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EuPTHUHu0873-65292006000100001

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variedadeEu
Country of publicationPT
colégioHumanities
Great areaHuman Sciences
ISSN0873-6529
ano2006
Issue0001
Article number00001

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Editorial Editorial

Sociologia, Problemas e Práticas inicia o ano de 2006 com duas comemorações: o seu vigésimo aniversário e a edição do número 50, dois marcos importantes na história de uma revista científica. Um tal percurso representa o empenho e dedicação com que este projecto tem sido abraçado pelos vários directores e conselhos editoriais que ao longo de duas décadas foram assumindo a responsabilidade de o levar por diante, tendo feito desta revista um meio de disseminação  no país e cada vez mais a uma escala global da produção sociológica portuguesa mas, também, da internacional.

Na sua edição regular, quadrimestral desde 1996, Sociologia, Problemas e Práticas constituiu-se num fórum para muitos cientistas sociais, portugueses e estrangeiros, aqui publicarem trabalhos seus, na forma de artigo ou na das várias rubricas que se têm vindo a criar para melhor enquadrar a heterogeneidade de conteúdos que nos são propostos. Uma breve estatística em jeito de balanço, mostra que no decurso de vinte anos aqui foram publicados mais de três centenas e meia de artigos, em cuja autoria estão envolvidos perto de meio milhar de investigadores, de diferentes nacionalidades. Às demais rubricas  dossiês, registos, notas de pesquisa, recensões, ensaios, debates, etc. surgem associados mais cerca de cento e cinquenta autores, da sociologia mas também de outras áreas disciplinares que com a sociologia quiseram estabelecer pontes de diálogo através da nossa revista. Ao fazer-se este balanço somos confrontados também com o largo espectro de problemáticas analisadas, evidência de um património sociológico inesgotável e em constante acumulação e recomposição.

Os artigos do presente número, pela diversidade temática, de inscrições disciplinares e de nacionalidades dos autores, representam também contributos nessa mesma direcção. Tom Burns escreve sobre as teorias que analisam os sistemas dinâmicos e as alterações que ocorrem nos sistemas sociais capitalistas. Situa-as no contexto da teoria sociológica e nelas identifica capacidade integradora face à fragmentação conceptual e teórica existente nas ciências sociais. Xabier Itçaina cruza a análise de dinâmicas identitárias com a de formas localizadas de economia social e solidária, para assim identificar as virtualidades e limitações de tais experiências. O autor estuda o movimento cooperativo do País Basco na sua ancoragem em distintas matrizes ideológicas e culturais. De associativismo fala também Daniel Melo, que estudou associações regionalistas transmontanas sediadas em Portugal e na diáspora. Através da operacionalização do conceito de  capital social, conclui que essas instituições se estruturam em dimensões que lhes conferem funções distintas e complementares de mediação e integração. O artigo de Cristina Parente centra-se na mudança e na aprendizagem organizacionais, e discute o que são condições organizacionais de aprendizagem, integrando abordagens da psicologia com as da sociologia. Isabel Estrada Carvalhais escreve sobre a integração política de cidadãos não-nacionais e problematiza os conceitos de cidadania política e de cidadania social, ao mesmo tempo que questiona a viabilidade de uma dessas condições sem a existência da outra. Neste número os leitores encontram ainda uma interessante entrevista a Michel Agier e as recensões de Teresa Joaquim à obra L'eclissi della Madre. Fecondazione Artificiale: Techniche, Fantasie e Borme e de António Dornelas ao livro Por uma Globalização Justa: Criar Oportunidades para Todos.

Maria das Dores Guerreiro


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