Comunicar é [...] uma das bases da vida, tudo se resolve a comunicar, todos os seres vivos comunicam. O ser humano [...] comunica verbalmente, não verbalmente e paraverbalmente. Podemos olhar para este fenómeno como apenas e só enviar uma [...] mensagem a um recetor ou podemos aprofundar e perceber que sempre que dois indivíduos comunicam, eles conhecem-se mais, eles criam um sentido e vão chegar a um entendimento mútuo. Podemos comunicar de várias maneiras e enviar sinais ao recetor através de comunicação não verbal sem termos de a explicitar.
A comunicação é um processo tão complexo que não se realiza de forma igual [...] com a minha professora ou com o meu colega de casa. Com a minha professora, eu vou ter cuidado com o vocabulário, dirigir-me sobretudo na 3ª pessoa do singular enquanto que com o meu colega de casa eu posso ser mais desleixado e não ter tanto cuidado com o meu vocabulário. E porquê? Porque enquanto que com a professora a minha relação é formal e é de respeito e aprendizagem, com o meu colega, eu comunico todos os dias, [...] várias vezes por dia, ou seja, vou criar um sentido, laços, intimidade que com a professora não crio porque a nossa relação não passa de profissional.
A comunicação também não é igual aqui em Portugal ou na China. [...] No nosso país, facilmente comunicamos com uma pessoa uma vez e já lhe damos dois beijinhos ou um abraço e criamos uma aproximação muito rápida. Enquanto que na China, a “bolha” é maior, não irá haver apertos de mão ou beijinhos na cara, não irá haver grande intimidade, no máximo, uma pequena vénia como cumprimento e sinal de respeito. Logo, a comunicação varia com a cultura onde nos estivermos inseridos.
A comunicação é um processo de extrema complexidade que também depende do contexto, depende da fachada em que nos inserimos. Deparamo-nos com a seguinte situação: estamos no gabinete da professora a tirar dúvidas para a frequência e estamos num local onde a fachada física envolve uma secretária, estantes, livros, quadros, ou seja, um local de respeito e trabalho. O nosso comportamento vai-se adequar àquela fachada. Se nos encontrarmos numa fachada física onde se encontre um bar, mesas e cadeiras e esteja um [...] barulho de fundo de pessoas a conversar, sabemos que podemos estar à vontade e mais descontraídos e a nossa comunicação vai ser muito mais relaxada e completamente diferente da fachada anterior.
Para concluir, [...] o processo de comunicar pode ficar afetado desde cedo e pode [...] tornar uma pessoa mais introvertida e tímida ou exatamente o contrário. [...] Se no [...] seio de uma família, uma criança não é ouvida e os seus pensamentos e comentários não são levados a sério, [...] esta criança facilmente vai retrair-se porque vai pensar que o que ela diz está errado ou não faz sentido e a partir daí ela vai ter medo de se expressar e de falar. Por outro lado, se a criança é respeitada e ouvida por mais ridículos que sejam os seus comentários, facilmente se torna num adulto comunicativo e seguro de si mesmo. Aqui, entramos no campo da autoimagem. A [...] imagem [...] e a ideia que temos do recetor a quem vamos transmitir a mensagem importa mas a nossa auto imagem também é de extrema importância. É fácil de perceber, se formos conversar com uma rapariga, a nossa auto-estima vai definir como corre a conversa e se ela irá gostar da [...] mesma ou não.
A auto imagem não é uma componente da personalidade mas é uma estrutura cognitiva.
Podemos retirar duas conclusões: a gestão das identidades e das fachadas com que nós comunicamos vão definir o objetivo da nossa comunicação. Por último, comunicar é um processo extremamente complexo que varia com um conjunto enorme de fatores, como o país onde nos encontramos, a cultura onde estamos inseridos, o sítio onde estamos, a maneira como comunicamos. Tudo depende [...] de como comunicamos e para o que comunicamos.