro de 1997 (Figura
1 (b)).
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
O ambiente varia de ano para ano e tem
uma influência significativa em diversos
parâmetros da infestação e das componentes
da produção. Isto observa-se com muita
frequência, devido à irregularidade interanual
no clima mediterrânico.
Assim, a elevada precipitação caída
durante a Primavera de 2000 (Figura 2 (b)),
fez com que a matéria seca da flora infestante
obtida à colheita do trigo fosse significativamente superior nesse ano, apesar do número
total de plantas registado antes do afilhamento
(primeira leitura) e ao espigamento (segunda
leitura) não ter sido o mais elevado (Quadro
2). No entanto, considerando unicamente a
classe Monocotiledónea, verifica-se nesse ano
agrícola de 1999/00, um valor médio significativamente mais alto (Quadro 2). Isto
demonstra a boa capacidade de sobrevivência
das plantas infestantes da família das Gramíneas durante o período seco que caracterizou
o Inverno, seguida de uma boa resposta
produtiva de biomassa de infestantes à grande
quantidade de precipitação registada na
Primavera (Figura 2 (b)).
Quanto ao efeito do ano no rendimento
do trigo, é evidente a diferença entre as médias
de algumas componentes da produção (Quadro
3). No entanto, as da produção de grão não
são estatisticamente diferentes, até porque a
amplitude do intervalo de variação do número
de grãos por metro quadrado é pequena
(Quadro 3), e o peso do grão também não
difere significativamente (Quadro 3).
Efeito da data de sementeira
Apesar da influência da data de sementeira
em vários parâmetros da infestação (Quadro
4) e das componentes da produção ser
significativa (Quadro 5), não é na produção
de grão (Quadro 5).
Porém, no Quadro 5 verifica-se que a
infestação, quantificada pelo número de plantas,
sobretudo ao espigamento do trigo e pela
produção de matéria seca obtida à colheita da
cultura, foi significativamente superior no trigo
semeado mais cedo. Devido a essa maior
infestação e às plantas de trigo estarem durante
mais tempo no terreno, registou-se um teor de
água inferior na camada superficial do solo no
início da Primavera (segunda leitura), ou seja,
na fase reprodutiva da cultura (Quadro 4).
Desta maneira, confirma-se que o controlo
de uma maior proporção da população
potencial na pré-sementeira com meios físicos
e/ou químicos, permite diminuir o nível de
infestação na espécie cultivada (Diehl, 1984;
Forcella, 1993; Christensen et al., 1996;
Matthews, 1996). Portanto, a espera pelo
aparecimento da flora infestante e uma acção
eficaz sobre ela, pode garantir um ambiente
mais favorável para o desenvolvimento da
cultura (Carvalho, 1994; Calado et al., 2002;
Calado, 2005).
Além disso, as datas de sementeira
incluídas na segunda quinzena de Novembro
podem favorecer o estabelecimento da cultura,
como se verificou na segunda data do ensaio,
através de maior sucesso na respectiva
emergência de plântulas (Quadro 5) devido a
teores de humidade do solo mais favoráveis.
Todavia, os mecanismos de compensação
permitiram que a menor população verificada
na primeira data de sementeira, fosse
compensada pelo maior afilhamento (Quadro
5). Por sua vez, nas espigas produtivas e no
número de grãos, constata-se um acréscimo
na segunda data relativamente à primeira, que
é estatisticamente significativo mas pouco
acentuado, enquanto o peso do grão tem um
comportamento inverso (Quadro 5). Deste
modo, existiram compensações e não se
obtiveram diferenças estatísticas na produção
de grão (Quadro 5).
As sementeiras realizadas sem a emergência de uma proporção elevada da população potencial da flora espontânea e o controlo eficaz dessas plantas antes de semear a
cultura, deixam a espécie cultivada sujeita a
níveis mais altos de infestação. No Quadro 6,
é possível constatar que o número de
infestantes tende a ser maior nas primeiras
datas de 1996/97 e 1999/00 e similar nas duas
datas de 1998/99, em que também a sementeira
na segunda data terá sido efectuada sem o
aparecimento de uma proporção elevada da
população potencial de infestantes, devido a
registarem-se valores baixos de precipitação
antes da sementeira (Figura 2 (a)).
Para a menor infestação registada,
geralmente, no trigo semeado nas segundas
datas do ensaio, contribuiu a sucessão das
mobilizações superficiais para preparar a cama
da semente. Os primeiros trabalhos de
mobilização permitiram, simultaneamente, o
controlo das jovens plantas e a promoção da
germinação de sementes enterradas no solo e
a consequente emergência de plantas, que
foram eliminadas pela mobilização antes da
sementeira. Enquanto nas primeiras datas, os
vários trabalhos efectuados, mesmo com a
utilização de alfaias diferentes, decorreram
com pequeno distanciamento temporal e, em
geral, a acção fez-se sentir sobre uma menor
proporção da população potencial de infestantes.
Apesar deste comportamento, o número de
plantas infestantes da classe Monocotiledónea
na primeira data de sementeira de 1996/97 foi
significativamente inferior ao verificado nos
outros dois anos (Quadro 6). Por sua vez, a
produção de grão foi mais elevada, confirmando a influência das infestantes Gramíneas
no rendimento do trigo (Lemerle et al., 2001a;
2001b). No entanto, também há outros factores
muito importantes, principalmente de origem
climática (Maçãs et al., 1996; Olesen et al.,
2000), que podem condicionar o desenvolvimento e a resposta produtiva da cultura. O
exemplo encontra-se em 1998/99, em que os
valores baixos de precipitação registados nos
primeiros dois meses do Outono limitaram a
emergência e estabelecimento das jovens
plantas de trigo semeado na primeira data,
condicionando, desde logo, os números de
espigas potenciais e de grãos por unidade de
superfície e, consequentemente, a produção de
grão (Quadro 7). Assim, esta e a de biomassa,
foram significativamente menores relativamente às da segunda data de sementeira
(Quadro 7), perante um nível de infestação
similar (Quadro 6).
Quanto à humidade volúmica do solo,
confirma-se a tendência da camada superficial
do solo apresentar valores mais baixos ao
espigamento do trigo para as primeiras datas de
sementeira. A diferença relativamente aos teores
que podem caracterizar o solo onde o trigo se
semeou em datas posteriores (segunda data de
sementeira) aumenta se os Invernos forem secos
como foi o de 1999/00 (Quadro 6).
Efeito do herbicida de pós-emergência
A aplicação de um herbicida em pós- emergência para controlar infestantes
Monocotiledóneas e Dicotiledóneas, levou a
uma redução significativa da infestação na
cultura, aumentando, assim, a disponibilidade
de água (Quadro 8), sobretudo na fase
reprodutiva. Como melhoraram as condições
do ambiente, foi beneficiada a formação das
componentes da produção e aumentou,
significativamente, a produção de grão e de
matéria seca do trigo (Quadro 9).
Apesar da sua acção variar com o ano, o
local e a data de sementeira (Wicks et al.,
1995), o controlo das plantas infestantes em
pós-emergência parece ser essencial, quando
a sementeira dos cereais de Outono-Inverno
ocorre sem ter sido efectuado um controlo
eficaz da infestação potencial. Este facto,
também se confirma a partir dos valores
apresentados nos Quadros 10 e 11.
A uma quantidade de plantas e de biomassa
de infestantes significativamente superior sem
a aplicação do herbicida em pós-emergência
no trigo semeado na primeira data (Quadro 10),
correspondeu um número de grãos de trigo e,
consequentemente, uma produção de grão e
mesmo de biomassa signicativamente menor
(Quadro 11). Na segunda data, sem o uso do
herbicida, houve menos infestação do que na
primeira (Quadro 10) e o número de grãos e
as produções de grão e de biomassa da cultura
sofreram menos perdas, mas mesmo assim,
significativamente diferentes no que respeita
à produção de grão (Quadro 11).
Por outro lado, o emprego do herbicida
permitiu um nível de infestação semelhante
entre a primeira e a segunda data de sementeira
(Quadro 10), sendo o número de grãos, a
produção de grão e de biomassa do trigo não
diferentes, estatisticamente, nestas duas datas
(Quadro 11).
Os benefícios associados ao emprego do
herbicida variam com o ano (Doucet et al.,
1999), sobretudo com as condições climáticas,
particularmente a precipitação e a temperatura.
Assim, além do efeito do herbicida ser, em
geral, mais determinante nas primeiras datas
de sementeira, poderá ter maior impacto
perante condições meteorológicas semelhantes
às do ano agrícola 1999/00 (Figura 2 (b)), ou
seja, Invernos secos e Primaveras muito
húmidas e frias.
Face às condições do ano agrícola 1999/00,
as infestações quantificadas pelo número de
plantas da classe Monocotiledónea e da
produção de biomassa na primeira data de
sementeira sem aplicação do herbicida em
pós-emergência, foram elevadas e estatisticamente diferentes das restantes (Quadro 12),
tendo sido prejudicada a formação do número
de grãos e as produções de grão e de biomassa
de trigo, cujos valores médios apresentam
quebras acentuadas (Quadro 13).
Nestas circunstâncias, o controlo das
plantas infestantes em pós-emergência é
indispensável, porque permite diminuir, como
confirmam Buhler et al. (2000), as elevadas
perdas de produção da cultura.
CONCLUSÕES
As sementeiras de trigo efectuadas no
início da época usual da sua realização,
permitiram o aparecimento de maior infestação na cultura, quer se quantificasse o
número de plantas ou o peso da biomassa
obtido à colheita. Cosser et al. (1997), também
observaram que a produção de matéria seca
de infestantes presentes no trigo variava
inversamente com a data de sementeira.
Conclui-se, assim, que a data de sementeira tem uma acção relevante na densidade
de plantas infestantes da cultura, sendo
fundamental que a sementeira seja efectuada
após o aparecimento e controlo de uma
proporção elevada da população potencial de
ervas espontâneas.
É evidente que a aplicação do herbicida
em pós-emergência pode eliminar as plantas
nocivas e beneficiar a formação das componentes da produção e o rendimento do grão e
da matéria seca. Apesar da sua acção ser,
geralmente, sempre favorável em termos agronómicos (Basch, 1988; Buhler et al., 2000), é
mais determinante e essencial, quando a
sementeira do trigo, e dos cereais de Outono-Inverno em geral, decorre sem ter sido controlada uma grande proporção da infestação
potencial.
Por isso, a data de sementeira e a possibilidade de controlar as plantas infestantes na
preparação da cama da semente, incluem-se
num conjunto de técnicas, que são auxiliares
relevantes para a gestão da infestação. O
emprego adequado destas práticas permite
diminuir os custos económicos e ambientais
resultantes da aplicação dos herbicidas em pós-sementeira.