Benjamin Lee Whorf defende que, se não existem duas palavras semelhantes em sentido/definição, provenientes de línguas diferentes então os falantes dessas línguas não as entenderam.
Por exemplo, se existir [...] numa língua diferente da nossa uma palavra que defina algo desconhecido a nós, nunca a iremos conseguir entender porque não temos um sinónimo disso na nossa língua materna.
Se pegarmos na palavra “desenrascanço” e a quisermos traduzir para inglês, não o iremos conseguir fazer, pois esse não é um conceito que exista na língua inglesa. Teriamos primeiro que definir “desenrascanço” para que entendessem e mesmo assim continuariamos sem tradução adequada para a mesma.
Ou por exemplo na palavra alemã “urlanbgruße”que traduzido à letra para inglês passa para “Holiday greetings” que de seguida traduzida para português se transforma em “cumprimentos de férias”; não é um conceito estranho em si, é simplesmente uma expressão para qual a nossa língua portuguesa não tem semelhante expressão, criando assim uma dificuldade em entender quando a usar e porquê a usar de todo.
É isso que defende Whorf: se não se consegue definir um conceito numa única palavra dessa língua, então os falantes da mesma não a conseguiram entender, e tem razão, pois como podemos dar nome a uma coisa que não sabemos o que é? Ou vice-versa? Como podemos não ter nome para algo conhecido na nossa comunidade ([...] de pessoas que falam a nossa língua)?
E a resposta é muito simples: não conseguimos.