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EuPTHUHu0870-82312006000300015

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variedadeEu
ano2006
fonteScielo

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Dictionary of existential psychotherapy and counselling Dictionary of existential psychotherapy and counselling (2005) - Emmy van Deurzen & Raymond Kenward. London: Sage Publications, 228 pp.

A ideia de publicar um dicionário de psicoterapia existencial é bastante inovadora e de grande utilidade, particularmente num campo de intervenção em aconselhamento e psicoterapia no qual psicólogos e psiquiatras confrontam-se com várias propostas terapêuticas a partir de vários pontos de vista e, ainda, com a necessidade de conhecer diversos conceitos filosóficos e diversos autores, provenientes de correntes filosóficas e psicológicas. Foi isso que fizeram Emmy van Deurzen(Professora de Psicoterapia na Schiller International University e Directora da New School of Psychotherapy and Counselling, London, UK) e Raymond Kenward(Psicoterapeuta Existencial e Director de Serviço de Aconselhamento nos Cuidados de Saúde Primários/National Health Service, Kent, UK).

Este dicionário abrange um amplo leque de termos fenomenológicos e existenciais relacionados com os autores fundamentais da fenomenologia e das filosofias da existência (Kierkegaard, Heidegger, Jaspers, Sartre, Merleau-Ponty), da psicologia e psicoterapia existencial (Binswanger, Boss, May, Frankl, Laing, Bugental e Yalom, entre outros), relacionados com diferentes épocas históricas.

Assim, apresenta 320 entradas, frequentemente cruzadas, que proporcionam a quem consulta uma enorme variedade de conceitos existenciais, ilustrados muitas vezes com exemplos. Adicionalmente, ao contrário do que acontece com frequência em textos desta área do conhecimento, este dicionário apresenta a vantagem do texto ser genericamente acessível, porque escrito numa linguagem que, sem perder rigor nem profundidade, caracteriza-se essencialmente pela sua clareza, nomeadamente consegue ter uma mais valia notável num aspecto que é sempre difícil e complexo que é o da aplicação de conceitos das filosofias fenomenológicas e existenciais em psicoterapia.

Os autores organizaram o seu trabalho por intermédio de três tipos de entradas no dicionário: autores, terminologia existencial e temas relacionados.

Criticável o facto de terem ignorado dois autores que, do meu ponto de vista, possuem obra significativa nesta área: E. Spinelli e Hans Cohn.

Este dicionário, juntamente com o livro publicado em 2003 por Mick Cooper (Universidade Strathclyde, UK), intitulado Existential Therapies(vide leitura publicada em Análise Psicológica, Vol. 22, n.º 3, p. 611), são provavelmente as duas obras de revisão mais completas sobre psicoterapia existencial que se publicaram nos últimos anos.

Todos quantos se interessam pela psicoterapia existencial, especialmente psicólogos, psiquiatras e psicoterapeutas, encontram nesta obra uma ferramenta indispensável de consulta, clarificação e actualização de conhecimentos.

José A. Carvalho Teixeira


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