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EuPTCVHe0872-81782011000200013

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variedadeEu
ano2011
fonteScielo

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Da Classificação de Viena para a Nova Classificação de Montreal: Caracterização Fenotípica e Evolução Clínica da Doença de Crohn Da Classificação de Viena para a Nova Classificação de Montreal: Caracterização Fenotípica e Evolução Clínica da Doença de Crohn From the Vienna Classification to the New Montreal Classification: Phenotype Characterization and Clinical Evolution of Crohn´s Disease

Ana Rebelo, Bruno Rosa, Maria João Moreira, José Cotter

Em resposta à Carta ao Editor publicada pelo Sr. Prof. Fernando Magro: Os autores agradecem a reflexão e os comentários efectuados por F. Magro. De uma forma clara e sucinta é feito um ponto de situação relativo à classificação da Doença de Crohn, nomeadamente as importantes modificações à Classificação de Viena1 com a nova Classificação de Montreal2,3, assim como acerca da importância e da necessidade de estratificação de risco destes doentes.

O objectivo do nosso trabalho foi analisar o impacto destas modificações através da análise de uma série de doentes com Doença de Crohnprovenientes da Consulta de Doença Inflamatória Intestinal do nosso Serviço Hospitalar. Apesar das limitações inerentes à dimensão da amostra e ao follow-uprelativamente limitado (entre 6 meses a 10 anos), foi possível constatarmos um dos aspectos mais importante desta reclassificação, no que respeita ao fenótipo comportamento (B) - a exclusão de doença perianal (p) do grupo doença penetrante (B3). Este subgrupo de doentes (p) caracterizam-se por uma história natural divergente, com menor necessidade de cirurgia e maior uso de imunossupressores4. o novo grupo B3 pela Classificação de Montreal apresentou uma percentagem significativamente mais elevada de cirurgia abdominal (75% vs 64% no subgrupo B3 pela Classificação de Viena). Em outras séries, que não a nossa, conseguiu também constatar-se diferenças relativas ao fenótipo idade de diagnóstico (A), nomeadamente na separação da idade pediátrica (A1, pela Classificação de Montreal), que está associada a serótipos e genótipos próprios, são mais corticodependentes, têm uma maior necessidade de imunossupressão e uma maior prevalência de manifestações extra- intestinais3,5,6; e ao fenótipo localização (L), em que o atingimento do tracto digestivo superior (L4) é acrescido às restantes localizações íleo-cólicas e ao qual se associa um pior prognóstico, com benefício na introdução mais precoce de imunomoduladores7.

Assim, embora a etiopatogenia da Doença de Crohnpermaneça não totalmente esclarecida, a avaliação crescente da história natural a longo prazo da doença e a tentativa de classificações fenotípicas mais precisas (para que subgrupos mais homogéneos possam ser explorados) poderão permitir desenvolver abordagens terapêuticas mais dirigidas/ eficazes8,9.

Contudo, como apontado por F. Portela em Editorial do GE ' Jornal Português de Gastrenterologia10, o percurso entre Viena e Montreal não permitiu ainda que se construísse mais do que uma classificação clínica, na qual não foi ainda possível integrar dados genéticos ou serológicos, de forma a que ao classificarmos um doente aquando do diagnóstico lhe possamos associar um percurso clínico provável.


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