Aspectos negativos no modelo de reporte proposto pela GRI: a opinião das
organizações que reportam
1. INTRODUÇÃO
A prática de divulgar informações relacionadas à sustentabilidade é bastante
comum em diversas empresas, e considerável parte delas, por exemplo, possui em
seus sites áreas exclusivas com a denominação "sustentabilidade", para a
divulgação de práticas ligadas à gestão da relação entre a empresa e a
sociedade (Baumgartner_&_Ebner,_2010 ; Campos,_Sehnem,_Oliveira,_Rossetto,
Coelho,_&_Dalfovo,_2013). Porém, há menos de três décadas, esse termo não
era nada conhecido e tanto a realização como a divulgação dessas práticas não
faziam parte das estratégias principais da maioria das companhias (Elkington,
2001).
O objetivo deste trabalho é identificar aspectos negativos do modelo de
relatório corporativo para a divulgação das práticas de sustentabilidade
proposto pela Global Reporting Initiative (GRI), uma instituição não
governamental criada em 1997, que incentiva empresas do mundo todo a medirem e
divulgarem suas práticas de sustentabilidade por meio da proposição de modelos
e indicadores e do fornecimento de uma abordagem sistemática para as empresas
reportarem seu desempenho nas dimensões social, ambiental e econômica (Yadava
&_Sinha,_2015).
Apesar de a prática de divulgar relatórios de sustentabilidade estar, de certa
forma, difundida, os modelos para a criação desses documentos precisam ser
constantemente desenvolvidos e melhorados. Um exemplo é o próprio modelo
proposto pela GRI, foco deste trabalho, o qual, após várias reedições, está na
versão 4.1. Além disso, a literatura apresenta diversas críticas, como a de
Morhardt_(2009), que, ao analisar as maiores empresas de seis grandes setores
da economia, segundo a classificação Fortune Global 500 Sectors, totalizando
uma amostra de 100 empresas, verificou que 75% das empresas na amostra adotaram
esse relatório como meio de divulgar o seu desempenho em sustentabilidade;
embora, ao analisar especificamente o conjunto de indicadores Direitos Humanos,
concluiu que muitas delas não disponibilizaram todas as informações requeridas,
sendo um dos motivos o alto custo para sua obtenção, por serem difíceis de
medir e sem grande utilidade para a empresa.
Também Isaksson_e_Steimle_(2009), analisando os cinco maiores produtores de
cimento do mundo, a partir de diversas teorias de sustentabilidade corporativa
(ecoeficiência, triple-bottom-line, the natural step e stakeholder value),
concluíram que o relatório GRI não é suficiente para comprovar o quão
sustentável uma empresa é, pelo menos nesse segmento; apesar de destacarem o
fato de que o GRI é o principal e mais utilizado guia para a criação de
relatórios de sustentabilidade.
Diante desse cenário, mais pesquisas com o objetivo de analisar o modelo GRI
para relatórios de sustentabilidade são necessárias, já que é por meio delas
que pontos a melhorar são identificados e divulgados. O diferencial deste
trabalho é a proposta de analisar o modelo proposto pela GRI com base na visão
das próprias empresas emissoras de relatórios, diferente de diversos trabalhos
que buscam entre outros temas: identificar a importância do relatório para
diversos stakeholders (Moseñe,_Burritt,_Sanagustín,_Moneva_&_Tingey-
Holyoak,_2013), medir os ganhos da empresa (Berthelot,_Coulmont,_&_Serret,
2012) e analisar o tipo de informação divulgada (Samuel,_Agamuthu,_&
Hashim,_2013).
Além disso, poucos trabalhos utilizaram dados primários no estudo dos
relatórios GRI (Brown,_De_Jong,_&_Levy,_2009 ; Futerra_SustainAbility
Communications,_KPMG,_&_Sustain-_Ability,_2010), sendo a maior parte dos
estudos baseada na análise das relações entre as características das
organizações (tamanho, setor, rentabilidade, país de origem) e as informações
que divulgavam (quantidade de indicadores reportados, nível de aplicação dos
relatórios, qualidade da informação divulgada). Foram encontrados apenas dois
trabalhos parecidos com o que se propõe aqui, ou seja, questionar a opinião das
próprias empresas: um deles promovido pela GRI por meio de instituições
parceiras (Futerra_SustainAbility_Communications_et_al.,_2010) e outro que
buscou verificar se as percepções da utilidade dos relatórios GRI são
diferentes entre os usuários dos relatórios e as empresas que os preparam (Lin,
Chang,_&_Chang,_2015). Questionar as próprias empresas é importante para
compreender por que elas relatam suas práticas de sustentabilidade, visto que o
reporte será bem sucedido apenas quando as empresas identificarem o atendimento
de suas necessidades. Ressalta-se que o reporte não é feito apenas para atender
às necessidades das empresas, já que seu objetivo seria empoderar os
stakeholders (Brown_et_al.,_2009); entretanto, compreender as necessidades de
ambos os lados é importante para um melhor processo de reporte.
Dessa forma, este estudo se destaca por analisar o caso brasileiro, já que
poucos trabalhos discutem a gestão para o desenvolvimento sustentável em países
emergentes (Gunasekaran,_Jabbour,_&_Jabbour,_2014), e ainda complementa o
trabalho de Vigneau, Humphreys e Monn (2014), ao investigar a relação entre o
modelo GRI e as práticas organizacionais.
2. RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE
Uma definição bastante simples dos relatórios de Responsabilidade Social
Corporativa, ou de Sustentabilidade (termo mais em uso atualmente), feita por
Gray, Owen e Adams (1996, apudDincer,_2011), diz respeito ao dever que as
empresas têm de prestar contas de atividades pelas quais são responsáveis.
Pesquisas recentes demonstram que até os acionistas minoritários estão
interessados nessas prestações de contas ambientais (incluindo-se também as
sociais), por exemplo, porque acreditam que as empresas devem se manter
responsáveis por qualquer impacto que venham a causar (De_Villiers_&_Van
Staden,_2006). Segundo Gray_(2001), em um mundo cada vez mais complexo e com
organizações mais poderosas, seria inevitável que grupos na sociedade se
tornariam ansiosos por uma prestação de contas para verificar se o poder
conseguido por essas organizações está acompanhado de suas respectivas
responsabilidades. Reynolds_e_Yuthas_(2007) argumentam que há um contrato
social entre a empresa e os stakeholders, como se eles fossem parte integrante
da empresa e que, por isso, possuiriam diversas demandas relacionadas ao
gerenciamento das organizações e ao processo de comunicação. Segundo Lozano_e
Huisingh_(2011), pode-se destacar, ainda, que os relatórios de sustentabilidade
são uma evolução consequente do envolvimento das empresas com as questões de
sustentabilidade, assim como outras ferramentas de suporte como avaliação do
ciclo de vida e sistema de gerenciamento ambiental.
É nítido que as empresas serão cada vez mais demandadas, por todos os
stakeholders, a prestar contas daquelas atividades que os afetam. Para diversos
autores, algumas empresas realmente já têm feito isso, mas sem a clareza e a
profundidade com que deveriam. Para Bouten,_Everaert,_Liedekerkeb,_Moor_&
Christiaens_(2011), um relatório suficientemente compreensivo deveria conter
três tipos de informação para cada item a ser reportado: visão e metas da
empresa; ações tomadas em relação à responsabilidade social empresarial; e
indicadores de desempenho. Dessa forma, evitar-se-ia que empresas publicassem,
por exemplo, suas metas como se fossem procedimentos já implantados. Hopwood_
(2009) afirma que as empresas parecem reportar muito mais suas intenções e
visões do que as atuais ações e performance.
3. RELATÓRIOS CONFORME MODELO GRI
Um dos modelos de publicação de relatórios mais divulgado e utilizado
atualmente é o proposto pela Global Report Initiative (GRI) - no caso
brasileiro, por exemplo, há outros modelos de relatórios, como o Balanço Social
do iBase e os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, mas esses não
possuem expressão internacional, razão pela qual não serão considerados nesta
pesquisa. Diversos trabalhos têm sido desenvolvidos analisando a adoção dos
relatórios GRI por empresas de todo o mundo (Brown_et_al.,_2009; Campos_et_al.,
2013; KPMG,_2013).
Brown_et_al._(2009), após uma extensiva análise documental dos arquivos da GRI
e da realização de entrevistas com diversos fundadores, membros e participantes
(empresas e stakeholders) da GRI, fizeram uma comparação entre a estratégia
inicial dos fundadores da GRI e os resultados obtidos nos anos de operação até
a data da pesquisa. Os autores apontaram que as estratégias iniciais eram:
mobilizar uma grande coalizão entre atores que ainda não tinham se imaginado
como membros de uma mesma rede política, com o objetivo de discutir sobre
práticas de sustentabilidade corporativa; criar um mecanismo para manter a
discussão ao longo do tempo e criar um senso de propriedade compartilhada sobre
as novas regras e práticas; e criar uma organização que serviria de
administradora das diretrizes propostas e do seu processo de evolução. Segundo
os autores, essas estratégias e as táticas empresariais adotadas pelos
fundadores da GRI surgiram de alguns pressupostos amplamente aceitos: um deles
era que a informação empodera e mobiliza atores sociais a demandar prestação de
contas e determinada performance das empresas, sendo um instrumento de
regulação civil privada; outro pressuposto era que a GRI serviria ao interesse
das organizações em atender às demandas do público por organizações socialmente
responsáveis e transparentes; e o último pressuposto apontado afirmava que a
parceria entre vários stakeholders era uma nova forma de governança
colaborativa para sustentabilidade.
Como resultado da análise proposta, Brown_et_al._(2009) apontam que a
contribuição da GRI no fortalecimento de novas abordagens de governança,
baseadas na regulação civil privada e na ampla colaboração entre diversos
stakeholders, não é tão evidente. Segundo os autores, a GRI tinha duas lógicas
institucionais: a lógica de regulação civil, que enxerga o reporte social como
uma forma de empoderamento da sociedade civil, e a lógica da performance social
corporativa, que enfatiza o seu valor instrumental para o gerenciamento
corporativo, para a comunidade de investidores e para as firmas de auditoria e
consultoria. Essas duas lógicas não são contrárias, e atingi-las fazia parte da
proposta da GRI de que a adoção das práticas propostas resultaria em ganhos
para ambas as partes. Porém, no desenvolvimento da GRI, essa lógica de
regulação civil tem perdido destaque e a iniciativa tem se tornado apenas uma
ferramenta das organizações para gerenciarem sustentabilidade, reputação e
marca. A lógica de performance social corporativa também não seria efetivamente
atingida, já que, dada a falta de padronização dos relatórios, não seria
possível a comparação entre diversas organizações, ainda que do mesmo setor.
Os autores utilizam a teoria institucional para explicar esse fato: foi
construída uma nova instituição sem que fossem impostos reais desafios às
instituições de governança corporativa já existentes, como os conselhos de
administração e as estruturas do mercado financeiro, além da busca por
alinhamento aos padrões de reporte financeiro existentes; assim, prestou-se uma
atenção considerável para garantir a participação de grandes corporações
multinacionais, empresas de auditoria e investidores, enquanto ativistas e
trabalhadores receberam menor atenção, talvez por pensar que esses últimos
stakeholders participariam do processo de qualquer maneira. Parte desse fato é
apontada como sendo um problema estrutural, por tentar assegurar uma base muito
grande e divergente de usuários, com diferentes interesses e necessidades;
segundo os autores, não é realista esperar que um sistema de reporte fosse
suficiente para criar uma base de usuários tão forte. Uma última explicação
apontada, também decorrente da teoria institucional, é que o problema estaria
no próprio processo de participação de vários stakeholders, sem limites de
tamanho ou composição; já que, enquanto incentiva um rico diálogo entre as
partes, permite que o grupo participante se torne dominado pelos agentes com
maiores recursos para investir no processo, o que teria feito a evolução da GRI
ser de acordo com a maneira de pensar e com os interesses destes agentes mais
privilegiados: empresas multinacionais e consultorias internacionais de gestão
e contabilidade.
A partir de uma entrevista com um ativista social, Brown_et_al._(2009) destacam
também que as informações nos relatórios GRI não são tão úteis aos problemas
específicos do ativismo social em razão de a informação disponibilizada não ser
detalhada o suficiente, não dando uma visão adequada dos impactos nas
comunidades locais, sendo essa última uma queixa comum, e que, para a mídia,
ocorreria o contrário: os relatórios apresentariam informações em excesso e sem
foco, chegando um jornalista a afirmar que não há nada a fazer com os
relatórios, a não ser colocá-los em uma pilha. Encontraram-se, ainda,
resultados apontando que as empresas não competiam por performance em
sustentabilidade, já que geralmente não liam os relatórios umas das outras
(principalmente porque, dada a falta de padronização, não havia possibilidade
de benchmark) e devido à base de leitores ser muito pequena, tornando o
relatório mais um documento a ser armazenado (Brown_et_al.,_2009).
4. MÉTODO DE PESQUISA
Com o objetivo de identificar os aspectos negativos que as organizações que
preparam relatórios de sustentabilidade, seguindo as diretrizes GRI, percebem
nesse modelo de reporte, questionou-se as organizações, por meio de correio
eletrônico, quais aspectos negativos identificavam no modelo GRI; ou seja, as
empresas brasileiras que emitiram relatório de sustentabilidade, conforme o
modelo GRI, em 2011, 2012 ou 2013, referentes ao ano-base 2010, e que o
publicaram na base de dados mundial dessa mesma organização (site: http://
database.globalreporting.org/search). Foram identificadas 124 empresas com as
características descritas, e os resultados de respostas aos questionários
foram: 27 empresas respondentes, 87 que não deram retorno algum, seis casos de
endereços de correio eletrônico inválidos e quatro casos de companhias que não
puderam responder devido ao envolvimento dos profissionais em outros processos
da empresa.
A investigação dos resultados foi elaborada com base na técnica de Análise de
Conteúdo, optando-se por utilizar um método qualitativo exploratório na
definição das categorias de análise (Bardin,_2011). Nesta pesquisa, adotou-se a
alternativa de exploração, ou seja, a análise inicial dos dados não será feita
com base em suposições. Dado o objetivo de avaliar as opiniões das empresas,
preferiu-se estabelecer o quadro de análise com as categorias apenas durante as
análises do material, já que o pretendido não é a confirmação de uma teoria ou
a experimentação de uma suposição.
5. RESULTADOS
A questão feita às organizações foi sobre aspectos negativos que elas
identificavam no modelo de reporte de sustentabilidade proposto pela GRI. Por
meio dos temas identificados nas respostas das empresas, foram elaboradas oito
categorias que representam pontos negativos na visão das organizações:
utilização, foco em grandes empresas, dificuldades no processo proposto,
dificuldades internas, modelo final do relatório, avaliação dos relatórios,
visão externa do relatório e indicadores.
Na Figura_1 há um mapa conceitual, criado para uma melhor visualização dos
resultados, no qual o círculo central representa a questão investigada, e o
primeiro nível representa as categorias nas quais foram agrupados os temas
extraídos das respostas das organizações, que estão listados no terceiro nível
dos mapas conceituais. Após o mapa conceitual, expõe-se uma discussão dos
resultados, dividida por categoria, comparando-os com a revisão de literatura
feita. No final da subseção, apresenta-se um quadro demonstrando as categorias
e a quantidade de vezes que os temas agrupados em cada uma delas foram citados;
ressaltando-se, porém, o caráter ilustrativo das quantidades e números
apresentados nestes quadros e nos resultados, já que, nesta pesquisa, o
objetivo é qualificar e não quantificar as informações.
Figura 1 Categorias e Temas Definidos para Agrupar os Pontos Negativos do GRI
Apontados pelas Empresas
5.1. Categoria "foco em grandes empresas"
Uma das críticas das organizações foi que o modelo proposto pela GRI estaria
focado nas necessidades das grandes empresas, em cuja categoria estão os temas:
"falta de modelo para pequenas e médias empresas", "focado em empresas e pouco
aplicável a instituições de ensino" e "foco em grandes organizações".
Brown_et_al._(2009) afirmam que, no desenvolvimento das diretrizes da GRI,
prestou-se muita atenção às necessidades das grandes corporações para conseguir
que aderissem à causa, e que stakeholders com menor destaque não receberam a
mesma atenção. Apesar de os autores não citarem que as pequenas e médias
empresas também não receberam a mesma atenção, pode-se concluir que o foco
teria sido o contexto das grandes empresas.
As pequenas e médias empresas enfrentam alguns problemas que as maiores não
possuem, no momento de implantar ferramentas voluntárias de reporte sobre
sustentabilidade, a saber: níveis de recursos e habilidades que não estão
disponíveis em pequenas e médias empresas; investimentos financeiros sem
retorno a curto e médio prazos; falta de diretrizes elaboradas especificamente
para pequenas e médias empresas; sensibilidade muito baixa às vantagens
potenciais; e recursos financeiros limitados (Borga,_Citterio,_Noci,_&
Pizzumo,_2009)
No entanto, as diretrizes da GRI são claras ao afirmar que o modelo proposto
visa atender desde pequenas empresas até organizações multinacionais (GRI,
2011). Destacam ainda três razões que incentivam o reporte: o reporte torna a
apresentação da empresa mais transparente, gerando maior facilidade de acesso a
linhas de crédito; o relatório pode ser uma exigência para participar de
diversas cadeias de suprimentos; e diversas empresas trabalham em clusters
(grupos de empresas), para ganharem escala e capacidade de negociação, nesses
casos o reporte poderia ser em conjunto, facilitando o gerenciamento do
processo e reduzindo os custos por empresa (GRI,_2012).
5.2. Categoria "dificuldades no processo proposto"
Algumas organizações demonstraram dificuldades na utilização do modelo
proposto. Os temas relacionados a pontos negativos agrupados nessa categoria
são: "dificuldade em obter amostra relevante de stakeholders para a elaboração
da matriz de materialidade"; "protocolo não muito específico"; "difícil
interpretação dos indicadores (já que possuem descrição genérica, há margem
para diferentes entendimentos)"; "relatório global que pode ser genérico e
conflitante quanto ao aspecto local"; e "ausência de forma padronizada de
registro das informações".
Segundo os princípios da GRI, a definição do que é importante (possui
materialidade) para ser reportado nos relatórios deve ser definido por meio de
mecanismos de interação entre empresas e stakeholders, em um processo que
terminaria na constituição de uma matriz de materialidade (GRI, 2011). Porém, é
interessante notar que uma das empresas afirmou ser difícil obter uma amostra
de stakeholders para a elaboração da matriz de materialidade, principalmente
porque o relatório deveria ser algo para atender a demandas dos stahekolders;
essa resposta reforça a ideia de Brown_et_al._(2009) de que a contribuição da
GRI no fortalecimento de novas abordagens de governança, baseadas na regulação
civil privada e na ampla colaboração entre diversos stakeholders, não é tão
evidente. Nesse sentido, as propostas de Ramos, Martins, Martinho, Douglas,
Painho e Caeiro (2014) e Siddall,_Grey_e_Dyer_(2013), sobre como envolver o
stakeholder, poderiam ser bastante úteis, já que o nível de envolvimento do
stakeholder dependeria da oportunidade de participação que ele recebe (Ramos_et
al.,_2014).
Além da dificuldade em conseguir a participação de stakeholders, as críticas
nessa categoria estão relacionadas à falta de padronização no processo de
reporte, que poderia ter como consequência relatórios também impossíveis de
comparar. Sobre isso, Roca_e_Searcy_(2012) analisaram os relatórios de
sustentabilidade (GRI ou não) de 94 empresas canadenses, buscando entender o
tipo de informação divulgada, e identificaram 585 diferentes indicadores -
porém, o mesmo indicador poderia ser contado mais de uma vez caso tivesse
diferentes nomes. Brown_et_al._(2009) reforçam ainda que, dada a falta de
padronização dos relatórios, não seria possível a comparação entre diversas
organizações, ainda que do mesmo setor.
5.3. Categoria "dificuldades internas"
Diferente da anterior, essa categoria não contém os aspectos negativos
relacionados ao modelo em si, mas sim relacionados às dificuldades da
organização em colocar o modelo proposto em prática. Os temas identificados
foram "falta de tempo do pessoal interno para fornecimento das informações",
"custo elevado", "dificuldade de confiabilidade nos dados levantados" e
"desgaste no levantamento dos dados".
Por meio dessa categoria, percebe-se que algumas das dificuldades apontadas por
Borga_et_al._(2009), que seriam específicas de pequenas e médias empresas,
ocorrem também em grandes organizações, já que, entre os respondentes dessa
categoria, há apenas organizações multinacionais, de grande porte, estatais,
privadas, de capital aberto e de capital fechado. Vale destacar que, dentre as
duas organizações respondentes que são de pequeno porte, nenhuma apontou
qualquer ponto negativo relacionado a essa categoria - no entanto, ressalta-se
que a atuação de ambas está ligada às práticas de sustentabilidade.
Logo, essa categoria contradiz alguns dos aspectos da pesquisa de Borga_et_al._
(2009,_p._164), já que, segundo os autores, problemas como "a necessidade de
níveis de habilidades que não estão disponíveis", "os investimentos financeiros
sem retorno a curto e médio prazos" e "recursos financeiros limitados" seriam
problemas apenas de pequenas e médias empresas. Uma das empresas (de grande
porte e de capital aberto) afirmou:
Talvez, o principal ponto negativo seja o desgaste gerado no processo
de apuração de indicadores de sustentabilidade e na transformação de
um grande volume de informações em um conteúdo atrativo para os
stakeholders. Esse desgaste é, de certo modo, compreensível, por
conta da abrangência de assuntos e do grande número de pessoas
envolvidas no processo de resposta aos indicadores, de revisão e de
aprovação.
Outro resultado obtido na pesquisa foi que a complexidade do relatório
dificultaria sua elaboração: segundo a organização, um ponto negativo é "a
complexidade do relatório e a pouca disseminação no Brasil (até pouco tempo
encontravam-se apenas materiais em inglês)". Essa opinião contraria as
pesquisas de Campos_et_al._(2013), Calixto_(2013) e do estudo da GRI -
Reporting Change: Readers & Reporters Survey 2010 (Futerra_SustainAbility
Communications_et_al.,_2010), segundo os quais o Brasil é um dos países que
mais se destaca na adoção do modelo GRI como base para a emissão de relatórios
de sustentabilidade.
5.4. Categoria "modelo do relatório final"
Diversas empresas mostraram-se insatisfeitas com o resultado final do processo
de reporte: o relatório. Parte dos temas extraídos das respostas tem maior
relação com o seu formato: "dificuldade em produzir um documento claro e
conciso", "relatórios longos que não se restringem à materialidade realizada",
"são raros os relatórios atraentes à leitura dos stakeholders", "há poucos
leitores", "documento muito técnico" e "há margem para a falta de
objetividade".
Esses dados corroboram a pesquisa de Brown_et_al._(2009), que, ao entrevistarem
leitores dos relatórios, obtiveram como resultado que as informações
disponibilizadas não eram detalhadas o suficiente (resposta de um ativista
social), que os relatórios apresentavam informação em excesso e sem foco
(opinião de um jornalista), que a base de leitores era pequena e que as
empresas não liam os relatórios umas das outras, dada a falta de padronização.
Também parecem explicar o resultado de uma das questões do estudo Reporting
Change: Readers_&_Reporters_Survey_2010, que questionou diversos emissores
de relatórios GRI pelo mundo sobre como eles mediam o sucesso de seus reportes.
O resultado foi que, enquanto 33% das organizações avaliam o sucesso do
relatório por meio da evolução de seu desempenho em sustentabilidade e 32% o
fazem por meio de reconhecimento externo (prêmios ou avaliações), apenas 16%
consideram o feedback positivo de leitores e da mídia, e 15% levam em conta a
utilização do relatório pelos stakeholders. Em outras palavras, o documento
parece estar mais voltado ao público interno do que ao externo.
E a outra parte dos temas extraídos está ligada a uma questão mais fundamental:
que deveria haver um melhor equilíbrio entre as informações econômicas e
financeiras e as socioambientais. Uma das empresas observou que o modelo da GRI
"não exige a integração com as informações financeiras, tornando-se peça
complementar e não obrigatória à análise de investidores" e outra ressaltou que
"são raros os relatórios que realmente integram o desempenho econômico-
financeiro ao socioambiental".
Pesquisas da GRI_(2013) e da KPMG_(2013) têm verificado uma tendência à
integração entre relatórios de sustentabilidade e os relatórios anuais das
empresas. Uma das iniciativas no sentido de padronização desse novo modelo de
reporte é o projeto-piloto fomentado pelo International Integrated Reporting
Council (IIRC), resultado da parceria entre a GRI e o Prince's Accounting for
Sustainability Project (A4S).
5.5. Categoria "avaliação dos relatórios"
Algumas empresas criticaram a classificação dos relatórios GRI em níveis de
aplicação, que funciona de acordo com a quantidade de indicadores reportados.
Duas empresas criticaram o fato de a classificação A ser apenas para empresas
que preenchem muitos indicadores, sendo que diversos indicadores não se aplicam
a todas, e outra destacou que a classificação por nível de aplicação pode não
fazer sentido quando se adota a metodologia de identificar o que é relevante
para o setor. Porém, as diretrizes GRI destacam que explicar a razão da omissão
de um indicador também conta como indicador reportado (GRI,_2012b).
Ainda, segundo levantamento das empresas: o esquema de classificação proposto
"avalia quantidade e não qualidade" e "os níveis A, B e C são confundidos com
notas". Boiral_(2013) chegou a uma conclusão parecida após analisar os
relatórios de sustentabilidade, baseados nas diretrizes do GRI, de 23 empresas
dos setores de energia e mineração com classificação A e A+, e compará-los a
diversos eventos ocorridos no período de reporte, quando identificou que 90%
dos eventos negativos significativos não foram reportados.
Por fim, criticou-se também que a "avaliação realizada nos relatórios não
corresponde ao nível de exigência expresso no checklist", opinião que parece
demonstrar certa flexibilidade da GRI na avaliação, apesar de um maior rigor na
elaboração das diretrizes. Brown_et_al._(2009) criticam o fato de que grandes
corporações e empresas de consultoria parecem dominar a evolução da GRI, em
função de um grande esforço para engajá-las na iniciativa e, caso eles estejam
certos, essa flexibilização na avaliação poderia ser fruto desse processo.
5.6. Categoria "utilização do relatório como ferramenta de marketing "
Aqui são categorizados dois temas. O primeiro critica a utilização dos
relatórios de sustentabilidade como instrumento de marketing, sendo esse um
aspecto tanto positivo como negativo, pois, caso a empresa seja sustentável,
seria natural que o stakeholder cliente soubesse disso e recompensasse essa
organização no momento da compra e, caso contrário, que a penalizasse (Utama,
2011). Porém, Du_(2014) e aigh e Jones (2006) sugerem que a maior parte dos
relatórios de sustentabilidade são ferramentas de relações públicas das
empresas e não uma forma de transparência na prestação de contas, concordando
com Boiral_(2013), o qual, após analisar os relatórios de sustentabilidade,
baseados nas diretrizes do GRI, de 23 empresas dos setores de energia e
mineração com classificação A e A+, e compará-los a diversos eventos ocorridos
no período de reporte, identificou que 90% dos eventos negativos significativos
não foram reportados.
5.7. Categoria "visão externa dos relatórios"
As organizações respondentes também criticaram o fato de que nem todo relatório
é confiável, já que as empresas podem declarar que estão de acordo com as
diretrizes, mas não houve uma conferência externa do que foi publicado,
havendo, nesse sentido, uma falta de credibilidade das empresas. Uma das
empresas afirmou que "existe empresas que preparam seus relatórios e dizem que
estão de acordo com as diretrizes, mas não existe um controle, e a comparação
entre eles pelo público em geral fica desigual (principalmente se for
considerado um relatório auditado e que segue minuciosamente os protocolos, e
um relatório que não tem esse compromisso)".
Na opinião de uma das empresas, o processo de auditoria poderia solucionar esse
problema. Uma pesquisa da KPMG demonstrou que, entre 2002 e 2013, o percentual
de relatórios de sustentabilidade auditados subiu de 30% para 60% entre as 250
maiores empresas do mundo, apesar de não ser uma prática obrigatória na maior
parte dos países (KPMG, 2013); porém, Manetti e Becatti (2008) analisaram os
padrões de auditoria internacionais de sustentabilidade e concluíram que eles
deveriam contemplar diretrizes específicas para os prestadores de serviços de
auditoria, destacando a necessidade de padronizar o conteúdo dos relatórios
finais e de abrir os serviços de auditoria a profissionais especializados de
diferentes áreas, além de contabilidade e auditoria.
A GRI recompensa os relatórios com verificação externa por meio do "+" ao lado
do nível de aplicação (A+, B+ e C+), porém, não obriga a sua realização por
meio de uma empresa de auditoria, admitindo outras empresas especializadas ou
um comitê de stakeholders (GRI,_2011).
5.8. Categoria "indicadores"
Apesar de os indicadores propostos pelo GRI se destacarem como pontos positivos
na categoria "guia proposto para a elaboração do relatório", receberam algumas
críticas.
Um dos aspectos levantados foi a existência de indicadores repetitivos; nesse
sentido, Lozano_e_Huisingh_(2011) argumentam que a separação dos indicadores em
apenas três dimensões (econômica, ambiental e social) pode gerar conflitos e
fazer com que oportunidades de melhoria sejam perdidas. Em razão disso,
recomendam a inclusão de três novas categorias que agrupem: indicadores que
dizem respeito às três dimensões já citadas; indicadores comuns às dimensões
econômica e ambiental; e indicadores comuns às dimensões ambiental e social.
Também foi levantado o aspecto "indicadores não específicos para o setor";
talvez um sinal de que os suplementos setoriais fornecidos pela GRI (2011)
ainda não atendam a todas as empresas. Uma empresa do setor financeiro afirmou
que o suplemento de seu setor era pouco aplicável à empresa.
Outras críticas aos indicadores foram: "quantidade de indicadores", "alguns
indicadores pouco relevantes para o core da empresa" e "medidas utilizadas nos
indicadores não são usuais no Brasil". De acordo com as diretrizes da GRI, a
não aplicabilidade de um indicador não deveria ser problema, visto que a
explicação da não inclusão de um indicador conta como reporte (GRI,_2011);
entretanto, essas críticas podem significar que, na prática, as empresas podem
se sentir pouco à vontade em utilizar esse recurso.
Por fim, também foi levantado que algumas práticas de Reconhecimento de Saberes
e Competências (RSC) não são contempladas nos indicadores. No questionário
enviado às empresas, também foi perguntado se alguma prática de
responsabilidade social corporativa não pôde ser evidenciada por meio dos
indicadores GRI: das 27 organizações respondentes, seis afirmaram que sim, 20
que não e uma não respondeu. Considerar que 22% das organizações possuíam pelo
menos uma prática não considerada pela GRI pode indicar uma lacuna no conjunto
de indicadores proposto.
Considerou-se interessante destacar a quantidade de vezes em que os temas de
cada categoria foram citados, o que se expõe na Figura_2. Os principais
aspectos negativos identificados destacam insatisfação com os indicadores e com
as dificuldades em realizar o processo proposto.
Figura 2 Quantidade de Citações de Temas por Categoria da Questão Sobre
Aspectos Negativos do Modelo de Reporte da GRI
Categoria Número de Vezes em que um de Seus Temas Foi
Citado
Indicadores 13
Dificuldades no processo proposto 11
Avaliação dos relatórios 11
Modelo do relatório final 10
Dificuldades internas 17
Foco em grandes empresas 14
Visão externa do relatório 13
Utilização do relatório como instrumento de 11
marketing
6. CONCLUSÕES
Não é possível afirmar que melhorar a imagem das organizações esteja entre os
objetivos da GRI, mas, a partir do momento em que ela permite que as empresas
possam medir o seu desempenho social, fornece uma ferramenta de marketing.
Porém, diversas críticas surgem nesse contexto: os próprios respondentes
reclamaram que as organizações não são confiáveis na emissão de relatórios, e
que seria um prejuízo à análise comparar relatórios auditados com outros não
auditados; mas, mesmo que todos fossem auditados, não há um padrão de auditoria
de sustentabilidade amplamente aceito, o que ainda representaria um problema.
Outro ponto bastante criticado foram os níveis de aplicação do relatório GRI:
as organizações argumentaram que essa avaliação considera a quantidade e não a
qualidade dos indicadores divulgados. Esse tipo de questionamento gera
insatisfação nos relatores e poderia levar à desistência do reporte. No
entanto, algumas das críticas sobre os níveis de aplicação não têm fundamento,
afirmando que, em alguns casos, não é necessário divulgar determinado indicador
e que isso atrapalharia a avaliação, mas o fato de apenas relatar por que
determinado indicador não foi reportado já conta como reporte e a avaliação não
seria prejudicada. O problema identificado é o fato de ser simples burlar o
sistema de classificação ou avaliação dos relatórios, e também de que as
classificações são confundidas com notas em desempenho sustentável, o que não é
verdade.
Já na categoria de razão para o reporte "relacionamento com stakeholder", as
críticas que surgem são em relação ao modelo do relatório final e às
dificuldades em seguir o modelo proposto. Sobre o modelo do relatório, afirmou-
se que é difícil elaborar um documento claro e conciso, já que a quantidade de
dados levantados é muito grande, o que torna os relatórios pouco atraentes e
úteis a um pequeno número de leitores. As organizações, assim como a literatura
revisada, afirmaram haver uma falta de padrão nos relatórios, o que dá margem
para a falta de objetividade, podendo indicar que um modelo menos flexível
traria vantagens ao aumentar a padronização; porém, isso contraria pesquisas
anteriores, que recomendam um relatório mais flexível e útil a mais setores
(Alonso-Almeida,_Llach,_&_Marimon,_2013). Por fim, critica-se o fato de o
relatório não contemplar informações financeiras, tornando-o peça complementar
e não obrigatória de análise. Nesse contexto, surgem os relatórios integrados,
padrão de reporte que integra as informações de sustentabilidade ao relatório
anual das organizações, e que está sendo testado em um projeto-piloto com
empresas de todo o mundo, coordenado pelo IIRC, organismo do qual a GRI também
faz parte. Esse talvez seja o próximo passo na evolução dos relatórios de
sustentabilidade, dando destaque a essas informações, tornando-as mais
confiáveis e incentivando estratégias de atuação mais sustentáveis (Sierra-
García,_García-Benau,_&_Zorio,_2014).
Ainda na mesma categoria, as organizações levantaram a dificuldade em engajar
os stakeholders no processo de elaboração do relatório. Esse tema parece
bastante delicado, já que pode depender também do empenho do stakeholder em
defender seus interesses. Porém, ainda assim, seria interessante que as
diretrizes GRI possuíssem maior padronização em relação à maneira como a
organização envolveria o stakeholder, já que, dependendo da forma escolhida, a
participação pode ser efetiva ou não.
Pensando na categoria de razão para reporte "apoiar a gestão", e após
considerar que outras razões, como melhorar a imagem e o relacionamento com os
stakeholders, possuem aspectos negativos tão críticos, poderia se estabelecer
que uma das principais razões para o reporte tem sido obter uma ferramenta de
gestão. As possíveis críticas a essa categoria são: falta de padrão,
dificuldade de engajamento do stakeholder e divulgação de informações que não
são úteis aos stakeholders; todas elas ligadas ao meio externo. Pensando no
interior da empresa, as críticas estão ligadas à falta de recursos da
organização (pessoal e financeiro) para atender ao processo demandado e a certa
insatisfação com os indicadores utilizados. Entretanto, ainda assim, a razão
"apoiar a gestão" parece ser a menos frágil diante das críticas, podendo ser
considerada a principal razão para o reporte em sustentabilidade, o que
confirmaria os resultados obtidos no estudo da GRI de que a busca por melhor
performance em sustentabilidade seria a principal razão para o reporte em
sustentabilidade e não o engajamento do stakeholder ou comparações entre
empresas (Futerra_SustainAbility_Communications_et_al.,_2010).
É bastante nítida a influência dos relatórios de sustentabilidade na busca das
empresas por responsabilidade social corporativa, seja incentivando, oferecendo
suporte ou tornando algo indispensável para a sua continuidade no mercado;
porém, algumas melhorias se fazem necessárias para tornar mais eficaz o
processo de reporte. Assim, propõem-se, por meio da Figura_3, algumas melhorias
no atual modelo de reporte proposto pela GRI, em que cada sugestão está
acompanhada da categoria de análise que lhe deu origem, de uma breve descrição
do ponto que foi criticado e da referência ao autor que fez a sugestão, nos
casos necessários.
Figura 3 Sugestão de Melhorias ao Modelo Atual de Reporte Proposto pela GRI
Crítica
Categoria Descrição Sugestão Base
Modelo do relatório Relatório pouco atraente Quadro-resumo que ofereça visão global da organização Utama_
final (2011)
Visão externa do Nem todas as organizações são sinceras no reporte Obrigatoriedade de auditoria e elaboração de padrão de auditoria Utama_
relatório (2011)
Modelo do relatório Falta de informações financeiras o tornam peça complementar de análOptar pelos relatórios integrados KPMG_
final (2013)
Modelo do relatório Falta de padrão Definição de forma final de relatório Este
final estudo
Avaliação do Classificação por nível de aplicação confundida com desempenho em Necessidade de desenvolvimento de novo padrão de classificação dosEste
relatório sustentabilidade relatórios estudo
Siddall,
Dificuldade no Grey
processo proposto Processo não definido de engajamento do stakeholder Criar padrões para o engajamento dos stakeholders &
Dyer_
(2013)
Dificuldades Falta de pessoal e recursos financeiros Analisar alternativas para criar um sistema de reporte mais simples Este
internas e efetivo estudo
Sistema de Avaliação: Double Blind Review
Editor Científico: Nicolau Reinhard
COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO
(De acordo com as normas da American Psychological Association [APA])
Ferreira-Quilice, T., & Caldana, A. C. F. (2015, outubro/novembro/
dezembro). Aspectos negativos no modelo de reporte proposto pela GRI: a opinião
das organizações que reportam. Revista de Administração [RAUSP], 50(4), 405-
415. doi: 10.5700/rausp1209