É lógico que de muitas opiniões cada indivíduo poderá tirar a sua própria conclusão, do que para si comunicar. E também do que é incompleto [...] e/ou incorreto para a comunicação.
Começo por referir, que assim que nascemos no nosso código genético são inseridas características que definem o que somos quando nascemos e o que seremos quando crescemos.
E das coisas que nos difere (humanos) dos restantes seres é o facto de conseguirmos utilizar a comunicação verbal e termos uma linguagem. Somos “animais falantes”, como refere o linguista Dinnis Butler Fry.
A [...] evolução da linguagem foi algo fundamental para comunicarmos com os da nossa espécie (assim como René descartes referiu, passo a citar: “Penso, logo existo.”) e “pensamos porque temos linguagem”. (Santos, 2011)
A capacidade verbal (e não só) é o que nos permite enviar uma mensagem como [...] expõe o excerto.
O excerto ainda refere “(…) envio intencional de uma mensagem a um recetor”. Que me lembra um modelo inicial mas que considero incompleto para comunicar. [...] … O modelo linear.
Este modelo expõe que existe um emissor (A) que envia a mensagem (passando esta por uma fonte de ruído) que chega a um recetor (B), que após receber envia o seu feedback (comportamento processado cognitivamente, sendo a resposta à mensagem recebida).
O incompleto deste modelo é que, só tem em consideração a comunicação verbal, não se apoiando nas [...], também essenciais, comunicações, paraverbais (reforça a verbal) e não verbais (assim como a primeira referida).
Não são só as palavras que enviam mensagens; o olhar, os gestos, os movimentos são também formas de comunicação, indispensáveis e essenciais.
Um modelo que dá uma nova perspetiva ao modelo referido é o Modelo Semiótico.
Este modelo, utiliza os símbolos, significados associados aos mesmos num sistema contínuo (porque pode ser interpretado por várias [...] pessoas) para agir e interpretar através também da comunicação paraverbal, verbal e não verbal (utilização de gestos, movimentos, para comunicar).
(Estudiosos que contribuíram com os seus estudos [...] para a comunicação foram Ch. S. Peirce e Ferdinand Saussure (Semiótica e Semiologia), [...] auxiliaram a ciência dos signos).
Este modelo demonstrou que tanto o emissor como o recetor são elementos ativos da comunicação, (o recetor responde, participa e interage), reforçou que a mensagem não é um produto (uma simples carta, como referido no excerto, que é enviada e acaba assim) mas antes uma produção, o envio da mensagem não finaliza o seu trajeto).
[...] Considero que é necessário ter em conta que [...] a cooperação de partes [...] auxilia à comunicação e até a cria, mas esta comunicação só existe quando ambas as partes estão envolvidas e sincronizadas.
Mas para além disso, acho [...] importantíssimo o que o [...] excerto refere na frase final, o contexto é [...] crucial na comunicação.
Exemplo de como o contexto é importante; na apresentação de um [...] trabalho sobre “as consequências provocadas pelo ser humano no ambiente” deve ter em conta se o mesmo [...] irá ser apresentado numa sala de aula, ou num café com colegas (o contexto e o ambiente em que este [...] é utlizado deve ser tido em conta, sempre), que [...] leva à interpretações diversas e à utilização temática e discursiva corretas, dependendo, mais, uma vez do contexto inserido (e do ambiente que o envolve).
Concluindo, é necessário entender que comunicar é de facto, um processo complexo, que não é uma simples transmissão de mensagens. Envolve partes, exige atenção e contributo mútuos, deve ter em consideração o contexto, deve entender que por problemas de transmissão de mensagens (exemplo o ruído) pode levar a interpretações que não seriam as desejadas. Comunicar não é [...] só composto por meras palavras que findam quando são proferidas, [...] mas também por gestos, movimentos, interpretações, conclusões e respostas.
E assim, se entende que [...] os diversos significados atribuídos e que tentam explicar “o que é comunicar?”, podem não ser errados, uns incompletos outros completos (porque se auxiliaram, [...] por vezes, nas bases das incompletas) levam à simbiose que leva (à quem sabe) verdadeira resposta do que é comunicar.