Apresentação
Apresentação
A Análise Social nasceu como uma revista do Gabinete de Investigações Sociais/
Instituto de Ciências Sociais vincadamente aberta ao exterior. Essa
característica crucial da revista traduziu-se inicialmente na participação de
um elevado número de autores das mais variadas instituições do país e
crescentemente do estrangeiro. Em seguida, esta abertura exprimiu-se na
colaboração de referees externos, que hoje são a larga maioria. Mais
recentemente, a revista abriu-se novamente ao ser criado um conselho consultivo
formado por professores e investigadores de craveira internacional. A partir do
presente número chegou a vez de o conselho de redacção passar a contar com a
colaboração de três membros externos ao Instituto de Ciências Sociais. São eles
Álvaro Ferreira da Silva, historiador, da Faculdade de Economia da Universidade
Nova de Lisboa, Cristina Leston-Bandeira, politóloga, da Universidade de Hull,
e Nélia Dias, antropóloga, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da
Empresa, a quem se junta Filipe Carreira da Silva, sociólogo, do Instituto de
Ciências Sociais.
Ao abrir-se à colaboração externa de autores, referees, consultores e agora
membros do conselho de redacção, a revista traz para as suas páginas uma maior
concorrência de experiências e saberes. Essa concorrência é fundamental para
assegurar a crescente qualidade dos artigos que se publicam. Faltará dar ainda
um outro passo que é o de abrir a Análise Social à publicação de artigos em
inglês. Por aquilo que sabemos quanto aos manuscritos que temos em carteira,
esse novo passo poderá ser dado ainda este ano ou em 2009.
O conselho de redacção que agora inicia as suas funções recebeu uma herança
excepcional da equipa anterior, dirigida por José Machado Pais e composta por
Fátima Bonifácio, Karin Wall, Luís Salgado de Matos e Paulo Granjo, a quem cabe
aqui deixar um profundo agradecimento. Por causa da
herança recebida, as taxas de rejeição de artigos previstas para os próximos
anos aproximam-se dos padrões de revistas internacionais de topo com sistema de
referee, o que constitui outro elemento crucial na aposta de qualidade.
Uma elevada taxa de rejeição dos manuscritos propostos não deve desanimar os
investigadores que pensam em publicar connosco, uma vez que estamos,
obviamente, interessados em dar resposta positiva a trabalhos resultantes de
investigação aprofundada, bem documentada, bem estruturada e inovadora,
particularmente vinda de jovens investigadores. Os tempos de publicação poderão
ser longos, mas em breve os artigos aceites serão publicados previamente na
Internet, em versão definitiva. O conselho de redacção está também empenhado em
colocar a Análise Social nos principais índices científicos internacionais.
A Análise Socialfoi nos últimos anos um espaço privilegiado para a recensão de
livros. A dinâmica atingida nessa área deveu-se ao enorme trabalho da Maria
Goretti Matias, que conseguiu transformar a secção das recensões num dos pontos
fortes da revista. Cabe deixar aqui uma palavra de agradecimento também a esse
trabalho.
Para prosseguirmos o trabalho herdado e o melhorarmos no futuro dependemos,
acima de tudo, da iniciativa dos investigadores que decidem enviar-nos os seus
artigos e dos referees que nos ajudam na respectiva avaliação científica.
Esperamos poder continuar a contar com essa colaboração activa.
Pedro Lains