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1617LCCNJC426b

1617LCCNJC426b

Género de textoResposta de desenvolvimento
Student
PLM/PLNMPLM
GenderF
Task
Task descriptionA partir dos conhecimentos que adquiriu e da bibliografia que leu sobre linguagem e cognição, faça um comentário crítico, devidamente fundamentado, a partir do seguinte excerto: A linguagem não é um artefacto cultural que aprendemos como aprenderíamos a dizer as horas […]. É antes uma peça muito específica da constituição biológica do nosso cérebro. É uma competência complexa e especializada, que se desenvolve espontaneamente na criança, sem esforço consciente nem instrução formal. Surge sem que essa criança tenha consciência da sua lógica, é qualitativamente idêntica em todas os seres humanos e é claramente distinta de capacidades mais gerais como o processamento da informação ou comportamentos inteligentes. (Pinkers, S. (1995:18). The Language Instinct: How Mind Creates Language. New York: harperPerennial.)
Task ID1617LCRD09
ContextoClausura
Curso
UniversityUniversidade de Coimbra
ÁreaCiências Sociais e Humanas
CursoJornalismo e Comunicação
DisciplinaLinguagem e Comunicação
School year2016-2017
Collection
PaísPortugal

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Partindo do excerto apresentado, de facto, considero (tal como refere o dito excerto), que a linguagem não é um artefacto cultural, mas sim uma peça muito específica da constituição biológica. Tal como fiz alusão na questão anterior, nós somos dotados de características biológicas que nos permitem produzir, compreender e percecionar mensagens através da linguagem. Deste modo, é de constatar a estreita relação entre a linguagem e o funcionamento do cérebro.

Assim e, partindo do que o excerto transmite, segundo Faria (1996), estas características biológicas necessárias para a linguagem, encontram-se no sistema nervoso do ser humano, isto é, no sistema nervoso central responsável pelo processamento central da informação e no sistema nervoso periférico (onde está situado o cérebro) que é responsável pela execução motora da informação transmitida pelo sistema nervoso central e pela transmissão a este sistemas de estímulos e impulsos verbais percecionados. Assim, o cérebro humano é maior, mais pesado e as áreas associativas são também são maiores permite que nós, seres humanos, possamos usar formas de linguagem mais diversificadas e, por conseguinte, mais complexas que as outras espécies.

Tendo em conta o que referi considero que, é inegável, que o cérebro tem uma forte influência na linguagem. Desta forma, o cérebro humano é constituído por duas partes que parecem semelhantes mas que são assimétricas e desempenham funções diferenciadas: o hemisfério esquerdo responsável pela linguagem e o hemisfério direito responsável pelos sinais [...] visuais e avaliação de distâncias). Tal como refere o excerto é quantitativamente idêntico em todos os seres humanos, ou seja, [...] salvo certas exceções, quando nascemos possuímos capacidades que nos permitem adquirir a linguagem de forma plena. Segundo Joana Vieira dos Santos (2011), biologicamente, somos homos sapiens, temos a capacidade inata de conjugar o cérebro, a voz e a audição para adquirir uma língua, essencial para a cooperação bem como para o processo de socialização. Assim, quem defenda o inatismo que eu concordo, ou seja, nascemos dotados de capacidade para adquirir a linguagem. Um argumento usado é o argumento da analogia e o argumento da pobreza de estímulo, isto é, as crianças não [...] são formalmente ensinadas a falar, isto é, vão adquirindo a linguagem através da interação e desenvolvem a sua gramática de forma rápida e consciente. Segundo Hakansson e Westander (2013), as crianças passam por quatro fases até começarem a falar formalmente: fase da produção, fase da articulação primitiva, fase da [...] expansão e fase canonica silábica. E estas fases resultam, na sua maioria, da interação com os progenitores e com os outros seres humanos.

É também de fazer referência que a linguagem é claramente distinta de capacidades mais gerais como o processamento da informação ou comportamentos inteligentes. Isto quer dizer que a aquisição da linguagem processa-se de forma diferente tendo em conta as capacidades dos indivíduos. Por exemplo, as pessoas desprovidas da capacidade de audição terão de aprender a linguagem gestual que segundo Hakansson e Westander não é universal, ou seja, depende consoante o país. É necessário, ainda, aludir às afasias que são perturbações no processamento na comunicação através da linguagem verbal. E estas afasias com diferentes graus consoante o nível, os efeitos [...] resultantes da extensão ou profundidade assim com as zonas cerebrais afetadas condicionam, claramente, o processamento da informação são, então, provocadas por lesões nas áreas cerebrais afetas à comunicação tais como area de Broca (afasia de Broca); área de Wernicke (afasia de Wernicke) e áreas associativas.

Em suma e em jeito de conclusão considero que a linguagem é claramente dependente do funcionamento do cérebro e que possuímos características biológicas para esta.

De facto, para terminar, saliento que, apesar de termos à partida as mesmas características, as capacidades de cada indivíduo para a linguagem podem, claro, ser diferentes, o que facilita ou dificulta a aprendizagem e, consequentemente, aquisição da linguagem tão fundamental na vida social.


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