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BrBRCVAg0100-29452001000300006

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variedadeBr
ano2001
fonteScielo

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MICROPROPAGAÇÃO DE CLONES DE BANANA cv. TERRA EM BIORREATOR DE IMERSÃO TEMPORÁRIA MICROPROPAGAÇÃO DE CLONES DE BANANA cv. TERRA EM BIORREATOR DE IMERSÃO TEMPORÁRIA1

INTRODUÇÃO A cultura da banana comprida (cv. Terra) tem se desenvolvido de forma notável em Alagoas nos últimos 10 anos. Sem nenhum incentivo governamental, a cultura vem crescendo baseada exclusivamente na demanda de um mercado cada vez mais exigente. Cerca de 60% de toda a banana comprida comercializada na Ceasa do Recife tem origem em Alagoas. Atraídos pelos bons preços obtidos com a banana comprida, os produtores têm respondido com um significativo aumento da área plantada no Estado e, portanto, com um aumento na oferta. Entretanto, a qualidade da banana produzida tem sido bastante inferior àquela solicitada pelo mercado. Tem sido observado que os novos plantios são instalados sem o uso de tecnologia adequada, sobretudo no que diz respeito à qualidade das mudas utilizadas. Mudas doentes, praguejadas e desclassificadas têm sido freqüentemente utilizadas como material propagativo por serem mais baratas e estarem à mão dos produtores. Essa situação tende a perdurar ainda por algum tempo, considerando-se a inexistência de produtores de mudas de banana cv.

Terra qualificados no Estado e a falta de critérios tecnológicos dos produtores ao implantarem os seus pomares.

Recentemente, apareceram no mercado brasileiro mudas de bananas micropropagadas in vitro produzidas através de técnicas de cultura de tecidos. Tais mudas, embora mais caras do que os propágulos naturais da bananeira, têm a vantagem de serem isentas de pragas e doenças além de apresentarem maior vigor e facilidade no transporte e plantio. Os principais obstáculos enfrentados para o aumento do uso de bananeiras micropropagadas têm sido a falta de divulgação e oferta das mudas em Alagoas. Seu preço, embora mais elevado do que o das mudas convencionais, é geralmente compensado pela maior produtividade e qualidade das bananas produzidas.

Apesar de a técnica de propagação in vitro da bananeira ser bastante difundida, percebe-se que deficiência em trabalhos que visem ao aumento da taxa de multiplicação de algumas variedades importantes, levando em consideração, além das variações somaclonais, os custos de produção.

Alguns fatores como a composição do meio de cultura, o seu contato com os tecidos e a sua oxigenação parecem influir na capacidade micropropagativa dos explantes (Lemos, 1996). Debergh (1982) observou que, quanto maior for a área de contato da planta com o meio, maior será a absorção dos seus compostos e, em conseqüência, maior também a taxa de crescimento dos explantes.

No sistema tradicional de micropropagação da bananeira, utiliza-se meio semi- sólido. A natureza física deste meio possibilita apenas a absorção dos nutrientes pelas partes da planta que estão em contato direto com o meio, refletindo em uma baixa produção de biomassa.

Recentemente, um novo método de cultivo in vitro foi idealizado por Teisson e Alvard (1994), que propuseram o cultivo de plantas em um sistema de imersão temporária. O mesmo vem sendo utilizado com sucesso na França e Cuba, para micropropagar banana e abacaxi (Ponce, 1997; Daquinta et al., 1997). Segundo George (1993), os sistemas de biorreatores em geral têm sido uma opção fortemente considerada quando se deseja aumentar a taxa de multiplicação, bem como diminuir o custo de produção de mudas originárias de embriões somáticos, suspensões celulares ou órgãos inteiros, uma vez que não é necessária a freqüente transferência dos explantes como no sistema tradicional. Este método baseia-se no princípio de que as plantas se desenvolvem melhor e mais rapidamente quando cultivadas em intervalos regulares de imersão em meio líquido seguido de drenagem. O maior contato das plantas com o meio de cultura aumenta, consideravelmente, a sua absorção, uma vez que os nutrientes podem ser absorvidos pelas folhas, caules e raízes. Em tese, as plantas absorvem mais nutrientes no sistema de imersão do que no tradicional e, conseqüentemente, produzem mais biomassa.

É fundamental que métodos mais eficientes e seguros de multiplicação da bananeira sejam estabelecidos, de modo que a taxa de multiplicação seja aumentada, mas que a fidelidade genética do material seja assegurada e que produtos de melhor qualidade sejam produzidos.

O presente trabalho objetivou melhorar a taxa de multiplicação de propágulos de banana cv. Terra, utilizando biorreatores de imersão temporária.

MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi realizado no Laboratório de Biotecnologia Vegetal (BIOVEG) do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas. Para a obtenção dos explantes, foram coletadas bananeiras matrizes da variedade "Terra", também conhecida como "Comprida" na região, na fazenda "Equipe Agropecuária" localizada no município de Jundiá, Alagoas. Foram utilizados filhotes do tipo "chifre" colhidos de touceiras sadias e produtivas. Os filhotes tiveram suas raízes removidas juntamente com todos os tecidos escurecidos do córtex e foram tratados com uma solução de fungicida (Benomyl 2g/L) antes de serem iniciados os procedimentos de extração do domo meristemático.

Os rizomas tratados e selecionados foram reduzidos a 1/5 do seu tamanho original, imersos em álcool absoluto por 10 segundos e flambados até a extinção natural do fogo. Os rizomas foram então levados à câmara de fluxo laminar para excisão e tratamento de desinfecção dos domos apicais.

Os domos apicais foram tratados com uma solução de hipoclorito de sódio (0.7% v/v) por 30 minutos sob agitação e depois lavados com água destilada autoclavada por três vezes. Posteriormente, foram imersos em uma solução de cloreto de mercúrio (0.002g/100mL H2O) por 15 minutos e, em seguida, lavados três vezes com água destilada autoclavada.

Os ápices caulinares desinfectados foram reduzidos para 0.5 cm3 e inoculados em meio de cultura semi-sólido formado a partir dos sais e vitaminas de MS (Murashige e Skoog, 1962) enriquecido com 30 g/L de sacarose e 3 mg/L de benzilaminopurina (BAP). Após 30 dias, os explantes foram cortados ao meio e reinoculados em meio fresco de mesma composição. A cada período de 30 dias, os explantes foram repicados até a obtenção de uma quantidade suficiente para o início dos experimentos. Todos os meios de cultura semi-sólidos ou líquidos utilizados neste trabalho foram esterilizados em autoclave a 121 oC por 20 minutos.

Os biorreatores foram artesanalmente construídos no laboratório (BIOVEG/CECA/ UFAL), sendo constituídos por dois frascos com capacidade para 3 litros, interligados entre si por tubos de silicone através das tampas contendo 1 litro de meio de cultura líquido em um dos frascos. O outro frasco continha os explantes de banana que eram imersos a cada 4 ou 12 horas(dependendo do tratamento) por 10 minutos, após bombeamento de um frasco para outro. O bombeamento foi feito utilizando-se de pequenas bombas para oxigenação de aquários reguladas por dois temporizadores Siemens, de acordo com o esquema abaixo:

Neste trabalho, foi utilizado em cada experimento o mesmo número inicial de 40 brotos para todos os tratamentos. No sistema de cultivo tradicional em meio semi-sólido, os brotos foram individualizados e tiveram suas folhas e raízes cortadas antes de serem inoculados em grupos de 4 explantes com cerca de 15 mm de comprimento por frascos de vidro (100 x 180 mm). No sistema de imersão temporária, os explantes também tiveram suas folhas e raízes cortadas e em seguida inoculados em 2 ou 3 grupos de explantes unidos entre si ("clumps"). Neste caso, o tamanho dos explantes variou entre 10 e 15 mm de comprimento. As contaminações nos meios de cultura nos dois sistemas foram evitadas utilizando-se explantes novos de culturas limpas e aplicando-se aos meios 0.1% do biocida "Plant Preservative Mixture" (PhytoTecnology Laboratories).

Experimento_1 O experimento teve um delineamento inteiramente casualizado, com fatorial (2 x 2) e duas repetições por tratamento. Os tratamentos utilizados foram: - Ciclos de Imersão: 10 minutos de imersão a cada 4 horas, e 10 minutos de imersão a cada 12 horas - Renovação do Meio de Cultura: Sem renovação do meio e com renovação do meio aos 30 dias de cultivo O meio de cultura utilizado foi formado a partir dos sais e vitaminas de MS (1962) enriquecido com 30 g/L de sacarose. Cada repetição do sistema de imersão utilizou 1 biorreator de imersão temporária constituído por 2 frascos de 3 litros interligados entre si, contendo 1L de meio de cultura líquido.

Os explantes e microplantas foram submetidos a um fotoperíodo de 16 horas com uma intensidade luminosa de 50 µmol.m-2.s-1 obtida de lâmpadas fluorescentes frias. Após 60 dias de cultivo, as plântulas foram retiradas dos biorreatores, avaliando-se o número de brotos totais e viáveis à aclimatação (> 3cm), peso da biomassa fresca produzida, peso da matéria fresca das raízes e da parte aérea, número de folhas e comprimento do pseudocaule. Em seguida, as plântulas foram aclimatadas em casa de vegetação, utilizando como substrato uma mistura de subsolo, torta de filtro e fibra de coco na proporção de 2:1:1.

Experimento 2 Mediante os resultados do Experimento 1, realizou-se um outro experimento para avaliar o efeito do meio de cultura inicial no desenvolvimento de explantes de banana cultivados em sistema de biorreatores com 10 minutos de imersão a cada ciclo de 4 horas.

O delineamento foi inteiramente casualizado, com duas repetições por tratamento. Foram utilizados dois tratamentos: - Meio de cultura MS + 30 g/L de sacarose (MS0) com renovação do meio aos 30 dias para o mesmo meio.

- Meio de cultura MS + 30 g/L de sacarose + 3 mg/L de BAP (MSB) com renovação do meio aos 30 dias para MS0 Os tratamentos foram comparados entre si e o que apresentou melhores resultados, foi comparado ao sistema em meio semi-sólido (tradicional). O meio de cultura utilizado no sistema tradicional foi o MSB com renovação do meio aos 30 dias para MS0. Cada repetição do sistema tradicional foi representada por 10 frascos (100 x 180mm) com 4 brotos de banana/frasco. Cada repetição do sistema de imersão utilizou 1 biorreator constituído por 2 frascos de 3 litros interligados entre si, contendo 1L de meio de cultura líquido. Foi utilizada no biorreator a mesma biomassa inicial do sistema tradicional com o mesmo número inicial de brotos. As condições de cultivo e as variáveis avaliadas foram as mesmas utilizadas no experimento 1, descritas anteriormente. As contaminações nos meios de cultura, nos dois sistemas, foram evitadas, utilizando-se explantes novos de culturas limpas e aplicando-se aos meios 0.1% do biocida "Plant Preservative Mixture" (Phyto Tecnology Laboratories).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Experimento_1 Com base nos resultados apresentados na Figura_1, observa-se que o menor ciclo de imersão (4 horas), ou seja, quando os explantes foram imersos por 10 minutos a cada ciclo de 4 horas, proporcionou uma produção de biomassa cerca de 20% superior, independentemente de o meio de cultura ter sido ou não renovado.

Um maior peso da matéria fresca da raiz e da parte aérea foi observado no ciclo de 4 horas (Tabela_1). Neste ciclo, os explantes foram imersos no meio de cultura oito vezes ao dia o que, provavelmente, possibilitou uma maior absorção e aproveitamento do meio, ao contrário do ciclo de 12 horas em que os explantes foram imersos apenas 2 vezes ao dia.

A renovação do meio de cultura aos 30 dias promoveu uma maior produção de biomassa nos dois ciclos de imersão estudados, como mostra a Figura_1. Na Tabela_1, pode-se observar o efeito significativo da renovação do meio de cultura no crescimento dos explantes, onde o comprimento do pseudocaule e o número de folhas foram maiores nos biorreatores que tiveram o meio de cultura renovado, independentemente do ciclo de renovação do meio. Isso se deve, provavelmente, à depleção dos nutrientes (açúcar, sais minerais e vitaminas) do meio de cultura, tornando necessária a renovação do mesmo para um contínuo crescimento dos explantes.

A percentagem de brotos aclimatados nos 4 tratamentos não variou significativamente (Tabela_1), uma vez que, em todos, as condições testadas dos explantes apresentaram um comprimento satisfatório para aclimatação.

Experimento_2 A Tabela_2 mostra os efeitos isolados do meio de cultura no desenvolvimento de explantes de banana cultivados em biorreatores durante 60 dias. Observou-se que a composição do meio de cultura influenciou a produção de biomassa. O tratamento com o meio MSB (3 mg/L BAP), seguido do meio MS0, promoveu um maior peso da matéria fresca da parte aérea, mas o peso da matéria fresca da raiz foi menor quando comparado com o meio MS0 seguido do mesmo meio fresco (MS0).

O conceito clássico de Skoog & Miller (1957) define as auxinas e as citocininas como as classes de reguladores de crescimento mais utilizadas em cultura de tecidos. A formação de raiz, parte aérea e calo em cultura de tecidos é regulada pela disponibilidade e interação dessas duas classes de reguladores de crescimento. O comprimento médio do pseudocaule dos explantes cultivados sempre no meio sem hormônio (MS0) foi maior do que o daqueles explantes cultivados na primeira fase em meio com BAP (MSB). Estes apresentaram duas vezes mais brotos produzidos do que aqueles devido à ação da citocinina (benzilaminopurina = BAP) aplicada ao meio (Tabela_2). Inúmeros trabalhos (Lemos et al., 1998; Neziet al., 1998; Flores et al., 1999) relatam o efeito positivo do BAP na formação de grandes números de brotos e alta taxa de multiplicação em sistemas de micropropagação. Segundo Caldas et al., a composição e concentração de hormônios no meio são fatores determinantes no crescimento e no padrão de desenvolvimento, na maioria dos sistemas de cultura de tecidos. Todavia, o meio de cultura não influenciou o número médio de folhas produzidas pelos explantes (Tabela_2).

O número de brotos aclimatados também foi maior no tratamento que utilizou o meio com BAP na primeira etapa (Tabela_2). Entretanto, observou-se que a sua percentagem em relação ao total de brotos produzidos foi um pouco menor que 50%. Contrariamente, no tratamento que não utilizou hormônios (MS0), a percentagem de brotos aclimatados em relação a seu total produzido foi de cerca de 70%. Este fato pode ser explicado pelo grande número de brotos de tamanho inferior a 3 cm (> 50%) que surgiram devido à indução pelo BAP e que não tiveram tempo suficiente para se desenvolver nos 30 dias de cultivo no meio MS0.

A Tabela_3 mostra o efeito do sistema de cultivo na produção de biomassa de explantes de banana cultivados in vitro. Observa-se que, no sistema de imersão temporária, a produção de biomassa foi 2,86 vezes maior do que a apresentada pelo sistema tradicional. Essa maior produção de biomassa, observada no sistema de imersão, deve-se, provavelmente, a um maior contato do meio líquido com os explantes, o que proporcionou uma maior área de absorção e, conseqüentemente, melhor aproveitamento do meio de cultura. Diferentemente, no sistema tradicional, onde o meio de cultura utilizado foi semi-sólido, a área de contato da planta com o meio estava limitada a sua base. Resultados semelhantes foram obtidos por Lemos (1996) quando duplicou as taxas de produção de matéria seca de graviola micropropagada ao utilizar o meio líquido no lugar do meio semi-sólido com Gelrite.

A maior eficiência do sistema de imersão no aproveitamento do meio de cultura pode ser também observada na Tabela_4, em que o sistema de imersão proporcionou uma maior produção tanto de raízes quanto de biomassa da parte aérea quando comparado com o sistema tradicional. Um significativo aumento da biomassa vegetal produzida nos biorreatores de imersão foi também observado por Teisson e Alvard (1994) e Daquinta et al. (1997).

O número de folhas das microplantas nos dois sistemas não apresentou diferença significativa (Tabela_5). Entretanto, o comprimento médio do pseudocaule das microplantas produzidas no sistema de imersão foi significativamente maior do que no sistema tradicional ( Tabela_5).

Debergh (1982) observou que, quanto maior a área de contato da planta com o meio, maior a absorção dos seus compostos e, em consequência, maior também a taxa de crescimento dos explantes.

Um outro fator que parece favorecer o crescimento dos explantes nos biorreatores é a constante renovação do ar durante o período de transferência do meio, eliminando os possíveis gases prejudiciais produzidos pelo metabolismo das plantas que normalmente se acumulam na fase gasosa dos sistemas.

Comparando-se os dois sistemas quanto ao número de brotos produzidos, observou- se que, no sistema de imersão, foi possível obter-se 2,19 vezes mais brotos do que no sistema tradicional (Tabela_6). O número de brotos aclimatados foi superior no sistema de imersão, uma vez que as plantas obtidas nos biorreatores apresentaram um maior crescimento.

Segundo Lemos (1996), a composicão do meio de cultura, o seu contato com os tecidos e a sua oxigenação são alguns dos fatores que parecem influir na capacidade micropropagativa dos explantes. Trabalho realizado por Lemos et al.

(2000), com cana-de-açúcar (Saccharum spp.), mostrou que, no sistema de imersão temporária, a taxa de multiplicação foi 40% maior do que no sistema tradicional e a biomassa produzida, 3 vezes superior. Resultado semelhante com cana-de- açúcar foi observado por Feria et al. (1998) ao obter um coeficiente de multiplicação de 10,92 no sistema de imersão contra 3,5 no tradicional.

CONCLUSÕES 1 - O ciclo de imersão de 4 horas proporcionou um maior aproveitamento do meio de cultura.

2 - A renovação do meio de cultura foi essencial para um contínuo crescimento dos explantes cultivados em sistema de biorreatores.

3 - A composição do meio de cultura teve influência significativa no desenvolvimento dos explantes cultivados nos biorreatores. O meio de cultura MSB, com renovação aos 30 dias para MS0, proporcionou uma maior produção de biomassa e taxa de multiplicação.

4 - A micropropagação de bananeiras variedade "Terra" em biorreator de imersão temporária apresentou maior eficiência na produção de biomassa, maior número de brotos viáveis à aclimatação e maior crescimento dos explantes quando comparado com o sistema tradicional.


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