Primeiramente, o autor fala nas várias opiniões sobre o que é comunicar, e é importante notar que a comunicação é algo crucial à sobrevivência humana, pois fornece-nos as ferramentas para exprimir as nossas necessidades. [...]
De seguida, são expostos os dois modelos de comunicação: o modelo linear da transmissão como o “…envio intencional de uma mensagem a um recetor (como acontece quando se escreve e envia uma carta)”, e o modelo semiótico, caraterizado como a comunicação relacionada com “uma sincronia interativa em que os participantes cooperam para criar sentidos e para chegarem a um entendimento mútuo.” Ora, estes dois modelos foram criados para auxiliar na caraterização da comunicação humana, mas os dois possuem [...] algumas diferenças entre si.
Começando pelo modelo linear da transmissão que foi o primeiro referenciado pelo autor, [...] este carateriza-se por ser um modelo concebido por Shannon e Weaver, que analisaram as conversações feitas via telefónica. Estes criaram então a teoria da informação, que tinha como fim averiguar se a informação transmitida pelos dois indivíduos chegava integralmente, e chegaram à conclusão que nem sempre as mensagens eram recebidas e compreendidas na sua totalidade. Isto devia-se a vários fatores, mas o principal era o ruído existente nas chamadas que tanto dificultava a receção da mensagem como podia distrair o emissor da mesma. Neste modelo, a mensagem é algo acabado como um produto, onde as mensagens são processadas cognitivamente. É um modelo matemático, e não presencial, o que traz mais algumas limitações como a falta de comunicação paraverbal e não verbal, [...] que auxiliam o entendimento da mensagem, o que leva à falta do feedback inteiramente, [...] porque parte dele é feito corporalmente, pois o ser humano reage sempre às mensagens conforme a sua história pessoal, e se o recetor tiver, por exemplo, vontade de chorar, pode ocultar essa reação. Por fim, existe também o problema das falhas telefónicas, que [...] tendencialmente são preenchidas [...] de forma incorreta.
Depois, é referenciado o modelo semiótico. Este modelo é o mais adequado à comunicação humana, pois é um modelo mais complexo, isto porque é feito através de um processo simbólico (através de sinais que são os signos, que correspondem às palavras), um processo contínuo (através de linguagem paraverbal e não verbal, que é a sua característica principal, pois o ser humano é um ser que reage sempre, mesmo que não o deseje, através destes tipos de comunicação), da interpretação do mundo e partilha desse conhecimento. Os seus autores são F. de Saussure e Charles Pierce, que formaram este modelo [...] como algo onde a conversação de dois indivíduos tem a mensagem como uma produção constante e onde [...] o emissor e o recetor são elementos ativos. Estas duas pessoas partilham então relações, emoções, valores e conhecimentos de forma presencial através [...] de [...] sinais verbais, não verbais e paraverbais. O contexto é algo crucial que auxilia no entendimento/interpretação da mensagem, e o que é produzido em conjunto pelos indivíduos dá origem ao sentido, que algo negociado e onde as duas pessoas colaboram na sua interpretação. Este é, então, o modelo para melhor caraterizar a comunicação humana, pois é feito essencialmente através de sinais que necessitam de ser presenciais ([...] a comunicação humana é feita em 55% de comunicação não verbal, onde apenas 7% é verbal) que são as principais ajudas na compreensão das mensagens transmitidas.