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EuPTCVHe0872-81782010000500011

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variedadeEu
ano2010
fonteScielo

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História natural dos tumores mesenquimatosos História natural dos tumores mesenquimatosos Natural history of mesenchymal tumors

Hermano Santos, F. Castro-Poças, Paula Lago, Teresa Moreira, Jorge Areias

Agradecemos o interesse e os comentários, da Dr.ª Helena Lomba Viana e do Prof.

Doutor António Alberto Santos, ao nosso artigo, recentemente publicado, História natural dos tumores mesenquimatosos do tubo digestivo superior e ecoendoscopia. Efectivamente a decisão terapêutica em muitos doentes com tumores mesenquimatosos digestivos continua difícil e controversa. Entre os vários motivos que são apontados, está o relativo desconhecimento da história natural destas lesões. O trabalho publicado teve apenas como objectivo ajudar a definir essa evolução, servindo-nos para isso, da análise retrospectiva do seguimento por ecoendoscopia de 82 doentes. Concluímos, à semelhança doutros trabalhos recentes, que apenas uma minoria dos tumores sem clara indicação cirúrgica no momento do diagnóstico altera  as suas características ecoendoscópicas ao longo do tempo1-4.

Além disso, concordamos que a avaliação de algumas dessas características, tais como a dimensão ou a heterogeneidade, é subjectiva. Por outro lado, ainda, tal como no trabalho de Bruno e colaboradores2, também na nossa série nenhum dos quatro doentes operados apresentava lesões de alto risco de malignidade.

A pergunta seguinte deverá ser: qual o significado clínico da alteração das características ecoendoscópicas que têm sustentado grande parte das decisões de vigilância / exérese destas pequenas lesões?. A resposta é, no presente, outro motivo de controvérsia. Para Jenssen e colaboradores, lesões com aumento de dimensão e alterações ecoestruturais deverão ser consideradas para cirurgia5.

Outros autores nomeiam a dimensão maior, a heterogeneidade e a irregularidade dos contornos como factores associados a malignidade6-8.

Naturalmente que as decisões terão de ser consideradas individualmente e de atender a muitos outros aspectos, mas, apesar de todas as dúvidas e limitações da ecoendoscopia e da punção / biópsia, concordamos com o Prof. Doutor José Manuel Pontes quando escreve, no editorial do número anterior do GE, enquanto não for clarificado o papel da imunohistoquímica e da análise molecular / genética nas amostras obtidas por punção na determinação do potencial maligno dos GIST, a decisão continuará a depender das características morfológicas avaliadas por EUS.


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