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EuPTCVAg0871-018X2010000100025

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National varietyEu
Year2010
SourceScielo

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Aplicação dos modelos PESERA e MEDALUS para avaliação dos riscos de erosão do solo e de desertificação da bacia hidrográfica do Vale do Gaio

INTRODUÇÃO As ameaças a que os solos europeus podem estar sujeitos, identificadas na Soil Communication COM (2002) 179 e no documento Thematic Strategy for Soil Pro­tection COM (2006) 231, são a erosão, declínio da matéria orgânica, contaminação, compactação, impermeabilização, declínio da biodiversidade, salinização, cheias e des­lizamentos de terras. Huber et al.(2007) seleccionaram um conjunto de metodolo­gias e indicadores quantitativos, definindo limites toleráveis para cada uma daquelas ameaças, com excepção das cheias e inclu­são da desertificação resultante da combina­ção de algumas daquelas ameaças em con­dições climáticas áridas ou subáridas.

No sul de Portugal, uma região onde o equilíbrio entre o meio natural e a actividade humana é bastante sensível, a erosão hídrica e a desertificação merecem particular aten­ção. A erosão do solo é considerada uma ameaça quando a sua taxa é superior à taxa de formação do solo, e é acelerada, devido à actividade humana, podendo conduzir à deterioração/perda de uma ou mais funções do solo. Vários estudos apontam taxas médias de erosão dos solos europeus entre as 10 e as 20 t/ha/ano. Contudo, Huber et al.(2007) definiram como toleráveis, as perdas de solo de apenas 1 a 2 t/ha/ano. A medição da taxa de erosão do solo é sempre limitada a um número restrito de locais que incluem zonas de risco moderado a alto e representa­tivos de zonas agro-ecológicas. A taxa de erosão do solo varia muito no tempo e no espaço, o que dificulta o escalonamento desses resultados para áreas maiores e depende da extrapolação dos dados para zonas onde as medições não foram realiza­das. A erosão do solo pode alternativamente ser estimada através de outras ferramentas, nomeadamente, de modelos de erosão. Os mais comuns baseiam-se na Equação Uni­versal da Perda de Solo ' USLE (Wisch­meier & Smith, 1978) ou na Equação Uni­versal da Perda de Solo Revista ' RUSLE (Renard et al.,1997). Mais recentemente, Kirkby et al.

(2004) desenvolveram o modelo Pan-European Soil Erosion Risk Assessment(PESERA) que estima a perda de sedimento a partir do escoamento de água. Huber et al.

(2007) seleccionaram este modelo como um dos métodos mais apro­priados para estimar o risco de erosão hídri­ca do solo por permitir comparar resultados entre as regiões da Europa.

A desertificação, por sua vez, está direc­tamente associada à degradação do solo, água, vegetação e outros recursos. Corres­ponde à degradação da terra, nas zonas ári­das, semi-áridas e sub-húmidas secas, em resultado da influência de vários factores, incluindo as variações climáticas e as acti­vidades humanas (UNCCD, artigo 1, 1994). A desertificação está portanto directamente associada à erosão do solo, mas também ao declínio da matéria orgânica, salinização do solo e declínio da biodiversidade. Vários programas têm sido orientados visando a definição de áreas ambientalmente sensíveis à desertificação. Destacamos a metodologia MEDALUS (Kosmas et al., 1999), testada em regiões da Grécia, Itália, Espanha e Por­tugal e o programa DISMED que permitiu elaborar uma carta da susceptibilidade à desertificação em Portugal (Rosário, 2004).

Huber et al.(2007) seleccionaram a meto­dologia MEDALUS como apropriada para comparar as áreas em risco de desertificação ao nível das diferentes regiões da Europa, sendo o indicador dado em termos de área ambientalmente sensível à desertificação.

Este trabalho teve como objectivo testar as metodologias e indicadores definidos por Huber et al.(2007) para os riscos de erosão e desertificação na bacia hidrográfica do Vale do Gaio (Alentejo). Para o risco de perda do solo por erosão hídrica foi definido o modelo PESERA (Kirkby et al.2004). Para as áreas em risco de desertificação foi selecionada a metodologia MEDALUS (Kosmas et al., 1999).

MATERIAL E MÉTODOS O modelo PESERA (Pan-European Soil Erosion Risk Assessment) O modelo PESERA (Pan-European Soil Erosion Risk Assessment), desenvolvido por Kirkby et al.(2004), é um modelo que per-mite estimar as perdas de solo por erosão hídrica (t/ha/ano) com maior ou menor deta­lhe conforme o grau de precisão da infor­mação introduzida. O modelo baseia-se na partição dos valores de precipitação nas componentes resultantes: escorrimento superficial; evapotranspiração e variações do armazenamento de água no solo. A transpiração é usada para criar um cresci­mento genérico das plantas em função do uso do solo, numa base mensal. A decom­posição da matéria orgânica é modelada principalmente a partir dos dados da tempe­ratura e tem também em consideração o teor de humidade, tipo de cobertura e uso do solo. O limite da infiltração a partir do qual ocorre escorrimento superficial depende do coberto vegetal, do teor em matéria orgânica e propriedades do solo, variando ao longo dos anos. A distribuição da precipitação diá­ria é ajustada, para cada mês, a uma distri­buição Gama, a partir da qual se estima o escorrimento superficial e o transporte de sedimentos (proporcional à soma do qua­drado do escorrimento). A erosão total é por fim calculada a partir da erodibilidade do solo, derivada das propriedades do solo, do quadrado do escoamento superficial, e do declive do terreno. A erosão total é calcula­da na base da vertente de modo a estimar a perda de solo que consequentemente irá ser arrastada para as linhas de água. No Quadro 1 apresenta-se a informação mínima neces­sária para correr o modelo PESERA.

Quadro 1 'Dados de entrada para o modelo PESERA (Irvine & Kosmas, 2003).

A metodologia MEDALUS (Mediterra­nean Desertification and Land Use) A metodologia MEDALUS (Mediterra­nean Desertification and Land Use), desen­volvida por Kosmas et al. (1999), permite estimar as áreas ambientalmente sensíveis à desertificação (ESAs), em km2ou %, a par­tir de uma análise multifactorial dos índices de qualidade do solo (SQI), do clima (CQI), da vegetação (VQI) e de utilização do solo (MQI). Esses índices são calculados a partir de diversos parâmetros, que são divididos em classes distintas consoante a sua maior ou menor capacidade de protecção do solo. Os índices são calculados a partir das seguintes expressões: SQI = (textura × rocha mãe × fragmentos rochosos × profundidade × declive × drena­gem)1/6         (1) CQI = (precipitação × índice de aridez × orientação da vertente)1/ 3                                                 (2) VQI = (risco de fogo ×protecção contra erosão × resistência à seca × cobertura vege­tal)1/4            (3) MQI = (intensidade uso do solo × políticas de protecção)1/ 2                                                            (4) onde as diferentes classes do SQI variam entre <1,13, 1,13-1,45, e >1,46, correspon­dendo a solos de alta, moderada e baixa qualidade, respectivamente.

As classes do CQI variam entre <1,15, 1,15-1,81, e >1,81, correspondendo a climas de alta, moderada e baixa qualidade, respectivamente. As clas­ses do VQI variam entre 1-1,6, 1,7-3,7, e 3,8-16, correspondendo a vegetação de alta, moderada e baixa qualidade, respectivamen­te. As classes do MQI variam entre 1- 1,25, 1,26-1,5, e >1,51, correspondendo a uma gestão do solo de alta, moderada e baixa qualidade, respectivamente.

As áreas ambientalmente sensíveis à desertificação (ESAs) são depois calculadas a partir da seguinte equação: ESAI = (SQI × CQI × VQI × MQI)1/ 4                                                            (5) As ESAs são, no final, divididas em zonas Críticas à desertificação C3 (>1,53), C2 (1,42-1,53) e C1 (1,38-1,41), Frágeis F3 (1,33-1,37), F2 (1,27-1,32) e F1 (1,23-1,26), Potenciais P (1,17-1,22) e Não Ameaçadas N (<1,17) pela desertificação. As áreas Crí­ticas à desertificação (C3, C2 e C1) corres­pondem a áreas bastante degradadas devido a uma incorrecta utilização no pas­sado, constituindo uma ameaça para o ambiente das áreas envolventes. As áreas Frágeis à desertificação (F3, F2 e F1) cor­respondem a áreas onde qualquer alteração no delicado equilíbrio entre o meio natural e as actividades humanas pode conduzir o ecossistema no sentido da desertificação. As áreas Potenciais (P) correspondem a áreas ameaçadas pela desertificação em face de uma significativa alteração climática, se uma particular combinação de usos do solo for implementada e onde impactos externos podem produzir graves problemas. Esta situação inclui também as terras que são. As áreas não afectadas pela desertificação (N) correspondem a áreas com solos profundos ou muito profundos, quase planos, bem dre­nados, com textura grosseira ou mais fina, sob condições climáticas semi-áridas ou mais húmidas, independentemente do coberto vegetal.

A bacia hidrográfica do Vale do Gaio A bacia hidrográfica do Vale do Gaio (Figura 1), com cerca de 513 km2, está loca­lizada na região do Alentejo, inserindo-se na bacia do Sado. O relevo da bacia é suave­mente ondulado, típico da peneplanície alentejana, apresentando declives inferiores a 6% em 96% da área. A altitude da zona varia entre os 39 e os 418 m. A altitude, o declive e exposição das vertentes da bacia hidrográfica foram definidos através de um modelo digital do terreno com uma malha de 250 × 250 m.

Figura 1 'Localização da bacia hidrográfica de Vale do Gaio.

Os grupos de solos de referência domi­nantes na bacia de Vale do Gaio são os Cambissolos e Luvissolos (FAO, 2006). Existem também Regossolos, Fluvissolos, Vertissolos e Leptossolos mas em menor percentagem. A identificação dos solos foi feita com base nas cartas de solo 1:25000. Como essas cartas descrevem apenas as unidades cartográficas e não têm uma base de dados analítica associada, os solos foram caracterizados com base na informação existente para perfis representativos destes solos (Serviço de Reconhecimento e de Ordenamento Agrário, 1973; Ramos et al., 2007), de modo a satisfazer os requisitos necessários para aplicar as metodologias de Kirkby et al.(2004) e Kosmas et al.

(1999). Com base nesta informação: (i) os solos em 13% da área foram caracterizados como pouco profundos (15-30 cm), 48% com solos com profundidade moderada (30-75 cm) e 36% como tendo solos profundos; (ii) A textura à superfície foi classificada como grosseira em 79% da área; (iii) a capacidade de água utilizável apresentou níveis baixos (<50 mm) em 10 % da área, médios (50-100 mm) em 39% da área, altos (100-150 mm) em 37% da área e muito altos (>150 mm) em 14% da área; (iv) Os Luvissolos foram considerados como tendo problemas de dre­nagem. A drenagem foi ainda definida com base na informação das fases mal drenadas, existente nas cartas de solo (1:25000); (v) A pedregosidade foi também definida com base nas cartas de solo, em função da informação sobre pedregosidade e aflora­mentos rochosos.

O material originário foi definido a partir da carta geológica (1:50000) dos Serviços Geológicos de Portugal. O material domi­nante é o granito, existindo também em menor percentagem, xistos, arenitos e mate­riais não consolidados.

O uso do solo foi definido com base na carta Corine Land Cover 2001. O sistema de montado e os sistemas agrícolas de sequeiro são os principais usos do solo.

O sistema de Montado, composto por sobreiros (Quercus suber) e azinheiras (Quercus rotundifolia), ocupam cerca de 34% da área da bacia, localizando-se principalmente nas zonas Oeste e Sudeste. Os sistemas agrícolas de sequeiro, podendo estar associados ao sis­tema de montado, ocupam cerca de 48% da área, localizando-se nas zonas mais central e Nordeste da bacia hidrográfica. Dentro da área da bacia localizam-se também as áreas urbanas de Évora e de Viana do Alentejo. Podem-se ainda encontrar algumas áreas de regadio, mas com pouca expressão.

Os dados meteorológicos, dado o reduzi­do tamanho da bacia hidrográfica, foram extraídos unicamente da estação meteoroló­gica de Vale do Gaio (38,25 ºN; -8,29 ºW, WGS84) da rede do Instituto Nacional daÁgua (snirh.pt). O clima pode ser classifica­do como Csa (Köppen) ou C2B'2s2a' (Thornthwaite). Os dados da precipitação diária e mensal e da temperatura média mensal referem-se ao período 1979-2006. A evapotranspiração de referência mensal foi calculada para o período de 2001-2006. O índice de aridez de Bagnouls-Gaussen para a região é de 132.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Estimativa da perda do solo por erosão hídrica A estimativa da perda do solo por erosão hídrica para a bacia de Vale do Gaio é apresentada na Figura 2. A respectiva per­centagem de área de cada classe de risco de erosão hídrica é indicada no Quadro 2.

Figura 2 'Estimativa da perda de solo com o modelo PESERA para a bacia de Vale do Gaio.

Quadro 2 'Classes de perda de solo do modelo PESERA para a bacia de Vale do Gaio.

Segundo o modelo PESERA, 32,1% da área apresenta um risco de erosão hídrica <0,5 t/ha/ano. Estas áreas estão localizadas essencialmente, nas zonas Oeste e Sudeste da bacia hidrográfica, correspondendo às áreas onde o solo é ocupado por Montado de sobro e azinho, mesmo apesar de algu­mas dessas áreas apresentarem declives relativamente mais acentuados. O sistema de Montado, apesar de poder ser sujeito a agricultura e pastoreio extensivos sob as copas das árvores, é reconhecidamente um sistema que confere grande protecção ao solo contra a erosão, uma vez que o solo encontra-se coberto com vegetação na maior parte do ano. As áreas que apresen­tam maior risco de erosão localizam-se sobretudo na zona central e nordeste da bacia, correspondendo às zonas de agricul­tura mais intensiva, quer de sequeiro, quer de regadio. As classes de risco de erosão hídrica dominantes são as perdas entre 5­10 e 10-20 t/ha/ano, correspondendo a 23,3 e 16,9%, respectivamente. As mobilizações do solo para a instalação das culturas de Inverno, geralmente concordantes com o início das chuvas, originando maiores arrastamentos de solo com o escorrimento superficial das águas de chuva, ajudam a explicar os maiores valores de perda de solo estimados com o modelo PESERA para estas áreas. É de referir ainda que 60% da área da bacia de Vale do Gaio apresenta estimativas de risco de erosão hídrica acima das 2 t/ha/ano, definido por Huber et al.(2007), como limite tolerável para a erosão do solo.

Áreas ambientalmente sensíveis à Deser­tificação Na Figura 3 apresentam-se os índices de qualidade do solo (SQI), clima (CQI), vege­tação (VQI) e utilização do solo (MQI). De acordo com a metodologia MEDALUS, o SQI indica solos de qualidade moderada e alta, em 82,4 e 16,7% da área, respectiva­mente. Em função do CQI, o clima é classi­ficado como de qualidade moderada em 74% da área, e de qualidade baixa quando a vertente apresenta uma exposição Sul (25,9%). A vegetação existente é caracteri­zada (VQI) como sendo de boa qualidade em 89% da área, uma vez que plantas como os sobreiros e azinheiras são resistentes à seca e ao fogo, estão dispersas pela paisa-gem e conferem um elevado grau de protec­ção ao solo contra a erosão. Na restante área, a vegetação foi caracterizada como de moderada qualidade. Quanto à utilização do solo (MQI), 81,4% da área da bacia é repre­sentada como de qualidade moderada, sen­do 18,6% considerada de mau uso, atenden­do ao declive desses locais.

Figura_3'Mapas dos índices de qualidade do solo (SQI), clima (CQI), vegetação (VQI) e utilização do solo (MQI).

Na Figura 4 apresentam-se as áreas ambientalmente sensíveis à desertificação, de acordo com a metodologia MEDALUS. No Quadro 3 apresentam-se as percentagens correspondentes a cada uma dessas áreas. As áreas Críticas à desertificação (C1, C2 e C3) ocupam cerca de 26% da área total da bacia. Estas áreas estão localizadas essen­cialmente, nas vertentes expostas a Sul, mas também em áreas a Sul e Nordeste da bacia, definidas com um uso do solo mais intensi­vo. É certo que uma melhoria das técnicas agrícolas poderá diminuir o risco de deserti­ficação em algumas dessas áreas. As áreas Frágeis à desertificação (F1, F2 e F3) ocu­pam a maior área na bacia do Vale do Gaio (68%). A classe F1 está mais representada nas zonas a Oeste e Sudeste da bacia onde domina o sistema de Montado. A classe F3, próxima da classe Crítica, prevalece mais no centro e Nordeste da bacia hidrográfica, em áreas onde a agricultura é mais intensiva.

Estas áreas Frágeis à desertificação são mui­to sensíveis ao uso do solo, clima e vegeta­ção. Quaisquer mudanças provocadas pela perda de vegetação, nomeadamente devido a incêndios ou períodos de secas, e pelo aumento da erosão do solo poderão favore­cer a desertificação da terra e reclassificar estas zonas Frágeis como Críticas.

Figura 4 'Áreas ambientalmente sensíveis à desertificação na bacia de Vale do Gaio

Quadro 3 'Áreas (%) ambientalmente sensíveis à desertificação (ESAs).

De referir que as áreas Críticas à desertifi­cação obtidas para a bacia do Vale do Gaio (26%) são inferiores às obtidas por Roxo et al. (1999) para o concelho de Mértola (36%). Em contrapartida, observa-se uma maior percentagem de áreas Frágeis à deser­tificação na bacia do Vale do Gaio (68%), em relação àquele concelho (47%).

CONCLUSÕES O modelo PESERA, que estima a perda de solo, e a metodologia MEDALUS, quepermite avaliar as Áreas Ambientalmente Sensíveis à Desertificação (ESAs), apresen­tam resultados concordantes. As zonas onde o risco de erosão é maior correspondem às zonas que apresentaram maiores riscos de desertificação.

Considerando o valor de 2 t/ha/ano como limite tolerável para a erosão do solo, verificamos que 60% da área da bacia hidrográfica de Vale do Gaio apresen­ta estimativas de perda de solo superiores aquele valor. Quanto à classificação das ESAs, constata-se que 26% da área classifi­ca-se como Crítica, ou seja, inclui áreas bastante degradadas devido a um uso incor­recto no passado, e 68% da área é classifi­cada como Frágil, isto é, onde qualquer alte­ração no delicado equilíbrio entre o meio natural e as actividades humanas poderá conduzir o ecossistema no sentido da deser­tificação.

A aplicação do modelo PESERA e da metodologia MEDALUS são exequíveis apesar de alguns dos dados de entrada terem sido extrapolados e os resultados obtidos carecerem de validação devido à inexistên­cia de dados experimentais.

Apresentam, no entanto, a vantagem de permitirem uma fácil comparação de resultados entre dife­rentes regiões, quer de Portugal quer da Europa. Seria útil proceder a campanhas de monitorização da erosão do solo, de modo a melhor fundamentar os resultados obtidos, tal como se procede na Grécia e em Espa­nha onde estas metodologias têm sido vali­dadas com dados de campo.


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