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1718LCASEA58a

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Género de textoEnsaio
Student
PLM/PLNMPLM
GenderF
Task
Task descriptionRedija um ensaio académico subordinado ao tema A comunicação determina a nossa realidade. Instruções de execução: Com base no tema proposto, deve construir uma tese e sustentá-la por meio de argumentos e exemplos colhidos na(s) área(s) científica(s) do seu curso. Organize as suas ideias num plano estrutural, com várias secções, incluindo obrigatoriamente um abstract, uma introdução e uma conclusão. Todas as fontes de informação (obras consultadas, textos lidos, sítios em linha, segundo uma das normas aprendidas em aula) têm de ser devidamente identificadas. O uso de informação não autorizada ou não referenciada constitui crime de plágio e implica reprovação imediata.
Task ID1718LCENSAIO02
ContextoLivre
Curso
UniversityUniversidade de Coimbra
ÁreaCiências Sociais e Humanas
CursoEstudos Artísticos
DisciplinaLinguagem e Comunicação
School year2017-2018
Collection
PaísPortugal

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A dança contemporânea como forma de comunicação

Abstract

A dança contemporânea é sem dúvida um estilo diferente de todos os outros tipos, deixando uma grande marca na linguagem e na comunicação. Isto porque os bailarinos/intérpretes são capazes de transmitir mensagens, emoções através de um simples movimento com o corpo, provocando ao espetador dezenas de sentimentos dentro de si. Até por vezes o deixar a pensar acerca de assuntos que provavelmente não iriam revelar qualquer pertinência para o indivíduo se apenas fossem dialogados. Existem diversas escolas por todo o mundo que ensinam o ser humano a expressar-se desta forma única e incrível que cativa a sociedade a evoluir e a respeitar a arte. Sim, a arte. Porque a realidade é que o ser humano tem que ser cativado e nada melhor que esta para o fazer.

Palavras Chave:

Linguagem própria;

Dança moderna e pós-moderna;

Arte.

Com este trabalho pretendo demonstrar o meu ponto de vista acerca deste tema tão relevante para a comunicação pois representa sem dúvidas uma forma única e elegante de comunicar algo.

Como é que a dança contemporânea expressa sentimentos, estados de espírito e transmite mensagens ás pessoas?

No meu ponto de vista, a dança contemporânea mais do que qualquer outra, é sem dúvida a mais autónoma, visto que tem mais liberdade de expressão, sendo que tal como diz Catarina Marques, antiga bailarina A contemporânea não tem essas técnicas é a liberdade de expressão do bailarino.

O bailarino tem mais autonomia e é mais interventivo na coreografia, porque neste tipo de dança o coreógrafo não um movimento definitivo ao bailarino e este apenas o tem que executar. Diferente dos outros tipos de dança, o coreógrafo simplesmente tem o trabalho de estimular o dançarino, e este partir desse momento cria e expressa à sociedade aquilo que sente.

A dança contemporânea é também atual, devido a relacionar vários temas que são discutidos nos dias de hoje.

Desde o racismo até à homofobia, os dançarinos têm a liberdade de demonstrar a sua opinião através de uma arte, tratando-se uma linguagem não-verbal. Assim, o bailarino e a sua performance podem causar de certa forma um impacto que talvez a linguagem verbal não o consegue fazer, visto que leva o público a sentir cada passo, cada movimento.

Os movimentos do contemporâneo são também originais, ou seja, são diferentes de pessoa para pessoa. Isto, porque cada corpo tem uma maneira de diferente de falar, ou seja, de expressar um sentimento, uma emoção distinta. Daí a dança contemporânea e a linguagem estarem definitivamente interligadas.

Surgimento

A dança contemporânea é um gênero de dança teatral que se desenvolveu em meados do século XX e, desde então, tornou-se um dos gêneros mais conhecidos, especialmente no ocidente. Alguns teóricos remetem a origem da dança contemporânea aos experimentos dos artistas pós-modernos do movimento Judson Dance Theater, iniciado na década de 1960, nos Estados Unidos. Entretanto, valores éticos e estéticos da dança contemporânea são encontrados desde o início do século XX, no pensamento de primeiros precursores da dança moderna como Isadora Duncan.

Este tipo de dança nasce como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica, começando-se a definir realmente na década de 1980, desenvolvendo uma linguagem própria, no entanto apesar da rotura entre ambas, esta não deixa de integrar referências clássicas. Esta mudança baseou-se com a modificação drástica das "posições-base", retirando as sapatilhas às bailarinas e parando de controlar o seu peso, deixando por vezes também, a estética de lado, defendendo que o que importa é a transmissão de sentimentos e não apenas as histórias contadas. Assim sendo, o intérprete/bailarino ganha autonomia para construir as suas próprias partituras coreográficas a partir de métodos e procedimentos de pesquisa. Esses métodos contêm "material suficiente" para que o intérprete crie as suas composições a partir de temas relacionados com questões políticas, sociais, culturais, autobiográficas, comportamentais e quotidianas.

A dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas podem praticá-la. Este tipo de dança modificou o espaço, usando-se não o palco como local de referência. A sua técnica é tão abrangente que não delimita os utensílios usados. O corpo não delimita estilos de roupas, músicas, espaço ou movimentos.

Características

Mais que uma técnica específica, a dança contemporânea é uma coleção de sistemas e métodos desenvolvidos a partir da dança moderna e pós-moderna. O desenvolvimento da dança contemporânea foi semelhante, mas separado do desenvolvimento da New Dance na Inglaterra.

Podem ser feitas distinções entre a dança contemporânea:

Brasileira; Americana; Canadense; Europeia.

A dança contemporânea não possui uma técnica de dança específica que seja a sua base. O criador ou intérprete pode partir de técnicas sistematizadas como: Ballet clássico, contato-improvisação, tap, dança flamenca ou algumas técnicas de danças modernas como Lester Horton, José Limón ou Martha Graham. No entanto, o resultado da dança não é necessariamente fiel às técnicas que foram solicitadas. A pesquisa de dança contemporânea tem como premissa a procura de um movimento individualizado, de acordo com a autora Laurence Louppe, no seu livro "Poética da Dança Contemporânea" (Lisboa: Orfeu Negro, 2012).

Espetáculo "Bater à porta"

"Bater à porta" é um espetáculo de dança contemporânea protagonizado por dez rapazes entre os doze e os dezoito anos de uma instituição de acolhimento de crianças e jovens em risco que seguem as instruções do diretor artístico Pedro Carvalho.

"O João está empenhado nisso. Enquanto três dos colegas ensaiam uma das cenas do espetáculo uma sequência sobre a discriminação, simbolizada por um jovem que é posto de lado por usar uma camisa de manga curta em vez das mangas cumpridas que todos os outros preferem o miúdo franzino, de 12 anos, vai circulando pela sala apanhando peças do chão. Enfia-se numas leggins e um top justos e negros. E, depois, lentamente, vai atafulhando roupa dentro daquela nova pele. Cria um busto avantajado e um traseiro descomunal, que bamboleia, descontraidamente, por toda a sala. Depois, descobre um vestido preto que tenta enfiar, a custo, por cima de tudo aquilo. Não é fácil, mas consegue. O João começou com algumas destas peças noutro dia e está a construir a sua personagem, diz Pedro, sorridente, perante a postura do rapaz."

Com este pequeno excerto, retirado de um jornal, quero reforçar que a dança contemporânea não precisa necessariamente de ser produzida por profissionais para ter empenho e demonstrar sentimento. Este pequeno espetáculo conta a história de crianças que apesar de não terem tido a maior sorte na vida, são capazes de passarem uma mensagem com grande significado ao público.

Conclusão

A dança contemporânea nasce em meados do século XX, sendo uma espécie de rompimento com a cultura clássica. Esta é sem dúvida a comunicação através da arte, no sentido em que ela expressa palavras sem se quer falar (linguagem-não verbal). É a liberdade de expressão através do corpo, sendo algo fascinante pelo simples facto de ser própria e única. Não dando ênfase à técnica, mas sim ao sentimento. Podendo ser feitas várias distinções (Brasileira, Americana, Canadense e Europeia), mas, no entanto, podendo ser praticada por qualquer ser humano que a sinta, não possuindo uma única técnica estabelecida.


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