Editorial
Editorial
Teresa Pinto
Em 2009, a Ex æquo. Revista da Associação Portuguesa de Estudos sobre as
Mulheres celebra 10 anos de publicação. A assinalar a efeméride, o Dossier «Os
estudos sobre as mulheres, de género e feministas em revista» dá voz às
trajectórias de algumas revistas estrangeiras congéneres. Pretende-se, não só
divulgar os objectivos e percursos de algumas revistas de referência, mas
também suscitar uma reflexão mais aprofundada sobre a importância e a
pertinência que estas revistas assumem, hoje, para o desenvolvimento destas
áreas de estudo, no contexto mais global da produção do conhecimento científico
e de um conhecimento emancipatório.
Ao convite endereçado a um conjunto de revistas de reconhecido mérito
internacional na área dos estudos sobre as mulheres, do género e feministas e
que, como a Ex aequo, têm carácter inter e pluridisciplinar e assumem o
objectivo de articular investigação e intervenção, conhecimento e emancipação
1
, responderam os Cahiers du Genre, a Feminist Review, a Feminist Studies, a
Nouvelles Questions Féministes e a Revista Estudos Feministas
2
.
A colaboração das revistas Cahiers du Genre, Feminist Review, Feminist Studies,
Nouvelles Questions Féministes e Revista Estudos Feministas3 reveste-se de
especial significado, quer pelo seu prestígio, a nível nacional e
internacional, quer pelo facto de constituírem referências historicamente
marcantes no processo de emergência de revistas científicas de estudos sobre as
mulheres e feministas. Os seus percursos, particularmente longos no caso de
algumas delas, encontram-se enleados no próprio devir da realidade social, pelo
que as trajectórias enunciadas constituem testemunhos situados da complexa
articulação entre a esfera académica e o domínio político, a investigação e os
movimentos feministas, a produção de conhecimento e a mudança da situação das
mulheres e das relações sociais entre mulheres e homens. Como afirma Claire
Moses, no seu artigo, «in examining the journal's history, we open a window
onto the larger social and political questions in which the life of the journal
is embedded».
A Feminist Studies foi a primeira revista de Women Studies nos EUA, tendo
iniciado a sua publicação em 1972. Criada na mesma década, a revista britânica
Feminist Review lançou o seu primeiro número em 1979. Em 1981 iniciou-se, em
França, a publicação de Nouvelles Questions Féministes, a mais antiga revista
francófona actualmente em publicação. A partir de 2002 passou a ter um comité
de redacção franco-suíço. Recorde-se que a NQF foi precedida pela revista
Questions Féministes criada em 1977. Os Cahiers du Genre, uma das duas únicas
revistas francesas de Ciências Sociais sobre o Género apoiadas pelo CNRS, foram
criados em 1991 (o título inicial, Cahiers du GEDISST ' Groupe d'études sur la
division sociale et sexuelle du travail, deu lugar ao actual em 1999). Em 1992
saiu a lume o número zero da Revista Estudos Feministas, a conceituada revista
brasileira que dá expressão aos estudos de género e feministas naquele país.
A cada revista foi lançado o desafio, não só para que proporcionasse, junto do
público leitor da Ex æquo, um melhor conhecimento da sua linha editorial e
respectiva evolução ao longo dos anos de publicação, mas que, sobretudo,
apresentasse uma reflexão sobre a importância da revista na promoção e na
divulgação da investigação académica, o seu contributo para o aprofundamento do
debate teórico e político, o papel que tem desempenhado na mudança das práticas
sociais, a evolução das suas opções editoriais em função dos contextos sociais
e académicos, as dificuldades sentidas e as estratégias de superação
prosseguidas, o seu impacto nacional e internacional, entre outros aspectos que
fossem considerados relevantes.
No artigo «The Politics of Feminist Publishing», Claire Moses analisa a
história da revista Feminist Studies (FS) desde a sua fundação, em 1972, até à
actualidade. Traçar a trajectória da primeira revista em estudos sobre as
mulheres nos EUA, quase a completar quatro décadas de existência, no espaço
limitado de um artigo é, inegavelmente, uma tarefa árdua e delicada. A autora
supera-a de forma magistral, enveredando por uma perspectiva sistémica. Analisa
o modo como a FS se foi reposicionando e reorganizando num processo de
interacção com três instituições, cada uma com os seus próprios rumos e ritmos
de mudança, o feminismo, a academia e a indústria editorial. Fundada a partir
de um colectivo constituído em finais da década de 1960, no contexto de
emergência do movimento de libertação das mulheres, a FS propunha-se, de acordo
com o seu Mission Statement, não se ater à publicação de artigos de
investigação e alterar, de facto, a condição das mulheres. Com um vincado
sentimento de pertença ao movimento feminista, o corpo editorial pretendia, com
uma revista não filiada em qualquer universidade, estabelecer uma ponte entre a
comunidade não académica e a academia. Claire Moses, considerando que a FS
falhou este propósito, destaca, em seguida, os problemas colocados pela opção
inicial e os momentos de ruptura e de reorganização que conduziram, por fim, à
sua reconversão em revista académica com apoio financeiro da Universidade de
Maryland.
Neste percurso sobressaem: a importância da relação estreita, na primeira
metade dos anos 1970, entre a FS e as Berkshire Conference on the History of
Womene a marca indelével da história nos artigos, mesmo oriundos de outras
áreas disciplinares, publicados na revista até ao presente, apesar do reforço
gradual da dimensão interdisciplinar nas duas últimas décadas; a evolução do
posicionamento da revista face a agendas feministas, com frequência, difíceis
de conciliar; a progressiva sensibilidade a diferenças de classe, raça,
orientação sexual, entre outras.
Nos obstáculos podemos destacar a quase impossibilidade, nos EUA, de uma
revista científica sobreviver sem estar vinculada a uma universidade, por ficar
irradiada do sistema de apoios financeiros. Outro aspecto referido, que não é
de somenos importância, é que uma revista editada fora do âmbito universitário
enfrenta duas dificuldades, por um lado a de obter material publicável de
qualidade, por outro lado, a de conciliar estilos de produção e de escrita
distintos, o político e o académico.
Claire Moses deixa-nos uma nota positiva, num contexto em que a vida
intelectual nos EUA se revela cada vez mais segmentada. Face à compartimentação
disciplinar dos saberes e às fronteiras inter e intradisciplinares nas
instituições académicas, a FS desempenha um papel fulcral como lugar de
comunicação interdisciplinar e de ligação entre as feministas académicas. Fiel
à sua missão inicial, a coordenadora editorial reafirma «our desire and need to
expand the knowledge of the gender system that structures our lives and to
identify the possible sources of resistance and change».
No artigo «A feminist review roundtable on the un/certainties of the routes of
the collective and the journal», Nirmal Purwar apresenta-nos, em nome do
colectivo editorial da Feminist Review (FR), uma selecção das considerações
tecidas pelos elementos daquele colectivo em três mesas redondas realizadas por
ocasião do vigésimo quinto aniversário da existência desta revista britânica. O
tema central de reflexão era, precisamente, a história da FR, os mais
significativos momentos de viragem, as mudanças e continuidades na própria
dinâmica do colectivo que a alenta. Editado o seu primeiro número em 1979, a FR
conta actualmente com três décadas de publicação. A marca da década da sua
fundação repercute-se em algumas similitudes de percurso relativamente à
revista americana atrás referida. Um colectivo editorial estreitamente ligado
ao movimento de libertação das mulheres, o objectivo de articular investigação
e teoria com agência política e a opção inicial de ser uma publicação
independente.
Mais tarde, a revista associou-se a um grande grupo editorial (Palgrave
Macmillan/Macmillan Group), por necessidade de profissionalização, mas é
sublinhado que tal não implicou perda de autonomia. Continua a reivindicar o
seu cariz interdisciplinar, a centralidade teórica e estratégica do género e a
necessidade de inter-relação entre investigação e activismo. O facto de ter
permanecido fora de qualquer filiação universitária pode ter determinado um
maior impacto, no colectivo editorial e na revista (esta era, nas palavras de
Helen Crowley (HC), uma plataforma de debate), dos desafios colocados pelas
questões da raça, classe e sexualidade. As tensões desencadeadas por estes
debates e pressões no seio do colectivo editorial ocupam uma grande parte do
texto seleccionado por Nirmal Puwar, reflectindo a enorme importância de que se
revestiram na história da FR. Foi questionado o «inclusive we» e caíram todas
as certezas. O colectivo refez-se, foi reduzido ' é significativa a dificuldade
em rememorar os primórdios da revista; resta apenas um elemento do grupo
inicial e opta por não se pronunciar ' e a revista foi respondendo aos
desafios, alargando o espectro das suas abordagens. Deixam-nos um interessante
conjunto final de interrogações que traduz o permanente questionamento interno
no seio do colectivo que coordena a FR.
Patricia Roux e Christine Delphy, em «Nouvelles Questions Féministes. Féminisme
radical, antinaturaliste et matérialiste: un projet politique et scientifique»,
apresentam-nos uma síntese notável da trajectória consistente da revista
internacional francófona Nouvelles Questions Féministes (NQF). Com vinte e oito
anos de existência, a revista mantém desde o início uma linha editorial que
privilegia a interacção entre investigação e luta política, assumindo uma
perspectiva feminista radical, antinaturalista e materialista. Dos quatro
elementos que a fundaram, em 1981, três tinham pertencido ao corpo editorial da
revista Questions Féministes, criada quatro anos antes, num contexto de maior
visibilidade do movimento feminista: Simone de Beauvoir, Christine Delphy e
Emmanuèlle de Lesseps. Christine Delphy (CNRS), que podemos considerar um
esteio da revista, mantém-se como directora de publicação e partilha
actualmente com Patricia Roux (U. de Lausanne) a coordenação redactorial.
A constituição de um comité de redacção franco-suíço, em 2002, conferiu
viabilidade à publicação da revista, suspensa em 1999 por falta de meios
financeiros. Sublinhem-se, a partir deste caso concreto, as valências
simbólicas e materiais da criação de um lugar de Professora em Estudos de
Género na Universidade de Lausanne: legitimidade científica, traduzida na
institucionalização dos estudos de género e feministas em cursos universitários
e na oferta de condições logísticas e financeiras para a investigação e sua
divulgação. O alargamento do comité de redacção tem permitido à revista manter
uma periodicidade quadrimestral, sendo cada número preparado, ao longo de dois
anos, por um grupo restrito de coordenação.
Os temas abordados pela NQF, desde 2002, e destacados pelas autoras deste
artigo, reflectem, quer problemáticas que têm sido alvo de maior aprofundamento
ao nível do debate e da investigação europeia nos últimos anos, como, por
exemplo, a articulação sexo e raça na análise do pós-colonialismo ou das
migrações, quer a necessidade de requestionar temas como o do corpo ou o da
relação trabalho-família, quer, ainda, questões que nos remetem para outros
contextos geográficos, de acordo com a vertente internacional da revista, como
é o caso do enfoque nos feminismos na América latina e Caraíbas.
A mensagem final das autoras traduz a razão de ser da NQF: «l'excellence
scientifique, tout en étant nécessaire, n'est pas suffisante tant qu'elle n'a
pas de pertinence politique». Não estamos, porém, perante uma inserção expressa
no activismo político equivalente à das duas revistas anteriores, sinal dos
diferentes percursos dos movimentos feministas e dos estudos sobre as mulheres,
do género e feministas nos EUA e no RU em comparação com os países da Europa
Continental.
As duas revistas seguintes, Cahiers du Genre e Revista Estudos Feministas
(REF), ambas da década de 1990, marcam uma outra geração editorial, que se
traduz, por exemplo, numa expressa vinculação académica desde a sua criação. O
artigo «Les Cahiers du Genre: des outils pour penser le genre des mutations
contemporaines », de Anne-Marie Devreux et Danièle Senotier, sublinha a
perspectiva feminista, pluridisciplinar e internacional da revista, bem como a
prioridade nela conferida a uma investigação que contribua, com novos
instrumentos conceptuais e novos campos de análise, para pensar as grandes
mutações contemporâneas. Os Cahiers du Genre, foram criados, em 1991, por uma
equipa de investigação do CNRS e os seus apoios provêm também do Mecanismo
Oficial para a Igualdade4 e do Centro Nacional do Livro, pelo que parece sofrer
menos constrangimentos financeiros do que as restantes revistas em análise.
Para além dos números e dossiers temáticos, a revista contém outras secções que
permitem integrar investigações diversificadas e, ainda, a leitura crítica de
obras de referência que permitem introduzir em França o pensamento teórico de
feministas como Judith Butler e Iris Marion Young, ou salientar o contributo de
algumas clássicas, como Colette Guillaumin. Uma particularidade desta revista é
a promoção de debates a partir de temas abordados nos seus números, favorecendo
o diálogo entre investigadoras/es e diversos actores sociais, sindicalistas,
associações, instituições, movimentos sociais e movimentos feministas. As
relações entre sexo, classe e raça e o pós-colonialismo; o questionamento, no
contexto da mundialização, dos feminismos, das relações norte-sul, das novas
configurações das relações sociais no que respeita ao trabalho e às migrações
face à reorganização mundial do trabalho e a premência crescente das
perspectivas comparadas; os debates conceptuais sobre sexo/género, pluralidade,
interseccionalidade, são alguns dos destaques deste artigo.
Sublinhe-se, ainda, uma problemática abordada nos Cahiers du Genre e que
exigiria um debate aprofundado no contexto nacional português: o gender
mainstreaming. As autoras do artigo denunciam os efeitos perversos da adopção
estratégia da transversalidade de género nas políticas governamentais se não
for acompanhada por medidas específicas promotoras da igualdade de mulheres e
homens. A diluição do objectivo de igualdade de mulheres e homens num princípio
geral de igualdade para todos e a progressiva importância do tema da diferença
têm contribuído para retardar a agenda do progresso social a favor das
mulheres.
Na mensagem final, as autoras sublinham o papel fundamental dos Cahiers du
Genre e revistas homólogas na desconstrução dos mecanismos de reprodução das
discriminações «en dépit d'une idéologie qui tente de faire croire que le
changement social dans ce domaine est advenu et que les combats féministes sont
derrière nous». Esta questão reveste-se, também, de particular pertinência no
contexto português.
Mara Lago, em «Revista Estudos Feministas, Brasil, 16 anos: uma narrativa»,
destaca, do primeiro editorial da revista, o facto desta se definir como um
periódico académico não institucional que, não obstante pretender ser um «canal
de expressão dos movimentos sociais de mulheres», privilegia a divulgação de
«conhecimentos de ponta na área dos estudos feministas». A intenção inicial de
autonomia institucional, através de um sistema de rotatividade editorial entre
departamentos e institutos de duas universidades do Rio de Janeiro, revelou-se
de difícil exequibilidade. Ao agravamento dos problemas financeiros após a
supressão do apoio da Fundação Ford acrescia a instabilidade ocasionada pelas
mudanças periódicas de base institucional. A REF perdeu periodicidade e veio a
retomar vitalidade na Universidade de Santa Catarina em Florianópolis, em 1999,
acolhida por um grupo de investigadoras ligado aos encontros Fazendo Gênero.
Ali a revista beneficia de apoio institucional estável e granjeia visibilidade
e reconhecimento.
O corpo editorial alargou-se e descentralizou-se através da constituição de
diversas subcoordenações que têm favorecido um maior envolvimento e
responsabilização, assegurando de forma mais eficaz a transição das
Coordenações Editoriais, que permanecem rotativas. A integração na base de
indexação SciELO e a disponibilização em linha fazem parte do percurso da
revista a partir de 2004. Sublinhe-se a divulgação de textos de investigação
brasileira traduzidos para inglês através da sua publicação em versão
electrónica na SciELO Social Science.
A autora sublinha a crescente importância que as entrevistas e debates foram
conquistando no interior da revista, traduzindo a complexa relação entre as
teorias e «questões como globalização, territorialidade, pós-colonialismo e a
transnacionalização dos conhecimentos». Os Dossiers temáticos têm integrado
novos temas, como a religião, orientação sexual e novas realidades conjugais e
parentais, entre outros, mas os direitos sexuais e reprodutivos e as questões
étnicas continuam a constituir os temas mais abordados. São evidenciados como
aspectos de mudança recente da REF o fortalecimento do diálogo internacional
(EUA, França e, mais recentemente, América Latina), o aumento de artigos de
autoria masculina e as produções em parceria.
A encerrar o dossier, o texto «Ex aequo: 10 anos em revista» sublinha alguns
aspectos que a particularizam no contexto dos periódicos nacionais, refere
alguns traços da sua evolução, rememora os principais temas que nela têm sido
abordados e evidencia os objectivos de alargamento e de internacionalização que
a têm orientado nos últimos anos.
A secção de Estudos e Ensaios integra quatro artigos que, nos três primeiros
casos, vêm contribuir para o alargamento temático da revista. Margarida Esteves
Pereira, usando como objecto de análise o romance Brick Lane de Monica Ali e o
filme com o mesmo título de Sarah Gavron, discute a representação da identidade
a partir da perspectiva da raça e do género. «No sentido de perceber o modo
como a identidade de género pode estabelecer ligações que abrangem ou superam a
identidade étnica ou racial», a autora preconiza uma maior interseccionalidade
das categorias género e etnia nos estudos pós-coloniais, uma área de estudos
que, recentemente, tem vindo a ser objecto de abordagens numa perspectiva de
género.
Pedro Bessa introduz um tema que tem tido pouca expressão no contexto nacional:
a análise das representações de género na linguagem pictórica. Centrando-se
sobre a sinalética, o autor sublinha a fraca expressão das mudanças ocorridas
na pictografia quando comparadas com as da linguagem verbal, apesar de já se
registarem iniciativas nesse sentido, como a que apresenta no artigo. A sub-
representação do feminino na sinalética é problematizada tendo em conta a
associação assimétrica da marca do universal nas representações do masculino e
do feminino.
Carla Cerqueira, Luísa Teresa Ribeiro e Rosa Cabecinhas debruçam-se sobre a
presença das mulheres na blogosfera cruzando-a com a temática da cidadania.
Problematizando o impacto das tecnologias de informação e comunicação em
mulheres e homens, em particular no que respeita à apropriação da internet, as
autoras questionam a reprodução das desigualdades de género na blogosfera,
assumindo uma posição crítica face a posicionamentos apriorísticos sobre o
papel inequívoco da internet na erradicação das desigualdades de género.
Eunice Macedo e Sofia Santos estabelecem uma análise comparativa sobre a
situação das mulheres no mercado de trabalho em quatro países da União
Europeia, problematizando os fenómenos de naturalização das desigualdades
evidenciadas ao nível das esferas privada e pública. Em foco, também, as
políticas sociais prosseguidas e o seu impacto nas condições socais e
económicas concretas a que as mulheres estão sujeitas nos distintos contextos
nacionais.
O número encerra com duas recensões, respectivamente, de Maria do Céu da Cunha
Rego e de Margarida Chagas Lopes. A primeira pronuncia-se sobre uma
investigação sociológica sobre a investigação judicial da paternidade e a
segunda apresenta uma colectânea que reúne, sob o eixo central da cidadania, um
conjunto de trabalhos que perspectivam e questionam, de distintos ângulos, as
problemáticas do género e da diversidade.
Notas
1 Foram convidadas a colaborar dezanove revistas de onze países (Austrália,
Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, EUA, França, Holanda, México, Reino Unido,
Suíça).
2 A direcção da Ex aequo agradece a especial colaboração da Revista Estudos
Feministas. La direction de Ex aequo remercie la collaboration spéciale des
revues Cahiers du Genre et Nouvelles Questions Féministes. The director board
of Ex aequo thanks the Feminist Review and the Feminist Studies for their
special collaboration.
3 As revistas Feminist Review, Feminist Studies, Nouvelles Questions Féministes
e Revista Estudos Feministas existem na Biblioteca da CIG ' Comissão para a
Cidadania e a Igualdade de Género, sendo este o único local em Portugal onde
algumas delas podem ser consultadas.
4 O Service des Droits des Femmes et de l'Egalité é, em França, o Mecanismo
Nacional Estatal para a Igualdade.