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1112LCRSJC478b

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Género de textoResposta de desenvolvimento
ContextoClausura
DisciplinaLinguagem e Comunicação
ÁreaCiências Sociais e Humanas

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O ser humano é, por natureza, um ser comunicativo.

Assim, podemos constatar que o ser humano comunica com os seus semelhantes (e por semelhantes entenda-se os seres da sua espécie) recorrendo à comunicação verbal, não verbal e para verbal. Mencionado este aspeto, é importante ressaltar o facto de que os outros seres vivos também comunicam embora seja de forma limitada e distinta da nossa comunicação. Podemos considerar que a única característica da comunicação humana que se diferencia da comunicação não humana (animal) é a simples evidência do ser humano usar linguagem verbal.

Todavia, neste comentário critico importa referir o valor que a comunicação verbal assume quando é o nosso rosto que transmite a maioria das mensagens que pretendemos comunicar ao outro.

Entenda-se por comunicação nao verbal tudo aquilo que não é falado ou escrito, ou seja, é tudo aquilo que conseguimos divulgar através de gestos, imagens, movimentos, espaços, objetos Além disto, neste tipo de comunicação podemos comunicar através das expressões faciais, pela maneira como olhamos para os outros, por posturas ou pela forma como nos tocamos, pelo que vestimos, pelas cores que optamos e, ainda, pelo modo como ocupamos o espaço em que nos movimentamos.

É importante referir, também, que é bastante comum que a nossa comunicação não verbal desminta a comunicação verbal, ou seja, que a contradiga. Numa situação deste teor, é importante prestarmos grande atenção aos sinais não-verbais, uma vez que são genuínos e não controlados. Com tal, é possível que se descodifique uma mensagem através da interpretação dos sinais não verbais e esta não seja compatível com a mensagem transmitida na comunicação verbal.

Um dos meios mais eficazes de captar estes códigos não verbais é atentar no rosto de alguém.

Outro aspeto a ter em consideração [...] prende-se com a ideia desenvolvida por Charles Darwin, na obra A Expressão das Emoções nos homens e nos animais, que afirma que expressões que são comuns em todas as culturas, não dependendo de qualquer tipo de aprendizagem. Darwin, chegou a esta conclusão, uma vez que verificou manifestação de determinadas expressões em invisuais, em qualquer sujeito de uma dada faixa etária, incluindo recém-nascidos, em qualquer cultura e, até, em alguns animais.

Nesta contatação e após longas pesquisas, Darwin concluiu que existem expressões universais, sendo elas: a alegria; a raiva; a repulsa; o medo; a surpresa; o desprezo e a tristeza.

Todavia, Paul Ekman acreditava que indivíduos de culturas distintas sentiriam emoções diferentes. Com o objetivo de comprovar esta teoria desenvolveu um conjunto de estudos e experiências que o levaram a concluir emoções que são universais, independentemente dos processos de aprendizagem e da cultura onde se observam. Confirma-se, assim, a tese de Darwin.

Além de se observar que as várias culturas, manifestavam as mesmas expressões universais, constatou-se que o nosso rosto é a parte que mais revela, uma vez que funciona quase como nosso anfitrião, ou seja, o nosso rosto é a primeira característica que os outros reparam em nós, é aquilo que transmite aos outros certas especificidades do meu ser. Por tal ideia, Paul Ekman e Wallace Friesen, em 1968, desenvolveram o conceito de capacidade emissora - (sending capacity)-, valorizando a ideia de que o rosto é a única parte do nosso corpo que transmite mensagens espontâneas e que, em alguns casos são universais, conforme o exemplo mencionado das emoções universais e, além disso, emite mensagens intencionais que são culturalmente marcadas.

Considero, ainda, ser essencial revelar que no estudo de Paul Ekman sobre as emoções universais, nunca ter sido posta de parte a influência da cultura na expressão das emoções, que existem regras que orientam a sua manifestação.

As mensagens intencionais, tal como a sua designação indica, são intencionais, ou seja, são mensagens que o emissor pretende deixar transparecer, embora o rosto tenha a capacidade de se deixar treinar, ou seja, se queremos fingir uma dada emoção ou pelo menos não a manifestar, usamos o rosto, trabalhando-o para que tal aconteça. Um bom exemplo disso é o sorriso dito social. Este tipo de sorriso é trabalhado porque não é genuíno, uma vez que o indivíduo que o manifesta pretende fazer acreditar o outro que está a sorrir e, como esta atitude implica um fingimento, porque na verdade o sujeito não tem vontade de sorrir, ele vai trabalhar o rosto forçando este mesmo sorriso.

Apesar de tudo isto, importa salientar que estas expressões culturalmente marcadas notam-se porque não são idênticas, são meros fingimentos. Se analisarmos um sorriso dito social podemos verificar que a expressão facial não é a mesma, nem possui as mesmas características do que quando é genuíno.

Numa apreciação global, podemos afirmar que a expressão facial pode ser dividida em vários aspetos, entre eles: a aposição das sombrancelhas, formato dos olhos, formato da boca e tamanho das narinas. Estes aspetos quando combinados em diferentes formas determinam a expressão rosto. (Informação retirada do livro Introdução ao Estudo da Comunicação- John Fiske.)

Paul Ekman e Wallace Friesen desenvolveram [...] o conceito de capacidade emissora e sugeriram avaliá-la tendo em conta três fatores: o tempo médio de transmissão de mensagens, o número de estímulos emitidos que se podem distinguir e a visibilidade dessa parte do corpo. No primeiro aspeto, é importante referir a necessidade que o outro tem de interpretar os meus estímulos e, para o fazer, necessita que eu emita um consequente número para que os possa interpretar e comprovar. Por exemplo, quando mentimos não controlamos a nossa comunicação não verbal e, portanto, é natural que evidenciemos certos sinais de que o estamos a fazer, por exemplo, coramos, gesticulamos rapidamente, a voz fica trémula, entre outros. Contudo, sem num ato comunicacional normal começamos a corar porque alguém ligou o aquecedor e ficou calor, o indivíduo com quem estabeleci o meu ato comunicativo irá necessitar de observar as minhas mensagens não verbais para as compreender. O período em que eu lhe transmito não intencionalmente estas mensagens designa-se por tempo médio de transmissão de mensagens.

Outro aspeto diz respeito ao número de estímulos emitidos que se podem distinguir. Assim, no ato comunicativo em que minto o recetor das minhas mensagens recebe um conjunto de estímulos que o permitem associar a minha comunicação à mentira, isto diz respeito ao número de estímulos emitidos.

Além disto, a visibilidade dessa parte do corpo permite-lhe, ainda, ter mais consciência dos estímulos que estou a emitir. Por exemplo, se enquanto falo estiver com gorros, mãos nos bolsos, casaco comprido, a interpretação dos meus sinais emitidos estará dificultada pela falta de visibilidade que o outro tem dessa parte do meu corpo.

Em síntese, posso constatar que tudo aquilo que aqui mencionei se relaciona com a manifestação de mensagens não verbais através do rosto, uma vez que se analisarmos o exemplo ilustrativos das 9 fotografias verificamos que é revelador de várias emoções, sentimentos e que, através da posição das sombrancelhas, a abertura das narinas podemos interpretar o que está a ser transmitido com mais clareza. Por exemplo, a imagem 1 demonstra que o sujeito está satisfatoriamente feliz enquanto que na nona imagem parece estar triste e cabiz baixo.


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