Home   |   Structure   |   Research   |   Resources   |   Members   |   Training   |   Activities   |   Contact

EN | PT

EuPTCVHe2182-51732013000500006

EuPTCVHe2182-51732013000500006

National varietyEu
Year2013
SourceScielo

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Relação médico-doente: uma aliança nos cuidados de saúde

Introdução Os motivos que levam os utentes a recorrer ou não aos cuidados de saúde são muito variáveis. Mesmo quando existem sinais ou sintomas, estes podem não ser valorizados pelo indivíduo no sentido de o fazer consultar o seu médico ou tomar a iniciativa de "se tratar". A forma como o indivíduo perceciona o problema e valoriza os sintomas como sendo doença vai depender da sua história pessoal e do seu contexto familiar, cultural e socioeconómico.

Quando um ou mais sintomas são classificados como doença e a rede social de apoio (família, amigos, vizinhos) do indivíduo confirma esse diagnóstico, poderá ser necessário que seja rotulado de doente e tal exige que esteja disposto a aceitar esse papel e que se tomem medidas, recorrendo a algum dos setores do sistema local de saúde. Segundo Kleinman1, este é definido como um conjunto de recursos que existem numa determinada comunidade para responder às situações de doença, dividindo esse sistema em três setores: popular, "folk" e profissional. No setor popular estão incluídos os auto- cuidados, os cuidados prestados pela família, vizinhos e amigos e a rede social de apoio em geral. Os especialistas locais, como por exemplo os "endireitas", curandeiros, etc., e alguns representantes de medicinas alternativas (acupuntura, homeopatia, etc.) pertencem ao setor "folk". Os médicos, enfermeiros e outros representantes de medicina complementar estão incluídos no setor profissional.

Quando um doente procura o médico tem alguma ideia sobre o seu problema de saúde, que advém da sua experiência, cultura local e da rede social de apoio.

Frequentemente, esse mesmo doente tentou algumas soluções terapêuticas e seguiu uma cadeia de conselhos, desde auto-medicação, família, amigos, vizinhos e farmacêutico.2 O médico está geralmente apenas no final desta cadeia. A decisão de recorrer a este irá depender ainda da disponibilidade dos cuidados médicos e da capacidade económica para os suportar. Assim, o doente irá recorrer ao médico quando ele e aqueles ao seu redor se sentem incapazes de lidar com o problema, perante a falha do tratamento "popular" e/ou quando atinge o seu limiar de ansiedade ou tolerância. Quando este encontro entre o médico e o doente acontece, dá-se também o encontro entre duas perspetivas diferentes, que devem ser esclarecidas, discutidas e negociadas em cada consulta. Como auxílio nesta abordagem é importante ter em consideração as diferenças entre as definições "leigas" e "médicas" do que é a saúde, bem como o conceito de "doença do doente" (illness) e de "doença do médico" (disease). O termo "illness" é usado para classificar o que "o doente sente quando vai ao médico" e a palavra "disease" para descrever "o que ele tem quando volta para casa após a consulta com o médico".1,2 O conceito de dolência deve também ser tido em conta, isto é, os efeitos psicossociais da doença, a dor e o sofrimento que a doença/problema causa àquele doente. Alguns autores consideram que numa consulta devem ser avaliadas quatro dimensões da dolência: os medos e sentimentos relacionados com o problema, as explicações acerca das queixas/problema, o impacto do problema na vida diária e as expectativas do doente face ao médico.3 Este caso pretende realçar a importância da perspetiva do doente sobre o problema de saúde que o levou a procurar o seu médico (motivo da consulta) e compreender a diferença entre "illness" e "disease" como auxílio na abordagem em Medicina Geral e Familiar (MGF) e na relação estabelecida desde o primeiro contacto com o Médico de Família (MF).

Descrição do Caso Apresenta-se o caso de um doente, o Sr. José (nome fictício), sexo masculino, 56 anos de idade, ex-empregado de armazém (desempregado), com o quarto ano de escolaridade. Separado cinco anos. Tinha duas filhas, casadas e com filhos.

Pertencia a uma família unitária. Vivia num anexo da casa da irmã com a qual mantinha relação conflituosa. A relação com as filhas foi sempre distante mas agravou-se desde a separação (Figura_1).

"Nunca gostou de ir ao médico" (sic). Tinha "medo de estar doente", "de tirar sangue" (sic). Ia à consulta sempre acompanhado pela esposa ou pelas filhas, o que deixou de acontecer após a separação. Consequentemente cessou de procurar e manter os cuidados de saúde.

2/Maio/2011 - 1.a consulta Recorreu a uma consulta em maio de 2011, pela primeira vez nos últimos quatro anos, por iniciativa própria. O motivo de consulta foi uma lesão no antebraço, com cerca de cinco anos de evolução, crescimento gradual e atualmente pruriginosa. "Não percebia de onde vinha aquela lesão" mas "como não incomodava " (sic). Começou a preocupar-se pelas hemorragias frequentes associadas e decidiu marcar consulta por pressão dos vizinhos.

No processo clínico informatizado constava apenas o registo de uma consulta em 2007, ainda com a anterior MF, à qual terá recorrido por se sentir doente.

Nessa consulta estava registado o diagnóstico de hipertensão arterial (HTA), tendo sido medicado com losartan 50 mg id, e na lista de problemas acrescia o abuso do tabaco, abuso crónico do álcool e doença do fígado não especificada.

Quando questionado pela atual MF, negava antecedentes cirúrgicos, internamentos e até mesmo antecedentes patológicos, incluindo HTA. Não fazia medicação regular e negava alergias conhecidas. Mantinha hábitos tabágicos (20 cigarros/ dia) e consumo moderado de álcool (336 g/semana). Negava consumo de drogas de abuso, fazia uma alimentação sem restrições e não praticava qualquer exercício físico. Dos antecedentes familiares, apenas a referir história de alcoolismo do pai. Neste contacto com o Sr. José foi avaliada a tensão arterial (TA). Perante valores de 160/95 mmHg, o doente continuou a negar ser hipertenso. Apresentava, ainda, índice de massa corporal (IMC) de 27,3 kg/m2 e uma lesão tumoral, vegetativa, do tipo couve-flor, no antebraço direito. Discutiu-se o plano proposto com o doente, que aceitou reiniciar cuidados de saúde e fazer estudo analítico. Explicou-se a probabilidade de se confirmar o diagnóstico de HTA, pediram-se análises e programou-se uma consulta de seguimento. Foram tiradas fotografias da lesão e enviadas pelo TRIAD (Triagem Rápida com Imagem À Distância), projeto do Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho para abreviar o processo de referenciação. Obteve-se resposta após cinco dias úteis com marcação de consulta de dermatologia. Nesta foram colocadas as hipóteses diagnósticas de carcinoma espinocelular ou verruga vírica de grandes dimensões e agendada a exérese da lesão.

01/julho/2011 - 2.a consulta Voltou na consulta programada para mostrar os resultados dos meios complementares de diagnóstico pedidos. Fez referência à marcação da cirurgia pela dermatologia e falou, discretamente, dos problemas familiares com as filhas e com a ex-mulher.

Reavaliou-se a TA (150/80 mmHg), com confirmação do diagnóstico de HTA.

Analiticamente, apresentava alterações de parâmetros indicadores de consumo excessivo de álcool (Volume globular médio 100,3 fL, Gama GT 196 U/L e TGO 43 U/L), hiperglicemia em jejum (Glicose 162 g/dL) e Colesterol total 235 mg/dL, HDL Colesterol 67 mg/dL, Triglicerídos 98 mg/dL (LDL Colesterol 148,4).

Colocou-se a hipótese de diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), da qual o doente desconfia, afirmando "não posso ser diabético porque não como açúcar!" (sic).

Atualizou-se a lista de problemas, acrescentando dislipidemia e hiperglicemia.

Negociou-se novamente o plano com o doente e tentou-se integrar a agenda do doente com a do técnico. Discutiu-se a importância das alterações e o papel do Sr. José no controlo das mesmas. Verificou-se que estava disposto a esclarecer o diagnóstico de DM2 mas ainda não aceitava medicação por não se sentir doente.

Optou-se por pedir a Prova de Tolerância à Glicose Oral (PTGO) com 75 gramas, para envolver o doente no processo de consciencialização do diagnóstico de DM2.

25/julho/2011 - 3.a consulta Veio a consulta não programada, nesse mesmo mês, para mostrar o resultado.

Perante PTGO positiva (Glicemia às 0h=173 g/dL e às 2h= 406 g/dL), TA de 175/ 114 mmHg e IMC de 27,3 kg/m2, explicaram-se as inerências e as possíveis complicações de cada diagnóstico e a importância de cumprir a medicação, alterar estilos de vida e manter uma vigilância periódica em consulta. Propôs- se iniciar anti-hipertensor (ramipril 5 mg), anti-diabético oral (metformina 850 mg com aumento gradual da dose) e anti-dislipidémico (sinvastatina 20 mg); o doente pareceu aceitar. Marcou-se consulta de vigilância, para um mês depois, para avaliar a adesão à terapêutica, eventuais efeitos laterais e fundamentalmente a adaptação à sua nova condição. Voltaria o Sr. José à consulta? Consultas seguintes Sim, regressou à consulta programada (26/08/2011 - 4.a consulta) e demonstrou confiança na sua MF queixando-se de disfunção erétil, temática muitas vezes considerada tabu. Percebia que tinha doenças que necessitavam de acompanhamento e que não teriam sido detetadas se não fossem investigadas, pois sentia-se saudável.

Objetivamente apresentava TA controlada (135/85 mmHg), tinha perdido quatro quilogramas (IMC = 25,8 kg/m2) e o estudo analítico mostrava uma Hemoglobina Glicosilada de 7,2%. Felicitou-se o doente pelas mudanças no estilo de vida e alterações conseguidas e incentivou-se a sua manutenção.

Na consulta seguinte (21/11/2011), o doente referiu que se "emociona" (sic) sempre que vem à consulta por saber que tem ali "uma pessoa que se preocupa com a sua saúde" (sic). E até ele começou a interessar-se pela mesma, questionando sobre o problema que teve no braço, uma vez que "ninguém lhe tinha dito o que era..." (sic).

Tinha uma ótima adesão à terapêutica farmacológica instituída, apesar de manter os consumos de álcool e tabaco e de não realizar exercício físico. Referiu "estar melhor" (sic) da disfunção erétil e falou novamente da sua ex-família, talvez uma das suas maiores preocupações. Agora vinha sozinho às consultas, "teve que se desenrascar" (sic) sem o apoio das filhas.

Mas sempre que vem à consulta vem "nervoso e com medo" (sic). Pela relação de confiança estabelecida com a sua MF, que esclareceu as suas dúvidas e receios, este medo não se relacionava com a sua saúde mas sim com a possibilidade de encontrar a ex-mulher ou filhas, utentes da mesma MF.

Comentário Neste caso, o doente recorreu ao seu MF por sua iniciativa, por considerar que a lesão do antebraço, que continuava a crescer desde cinco anos, não era normal. O MF deve tentar perceber o porquê de ter recorrido à consulta apenas agora. Pelo medo de ser rotulado de doente? Pela sua rede social de apoio ser escassa? Este doente que vivia sozinho, sem contacto com a família, desempregado e por isso sem colegas de trabalho e, aparentemente, sem amigos, não tinha uma rede social de apoio que o incentivasse a procurar ajuda e, talvez por isso, não valorizasse o seu problema. Não havendo resolução da lesão, verificando até um agravamento pela hemorragia (sinal que habitualmente alarma os doentes) e com a insistência dos vizinhos para marcar consulta, o doente terá atingido o seu limiar de tolerância, sem contudo se mostrar muito preocupado com a sua possível origem. Apenas com a continuidade das consultas e a relação estabelecida com a sua MF, o Sr. José foi-se lentamente capacitando dos seus problemas e da importância de cumprir o plano de tratamento acordado para a sua resolução.

Motivos de consulta são as razões expressas pelo paciente para justificar a procura de cuidados médicos. A pergunta-chave, numa fase inicial da consulta, é "por que é que este doente veio consultar-me hoje?" Os motivos ou razões para o encontro dependem da perceção do paciente do seu estado de saúde bem como das suas expectativas. Esta clarificação inicial das ideias e expectativas do doente, quer em relação a si quer em ralação à atuação do médico, é fundamental para uma melhor negociação do plano e concordância com os objetivos e metas a atingir.4,5 Compete assim ao MF identificar e clarificar o motivo de consulta, tal como foi expresso pelo paciente, sem juízos de valor, explorar esse motivo e as ideias prévias sobre o seu problema e discuti-las durante a consulta. Considera-se que o determinante para procurar os serviços de saúde não é o sintoma mas aquilo que o doente "pensa" sobre o sintoma.3 Deverá ainda investigar possíveis motivos ocultos de consulta, que poderão constituir a verdadeira razão da procura dos cuidados, e aproveitar cada contacto para prestar cuidados oportunísticos.4 Os motivos de consulta são a senha para o acesso aos cuidados de saúde e, da interpretação que o utente e o MF deles fazem, resulta todo o processo subsequente da prestação desses cuidados.4 Deve ter-se em atenção que quando o doente procura o médico tem um conjunto de ideias sobre aquele problema de saúde, a sua causa, consequências, gravidade e tratamentos desejáveis (pode até ter consultado outros terapeutas que lhe terão oferecido os seus diagnósticos e os seus tratamentos).1 Fundamental é nunca esquecer o motivo, explícito ou oculto, que levou o doente a procurar os cuidados de saúde. Se este não for valorizado, se não forem exploradas e discutidas as ideias prévias do doente sobre o seu problema, corre-se o risco do MF se perder nos novos problemas por ele identificados e, consequentemente, o doente ficar insatisfeito com o encontro clínico, perdendo-se uma oportunidade de criar uma aliança.1 Como auxílio desta investigação, o MF pode fazer a gestão entre os conceitos de "illness" e "disease" ou "dolência" e "doença".

A "doença" e "dolência" não coexistem obrigatoriamente.

Pode haver doença sem dolência e dolência sem doença.3 Neste caso, em relação à HTA, DM2 ou dislipidemia, uma vez que não tinha quaisquer sintomas, este doente não apresentava "illness" (dolência) e por isso mesmo não via necessidade de recorrer ao médico para vigilância ou tratamento. Considerava-se saudável e foi rotulado com um problema/uma doença diferente em cada consulta, com implicações importantes no seu padrão de vida. Deve-se tentar compreender como o doente perceciona os novos episódios de doença identificados pelo médico, a forma como vão afetar o seu comportamento e relacionamento com outras pessoas, o que está disposto a mudar e o que vai fazer para lidar com a situação. Atendendo sempre às suas dificuldades e ritmos, foi fundamental explicar o conceito médico de doença a este paciente para que percebesse a importância de cumprir a medicação e mantivesse consultas de vigilância.2 O inverso também pode acontecer, o doente pode sentir-se doente e não objetivarmos doença. Estas queixas devem ser também valorizadas e exploradas.

As duas situações devem ser tratadas de igual forma, através de uma atitude centrada no doente, para que se crie uma melhor relação médico-doente.

O conhecimento do sofrimento da pessoa, em todas as suas dimensões, exige conhecer as suas experiências individuais e subjetivas: sentimentos, pensamentos, emoções, receios e impacto na sua vida micro e macrossocial. Para este conhecimento será fundamental o MF manter uma escuta ativa, estando atento e descodificando o que lhe é transmitido pelo doente (por comunicação verbal e não verbal).3 Muitas vezes, os doentes, quando, aparentemente, não cooperam, estão a reagir não ao tratamento mas ao modo "como são tratados".4 Estabelecendo- se uma comunicação eficaz, a mensagem será mais bem entendida ou aceite pelo doente, que decide seguir ou não os conselhos do médico. Para tal é de extrema importância a discussão das agendas - do utente e do técnico de saúde - e a negociação com o doente do plano de tratamento proposto - explicar e envolver o paciente nas medidas a eleger, esclarecer todas as dúvidas colocadas, oferecer alternativas. Ao adotar uma atitude de negociação ativa com o doente tenta-se mudar o conceito de "adesão ao tratamento" para o de "aliança terapêutica".6 Pretende-se uma prestação de cuidados centrados na pessoa e baseados na confiança, de forma a fazer um percurso educacional do doente, com o objetivo de o responsabilizar e capacitar quanto à sua doença, isto é, de promover o empowerment, fortalecendo assim a capacidade de decisão conjunta perante os problemas abordados no decorrer da consulta.5 Com o método clínico centrado no paciente destaca-se a singularidade de cada indivíduo, que é visto no seu contexto biopsicossocial e cultural, o que irá refletir-se na prestação de cuidados, tanto na forma como se apreende o que o doente diz como no modo como lhe é devolvida essa compreensão e se lhe expõe o plano mais adequado, de forma clara e ajustada à sua situação. Para tal, interessam ainda os medos, crenças e ideias associadas por cada doente a determinada doença/diagnóstico, que interferem também na forma como se deve abordar a experiência do "estar doente" e explorar os sentimentos desenvolvidos pelo paciente neste processo.5 Na análise da experiência da dolência devem ser considerados três estádios: consciencialização, desorganização e reorganização.3 A consciencialização é caracterizada pela ambivalência entre o desejo de saber a verdade e a recusa em aceitar que se está doente. De seguida instala-se a angústia e/ou depressão, como consequência da tomada de consciência da vulnerabilidade, fragilidade e sensação de perda de controlo sobre a sua vida. Isto é, a fase da desorganização. Quando o doente reúne as suas forças no sentido de encontrar novo sentido face à sua dolência, passamos ao estádio da reorganização. A capacidade de passar a esta fase irá depender da gravidade da doença e da qualidade das estruturas de suporte social, sobretudo das relações mais próximas, e do tipo de suporte prestado pelo seu médico.3 O modelo clínico integrado, um desenvolvimento do método centrado na pessoa, combina várias abordagens: biomédica, psicossocial, centrada na pessoa, atenta ao médico e à relação médico-doente, e procura equilibrá-las e harmonizá-las, sem menosprezar nenhuma delas.5 Esta abordagem será essencial para evitar a comunicação médico-doente, bem como os fenómenos de auto-medicação e a tão frequente adesão terapêutica. E em última análise a insatisfação do doente com os cuidados prestados, ineficácia da consulta e o sentimento de frustração não do doente mas também do MF.

Este deverá investir na compreensão destes conceitos e estar consciente que, quando aplicados na prática clínica, são uma mais-valia na melhoria dos cuidados prestados, conseguindo-se uma melhor relação médico-doente e satisfação com cada encontro clínico e, consequentemente, uma melhor gestão das doenças crónicas.


Download text