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EuPTCVHe0874-02832012000200002

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variedadeEu
ano2012
fonteScielo

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Adesão de mulheres de 18 a 50 anos ao exame colpocitológico na estratégia saúde da família

Introdução O exame colpocitológico (COP) é uma forma de prevenção secundária de várias doenças, das quais se destaca o Cancro de Colo de Útero (CCU). É considerado um método eficiente que proporciona a detecção precoce de doenças que podem ser tratadas e curadas, evitando o agravamento das mesmas, e consequentemente o óbito de mulheres (Tavares et al., 2007).

Foi descoberto na década de 1930 pelo Dr. George Papanicolau, e é de grande aceitabilidade tanto pela população como pelos profissionais de saúde. Pode ser feito em nível ambulatorial, e quando realizado em condições favoráveis por profissionais capacitados não provoca qualquer sensação dolorosa. No entanto, pela própria natureza do exame, que envolve a exposição de órgãos relacionados com a sexualidade, o COP, ou exame Papanicolau, é motivo de desconforto emocional para muitas mulheres (Greenwood, Machado e Sampaio, 2006).

O COP é um estudo das células descamadas no conteúdo vaginal ou removidas mecanicamente com auxílio de uma espátula ou escova, para definir o grau de atividade biológica das mesmas. A coleta do material ectocervical é efetuada com a espátula de Ayre e o endocervical com uma escova própria para esse procedimento. O material coletado é espalhado de maneira uniforme sobre uma lâmina de microscopia, previamente identificada, e imediatamente fixado, para evitar a dessecação e deformação das células. O fixador citopatológico utilizado pode ser líquido, como álcool etílico 70 a 90%, ou aerossol contendo álcool isopropilico e polietileno glicol (Carbowax). Após a fixação do material é realizada a coloração citopatológica pela técnica de Papanicolau (Stival et al., 2005).

Por se tratar de um procedimento preventivo, o COP é um importante aliado dos profissionais de saúde na prevenção e diagnóstico precoce do Cancro de Colo de Útero (CCU).

O CCU ocupa mundialmente o segundo lugar entre as neoplasias malignas entre a população feminina e apresenta mais de 490.000 novos casos por ano, sendo que 80% dos mesmos surgem em países em desenvolvimento (Segovia e Mendonza, 2007).

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, em 2006 eram esperados aproximadamente 19.260 novos casos de CCU com um risco estimado de 20 casos a cada 100.000 mulheres. Nessa estimativa, a região sul aparecia em primeiro lugar (28/100.000), seguida pela região norte (22/100.000). Na região centro-oeste estimava-se que esse índice seria de 21/100.000, na região sudeste 20/100.000 e na região nordeste 17/100.000. Isso representa cerca de 250 mil óbitos por ano em mulheres (Pedrosa, Mattos e Koifaman, 2008).

Um dos principais fatores associados ao desenvolvimento do CCU é a iniciação sexual precoce dos jovens, principalmente entre as mulheres. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde (MS) demonstra que em 1984 estas iniciavam a atividade sexual com aproximadamente 16 anos de idade e em 1998 com 15. A proporção de mulheres que tiveram a primeira relação sexual antes dos 14 anos praticamente dobrou entre os anos de 1983 e 1998 (Segovia e Mendoza, 2007).

Outros fatores que também podem estar associados ao desenvolvimento do CCU são a imunodepressão, o tabaco, as infecções genitais, a multiparidade e o uso prolongado de contraceptivos (Borges, 2007).

Preocupado com essa situação, o Brasil, por meio do MS, tem procurado implantar e implementar novas políticas de assistência à saúde da mulher, desenvolvendo, em âmbito nacional, várias estratégias para aumentar a oferta do exame e o manejo adequado dos casos, como por exemplo as campanhas para realização do COP nos anos de 1998 e 2002 (Brito, Nery e Torres, 2007).

Outra iniciativa do MS que merece destaque é o Programa Nacional de Controle do CCU - Viva Mulher, lançado em 1997, com o objetivo principal de reduzir a incidência e mortalidade por meio da ampliação do acesso das mulheres brasileiras ao COP, principalmente as que se encontravam na faixa etária de 25 a 59 anos de idade, considerada como a de maior risco para o desenvolvimento do CCU (Brasil, 2008).

Atualmente, o Brasil adota como norma a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), propondo a realização do COP a cada três anos após dois exames anuais consecutivos negativos para mulheres que tenham tido uma vida sexual ativa (Albuquerque et al., 2009).

Quanto à cobertura da população feminina pelos serviços de saúde, o estudo de Primo, Bom e Silva (2008) mostra que é inferior a 2%, mesmo considerando que a tecnologia utilizada no exame é simples e barata.

Nesse sentido, a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem um papel importante, por se tratar de um modelo de atenção voltado para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, com o propósito de estabelecer um vínculo entre profissionais e usuários (Brasil, 2007).

Em Goiás a ESF está presente em 99% dos municípios e abrange 57,3% da população (Brasil, 2009).

O município de Iporá conta atualmente com 8 equipes de ESF com cobertura de 80% da população.

Quanto à frequência de exames realizados por mulheres, o estado de Goiás apresenta o índice mais baixo do Brasil, com 0.30 exames/mulheres por ano, o que levou a que o Estado não atingisse a meta proposta pelo MS no período de 2002 a 2008 (Brasil, 2008).

no município de Iporá, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, no ano de 2008 foram realizados 857 COP em mulheres de 18 a 50 anos de idade. Em 2009 foram realizados 1437 exames, e de janeiro a abril de 2010 realizaram-se 506 exames nesta faixa etária, o que mostra um acréscimo na procura das mulheres por esse procedimento.

Nesse sentido, este estudo teve como objetivos verificar a adesão das mulheres ao COP em Iporá, caracterizar sociodemograficamente a população pesquisada e verificar o conhecimento das mesmas no que respeita ao COP.

Metodologia Estudo descritivo exploratório de natureza quantitativa realizado em todas as Unidades de Estratégia Saúde da Família do município de Iporá ' GO.

O município de Iporá está localizado no oeste Goiano a 220 km de Goiânia, com acesso pela rodovia GO 060. É o município sede da Administração Regional de Saúde Oeste I (ARS Oeste I) e, segundo dados do último censo, conta com uma população de aproximadamente 32.045 habitantes. Destes, 11.374 são mulheres de 18 a 50 anos de idade.

A amostra do estudo foi composta por 114 mulheres com idade mínima de 18 e máxima de 50 anos de idade que compareceram nas Unidades de Saúde da Família (USF) para realizar o COP nos meses de outubro e novembro de 2010.

Foram excluídas do estudo as mulheres que estão fora da faixa etária proposta e também as que se adequavam à faixa etária mas que procuraram as ESF para a realização de outros procedimentos.

A coleta de dados foi realizada pelas próprias pesquisadoras em sala privativa reservada para esse fim por meio de um questionário com questões fechadas e todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Após a coleta dos dados foi construído um banco de dados no Software Epi Info (CDC Atlanta) versão 3.5.1, e a análise descritiva foi realizada por meio das frequências absolutas e relativas.

O projeto do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Rio Verde (FESURV) por meio do parecer n. 095/2010 em conformidade com resolução 196/96 do Conselho Nacional de Pesquisa (CONEP).

Resultados Os resultados deste estudo estão apresentados em forma de tabelas e divididos em dois eixos, sendo que o primeiro se refere à caracterização sociodemográfica e de escolaridade das mulheres que fizeram parte da amostra e o segundo que apresenta dados referentes ao conhecimento e à adesão das mulheres ao COP.

Caracterização sociodemográfica das mulheres A amostra foi composta por 114 mulheres que procuraram as unidades de ESF para realizar o COP nos meses de outubro e novembro de 2010. Destas, 24% tinham entre 46 e 50 anos de idade, 28% frequentou o ensino fundamental completo, 51% eram casadas e 45% tinham em média dois filhos. Em relação à renda familiar mensal, 32% referiram ser de um salário mínimo vigente (R$ 460,00), conforme demonstrado na tabela 1.

Tabela 1 ' Caracterização sóciodemográfica da Amostra. Iporá, 2010. (N = 114)

Adesão e conhecimento das mulheres sobre o exame colpocitológico O município de Iporá conta atualmente com 8 unidades de ESF e tem uma cobertura de 80% da população. Cabe ressaltar que todas as unidades prestam atendimento à comunidade residente na zona urbana e também na zona rural, ou seja, o atendimento é misto, conforme classificação do MS.

Em todas as unidades o COP é realizado uma vez por semana, nos períodos matutino e vespertino. A tabela 2 demonstra que durante a coleta de dados houve um equilíbrio entre as unidades relacionado com a procura pelo procedimento. No entanto, a unidade de Monte Alto destacou-se por registar o maior número de exames, que correspondeu a 16% do total, e a unidade de Umuarama por registar o menor número de exames, equivalente a 8%.

Tabela 2 ' Atendimentos realizados nas unidades de ESF. Iporá, 2010. (N = 114)

Conforme a tabela 3, ao serem questionadas sobre a finalidade do COP, 67% das entrevistadas demonstraram possuir conhecimento adequado, ao afirmarem que o exame é importante para a prevenção e detecção precoce do CCU, e destas 72% afirmaram saber como o exame é realizado.

Tabela 3 ' Conhecimento sobre o COP e as doenças que ele previne. Iporá, 2010.

(N = 114)

Quanto ao motivo que as levaram às unidades de ESF para realizar o COP, 51% das mulheres referiram que procuraram o procedimento por vontade própria, ou seja, sem a indicação ou prescrição de um profissional de saúde. Em relação à frequência de realização do exame, 70% afirmaram que o realizam com um intervalo de dois anos ou menos, o que está em conformidade com o que é preconizado pela OMS e pelo MS. No entanto, somente 85% pretendem retornar para levantar o resultado do exame, e destas apenas 78% irão submetê-lo à avaliação de um profissional de saúde. Estes dados podem ser observados na tabela 4.

Tabela 4 ' Motivo, frequência, resultado e avaliação do COP. Iporá, 2010. (N = 114)

Também foi explorado neste estudo o índice de satisfação das utentes relacionado com o atendimento que recebem nas unidades de ESF, com o objetivo de detectar possíveis pontos que precisassem de ser melhorados pela equipa e pelo profissional enfermeiro responsável pela coleta do COP. Nesse sentido, conforme a tabela 5, ao serem questionadas quanto ao atendimento recebido no momento da realização do COP, 47% das entrevistadas classificaram-no como bom, e 30% como ótimo. Das 114 mulheres participantes do estudo, 94% afirmaram que regressarão à unidade para a realização de um novo COP no momento oportuno.

Tabela 5 ' Satisfação das usuárias quanto ao atendimento na ESF. Iporá, 2010.

(N = 114)

Discussão Caracterização sociodemográfica das mulheres Foi possível observar neste estudo que na cidade de Iporá a procura pelo COP é mais acentuada nas mulheres que estão na faixa etária de 46 a 50 anos de idade, período em que a maioria se encontra no climatério, situação que, segundo o MS, aumenta os riscos de aparecimento do CCU.

O climatério é uma fase de mudança e de transição da fertilidade para a infertilidade decorrente da diminuição dos hormônios sexuais produzidas pelos ovários. Entre as mudanças provocadas pela diminuição da atividade ovariana, destacam-se a irregularidade do ciclo menstrual, nervosismo, sensação de calor, irritabilidade e diminuição da libido (Santos, Macedo e Leite, 2010).

Acreditamos que a ocorrência de todos esses sinais e sintomas seria suficiente para que as mulheres procurassem as unidades de saúde em busca de orientações e ajuda.

No entanto, o resultado que encontramos discorda de outros estudos nos quais a procura pelo COP nessa faixa etária é menor em relação às mulheres mais jovens (Neto, Figueiredo e Siqueira, 2008; Santos, Macedo e Leite, 2010; Ferreira, 2009).

Por outro lado consideramos preocupante a baixa adesão encontrada nas mulheres com idade entre 18 e 25 anos na amostra pesquisada. Esse resultado corrobora um estudo realizado na cidade de Pelotas ' RS, onde 12,6% das mulheres de 20 a 29 anos não haviam realizado o COP nos três anos antecedentes à pesquisa. Tal estudo afirma ainda que as mulheres nessa faixa etária estão mais susceptíveis às DSTs (Hackenhaar, Cesar e Domingues, 2006).

Estes dados demonstram a necessidade da ESF de Iporá voltar as suas ações para essa população, uma vez que este tem cobertura de 80% do município. Estas ações podem ser realizadas por meio da intensificação das visitas domiciliárias dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e demais membros da equipa, do trabalho de educação em saúde e dos meios de comunicação disponíveis na região.

Outro fator relevante é a média de filhos que tem diminuído nos últimos anos, o que ficou evidenciado neste estudo e corrobora outras pesquisas sobre o assunto, onde a média de filhos é de 1,7 ou no máximo dois (Neto, Figueiredo e Siqueira, 2008; Hackenhaar, Cesar e Domingues, 2006).

Também nos chamou a atenção o fato de que a maioria das pessoas que procuram pelos serviços da ESF é de classe social menos favorecida, uma vez que os serviços são disponibilizados para toda a população sem distinção de classe social. Acreditamos que isto está relacionado com o fato de que as pessoas com condição financeira um pouco melhor possuem planos de saúde, e procuram atendimento na rede conveniada ou preferem pagar pelos serviços na rede particular.

Adesão e conhecimento das mulheres sobre o exame colpocitológico Ao verificarmos a quantidade de exames realizados nas 8 unidades de ESF, a que teve o menor índice durante a realização deste estudo foi a unidade denominada Umuarama, que se localiza na região sul da cidade. Vários fatores locais podem estar associados a essa baixa adesão, como por exemplo a dificuldade de acesso.

No entanto, existem outros que não podem ser negligenciados pelos profissionais de saúde e que estão descritos em outras pesquisas da mesma natureza, como a falta de tempo, medo, vergonha, ausência de sintomas, ou o fato de a cliente não gostar do profissional que realiza o procedimento. Nesse sentido, a educação em saúde é a melhor forma de aproximar as mulheres desse procedimento, e consequentemente contribuir para a prevenção do CCU (Neto, Figueiredo e Siqueira, 2008; Moura et al., 2010; Santos, Macedo e Leite, 2010).

Ao verificarmos o conhecimento das entrevistadas sobre o COP, o resultado foi satisfatório, pois a maioria demonstrou conhecer a finalidade do exame, bem como a metodologia de realização do mesmo.

Segundo Pelloso, Carvalho e Higarashi (2004), o que as mulheres sabem sobre o CCU constitui-se em informações provenientes de fontes impessoais como a televisão e os cartazes das unidades básicas de saúde, por exemplo. A participação dos profissionais de saúde na atividade de informar e educar a comunidade em e para a saúde mostra-se extremamente importante, pois o saber sobre o cancro, o que é, como se desenvolve, a prevenção, e ainda discutir e refletir sobre essas informações, são ações que instrumentalizam a mulher para tomar decisões sobre a sua vida e a sua saúde. desse modo a prevenção é possível, como ato voluntário e consciente.

Para Silva, Franco e Marques (2005), apesar da maioria das mulheres saberem qual a doença que o COP previne, é possível notar uma ausência preocupante de conhecimento sobre vários aspectos da doença, o que pode estar relacionado com o diagnóstico tardio, enquanto que a importância do diagnóstico precoce é ressaltada e tem maior probabilidade de ocorrer se houver conhecimento prévio sobre o assunto.

Quanto ao resultado do exame, a maioria das entrevistadas disse que regressaria à unidade de ESF para levantá-lo, mas nem todas afirmaram que o submeteriam à avaliação de um profissional de saúde. O medo do resultado está evidenciado em outros estudos sobre este assunto, o que acaba sendo um factor dificultador no processo de prevenção e diagnóstico precoce do CCU (Neto, Figueiredo e Siqueira, 2008).

O estudo de Ferreira (2009) sobre os motivos das mulheres para a não-realização do COP mostra que o medo do cancro é um dos principais motivos que levam as mulheres a não regressarem para saber o resultado. Nesse sentido, é preciso que a equipa de saúde estabeleça estratégias para esclarecer que o CCU é uma doença grave, mas que pode ser tratada e curada se for diagnosticada precocemente.

Ao afirmarem que regressarão à unidade de ESF para a realização de um novo COP quando necessário, as entrevistadas demonstraram que estão satisfeitas com o atendimento recebido, e a satisfação das utentes é um importante indicador de qualidade. Essa qualidade pode ser alcançada através da educação em saúde que fornece à população informações importantes para a prevenção, controle e combate às enfermidades (Araújo et al., 2010).

Tratando-se de ESF, vários estudos revelam que a adesão das mulheres ao COP também está diretamente relacionada com o vínculo destas com a equipa de saúde.

Por isso, o profissional enfermeiro deve manter uma postura constante de sensibilização e acolhimento para com as mulheres, pois assim elas continuarão procurando fazer o COP (Moura et al., 2010).

Conclusão A realização deste estudo proporcionou-nos conhecer melhor as unidades de ESF de Iporá bem como a adesão das mulheres ao COP, que vem aumentando gradativamente no município. Acreditamos que o conhecimento sobre a realização do exame e a importância dele na prevenção do CCU são fatores que têm contribuído para esse aumento. No entanto, o município ainda encontra dificuldades para atingir a meta estabelecida pelo MS.

Nesse sentido, a preocupação com a prevenção está entre as principais justificativas das mulheres para a realização periódica do exame, e isso pode ser resultado do trabalho em equipa e das ações governamentais para a detecção precoce do CCU, apesar de ser notória a exigência do aumento dos índices de cobertura deste procedimento em relação à população cadastrada e a que de fato procura por esse tipo de atendimento.

Um fator preocupante foi a baixa adesão das mulheres na faixa etária de 18 a 25 anos de idade, o que significa que o município deve voltar suas ações de educação em saúde para essa população, esclarecendo que o CCU pode ocorrer em todas as faixas etárias, inclusivamente nesta. Nesse sentido, o profissional enfermeiro tem um importante papel, uma vez que este deve ser por excelência um educador em saúde.

A avaliação positiva das utentes em relação ao atendimento recebido durante a realização do COP demonstra a competência técnica dos profissionais responsáveis por este procedimento. Essa é uma informação importante que deve ser divulgada por toda a equipa junto da comunidade, para que as mulheres que ainda não realizam o COP se sintam seguras em procurar as unidades de ESF para a prevenção do CCU.

É necessário ainda que as equipas enfatizem que os serviços da ESF estão disponíveis para toda a população e não somente para aqueles que são financeiramente menos favorecidos.

Esperamos que este estudo possa fornecer subsídios para os processos de formulação, gestão e avaliação das políticas e ações públicas de importância estratégica para o sistema de saúde municipal, visando a maior adesão ao COP com vistas à prevenção do CCU.


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