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1617LCCNJC426a

1617LCCNJC426a

Género de textoResposta de desenvolvimento
Student
PLM/PLNMPLM
GenderF
Task
Task descriptionA partir dos conhecimentos que adquiriu e da bibliografia que leu, faça um comentário crítico, devidamente fundamentado, a partir do seguinte excerto: Há muitas opiniões acerca do que significa comunicar – desde a sugestão de que tem a ver com o envio intencional de uma mensagem a um recetor (como acontece quando se escreve e envia uma carta) até à noção de que comunicar tem mais a ver com uma sincronia interativa em que os participantes cooperam para criar sentidos e para chegarem a um entendimento mútuo. (…) A comunicação é um processo complexo enquadrado num determinado contexto e os significados são, frequentemente, parte integrante do contexto. (Hakansson, G. e Westander, J. (2013: 2). Communication in Humans and other Animals. Amsterdam / Philadelphia: John Benjamins Publishing Company)
Task ID1617LCRD07
ContextoClausura
Curso
UniversityUniversidade de Coimbra
ÁreaCiências Sociais e Humanas
CursoJornalismo e Comunicação
DisciplinaLinguagem e Comunicação
School year2016-2017
Collection
PaísPortugal

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Existem inúmeras definições para um conceito que é fundamental, a comunicação. A comunicação é um processo complexo e contínuo que resulta da interação entre indivíduos num contexto particular. E tudo pode ser considerado comunicação, ou seja, basta haver interpretação para haver significação e, por conseguinte, comunicação.

Tendo por base o excerto apresentado, duas visões distintas relativamente à comunicação. Ou seja, são apresentados dois modelos de comunicação que são formas particulares que visam representar o processo de comunicação. O primeiro modelo é o modelo linear ou de transmissão proposto por Shannon e Weaver no âmbito da engenharia das telecomunicações. Este é considerado um modelo parcial uma vez que integra apenas alguns aspetos do processo de comunicação pois coloca apenas em estudo a comunicação verbal e exclui a não verbal e paraverbal. Os principais objetivos deste modelo eram quantificar a informação recebida e a informação transmitida de A (emissor) para B (recetor), medindo a quantidade de ruído que dificulta a transmissão e a compreensão da mensagem. Este é, portanto, um modelo que veicula uma mensagem monolítica, ou seja, transmitida de A para B (mensagem unidericional e sem retorno de B para A). Segundo Finke, este é um modelo processual pois a comunicação como um processo e matemático pois visa quantificar a informação. Tal como Finke afirma , Shannon e Weaver vêem a comunicação como um processo linear e a simplicidade do seu processo e a sua natureza linear têm suscitado várias dúvidas. E, obviamente, que um número considerável de limites a este modelo. De entre estes limites destacam-se a imprevisibilidade; a multiplicidade de meios (veiculada a ideia de que a comunicação humana é complexa, não é verbal); a capacidade interpretativa que é fundamental e este modelo não pressupõe espaço para interpretações diferentes; a redundância que neste caso é um problema pois este modelo pressupõe quantificar a informação. Citando Santos (2011): quanto mais repetida é uma mensagem, menos informação conterá, logo mais redundante será e menos pertinência terá para o recetor. Ainda tendo em conta Santos (2011), o problema deste modelo é o facto dar maior ênfase ao emissor e à transmissão da mensagem do que à mensagem propriamente dita e ao recetor. Isto quer dizer também que o feedback (essencial à comunicação) não é tido em conta, ou seja, neste modelo é uma reação verbal ao que foi dito (noção redutora do que é o feedback).

Ao invés deste modelo, temos o modelo de base semiótica que é mais expressivo do processo de comunicação e afirma que os intervenientes são todos responsáveis pela transmissão da mensagem e a mensagem não é um produto acabado. Segundo Santos (2011), se tivermos em conta o recetor, este deixa de ser um elemento passivo e vai acrescentar a [...] sua capacidade interpretativa ao processo. Tendo em conta Santos (2011), a mensagem é uma produção constante e em curso e para analisar a comunicação enquanto significação a necessidade de ter em conta a participação de todos os intervenientes, o contexto em que essa produção foi levada a cabo assim como os meios utilizados nessa construção. Neste modelo, então uma partilha de valores, conhecimentos, relações entre indivíduos que recebem e emitem em simultâneo e a perceção e compreensão do que o outro diz com a ajuda do contexto e da cultura. E neste modelo, o processo de comunicação tem sempre uma parte que constituída através da cooperação entre emissor e recetor, ou seja, o sentido que é descrito como uma coprodução negociada. Tal como disse, o contexto neste modelo é crucial pois para a compreensão de uma mensagem é necessário ter em conta [...] o contexto sociocultural em que essa mensagem foi produzida. Segundo Santos (2011), o contexto diz respeito não à situação física (temporal e espacial) mas também às crenças e conhecimentos que temos do mundo.

Em suma e tendo em conta a complexidade do processo de comunicação, o modelo linear de Shannon e Weaver é extremamente redutor pois afirma que a mensagem termina quando o emissor a emite e o recetor recebe, descodifica e transmite a mensagem. , o modelo semiótico é mais completo e pressupões a capacidade interpretativa e também a possibilidade de feedback (transmissão da reação do recetor de voltar ao emissor) e segundo Santos (2011), o feedback permite a cooperação entre emissor e recetor e constitui uma avaliação externa do ato comunicativo.

Sintetizando, a comunicação é um processo complexo, contínuo e simbólico que se desenrola a nível verbal, não verbal e paraverbal. Daí, as formas de comunicação serem variadas, múltiplas e [...] envolvem intervenientes diferentes, daí que tenhamos de ter em conta o contexto assim como a capacidade interpretativa. Uma mesma mensagem pode ter várias leituras, isto é, pode ser suscetível de variadas interpretações consoante o contexto e a experiência pessoal dos intervenientes em questão.

Na minha opinião, o modelo que ilustra de forma mais detalhada, pormenorizada e fiel o processo de comunicação é o modelo semiótico pois não podemos crer que a comunicação seja um processo linear e simples pois este não é. uma extrema necessidade de harmonizar os diferentes componentes da comunicação como forma de maximizar os efeitos do ato comunicativo e, por conseguinte, aumentar a sua eficácia e precisão (Santos (2011)).


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