Tuberculose - Risco de transmissão continuada em profissionais de saúde
Tuberculose – Risco de transmissão continuada em profissionais de saúde
Introdução
Com o advento dos antibióticos, nos anos 50, muitas doenças infecciosas, como a
tuberculose (TB), pareciam estar confortavelmente controladas
1
. Esta falsa sensação de segurança levou a que durante algumas décadas não se
investisse na formação e na sensibilização dos profissionais de saúde, nem na
implementação de medidas que permitissem o diagnóstico precoce e a contenção
das fontes de contágio e, dessa forma, se reduzisse o risco de infecção
nosocomial e doença ocupacional
2
. Em finais da década de 80, para além deste terreno favorável, o aparecimento
de grupos de risco com tuberculose epidémica e o aumento da prevalência de
infectados com estirpes multirresistentes levou a um recrudescimento desta
patologia
3
.
A TB é uma doença com grande impacto mundial, contabilizando 8,8 milhões de
novos casos em 2005, com 1,6 milhões de mortos, e é considerada uma emergência
global pela Organização Mundial de Saúde
4
.
Em Portugal, segundo os registos oficiais, há uma taxa média de notificação de
tuberculose de 29,4/100 000 habitantes, com uma distribuição assimétrica que
varia entre 8,2 (Alto Alentejo) e 45,4 (Porto)
5
, o que, apesar duma redução ao longo dos últimos anos, faz com que Portugal
tenha a mais elevada incidência de TB entre os países da União Europeia antes
do alargamento de 20045 .
Por estes motivos, a TB é considerada uma prioridade no Programa Nacional de
Saúde, estando previstas, entre outras, a definição de medidas administrativas
e de isolamento para o controlo da transmissão hospitalar6.
Nos profissionais de saúde, a TB é considerada uma doença profissional
7
. Para além da possível exposição a doentes infectados, as condições em que os
profissionais de saúde exercem a sua actividade, nomeadamente em espaços
inadequadamente ventilados e realização de técnicas com exposição a aerossóis
contaminados, tornam-nos particularmente sujeitos ao risco de contágio pelo M.
tuberculosis
3,8
.
Nos profissionais de saúde, a incidência de tuberculose acompanha os números da
população em geral da área geográfica em que se inserem
9
, acrescido do risco específico enquanto grupo profissional
10, 11
. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention(CDC), o risco de
transmissão do M. tuberculosis no contexto dos cuidados de saúde varia também
com o tipo de unidade, grupo profissional e eficácia das medidas de controlo de
infecção
12
.
Em Portugal, apesar de a TB ser uma doença de declaração obrigatória e de ser
considerada como doença profissional, não há registos do número de
profissionais afectados
13
.
Com este panorama, e fruto das imposições legais e das exigências das entidades
acreditadoras, os serviços de saúde ocupacional começaram a ser implementados
nos hospitais portugueses em finais da década de 90. No Hospital de S. João,
este serviço foi criado em 2005 e, no primeiro ano da sua existência, deparou-
se com a ocorrência de um surto de TB8, o que levou à elaboração e à
implementação de um “Programa de Rastreio e Tratamento de Tuberculose em
Profissionais de Saúde”
14
.
O Hospital de São João, EPE, de acordo com as últimas orientações do CDC
(2005), e de acordo com o número de camas e de doentes diagnosticados com
tuberculose em cada ano, classifica-se como uma instituição de “médio risco”12.
O controlo deste risco, ou seja, da tuberculose em profissionais de saúde,
passa pelo reconhecimento precoce dos possíveis contactos, pela adopção de
medidas de protecção eficazes e pelo despiste dos casos de tuberculose latente
(TL) e de tuberculose latente recente
12, 15, 16
. O diagnóstico dos casos de TL recente é particularmente importante, dado que
o risco de evolução para formas de doença activa varia entre 10 e 20%
15, 17
. O rastreio dos casos de TL assenta fundamentalmente na realização da prova de
tuberculina e, em casos duvidosos, em testes de libertação do interferão-gama
18, 19
.
Objectivos
Rastreio sistemático de TB e TL nos profissionais de saúde com contacto com
doentes ou funcionários com tuberculose e risco de contágio.
Material e métodos
Num hospital com cerca de 5400 funcionários, entre Setembro de 2007 e Dezembro
de 2008, foram diagnosticados 14 casos de TB em doentes (n=9) e em
profissionais (n=5), em que se considerou existir risco de contágio. Por este
motivo, foram efectuados 13 rastreios de risco de TB continuada (2 dos casos
ocorreram em simultâneo no mesmo serviço). O rastreio foi efectuado após
identificação dos contactos pela Comissão de Controlo de Infecção do HSJ e foi
constituído por: 1) questionário de sintomas, nomeadamente queixas
respiratórias (tosse, expectoração, hemoptises, toracalgia) ou constitucionais
(astenia, anorexia, hipersudorese e febre) e observação clínica inicial e 8
semanas após contactos; 2) radiografia (Rx) do tórax de face e perfil; 3)
realização de prova de tuberculina (PT) com 0,1 ml de 2 unidades de tuberculina
(2 UT) purificada (PPD) RT 23 SSI, excepto se sem indicação ou contraindicação
(reacção tuberculínica grande no passado (≥15 mm), diagnóstico de tuberculose
com tratamento adequado anterior, infecção vírica grave ou imunização com
vacina com vírus vivos há menos de um mês, grandes queimados ou eczema
extenso); e 4) teste de diagnóstico in vitro pelo ensaio imunoenzimático
(ELISA) baseado na quantificação de interferão-gama, QuantiFERON®-TB Gold (QTF)
se PT ≥10mm e <15mm.
Foi considerado como resultado positivo do teste tuberculínico uma reacção à
tuberculina ≥10 mm. Quando o resultado do teste anterior era conhecido, foi
considerada viragem tuberculínica quando a reacção foi ≥10 mm (se reacção
anterior fosse <5 mm) ou havendo aumento de pelo menos 10 mm (se reacção
anterior fosse entre 5 a 9 mm). Tuberculose activa foi definida como infecção
por Mycobacterium tuberculosis, com sintomas e/ou sinais clínicos, confirmada
microbiologicamente ou de presunção. Tuberculose latente foi definida como
infecção por Mycobacterium tuberculosis, sem qualquer manifestação clínica, e
diagnosticada quando reacção à tuberculina ≥15 mm ou viragem tuberculínica ou
teste QTF positivo (se PT ≥10 e <15 mm) e exclusão de tuberculose activa. Os
casos de tuberculose latente foram classificados como “recente” quando se
verificassem os critérios de diagnóstico há menos de dois anos. O diagnóstico
de TB, TL e TL recente foi efectuado de acordo com as recomendações da
Sociedade Portuguesa de Pneumologia 16.
Foram consideradas indicações para tratamento de tuberculose latente, de acordo
com o Protocolo de Rastreio e Tratamento de Tuberculose em Profissionais de
Saúde do Hospital de São João, EPE, todos os casos de TL recente e/ou algum dos
seguintes factores de risco: antecedentes de tuberculose ou lesões apicais
fibróticas sem tratamento prévio; tratamento presente ou futuro com
imunossupressores ou corticoesteróides; antecedentes de transplante, neoplasia,
infecção VIH, diabetes.
Resultados
Nos 13 rastreios efectuados durante o período considerado, foram feitos 801
estudos individuais, correspondendo a 792 profissionais de saúde (563; 229),
com idade média ± desvio-padrão de 38,6 ± 11,2 anos e a seguinte distribuição
por categoria profissional: administrativos (n=27), auxiliares de acção médica
(n=125), enfermeiros (n=374), médicos (n=176), técnicos (n=27) e outros
funcionários (n=63) (Quadro I).
Quadro I– Rastreios efectuados
Do total de profissionais de saúde rastreados, 75 apresentavam sintomas gerais
ou respiratórios e 31 apresentavam alterações no RX tórax. Quanto aos
resultados da PT (Quadro II), esta não foi efectuada em 302 casos por
apresentarem uma PT anterior ≥ 15 mm (n=280), por recusa e/ou falta do
funcionário (n=13) e por antecedentes de TB (n=9). Dos 490 profissionais que
efectuaram PT durante o rastreio, o resultado foi <5 mm em 178, ≥5 e <10 mm em
72, ≥10 e <15 mm em 175 casos (em 167 foi efectuado QTF, positivo em 36 e
negativo em 131) e ≥15 mm em 65 casos.
Quadro II – Resultados da prova de tuberculina
Dos profissionais que efectuaram prova de tuberculina, 60 apresentaram viragem
da prova, sendo esta recente (com menos de dois anos) em 42 casos.
Durante o rastreio, para além dos 5 casos-episódio de TB em funcionários, foi
diagnosticado um caso de doença activa. Todos estes casos se apresentavam
sintomáticos, com alterações visíveis no Rx de tórax, e o diagnóstico foi
confirmado por baciloscopia e exame cultural.
Foi ainda diagnosticado um caso de doença antiga não tratada e com sequelas
radiológicas relevantes. Para além dos 280 profissionais já com critérios de TL
prévia (PT anterior ≥ 15 mm), foram diagnosticados de novo durante o rastreio
128 casos de profissionais com TL, dos quais se destacam 42 com o diagnóstico
de TL recente. Desta forma, dos 792 profissionais que participaram no rastreio,
408 (51,5%) têm critérios de TL. Quanto ao tempo de evolução da TL, esta tem
menos de 2 anos em 42 casos (5,3%), está documentada por PT prévia há mais de 2
anos em 220 casos e em 146 a duração da mesma é indeterminada (Quadro III e
Fig. 1).
Quadro III – Resultado final do rastreio
Fig. 1 – Resultados do rastreio
Os 408 profissionais de saúde com TL apresentavam a seguinte distribuição por
categoria profissional: administrativos (n=12), auxiliares de acção médica
(n=80), enfermeiros (n=194), médicos (n=69), técnicos (n=19) e outros
funcionários (n=34). Daqui resulta que a prevalência de TL por categoria
profissional, em ordem decrescente foi: técnicos (70,4%), auxiliares de acção
médica (64,0%), outros funcionários (54,0%), enfermeiros (51,9%),
administrativos (44,4%) e médicos (39,2%) (Fig. 2).
Fig. 2 – Prevalência de TL por grupos profissionais
Discussão
Para o controlo da TB, tanto em meio laboral como noutro qualquer, é importante
não só o diagnóstico precoce da(s) “fonte(s)” com potencial de disseminação
entre utentes e profissionais de saúde, como a identificação dos casos com
risco de poderem vir a desenvolver formas de doença activa a curto prazo.
Nos 13 rastreios efectuados entre Setembro de 2007 e Dezembro de 2008 foram
avaliados 792 profissionais de saúde e foram identificados 42 casos de TL
recente e 1 de TB infecção.
Nos profissionais de saúde, a incidência de tuberculose acompanha os números da
população em geral da área geográfica em que se inserem9, acrescido do risco
específico enquanto grupo profissional10,11, tipo de unidade de saúde e
eficácia das medidas de controlo de infecção12.
Num estudo efectuado na Holanda por De Vries et al
20
, de um total de 67 casos de TB doença em profissionais de saúde em que foi
possível identificar microbiologicamente as vias de contágio, em 28 destes
casos (42%) a infecção foi adquirida no local de trabalho. As principais causas
encontradas foram o atraso na identificação dos casos-índice, a adopção de
medidas de controlo de infecção inadequadas e a realização de procedimentos com
risco elevado.
Em Portugal, apesar de não existirem dados oficiais nem sobre a incidência de
TB em profissionais de saúde, nem estudos sobre as causas que lhes estão
subjacentes, a inexistência de formação adequada e eficaz sobre os meios de
controlo de infecção e a baixa utilização de dispositivos de protecção
colectiva e individual não parecem estar alheias ao risco de infecção nas
unidades de saúde
21
. Na nossa unidade de saúde observamos uma incidência média anual de TB de 220/
100 000 no período entre 2005 e 2008 e de 90/100 000 em 2008
22
, o que no último ano é o dobro do valor correspondente da área geográfica da
unidade hospitalar5. Esta relação entre a incidência de TB nos profissionais de
saúde e na população da mesma área geográfica está de acordo com o descrito por
outros autores, que encontraram uma incidência de 7,9 e de 4,4/100 000,
respectivamente20.
A designação de TL pressupõe a identificação de contactos e a presença de
Mycobacterium tuberculosis viáveis no organismo, i.e., com possibilidade e
probabilidade de induzirem infecção12, 14, 15, 16. Na prática, o diagnóstico de
TL assenta na demonstração de uma hipersensibilidade ao Mycobacterium
tuberculosis ou a alguns dos seus componentes proteicos
16, 18, 23, 24
, apresentando, quer os testes de libertação do interferão -gama quer a prova
de tuberculina, alguns problemas e limitações. O principal problema relacionado
com a PT passa pelas limitações da técnica, dificuldade de interpretação dos
resultados e existência de um número não desprezível de falsos positivos16, 24.
Estes falsos positivos parecem estar relacionados com infecções por
micobactérias não tuberculosas, descritas na literatura como responsáveis por
5% de todas as reacções superiores a 10 mm, e pela vacinação prévia pelo BCG.
Esta vacina pode, através de um efeito booster (potenciação da reacção à
tuberculina na ausência de infecção, resultante de um efeito-memória da
imunidade celular, secundário a uma vacinação anterior pelo BCG) induzir falsos
positivos na PT na sequência da sua repetição
16, 25
. Este efeito foi estudado num grupo de 98 funcionários do nosso hospital,
tendo-se observado que este foi responsável por uma viragem da PT em 4 casos,
correspondendo a 4,1% do total (resultados não publicados). Os testes de
libertação do interferão-gama apresentam uma maior especificidade (89 a 100%) e
semelhante sensibilidade (58 a 89%) quando comparados com a PT em doentes com
TB, correlacionando-se assim melhor com o risco de infecção
26, 27, 28, 29, 30
.
Todavia, apresentam também importantes limitações: a interpretação dos
resultados próximos da zona de cut-off entre negativo e positivo, o
desconhecimento do tempo entre a exposição e a positividade do teste, a
dissociação dos resultados com a PT (PT < 5 mm e QTF positivo) e o seu custo18.
A estas dificuldades inerentes à interpretação de cada teste, tal como foi
salientado num documento de consenso recentemente publicado no European
Respiratory Journal
31
, e dada a ausência de um teste gold standard para diagnóstico, a presença de
uma PT ou QTF positivos tanto pode significar a presença de infecção latente,
como uma resposta de memória imunológica persistente.
Dadas as limitações de ambos os testes, e principalmente em populações
vacinadas com BCG, ambos os testes devem ser utilizados em simultâneo no
diagnóstico de TL, especialmente nos casos em que a PT apresenta resultados de
interpretação mais duvidosa18.
A prevalência encontrada de TL neste estudo (51,5%, correspondente a 408
profissionais de saúde) é semelhante ao descrito para países com risco elevado
de TB32. Mais recentemente, Khanna et al, num estudo publicado em 200933 e
efectuado num país com baixa incidência de tuberculose, encontrou uma
prevalência em enfermeiros de TL de 7,6% com testes IGRA e de 16,2%, tendo a PT
como critério de diagnóstico.
Esta prevalência, para além reflectir as diferenças entre países de alto e
baixo risco, traduz também a diferente rentabilidade dos métodos no diagnóstico
de TL.
Dos casos identificados neste estudo como TL, 280 profissionais de saúde
apresentavam critérios de TL prévia (PT anterior ≥ 15 mm) e em 146 a TL era de
duração indeterminada.
Este facto é importante, pois sabe-se que em populações não vacinadas pelo BCG
o risco de evolução de infecção para doença está positivamente relacionado com
o tamanho da PT, a sua conversão recente e a presença de comorbilidades
potenciadoras (depressoras para o sistema imune), e negativamente com a idade e
o tempo de duração do estado de TL15, 17. Por estes motivos, é importante
determinar o tempo de presença de TL para se poder calcular o risco e, assim,
decidir a postura terapêutica mais apropriada. Como referido, este cálculo não
foi possível efectuar em 146 profissionais de saúde que apresentavam TL com
duração indeterminada, devendo-se por este motivo salientar a importância de
realizar rastreios periódicos e no início de funções dos profissionais de
saúde, não só como medida de despiste de alguns factores de risco, mas
principalmente para se determinar parâmetros que se possam monitorizar ao longo
do tempo e, dessa forma, calcular a probabilidade de risco de forma mais
documentada.
Apesar de a Sociedade Portuguesa de Pneumologia recomendar o tratamento da TL
em grupos de risco, como os profissionais de saúde16, apenas 63 dos 408
profissionais de saúde com TL (42 com TL recente e 21 com TL não recente) foram
propostos para tratamento profilático (Quadro III), estimando -se que este
possa reduzir em 60% a 90% o risco de evolução de infecção para doença
34, 35, 36
. Nos casos em que não foi possível situar no tempo a conversão da PT após o
contacto com o caso-índice, atendendo à baixa especificidade da PT em
populações vacinadas pelo BCG24, optamos por ponderar individualmente a
indicação para tratamento com base em critérios como a idade e a maior
exposição ao caso-índice.
A TB é um risco a que os profissionais de saúde se expõem, especialmente em
áreas onde esta doença tem maior incidência. O rastreio dos profissionais de
saúde com exposição a formas de TB contagiosa é uma importante ferramenta, quer
para o diagnóstico precoce de doença activa, quer para a identificação dos
casos de maior risco de doença futura, quer para identificação de casos de
doença activa, o que pudemos observar num dos profissionais de saúde
rastreados.
Deve ainda ser destacado que os rastreios efectuados no âmbito da medicina do
trabalho, tanto na admissão como os periódicos e os ocasionais, nos casos de
transmissão continuada, não são a única forma de controlo da transmissão da
doença entre profissionais de saúde. Conforme se pode comprovar neste estudo,
os episódios com risco de transmissão continuada não foram exclusivo dos
serviços de maior risco (medicina e pneumologia), tendo -se observado
igualmente em serviços onde, de acordo com os critérios do CDC, o risco seria
considerado moderado12, nomeadamente oftalmologia, cardiologia e ortopedia
(Quadro I), o que está de acordo com o facto de a prevalência de TL não ser
mais elevada nos serviços considerados de risco elevado30. Tanto a rotação de
profissionais entre os serviços clínicos (mais evidentes nos internos em
formação e no grupo de enfermagem), como o atraso na identificação dos doentes
com TB, são dos principais factores responsáveis pela exposição dos
profissionais de saúde em serviços considerado de menor risco20. Para além
destas causas, outras, dependentes da baixa formação (ou pouco eficaz), e da
ausência de políticas das instituições, que conduzam a níveis eficazes de
protecção individual e colectiva, são sem dúvida onde se deverá apostar para um
melhor controlo da TB como doença profissional.