O discurso político é uma [...], manifestação do poder da linguagem na medida em que é um discurso argumentativo [...] que visa a adesão de um público a determinada tese. [...]
Desta forma, a manipulação da linguagem empregue no discurso político, afectará (para o bem ou para o mal) a mensagem transmitida.
Assim sendo, podemos distinguir três tipos de discurso argumentativo: Logos, Ethos e Pathos.
O primeiro, a argumentação através da lógica, é o tipo de discurso mais utilizado dentro de comunidades científicas, tais como: universidades, centros de investigação.
O segundo, a argumentação através da autoridade, [...] consiste na invocação de uma figura de autoridade de determinado campo (ex. Einstein no campo da física), de modo a justificar determinada posição.
O último, a argumentação através de emoções, dos sentidos, é aquele onde muitas das vezes o discurso político recai sobre- isto porque, este tipo de [...] argumentação, [...] muitas vezes com [...] recurso a uma linguagem mais simples, de mais fácil compreensão, permite também uma manipulação dos sentidos e das emoções ao público a que é dirigido.
Uma consequência deste último tipo de discurso argumentativo e do poder que a linguagem detém, é o surgimento de falácias argumentativas (erros de raciocínio que alterem a realidade de um argumento). Através do uso destas falácias é possível provar um ponto, sem recorrer a uma estrutura argumentativa correta. A esta realidade chama-se retórica.
É então desta forma que [...] o discurso político é uma manifestação do poder da linguagem, pois a sua [...] mensagem é dependente da [...] manipulação da linguagem utilizada.