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BrBRCVHe0034-71672003000500021

BrBRCVHe0034-71672003000500021

variedadeBr
Country of publicationBR
colégioLife Sciences
Great areaHealth Sciences
ISSN0034-7167
ano2003
Issue0005
Article number00021

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O exercício de liberdade e autonomia na academia: uma prática pedagógica no estágio curricular supervisionado O exercício de liberdade e autonomia na academia - uma prática pedagógica no estágio curricular supervisionado

An exercise of freedom and autonomy at the academy - a pedagogic practice at the professional training stage

El ejercicio de la Iibertad y autonomia en la academia - una acción pedagógica en la actividad de práctica profesional

Ilca L. Keller Alonso Professora Adjunta do Dpto. de Enfermagem da UFSC, Coordenadora da Disciplina Enfermagem Assistencial Aplicada do Curso de Graduação em Enfermagem da UFSC, Doutoranda em Enfermagem/Programa de Pós Graduação em Enfermagem/UFSC. E-mail: ilcap@nfr.ufsc.br

1 Considerações iniciais Este texto foi idealizado com a finalidade de contribuir para uma reflexão sobre a importância do estágio curricular supervisionado, a partir de uma experiência que vem se mostrando significativa para os atores nela envolvidos e, também, no âmbito assistencial da enfermagem. Acreditamos poder contribuir com as discussões que se fazem necessárias para as re-construções de estratégias e formas desta atividade no espaço curricular, com a implementação das novas diretrizes curriculares, em que este estágio, como uma atividade obrigatória, correspondendo a 20% da carga horária total do curso, passa a ter uma importância ainda mais significativa na construção do perfil profissional do aluno.

Trata-se de uma experiência acadêmica que é fruto de uma reformulação curricular implantada no Curso de Graduação em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Catarina, cuja discussão foi iniciada nos anos 70, implantada na década de 80, discutida e aperfeiçoada continuamente ao longo de seu desenvolvimento. Por outro lado ela atende uma normatização de inclusão do Estágio Curricular Supervisionado nos cursos de graduação em enfermagem, sob forma da Lei de n.o 6.494, de 07/12/77, e do Decreto Lei n.o 87.497, de 18/08/ 82, não estando, ainda, formatada segundo a orientação da Resolução CNE/CES n.o 3 de 07/11/2001 que institui as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. A nova proposta está na pauta de discussões sobre as reformulações curriculares neste Curso, com o intuito promover as adaptações previstas por lei.

O Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC) é desenvolvido, atualmente, ao longo de oito semestres acadêmicos, sendo que na última fase do curso é desenvolvida a disciplina de Enfermagem Assistencial Aplicada em que ocorre o Estágio Curricular Supervisionado.

Para realizar este estágio, o aluno desenvolve um projeto assistencial em que planeja, executa e avalia a assistência de enfermagem. Para isto, ele escolhe a área temática do seu projeto, o local de desenvolvimento do trabalho, o referencial teórico que fundamentará o seu trabalho, o professor orientador e o supervisor de estágio.

Os projetos assistenciais são implementados em grupo, de no máximo quatro alunos, em diferentes instituições conveniadas com a Universidade Federal de Santa Catarina, na cidade de Florianópolis ou em âmbito estadual, nacional e internacional. Ao longo desta caminhada alçamos vôos bastante frutíferos, entre os quais destacam-se alianças significativas que foram estabelecidas com instituições em nível nacional e internacional, através do trabalho de nossos alunos em campos de estágio em outros estados e também em outros países.

A carga horária desta disciplina corresponde a 306 horas e é desenvolvida em três momentos didáticos específicos, quer sejam: a elaboração de um projeto assistencial, a implementação da prática e a elaboração escrita e apresentação pública do relatório final, que se configura no trabalho de conclusão de curso.

A grande maioria dos trabalhos desenvolvidos nesta disciplina, apresenta construções teórico-metodológicos fundamentadas nas teorias de enfermagem; no entanto referenciais de outras disciplinas têm sido utilizados para subsidiar a assistência, principalmente na área da educação em saúde. Os projetos desenvolvidos pelos alunos têm revelado uma grande diversidade nas áreas temáticas, fundamentados em uma rica variedade de linhas teórico! metodológicas, implementados tanto em nível intra quanto extra hospitalar(1).

Durante a execução da prática assistencial o aluno tem a supervisão direta do enfermeiro que atua na instituição onde é desenvolvido o estágio, sob a orientação de um professor! enfermeiro do Departamento de Enfermagem ou Saúde Pública da UFSC.

A proposta metodológica desenvolvida nesta disciplina, voltada ao compromisso, à responsabilidade, ao envolvimento, ao aprofundamento teórico-prático do aluno com o seu projeto assistencial, tem se revelado especialmente importante no sentido de oportunizar aos acadêmicos uma vivência muito próxima com o papel profissional do enfermeiro no campo da prática. No confronto com a realidade do mercado de trabalho da enfermagem eles têm a liberdade de propor, expressar e implementar idéias que possam melhor qualificar esta prática profissional.

2 O significado de um espaço de auto-determinação para os alunos A tarefa de decidir, escolher, optar, assumir, implementar e avaliar as sua próprias idéias e atitudes em um projeto assistencial, parece algo complexo e, ao mesmo tempo, gratificante e muito significativo para os acadêmicos desta disciplina.

O processo de decisões e escolhas do aluno sobre temática, campo de estágio e orientador inicia-se no decorrer da sétima fase deste Curso, ou seja no semestre anterior. Ao optar por uma determinada área temática, o próprio aluno deve tomar a iniciativa de procurar os prováveis professores orientadores e acordar a orientação dos projetos, conhecer e realizar um contato pessoal com os possíveis campos de estágio, prováveis supervisores e também com os dirigentes das instituições no intuito de apresentar uma proposta de trabalho e, também, negociar as possibilidade de estágio. Cabe, igualmente ao aluno, conjeturar os agrupamentos com os colegas para a composição do seu grupo de trabalho. Assim, as primeiras iniciativas ou os primeiros passos para a resolução dos problemas, quer na esfera técnica ou administrativa, cabe ao aluno. No decorrer da disciplina o acadêmico é estimulado a apresentar o seu trabalho em eventos científicos, promover seminários ligados a área temática em estudo, participar de cursos que propiciem o aprofundamento teórico do assunto em questão e visitar outras instituições que realizam trabalhos de natureza similar em outros centros em nível local, estadual e nacional. Todo esse processo é acompanhado e orientado, passo a passo, pela coordenadora da disciplina; apontando possibilidades, facilitando a ponte entre professores orientadores e alunos, instituições e alunos, discutindo idéias, informando sobre toda a ordem normativa!regulamentar destas atividades, reconduzindo os encaminhamentos quando necessário, assumindo a oficialização do processo junto as instituições e a representação oficial da disciplina em situações que requerem um posicionamento institucional. Enquanto coordenação, monitorando cuidadosamente todo o processo, consideramos essencial estar com o aluno, todavia, sem interferir nas suas escolhas, decisões e iniciativas, de forma que as buscas iniciais, as primeiras tentativas e os primeiros passos sempre caibam a ele.

Compreendemos que este tipo de estratégia, em que se oportuniza ao aluno um espaço de auto-determinação, com todo um respaldo técnico-administrativo que acompanha e sustenta as suas decisões, é determinante para o amadurecimento de uma postura acadêmico-profissional no mundo do trabalho da enfermagem. O fato de assumir a condução do processo fortalece o compromisso e a responsabilidade do aluno com a assistência proposta no seu projeto e também com a qualidade da aSSistência, de uma maneira mais geral, em nível institucional.

Nas avaliações desta disciplina e também nos resultados dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, determinados aspectos têm se revelado bastante significativos para o sucesso do seu desenvolvimento acadêmico- profissional. O exercício da liberdade e da autonomia, envolvendo a responsabilidade e o compromisso do aluno com as suas próprias decisões e atitudes, desenvolvem a sua auto­determinação e auto-confiança e lhe conferem segurança para agir, de uma maneira muito próxima, ao papel do enfermeiro na arena da prática profissional.

Na visão da pedagogia emancipatória, compreendemos a autonomia como algo que se conquista e se constrói em meio às relações humanas. Isto requer, primordialmente, a construção de novas relações entre professor e aluno, oposta mente a relações autoritárias e centralizadoras. Neste olhar, as diferenças e as parcerias conduzem à criação do novo e a participação no processo de tomada de decisões é um ponto fundamental(2).

Esta oportunidade acadêmica tem, para o aluno, um forte impacto na percepção da realidade profissional da enfermagem, envolvendo a assistência na sua dimensão teórico-filosófica, ética, política e administrativa. No dizer destes, significa a experiência de caminhar sobre as próprias pernas, um ensaio geral para vida profissional e também uma experiência de vida.

O confronto direto do aluno com a prática de enfermagem, a partir de uma visão assistencial multidimensional, favorece a sua maturidade acadêmico- profissional. Ao enfrentar os desafios desta prática, o acadêmico sente-se estimulado a buscar o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos, para sugerir redimensionamentos e inovações na arte de cuidar. A inserção crítica, criativa e competente do aluno no ambiente da enfermagem exige, deste, um posicionamento profissional frente as questões da enfermagem e do sistema de assistência à saúde e, por outro lado, possibilita-lhe a ocupação de um espaço significativo no mundo de trabalho da enfermagem.

O exercício de abstrair os fenômenos da prática, no processo de refletir, conceituar e definir os elementos que compõem a assistência, estimula e impulsiona o aluno a refletir cientificamente a respeito do "fazer". Para isto necessita realizar revisões teóricas, buscar experiências na área, criar, imaginar, refletir sobre a sua própria visão de mundo, reformulando ou propondo novos caminhos. Durante a construção e implementação do projeto assistencial e, também, no desenvolvimento do relatório final o aluno tem a oportunidade de desenvolver a relação entre o pensamento e a ação, à medida que é estimulado, continuamente, a problematizar a realidade da prática. O exercício de construir, sustentar e divulgar as suas idéias e ações prepara o acadêmico para atuar, com maior competência, no mundo científico da enfermagem. A competência profissional está justamente no processo de saber pensar, fazer e refazer a profissão. Atualmente o processo de profissionalização e a própria qualidade da profissão estão muito mais voltados a uma constante renovação do que na acumulação e repetição de práticas rotineiras(3).

Assim, me refiro à complexidade que existe no processo de mediação entre a construção teórica e a intervenção na prática, ou seja entre o pensamento e a ação e explica que o contato com a realidade profissional requer que se analise o que acontece, além do que é preciso lançar um olhar crítico, tomar uma posição e decidir por um determinado caminho para intervir. Isto desencadeia projetos de ação e a construção de soluções(4). A maneira como este processo é conduzido é que determina a relação que os profissionais estabelecem entre o pensar e o fazer. Neste sentido ao colocar o aluno em confronto direto com a realidade e, diante dela estimulá-Io a fazer uma combinação das demandas da prática assistencial da enfermagem com as requisições e disponibilidades teóricas, estar-se-á trabalhando realmente um problema teórico da prática, ou seja, problematizando a realidade.

A construção do saber profissional, voltado à intervenção, envolve um olhar crítico, a construção de um novo saber e uma nova síntese entre o saber e fazer, ou seja o exercício de trazer a prática para a teoria, aplicando-lhe o choque da crítica.Isto faz com que a prática se renove e, através da realimentação teórica, retome à prática com um novo dimensionamento(3,4).

Por outro lado, o exercício de problematização da prática também vem exigindo uma nova relação entre professores e alunos, em que a realidade passa a não ser mais escamoteada pelos docentes, que passam a visualizá-Ia no coletivo, junto com os alunos, com o intuito de poder atuar junto dela(5).

3 O reflexo desta experiência no âmbito da assistência de enfermagem O desenvolvimento desta experiência acadêmica tem se revelado como uma proposta inovadora na sua condução didático pedagógica, pela própria abertura com que são acolhidas novas idéias, propostas e formas de assistir em enfermagem. A possibilidade de auto-determinação discente, a impulsividade criativa e competente dos alunos, professores orientadores e supervisores geraram novas formas de assistir e a conquista de novos espaços para a enfermagem. O desenvolvimento das propostas assistenciais dos alunos na realidade da prática da enfermagem tem estimulado a revisão, ampliação e inovação de métodos tradicionais da assistência nas instituições de saúde. Estudo sobre a contribuição do estágio curricular supervisionado na prática e nos estilos de pensamento da enfermagem, nos diz que este tipo de atividade acadêmica em si, não representa somente um evento experimental, mas sim, as reais possibilidade de mudanças no âmbito do pensar e fazer enfermagem, ao possibilitar a abertura para as inovações(6). Este tipo de experiência vem contribuindo significativamente para uma mudança de comportamento tanto dos profissionais recém-formados, que vivenciaram esta experiência na academia, quanto para os enfermeiros do campo e também os próprios docentes que abraçaram, sensível e conscientemente esta nova proposta pedagógica(6). No entanto, mesmo propiciando condições para uma prática assistencial ampliada nos sistemas de Enfermagem, as mudanças propostas por estes projetos não têm, efetivamente, continuidade no cotidiano da prática profissional, o que nós também constatamos em nossa experiência(6). Assim, as mudanças permanecem ainda, circunscritas a este espaço acadêmico ou pré-profissional, uma vez que, esta proposta pedagógica não ultrapassa, ainda, o limite fronteiriço entre a academia e a realidade da prática profissional, para estabelecer-se em um novo estilo de pensamento dos profissionais da enfermagem. Ainda assim, acreditamos como Backes, que esta proposta pedagógica vem se configurando como uma estratégia viável de uma práxis transformadora.

A ampliação dos limites geográficos para a atuação dos alunos nesta disciplina, abriu canais importantes para o intercâmbio técnico-científico da enfermagem. A possibilidade de realizar os estágios em outras localidades, fora da cidade de Florianópolis, trouxe uma aproximação significativa deste Curso com outras instituições de ensino e de assistência. A presença de nossos alunos em estágio na Europa e em outros estados no país, mostrou-se valiosa em múltiplos sentidos. Neste particular cabe ressaltar a própria experiência de ensino envolvendo profissionais de outras realidades neste processo pedagógico, a vivência pessoal e acadêmico-profissional dos alunos junto a outras culturas e, também, os desafios docente­administrativos que envolvem este tipo de experiência. Da mesma forma, os projetos assistenciais desenvolvidos no local, abarcam uma grande diversidade de instituições e envolvem, a cada semestre, uma gama considerável de profissionais de enfermagem: em um cômputo mais geral, esta disciplina trabalha, semestralmente, com um número entre 50 a 60 profissionais entre, professores orienta dores, professores membros de bancas examinadoras e enfermeiros supervisores.

O contexto institucional e profissional que envolve o desenvolvimento desta disciplina, apesar da sua grande complexidade técnico-administrativa, tem se revelado extremamente valioso para o crescimento pessoal-profissional dos alunos. O envolvimento deste conjunto de pessoas em uma atividade de ensino aproxima, sobremaneira, a academia das instituições onde ocorre a prática profissional. Este encontro docente-assistencial oportuniza o compartilhar de certas responsabilidades no processo de formação dos enfermeiros. Sob um outro ângulo, acreditamos que a experiência da supervisão dos enfermeiros das instituições pode estar representando um incentivo ao aperfeiçoamento profissional destes em cursos de pós-graduação, uma vez que o papel do supervisor exige destes maior preparo teórico-metodológico e didático para viabilizar junto aos alunos, o diálogo entre teoria e prática. Pensamos que a incidência destes diferentes olhares sobre as propostas assistenciais dos alunos resulta em reflexões extremamente produtivas sobre a realidade assistencial na enfermagem.

Pela própria característica da sua dinâmica didático pedagógica esta disciplina exige do seu corpo docente um grande preparo teórico e didático, um constante exercício de reflexão no seu contínuo processo de re-construção.

4 Considerações finais A proposta pedagógica desenvolvida nesta experiência de ensino vem se revelando como uma prática inovadora na formação dos enfermeiros especialmente por representar um espaço de auto determinação para os alunos, com reflexos bastante positivos na sua produção acadêmica no decorrer do estágio curricular supervisionado.

Compreendemos que a liberdade e a autonomia são conquistadas, à medida que os alunos passam a integrar a rede de relações sociais no mundo da enfermagem.

Exercitando assim, passo-a-passo, dia-a-dia a capacidade de ser enfermeiro, os acadêmicos sentem-se fortalecidos para tomadas de decísões, posicionamentos pessoais/profissionais.

Por outro lado o estímulo à revisão, ampliação e inovação das formas tradicionais de assistir, alarga os horizontes da enfermagem e, muitas vezes, abre novos espaços de atuação para os profissionais enfermeiros. e, principalmente, para assumir a responsabilidade pela prática profissional de enfermagem.

A parceria no processo de construção e execução do projeto assistencial, envolvendo os alunos, orientadores, supervisores e membros das bancas examinadoras revela a riqueza da incidência de múltiplos olhares sobre a realidade da enfermagem, na busca de sua superação. seu significado e forma no conjunto Compreendemos que esta é uma proposta pedagógica em permanente processo de re- construção, a ser re-visitada criticamente a todo momento. Portanto, que se refletir, constantemente, sobre as relações que permeiam as interações entre os atores que compõem este contexto pedagógico. A conquista da autonomia dos acadêmicos se no conjunto destas relações, no exercício da impulsividade criativa, responsável e competente.

Uma proposta de ensino que pressupõe uma certa parceria entre a academia e as instituições de saúde na formação profissional dos enfermeiros apresenta-se, por vezes, bastante complexa e de difícil gerenciamento. A livre escolha do aluno com relação ao tema, campo de estágio, supervisor e orientador abre ínfimas possibilidades de buscas institucionais como campos de estágio. Este fato, que repercute como um grande avanço no desenvolvimento desta disciplina, abrindo fronteiras tanto para o meio acadêmico quanto para a própria enfermagem no entanto, também traz dificuldades das mais diversas ordens no campo das negociações institucionais, quer sejam políticas, filosóficas, administrativas, entre outras. Ainda assim, constatamos que a proposta pedagógica adotada nesta disciplina é alvo de olhares institucionais atentos e interessados, pela presença competente, determinada e criativa da maioria destes acadêmicos nas suas mais diversas unidades, buscando renovar, inovar ou ampliar a maneira de assistir em enfermagem.


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