Caracterização física de pedúnculos de clones de cajueiro anão precoce em
diferentes estádios de maturação
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Introdução
No Brasil, a cajucultura mobiliza cerca de 280 mil pessoas e possui uma área
cultivada de 740.000 hectares, proporcionando uma produção de aproximadamente
250 mil toneladas de castanha e 2 milhões de toneladas de pedúnculo por ano
(OLIVEIRA, 2008). Para a região Nordeste trata-se de uma agroindústria geradora
de milhares de empregos diretos e indiretos que sustenta toda a cadeia
produtiva de caju, além do valor nutricional importante, recomendado para
consumo na dieta humana.
O pedúnculo é um pseudofruto, uma vez que a castanha é o verdadeiro fruto. A
parte consumida in natura é o pedúnculo que se desenvolveu de modo diferente e
cujas cores variam do amarelo ao vermelho (CARIOCA et al., 2003). Em peso, o
caju é composto por 10% de castanha e 90% de pedúnculo. Dessas duas partes, o
pedúnculo apresenta o menor aproveitamento - estima-se inferior a 12% da
produção - (PAIVA et al., 2000). E uma das grandes dificuldades enfrentadas
pelos produtores de caju que visam o pedúnculo como produto é a vida útil
extremamente curta do mesmo, devido à sua delicada estrutura, associada à
rápida perda de firmeza, coloração e aparência (FIGUEIREDO et al., 2002). O
pedúnculo do caju é altamente perecível quando armazenado em temperatura
ambiente. Após o período de 48 horas, apresenta-se enrugado, fermenta e
consequentemente perde sua atratividade. O curto período de armazenamento é de
fundamental importância, pois dificulta ou até impossibilita o produtor de
enviar seus frutos a centros consumidores mais distantes (FERREIRA et al.,
2006), no entanto a vida útil pós-colheita do pedúnculo pode ser estendida por
vinte dias através do uso de refrigeração (5 ºC; e 85 a 90% umidade relativa),
sem prejuízos de injúrias pelo frio (FIGUEIREDO, 2000).
Morais et al.(2002), afirmam que o consumo do pedúnculo de cajueiro anão
precoce vem crescendo, a cada safra, no mercado de frutas frescas, ou caju de
mesa, tanto pela consolidação de mercados tradicionais como pela abertura de
novos mercados. Sendo assim, as características físicas dos pedúnculos são de
fundamental importância para a definição de técnicas de manuseio pós-colheita,
bem como para a boa aceitação do produto pelo consumidor. Com a grande
variabilidade genética existente, faz-se necessário selecionar pedúnculos que
atendam às exigências da comercialização, tais como: alta resistência ao
manuseio, avaliada através da firmeza e formato piriforme, de fácil disposição
nas embalagens utilizadas. Além disso, o consumidor prefere pedúnculos de cor
laranja a vermelha e de tamanho grande, principalmente, dos tipos 4 ou 5 (de
acordo com o número de cajus/bandeja) (MOURA, 2001).
Várias pesquisas foram desenvolvidas para a obtenção de genótipos de cajueiro
que permitissem não só o aumento de produtividade, como também a melhoria da
qualidade da castanha para a indústria e o aproveitamento do pedúnculo. Diante
da necessidade de melhor caracterizar os genótipos existentes, o objetivo deste
trabalho foi avaliar os atributos físicos dos pedúnculos de clones de cajueiro
anão precoce CCP 76, CCP 09, BRS 189 e BRS 265 em diferentes estádios de
maturação, tendo em vista a importância econômica e social desses clones para a
região Nordeste, identificando dentre estes, qual apresenta os melhores
atributos físicos para o consumo e comercialização in natura dos pedúnculos.
Material e métodos
Os cajus (pedúnculo e castanha) estudados neste trabalho foram provenientes do
Campo Experimental de Pacajus, pertencente à Embrapa Agroindústria Tropical, em
uma região de transição entre o litoral e o semiárido, com latitude 4º11'26,62"
S, longitude 38º29'50,78" W e altitude de 60 m acima do nível do mar,
cultivados em regime de sequeiro como demonstrado na Tabela_1.
![](/img/revistas/rca/v42n4/a13tab01.jpg)
Os pedúnculos dos clones CCP 76, CCP 09, BRS 265 e BRS 189 foram marcados após
o estabelecimento dos frutos e na hora da colheita os mesmos foram selecionados
em sete estádios de desenvolvimento e maturação, de acordo com a coloração
externa do pedúnculo e da castanha, conforme Tabela_2.
Os pedúnculos com seus referidos frutos foram colhidos manualmente nas
primeiras horas do dia em 2009, imediatamente acondicionados em caixas
plásticas com apenas uma camada de pedúnculos, sendo protegidos de injúrias
mecânicas através de um revestimento interno de espuma colocado no fundo da
caixa com uma espessura de aproximadamente 1 cm. Em seguida, foram
transportados para o Laboratório de Fisiologia e Tecnologia Pós Colheita da
Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza-CE. As avaliações realizadas
foram: diâmetro basal (próximo a castanha), apical e de comprimento dos
pedúnculos com o auxílio de um paquímetro digital, sendo expressos em
milímetros. A massa total foi medida através do uso de balança semianalítica,
onde se determinou a massa da castanha + pedúnculo. Após o descastanhamento,
mediu-se separadamente a massa da castanha. A massa do pedúnculo foi obtida por
diferença de massa entre a massa total e a massa da castanha, onde todas as
pesagens foram expressas em gramas. A firmeza da polpa foi determinada em
pedúnculos íntegros, usando-se penetrômetro manual Magness-Taylor modelo FT 011
com ponteira de 8 mm de diâmetro. Foram feitas duas leituras por pedúnculo, em
lados opostos da porção basal e expressas em Newton (N).
As análises físicas foram provenientes de dados de 15 cajus em cada estádio de
maturação, por clone avaliado. Foi verificada a Normalidade dos dados obtidos
por meio do teste não paramétrico de Shapiro-Wilk e, posteriormente, para
comparação de médias foi realizado o Teste t de Student ao nível de 5%,
considerando a homogeneidade ou não das variâncias, confirmadas pelo teste F de
Fisher. As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do programa
computacional SISVAR versão 5.3, desenvolvido pela Universidade Federal de
Lavras (FERREIRA, 2008).
Resultados e discussão
De acordo com o teste de Shapiro-Wilk, todos os conjuntos de dados analisados
seguiram a Distribuição Normal, o que possibilitou a utilização do teste t
(TAB._3).
Para o pedúnculo do cajueiro o tamanho se relaciona a três medidas: diâmetro
basal (próximo a castanha), diâmetro apical e comprimento. Os diâmetros basal e
apical aumentaram gradualmente com o decorrer do desenvolvimento e maturação
para todos os clones avaliados (TAB._3). Pode-se observar que os genótipos CCP
09 e BRS 189 não diferiram significativamente entre si com relação ao diâmetro
basal, atingindo médias de 47,82 e 47,43 mm respectivamente. Já os clones CCP
76 e BRS 265 apresentaram diferença significativa, perfazendo a maior e a menor
média de diâmetro basal entre os clones analisados com 53,73 e 40,66 mm
respectivamente. Durante o desenvolvimento dos pedúnculos, foram observadas
diferenças significativas para a variável diâmetro basal entre os clones
analisados para os estádios de maturação 1 (34,85 mm) e 3 (44,56 mm). Já os
estádios finais de maturação 6 (54,86 mm) e 7 (58,66 mm) não apresentaram
diferença significativa, assim como com os estádios intermediários 4 (49,11 mm)
e 5 (50,90 mm). Os clones CCP 76 e CCP 09 alcançaram 65,87 e 59,85 mm no último
estádio de maturação, valor superior ao encontrado por Abreu (2007) para o
clone CCP 76 que foi de 61,97 mm e inferior para o CCP 09 (60,03 mm) no mesmo
estádio de maturação. Gomes et al. (2006) em estudo com sete clones de cajueiro
anão precoce no oeste da Bahia, encontraram a maior média de diâmetro basal
para o clone CCP 76 no valor de 58,10 mm para o estádio de maturação comercial,
valor inferior ao encontrado nesse estudo.
Com relação ao diâmetro apical, os clones avermelhados BRS 189 e BRS 265 não
diferiram entre si, assim como os alaranjados CCP 09 e CCP 76 que totalizaram
médias de 36,91 e 40,81 mm de diâmetro apical (TAB._3). Durante o
desenvolvimento dos pedúnculos não foram encontradas diferenças significativas
entre os estádios de maturação 3 (33,47mm), 4 (37,41 mm), 5 (37,72 mm), 6
(41,97 mm) e 7 (43,12 mm) para os clones analisados. Para os estádios iniciais
1 e 2 do desenvolvimento observou-se que os genótipos também não diferiram
entre si, sendo os maiores valores observados no CCP 76 que obteve 28,45 e
34,36 mm para os referidos estádios de maturação. Pereira et al. (2005)
trabalhando com quatro clones encontraram os maiores valores de diâmetro apical
(51,10 mm) para o clone CCP 09, valor superior ao encontrado neste estudo que
foi de 47,77 mm no estádio maduro.
Com relação ao comprimento do pedúnculo observa-se de uma maneira geral um
aumento deste no decorrer do desenvolvimento para todos os clones (TAB._3). Os
clones CCP 09 e BRS 189 não diferiram entre si, alcançando médias de 53,33 e
57,36 mm respectivamente, já o clone CCP 76 atingiu a maior média com 67,24 mm
e o BRS 265 a menor média, atingindo 45,56 mm de comprimento, diferindo apenas
do clone CCP 76. Do estádio de maturação 1 ao 5 todos os clones comportaram-se
sem diferenças estatísticas significativas para essa variável e no final do
amadurecimento entre os estádios 6 (60,88 mm) e 7 (67,50 mm). Para o estádio de
maturação comercial (estádio 7) observou-se que o CCP 76 destacou-se em relação
aos demais com 80,47 mm de comprimento, valor inferior ao encontrado por
Figueiredo (2000) que foi de 82,24 mm para o mesmo clone no mesmo estádio de
maturação. O clone avermelhado BRS 265 apresentou o menor valor para o
comprimento no estádio de maturação comercial, perfazendo 57,93 mm. Conforme
trabalho realizado por Gomes et al. (2006) os comprimentos obtidos para os
clones Embrapa 51, CCP 76 e Embrapa 50 foram, respectivamente, 82,10; 78,90 e
86,20 mm. Silva et al. (2009), trabalhando com a caracterização física e
química de 11 genótipos de cajus provenientes da Região do Brejo paraibano,
cuja identificação das amostras foi omitida pelos autores, sendo então
designadas como indivíduos, encontraram a maior média de comprimento de
pedúnculo no valor de 83,80 mm para um material designado indivíduo 10 no
estádio de maturação comercial, valor superior ao encontrado para o CCP 76
neste estudo.
Com relação à massa total (massa da castanha + pedúnculo) dos clones avaliados,
observou-se um aumento gradativo com o avanço da maturação (TAB._3). Os clones
CCP 09 e BRS 189 não diferiram entre si, possuindo médias no valor de 80,28 e
83,72 g; com relação aos clones CCP 76 e BRS 265, que apresentaram a maior e a
menor média de massa total possuindo 113,27 e 54,36 g respectivamente, não
diferindo, desta forma, dos demais clones, apesar de diferirem entre si.
Durante o desenvolvimento não houve diferença significativa para os estádios 2
(52,70 g), 3 (67,17 g), 4 (82,29 g), 5 (88,83 g) e 6 (109,70 g). No estádio de
maturação comercial (estádio 7) o clone CCP 76 destacou-se possuindo 183,77 g
de massa total, o que é adequado para cajus de mesa, sendo esse valor superior
ao obtido por Figueiredo (2000) para o mesmo clone no mesmo estádio de
maturação que foi de 178,64 g e ao encontrado por Moura (2001) que atingiu
150,82 g no estádio de maturação comercial; já o clone BRS 265 apresentou o
menor valor de massa total, com 69,16 g no estádio de maturação comercial, se
comparado ao encontrado por Abreu (2007) que perfez 122,79 g para este clone no
mesmo estádio de maturação, revelando-se um valor bem inferior. Os resultados
para os clones podem ser atribuídos aos aspectos relacionados ao genótipo/
ambiente.
Com relação à massa das castanhas verificou-se que não houve diferença
significativa para os quatro clones analisados (TAB._3). Durante o
desenvolvimento observou-se um decréscimo dos valores ao se atingir a
maturação, não havendo, portanto, diferenças do estádio 3 ao 7. Nos estádios
iniciais 1 e 2 no entanto, os clones distinguiram-se entre si, onde o BRS 189
destacou-se no estádio 1 com 15,08 g, o BRS 265 foi superior no estádio 2
(12,14 g) e o CCP 76 no estádio 3 com 12,13 g obtendo o maior resultado para
esse estádio. No estádio 7, o clone CCP 76 obteve resultados superiores aos
demais clones com 11,21 g, valor superior ao encontrado por Pereira et al.
(2005) que foi de 7,47 g, e o clone BRS 265 para o mesmo estádio alcançou 9,31
g, sendo este o menor valor. Abreu (2007) com cajus no mesmo estádio encontrou
valores inferiores ao do estudo para massa das castanhas dos clones CCP 09
(9,29 g), CCP 76 (9,99 g). A exceção foi o clone BRS 265 onde o autor encontrou
um valor superior ao desse estudo, que foi de 11,85 g.
Paiva et al. (2005) ao selecionar clones de cajueiro comum para plantio
comercial na região Nordeste obteve massa média máxima das castanhas dos 40
clones avaliados de 9,9 g, isto demonstra que os clones denominados anão
precoce apresentam vantagem com relação à massa das castanhas se comparado ao
comum. Almeida et al. (2000), em estudo com ecologia comparativa de dois clones
enxertados CCP 76 e CCP 1001 em condições de irrigação e no estádio de
maturação comercial dos frutos, encontrou que a massa média das castanhas do
clone CCP 76 (massa anual média variando de 6,9 a 8,4 g) foi significativamente
superior a massa média das castanhas do clone CCP 1001.
Augustin e Unnithan (1981) sugerem que o crescimento inicial lento do pedúnculo
parece estar associado às altas concentrações de fenóis, eficientes inibidores
entre os produtos secundários das plantas, enquanto que o crescimento rápido no
estádio final se deve ao aumento dos carboidratos e da percentagem de umidade,
que atinge 85-89%.
Durante o desenvolvimento e maturação dos pedúnculos, à exceção do clone BRS
265, verificou-se um aumento da massa dos pedúnculos no transcorrer da
maturação (TAB._3). Os clones CCP 09 e BRS 189 não apresentaram diferenças
significantes entre si, atingindo médias de 69,77 e 72,55 g respectivamente,
comportamento diferente foi observado para os clones CCP 76 e BRS 265 que
apresentaram diferenças significativas entre si, atingindo a maior (101,03 g) e
a menor média (43,48 g), respectivamente. Durante o desenvolvimento não houve
diferença significativa entre os estádios 2 (41,06 g), 3 (55,99 g), 4 (71,39
g), 5 (76,67 g) e 6 (100,68 g) dos clones analisados. De acordo com Filgueiras
et al. (2002) a massa ideal do pedúnculo está entre 100 e 140 g para o
pedúnculo ser considerado excelente para mesa no estádio de maturação
comercial, com isso, todos os clones avaliados no referido estudo, estão
incluídos nessa classificação de excelência para produção de caju de mesa e
também para a industrialização, com exceção do clone BRS 265 que apresentou os
menores valores para a massa do pedúnculo em todos os estádios de maturação
chegando a alcançar 59,85 g no último estádio de maturação, valor menor que o
dobro dos outros três clones. Pesquisa desenvolvida por Abreu (2007) com dez
clones encontrou para o BRS 265 no mesmo estádio de maturação 110,94 g para a
massa do pedúnculo, quase o dobro do encontrado nesse estudo. Conforme Chitarra
e Chitarra (2005) frutas de tamanho pequeno são antieconômicas para a extração
de suco, uma vez que é necessário um maior número de unidades/caixa. Alves et
al. (1999) em trabalho com clone de cajueiro anão precoce CCP 76, em condições
de sequeiro, observaram que o mais acentuado aumento de massa do pedúnculo
ocorreu entre os estádios seis e sete.
A espécie A. occidentale possui grande variabilidade para os principais
atributos de interesse agroindustrial, como produção, massas do fruto, da
amêndoa, do pedúnculo e comprimento, caracterizando a diversidade da espécie
(BARROS, 1991).
A firmeza é considerada um dos principais atributos que garantem a qualidade e
a aceitabilidade de frutos in naturae de seus produtos industrializados
(MANRIQUE, 2004). De um modo geral, nessa variável, os pedúnculos avaliados
tenderam a um decréscimo no decorrer do processo de maturação (TAB._3). Os
clones CCP 09 e BRS 189 não apresentaram diferenças significativas, com médias,
durante o desenvolvimento, de 20,92 e 23,24 N, respectivamente. Os genótipos
CCP 09 e BRS 189 não diferiram estatisticamente entre si em seus parâmetros
físicos durante todo o desenvolvimento para todas as variáveis analisadas. Já
os clones CCP 76 e BRS 265 demonstraram diferenças significativas entre si,
apresentando a menor (16,19 N) e a maior média (26,55 N) de firmeza dos
pedúnculos, também durante o desenvolvimento. Do estádio de maturação 5 ao 7 os
clones não apresentaram diferenças significativas, sendo que no estádio de
maturação 1 (pedúnculo verde e castanha verde), os clones demonstraram os
maiores valores de firmeza, com média de 37,51 N e no estádio 7 a média
decrescendo para 9,98 N. Para todos os clones analisados, esse comportamento
pode ser devido principalmente à degradação enzimática da parede celular, como
observado por Figueiredo et al. (2001) em estudo envolvendo alterações de
firmeza, pectinas e enzimas pectinolíticas durante o desenvolvimento e
maturação de pedúnculos de cajueiro anão precoce (Anacardium occidentaleL. Var.
nanum) CCP 76, onde observou-se uma redução da firmeza do pedúnculo e sua
estreita correlação com a atividade das enzimas pectinolíticas,
pectinametilesterase e poligalacturonase, visto que essas enzimas estão
relacionadas com o aumento do amaciamento dos pedúnculos. O genótipo BRS 265
apresenta valores de firmeza superiores aos demais clones avaliados, chegando a
resistir no estádio final de maturação uma pressão equivalente a 14,48 N, valor
superior ao apresentado por Abreu (2007) em frutos no mesmo estádio de
maturação que foi de 11,47 N. Essa superioridade evidencia que os frutos desse
clone, provavelmente, tenham vida útil pós-colheita superior aos demais clones
avaliados. Pereira et al. (2005) encontrou para o clone CCP 76 valores de
firmeza para a parte central do pedúnculo 16,95 N, valor este superior aos de
todos os clones analisados neste estudo para o estádio de maturação comercial.
O CCP 09 atingiu no estádio de maturação final 7,77 N, superior ao encontrado
por Moura et al. (2001), trabalhando com nove clones no estádio de maturação
comercial que foi de 7,42 N, e inferior ao relatado por Pereira et al. (2005)
que foi de 8,42 N para a parte central do pedúnculo no estádio de maturação
comercial.
Conclusões
1. O clone CCP 76 destacou-se por possuir os melhores parâmetros físicos, à
exceção da firmeza dos pedúnculos, portanto sendo indicado para o consumo e
comercialização in natura;
2. O clone BRS 265 apresentou a maior firmeza dos pedúnculos durante todo o seu
desenvolvimento, com destaque para o estádio de maturação comercial,
possivelmente, com vida útil pós-colheita superior aos demais clones;
3. O estádio de maturação comercial (estádio 7), apresentou os melhores
resultados em todas as variáveis analisadas para todos os genótipos avaliados,
sendo portanto, considerado ideal para o consumo e comercialização dos
pedúnculos.
Agradecimentos
À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(FUNCAP), pela concessão da bolsa de estudo, à Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa Agroindústria Tropical) e ao Instituto Nacional de Frutos
Tropicais (INFT) pelo suporte financeiro dado à pesquisa.