Plágio em meio académico é cada vez maior
Este trabalho pretende examinar um fenómeno em crescimento na Universidade
de Coimbra. Com o intuito de confirmar as respostas dos docentes a um inquérito
sobre o tema, foram estudadas várias fontes de material plagiado.
A primeira foi identificada pelos professores após compararem um trabalho
apresentado, com excertos de manuais e teses. O texto transladado da Internet
representa a segunda fonte mais comum. Estaremos perante uma nova definição de
roubo?
21 docentes reportaram não só que os estudantes tinham copiado dos colegas
sem os terem referenciado, como também que tinham encontrado fortes indícios de
plágio: mudança evidente no estilo de escrita dentro da mesma composição e a
grande diferença entre os termos usados. Identificaram-se ainda excertos de frases
em brasileiro, transcritos da Net, com erros de concordância e expressões não
habituais em Portugal. Outro indício muito comum é a apresentação de trabalhos
semelhantes, por alunos diferentes.
Para verificar os dados, analisaram-se textos fornecidos pelos lecionadores. Com
diferentes evidências do crime em questão, é possível estabelecer critérios fiáveis
para a criação de um programa de deteção de plágios
user-friendly
e de preço
razoável, que será usado num pequeno departamento de uma instituição.
É, no entanto, impossível apresentar um resultado genérico para as tabelas em
anexo, já que se torna difícil comparar tecnicamente textos de diferente extensão e
com temas distintos. Em suma, é urgente o combate ao plágio no meio académico.
Conceitos-chave:
Plágio; fonte; cópia; indício; meio académico