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EuPTHUHu0870-82312005000100001

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variedadeEu
Country of publicationPT
colégioHumanities
Great areaHuman Sciences
ISSN0870-8231
ano2005
Issue0001
Article number00001

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Nota de Abertura Nota de Abertura APsicologia do Tráfego, reunindo múltiplos saberes sobre um tema tão vasto como complexo, acaba naturalmente por ganhar na actualidade uma importância dramatizada e de particular sensibilidade.

As consequências drásticas em vidas humanas, os gastos no campo da saúde e os investimentos mundiais no sector rodoviário justificam sempre a procura de reunir conhecimentos, independentemente das especificidades dos mesmos.

A Ciência Psicológica, à semelhança de outros disciplinas, tem desde largas décadas abordado questões deste domínio, onde investigadores do âmbito da psicologia social ou da psicologia experimental, da psicologia criminal e da psicologia clínica, ou ainda da psicofisiologia têm oferecido contributos importantes.

Entre nós escassos têm sido os esforços para fomentar e divulgar trabalhos científicos acerca da Psicologia do Tráfego. Em 1995, a revistaAnálise Psicológica(n.º 3, série XIII) dedicou um importante número a esta temática, no qual nomes notáveis da ciência, nacionais e estrangeiros, deram a conhecer problemas fundamentais da investigação e da intervenção da Psicologia do Tráfego. Ao longo dessa década, os Professores Doutores António Barros, Jorge Santos e Manuel Matos salientaram-se, no panorama português, pelo rigor dos seus trabalhos.

Pretendemos agora dar expressão a um conjunto de artigos científicos que delimitam o seu tema central numa dimensão particular da Psicologia do Tráfego, a saber os comportamentos de risco realizados no âmbito da tarefa de condução.

Conjugando interesses e conhecimentos tradicionalmente abordados na psicologia clínica, os textos agora editados abordam comportamentos e atitudes, aspectos simbólicos, reacções humanas de exposição gratuita ao risco e sua prevenção, assumindo aspectos vastos mas determinantes da natureza consciente e inconsciente do Ser-Humano. É por esta razão que adoptámos como título deste número especial deAnálise Psicológicaa designação de" Comportamentos de risco e tarefa de condução", e por sabermos que a profundidade subjacente aos conhecimentos analisados nestes estudos, que exibem na generalidade uma surpreendente e louvável reflexão, se enquadram talvez num campo muito particular da Psicologia do Tráfego. Reflexo, acreditamos nós, do progresso e desenvolvimento científico que procuramos expandir.

Existem tarefas e objectos na vida do Ser-Humano que adquirem ao longo do seu desenvolvimento uma tal dimensão que fora do seu contexto histórico e temporal se tornam difíceis de compreender. Certamente que o automóvel e a tarefa de condução se tornaram inequivocamente um dos melhores exemplos desses fenómenos.

Procurar compreender a forma como este objecto é vivido e agido na vida humana é porventura o propósito que move todos os autores apresentados nesta edição.

O presente número serve como complemento de objectivos vastos, que têm resultado na reunião de esforços entre linhas de investigação em Psicologia Clínica doInstituto Superior de Psicologia Aplicadae de uma vasta equipa de profissionais da Prevenção Rodoviária Portuguesa.

Na sua base encontra-se a realização em Outubro de 2003 dasII Jornadas da Psicologia do Tráfego, onde múltiplos especialistas debateram problemáticas decorrentes deste tema mais abrangente. O estudo de comportamentos de risco na condução, a sua avaliação psicológica e a prevenção primária e secundária com populações de adolescentes e adultos transgressores são algumas das delimitações possíveis no enquadramento dos artigos agora propostos.

Enquanto organizadores sentimo-nos particularmente agradados com a edição deste número especial deAnálise Psicológica. Primeiro, porque ele nos parece dar, num primeiro plano, expressão bem visível a trabalhos que, conjugando investigação e intervenção clínica, se encontram numa fase de maturidade relevante; depois, por acreditarmos que ele pode vir a ser um contributo estimulante para o desenvolvimento científico.

RUI ARAGÃO OLIVEIRA


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