Editorial
Editorial
Este é o primeiro número desta Revista publicado sob a responsabilidade dos
novos Órgãos Sociais da SCAP, resultantes da eleição realizada no dia 24 de
Março passado, que registou uma participação significativa dos nossos sócios, a
quem queremos saudar vivamente neste início de mandato.
Tal como anunciámos no nosso programa de candidatura, consideramos que o
trabalho desenvolvido pela anterior Direcção, foi muito positivo na recuperação
da SCAP, conseguindo inverter a tendência de declínio e de depauperamento
financeiro que há quatro anos atrás parecia irreversível. Todavia, e apesar da
conjuntura muito difícil que o país atravessa e da desmobilização generalizada
da sociedade civil, estamos convictos que, com muito esforço, empenhamento e
criatividade, será possível atingir novas metas, e projectar uma nova imagem,
através da realização de iniciativas variadas: de promoção e divulgação do
conhecimento científico e tecnológico junto das instituições, empresas e
sectores profissionais mais dinâmicos e da comunidade técnico-científica em
geral.
Neste contexto, a Revista de Ciências Agrárias, deverá afirmar-se cada vez
mais, como veículo privilegiado para atingir este desiderato e, como pólo
aglutinador e multifuncional, que importa valorizar e defender, atendendo a que
nas circunstâncias actuais é hoje a única publicação generalista existente no
nosso país, no âmbito das Ciências Agrárias, constituindo por isso um
Património inestimável e estratégico para o futuro da nossa Sociedade.
Neste sentido e tendo em conta a visibilidade, mas também a responsabilidade
que a nossa entrada na Plataforma SciELO, há cerca de três anos lhe trouxe,
vamos continuar a dar passos seguros em termos de rigor e exigência, no que
concerne aos conteúdos, grafismo e diversificação, para que a sua evolução se
faça sem sobressaltos.
A sua internacionalização, o aprofundar da nossa colaboração com os PALOP e a
valorização da Secção Notícias, com conteúdos actuais e apelativos, são
prioridades imediatas que estão no nosso horizonte, e que queremos concretizar.
Mas o nosso programa não se esgota nesta Revista, e por isso no âmbito das
iniciativas que já estão em marcha, queremos destacar a realização em Novembro
de dois Simpósios: "Fertilização e Ambiente" no Ribatejo e o "Castanheiro ' Uma
Espécie a Defender", em Trancoso. Em qualquer destes eventos, vamos ter a
colaboração e o envolvimento de: associações de agricultores, organizações de
produtores, cooperativas e instituições locais interessadas no progresso da
nossa agricultura. A SCAP vai, finalmente, quebrar as barreiras de um certo
isolamento e imobilismo, e partir para o terreno, ao encontro do "país real",
numa altura em que a nossa agricultura tem que renascer como alternativa
estratégica, imprescindível para ajudar a combater a crise.
As visitas técnicas e temáticas são outra vertente que vai ser relançada, para
dar a conhecer alguns dos projectos empresariais mais inovadores do nosso
sector, mas que terão também uma componente lúdica e de convívio. Nesta
perspectiva, brevemente serão anunciadas três iniciativas nas seguintes áreas:
Olivicultura, Viticultura e Alqueva. Vamos também prosseguir com as
Conferências-Debate bimestrais, sobre temas de grande interesse e actualidade,
que nalguns casos serão deslocalizadas, como acontecerá com a Investigação
Agrária em Portugal, que terá lugar no ISA, em finais de Novembro. Neste
âmbito, queremos também dar voz às melhores teses de doutoramento e
eventualmente mestrados a nível nacional, cujos autores aceitem o nosso
convite.
Com uma média etária muito elevada, a entrada de novos sócios é vital e
indispensável para garantir a nossa viabilidade e sustentabilidade no futuro, e
nesse sentido a campanha de angariação de novos sócios, em que todos se devem
empenhar, vai ser um processo permanente e contínuo, que contará com alguns
incentivos para os novos aderentes. Assim, todos os que se inscreverem no ano
em curso ficarão isentos do pagamento da primeira quota.
A SCAP tem, neste momento, uma equipa empenhada, dinâmica e criativa, com um
programa ambicioso para realizar, mas o sucesso da nossa acção dependerá muito
da adesão, participação e mobilização dos nossos associados - por isso contamos
com o seu apoio para vencer este desafio!
Saudações cordiais
PS: Agradecemos a todos os novos membros dos órgãos redactoriais desta Revista,
que aceitaram o nosso convite e muito em particular ao Presidente do Conselho
Científico, Prof. Joaquim Quelhas dos Santos ' Bem hajam!