A Revista Portuguesa de Clínica Geral mudou de nome para Revista Portuguesa de
Medicina Geral e Familiar
EDITORIAL
A Revista Portuguesa de Clínica Geral mudou de nome para Revista Portuguesa de
Medicina Geral e Familiar
Raquel Braga*
*Directora da Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Endereço_para_correspondência | Dirección_para_correspondencia | Correspondence
Depois da mudança do nome da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral
para Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar1 é agora a vez de a
Revista Portuguesa de Clínica Geral mudar o nome para Revista Portuguesa de
Medicina Geral e Familiar. A sua designação abreviada passa a ser Rev Port Med
Geral Fam e a designação em inglês Portuguese Journal of General Practice and
Family Medicine.
Queremos assinalar a entrada em 2012 com esta mudança na primeira edição do
ano, mas, apesar do regozijo com que assumimos a nova denominação, não podemos
deixar de recear a confusão e estranheza que esta alteração possa causar aos
nossos leitores, sobretudo aos menos assíduos.
Para que não restem dúvidas, a Revista é a mesma, bem como os seus objectivos,
a sua missão e o seu Corpo Editorial. Só muda o nome, para outro que se espera
mais adequado à maioria dos leitores, à especialidade na qual se enquadra e na
qual se revê.
Continuaremos o nosso trabalho com entusiasmo, procurando publicar artigos de
qualidade, incentivando sobretudo os originais que expressem a actividade em
investigação na Medicina Geral e Familiar Portuguesa e publicando quer em
português, quer nas outras duas línguas oficiais da Revista, o castelhano e o
inglês. Estamos convictos de que a nossa Revista será tanto mais portuguesa
quanto mais lida e citada for no panorama nacional, mas também internacional. A
seu tempo, sosseguem os leitores que temem a perda da identidade lusa pela
publicação em outras línguas, procuraremos garantir a possibilidade da
publicação simultânea em português dos artigos publicados nas outras línguas
oficiais da Revista.
Ao longo do ano de 2011, registou-se um ritmo de submissão de artigos crescente
(97 artigos novos), que originou um número de 106 artigos em gestão. Dos
artigos em gestão, 37 foram aceites para publicação, tendo a taxa de recusa
alcançado os 65 %, havendo ainda 26 artigos desse ano em processo editorial.
Para a revisão destes artigos contámos com a preciosa colaboração de dezenas de
colegas que, amavelmente e de forma generosa, nos ofereceram o seu precioso
tempo, saber e perícia, contribuindo, por vezes enormemente, para a melhoria da
qualidade dos artigos que publicámos. Da mesma maneira, o seu trabalho
contribuiu para a rejeição de uma parte dos artigos submetidos, num formato que
esperamos ter sido entendido pelos autores como didáctico e construtivo.
A estes colegas revisores2 que, como os editores, trabalham na sombra, não
vendo o seu nome associado aos artigos que por vezes tanto ajudam a melhorar,
não podemos deixar de transmitir o nosso muito obrigado, publicando neste
número, com o respectivo agradecimento, a lista dos seus nomes para, pelo menos
uma vez, os isentarmos do anonimato.
Aproveitamos também para agradecer a todos os autores que têm a persistência e
a coragem de submeter artigos, sem desmoralizarem perante uma recusa ou um
pedido de alteração e também àqueles que, atravessando o difícil processo de
revisão, aceitam com empenho e entusiasmo as sugestões de melhoria aos seus
manuscritos...
Neste número não podemos deixar também de agradecer a colaboração do Prof.
Michael Kidd, presidente eleito da WONCA, que aceitou o convite para escrever
um Editorial acerca da importância dos relatos de casos clínicos. Este tipo de
artigo, que muito nos auxilia na nossa prática clínica diária e cuja publicação
temos vindo a incentivar, quer na forma de relato de caso, quer em formato de
artigo breve, constitui um importante contributo para o aumento do corpo do
conhecimento em Medicina, como o próprio Prof. Kidd refere.3
Resta desejar que esta Revista, agora com outro nome, seja cada vez mais forte
na sua identidade e que aqueles que a acarinham e conhecem ajudem a reforçar o
valor deste novo nome e a fazer a ponte entre o passado e o futuro.