Ética no exercício da profissão
Nos últimos anos a tecnologia tornou-se parte fundamental do dia-a-dia da maioria das pessoas, estando presente em inúmeras situações. Assim sendo, a engenharia informática desempenha um papel crucial no quotidiano e a ética profissional está constantemente a ser posta à prova. Geralmente, esta começa a ser trabalhada ao longo do percurso académico de cada estudante, sendo-lhes instituído o sentido de ética que deve ser aplicado na sua vida profissional e até pessoal.
Deste modo, os profissionais debatem-se com questões éticas a vários níveis, porém, existem aspetos mais específicos da engenharia informática, como o plágio ou copyright, que são bastante recorrentes. Tome-se como exemplo a seguinte situação abordada pelo aluno Adriano Rui Vinhas em 2011/2012: o Engenheiro António Rodrigues, ao desenvolver um software terá recorrido à utilização de um código para solucionar parcialmente um problema. Assim sendo, será que o Eng. António Rodrigues poderia reivindicar o projeto como seu, visto ter utilizado algo que foi concebido por outrem, prejudicando assim o verdadeiro autor?
De facto, para o Eng. António Rodrigues não ser acusado de plágio, teria de referir que o código foi elaborado por outra pessoa, informando assim que aquela parte do trabalho não teve a sua autoria, pois caso contrário seria possivelmente punido pela Ordem dos Engenheiros.
No entanto, julgo que caso o Engenheiro em questão utilize o código para melhorar o seu software, identificando indubitavelmente o seu autor, poderá reivindicar o software como seu. Todavia, caso não o faça, ou caso o código desempenhe um papel preponderante e decisivo para a conclusão do trabalho, o Eng. António Rodrigues deve prescindir desse título.
Efetivamente, a ética profissional está dependente do bom senso e da moral de cada indivíduo, sendo fundamental analisar objetivamente as situações e as consequências que daí poderão advir, de forma a tomar a decisão mais correta.