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EuPTHUHu0874-20492007000100001

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variedadeEu
ano2007
fonteScielo

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Apresentação do número Apresentação do número Maria José Chambel 1

Ao aceitar o convite da então Presidente da Associação Portuguesa de Psicologia, Professora Doutora Benedicta Monteiro, para organizar o VI Simpósio do Comportamento Organizacional, foi minha intenção reunir diversificadas contribuições, que nos dessem conta da qualidade e rigor da investigação que se estava a desenvolver nesta área científica. Sendo prioridade destes encontros fomentar a divulgação e partilha de trabalhos e preocupações entre participantes portugueses, procurei, tal como, aliás, tinha ocorrido em edições anteriores, integrar alguns contributos de colegas da vizinha Espanha.

Neste encontro, foi possível contar com um vasto conjunto de investigadores e, com a organização deste número temático da revista Psicologia, pretendo apresentar uma amostra que seja representativa quer da diversidade, quer do rigor e qualidade dos trabalhos apresentados. Não quero com isto dizer que não existissem outros trabalhos que merecessem ser aqui editados e cuja presença permitisse enriquecer este número, mas apenas que não foi possível obtê­‑los em tempo útil.

Nos textos que aqui se apresentam, a diversidade reflecte­‑se nas instituições de pertença dos autores, mostrando como o comportamento organizacional se apresenta como uma temática relevante em diferentes Universidades e Institutos, localizados de Norte a Sul do País. Essa diversidade aparece também nas metodologias de estudo escolhidas, que, nos artigos que a seguir se apresentam, existem opções por estudos experimentais, estudos de campo, estudos de caso, estudos quantitativos, ou estudos que triangulam técnicas quantitativas e qualitativas, mostrando que existem diferentes caminhos, igualmente válidos, para melhorar o nosso conhecimento sobre o que se passa com a vida das pessoas nas organizações em que trabalham (Lewis, 1999). Finalmente, essa diversidade reflecte­‑se nas categorias temáticas onde podemos incluir os estudos apresentados. De facto, encontramos um conjunto mais tradicional, que podemos incluir nas categorias de cultura e clima, liderança e grupos, e outros mais centrados em questões que as organizações procuram resolver nestas últimas décadas, como atingir eficácia, como gerir o conhecimento, como gerir o conflito trabalho/família e como desenvolver relações positivas entre colaboradores e as organizações em novos contextos de trabalho (Rousseau, 1997). Com esta distinção, não se pretende valorizar nenhuma destas categorias, ou clas­sificar algum destes grupos como contendo estudos mais inovadores ou actuais, mas tão­‑somente distinguir estudos que desenvolvem temáticas que estão presentes, desde o início, na análise e compreensão do comportamento organizacional, daqueles que procuram analisar problemas que resultam de desafios mais recentes que têm sido colocados às organizações.

Adjacente a estes artigos integrados na temática do Comportamento Organizacional, podemos contar, neste encontro, com trabalhos da Psicologia dos Recursos Humanos. A sua presença no Simpósio, tal como neste número, pareceu­‑me ajustada, pois, se, muitas vezes, as fronteiras destas disciplinas são difíceis de estabelecer, a sua integração é vista como desejável. Veja­‑se o modelo de referência (ENOP, 1998) criado pela European Network of Work and Organizational Psychology, o qual ao estabelecer as linhas de orientação para desenvolver os curricula de Mestrados nas Universidades Europeias para os Psicólogos da área, propõe a necessidade de desenvolver e integrar competências na área da Psicologia do Trabalho, da Psicologia das Organizações e da Psicologia dos Recursos Humanos.

Organizei este número em três partes. A primeira parte, desafios clássicos, reúne estudos com temáticas mais tradicionais e inclui seis artigos. A segunda parte, novos desafios, reúne estudos com temáticas mais centradas em problemas que as organizações começaram a enfrentar mais recentemente e inclui cinco artigos. A terceira parte, gestão de pessoas, reúne estudos com temáticas mais directamente relacionadas com as estratégias e práticas da gestão das pessoas no contexto organizacional e inclui dois artigos.

Para terminar esta apresentação, gostava de agradecer aos elementos da Comissão Científica do Simpósio, Doutores António Caetano, Filomena Jordão, José Keating, Leonor Cardoso, Paulo Lourenço e ao Doutor Luís Curral, da Comissão Organizadora, por terem aceite a tarefa de rever os artigos submetidos a este número temático, tarefa imprescindível a esta edição.


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