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1718LCARFIL59b

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Text genreEnsaio
Task settingLivre
SubjectLinguagem e Comunicação
AreaCiências Sociais e Humanas

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Os dois mundos de Platão e a nossa realidade

Introdução

Este trabalho foi feito no âmbito de linguagem e comunicação e fala sobre os dois mundos de Platão e as diferenças que consistem nesta divisão. Fala também no público como plateia e relaciona- o com estes mundo e esta teoria de Platão.

Alegoria da caverna ( dois mundos )

A alegoria da caverna centra-se em dois mundos completamente diferentes, sendo eles o mundo inteligível e o mundo sensível.

O mundo sensível é um mundo onde não uma realidade certa das coisas, é um mundo que é retratado por uma caverna. Neste mundo as pessoas eram feitas prisioneiras e desde bebés eram criadas dentro de uma caverna, sem nunca saírem de . O que faz com que não a sua realidade seja diferente da nossa como também os nossos conhecimentos das coisas sejam diferentes.

Platão começa por descrever-nos este mundo sensível e o que nele acontece, sendo que a única coisa que eles conseguiam ver era sombras e o que conseguiam ouvir eram ecos da realidade.

Mas repara. A audição e a voz precisam de qualquer coisa de  outra espécie para, respectivamente, ouvir e fazr-se ouvir, de tal mo 

Platão depois de distinguir e diferenciar ambos os mundos tenta saber o que aconteceriam se o mundo sensível e o mundo sensível se cruzassem. Posto isto, Platão põe em hipótese que um dos seus prisioneiros se liberta e passa de um mundo sensível para um mundo inteligível. O prisioneiro começa por se acostumar progressivamente á luz até ser capaz de contemplar objectos concretos, sendo que antes conseguia ver sombras destes. Este homem converteu o mundo sensível(das sombras) ao mundo inteligível, acabando por contemplar o próprio sol que simboliza a ideia do bem.

No entanto, depois de ter saído da caverna e ter visto a verdadeira realidade, o homem jamais consegue voltar á obscuridade. Tanto como se votar para dentro da caverna e tentar trazer algum dos prisioneiros para o mundo inteligível (para a luz) o mais provável era acabar morto, pois para eles aquilo é a verdadeira realidade.

Sabes que os olhos-…-quando se voltam para objetos cujas cores não são mantidas pela luz do dia, mas pelo clarões nocturnos, vêem mal e parecem quase cegos, como se não tivessem uma visão clara

Mas, quando se voltam para os iluminados pelo sol, acho que vêem nitidamente e torna-se evidente que esses mesmos olhos têm uma visão clara

 

A Paideia Platónica está exatamente relacionada com esta ascensão do homem do sensível ao inteligível, permitindo-lhe a contemplação das verdades eternas, universais e absolutas.  Sendo assim que o mundo inteligível simboliza objetos atingidos fora da caverna e a realidade (ideias e formas) verdadeira é imutável e eterna.

O público como plateia

A montagem do espectáculo, depende do próprio público (a audiência, se for para vincar a componente verbal da comunicação).

Qual o impato que pretendemos causar? Queremos convence-lo de uma ideia, leva-lo a adotar uma atitude? Ou queremos apenas que compreenda e assimile informação?

Qualquer destes objetos é persuasivo, no sentido em que procura influenciar esse mesmo público, pelo que, na base de qualquer tentativa de argumentação pública, está a adaptação do que dizemos a quem dizemos. Saber para quem falamos permite assim antecipar reacções, o grau de adesão, até futuras ações.

Uma das dificuldades reside no facto de raramente o público ser homogéneo. Mesmo admitindo um certo consenso de pensamento no grupo, sempre diferentes personalidades que desencadeiam reações diferentes. Uma pessoa pode estar motivada por conhecer algo relacionado com o que se trata. Neste caso o problema é estar á altura das expectativas e não suscitar interesse visto que possuem via de regra, motivação e informações. Outras necessitam de ser motivadas. Todas as pessoas tem assim personalidades diferentes que acabam por interferir no seu pensamento e relacionamento com tudo á sua volta.

Alguém pode estar muito habituado a racicionar logicamente, porque a sua cultura, a formação escolar, até a profissão o condicionam para isso, mas ao lado pode estar outra pessoa que mal sabe ler e tem, por isso, mais dificuldade em estabelecer associações de ideias abstractas.

Uma audiência pode simpatizar logo com o orador por terem muitos valores e comum, e as argumentações podem ser construídas com base na racionalidade. Outra pode ser hostil e ai tem de se construir uma relação de empatia psicológica, subindo a força da argumentação. Estas são apenas algumas das contingências que a nossa análise terá de ter em conta, antecipando, as tendências de valores, crenças e atitudes que serão dominantes.

Para tentar resolver isto podemos antes tentar recolher características mais marcantes das pessoas para quem vamos falar, estabelecendo uma espécie de imagem ideal. As perguntas de díade Quem sou eu para lhe falar assim? , pluralizando neste caso um interlocutor colectivo exigem então um cálculo de probabilidades sobre os possíveis perfis do público. Ocasião e motivos da comunicação; grupo de pessoas em causa; tempo e espaço físico em que tem lugar. Assim conseguiremos mudar muito um discurso dependendo de tudo isto. Admite-se aqui um estranho paradoxo, por vasto que seja o tempo da palavra de quem fala, a maior parte da preparação do discurso deve-se concentrar no modo como o público receberá o que dizemos.

A chave do sucesso está em nos moldarmos ao horizonte de expectativas de que nos ouve.

A dimensão teatral da comunicação pública remete-nos para o dilema ético. Virada para a persuasão e o convencimento de um público, ela é, na sua essência, argumentativa ou retorica, no sentido de Perelman. É a montagem de uma argumentação que decorre aos mais diversos meios sejam eles verbais ou não, para influenciar pelo que pode tornar-se manipulativa. Poderia pensar-se que algumas formas de comunicação pública, não poderiam, por questões de principio, lançar mão de estratégias argumentativas que o seu conteúdo deveria impor-se naturalmente por apresentar factos.        

Conclusão

Como conclusão deste trabalho, decidi fazer uma comparação a teoria dos dois mundos de Platão e o público como plateia(realidade).

A maior semelhança que a meu ver achamos ao comparar ambos as teorias é que tal como nos dois mundos de Platão nos observávamos duas comunidades que foram criadas de maneira diferente e por isso tinham realidades diferentes também no público como plateia toda a maneira como  discurso é recebido pela plateia depende da personalidade e de muitos factores próprios de cada um.  Logo conclui-se que as pessoas por exemplo para quererem persuadir todo o auditório tem de utilizar várias técnicas que serão ouvidas de maneiras diferentes por todas as pessoas assim como as pessoas dependendo da maneira como foram criadas tem a sua própria noção de realidade e de princípios.

 


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